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Hipótese de Incidência Tributária

Tributo como objeto da obrigação tributária:

O conteúdo presente e essencial em qualquer norma jurídica é o seu


mandamento principal, sendo, das normas tributárias, portanto, uma ordem ou
comando do que se deve ser entregue ao estado em soma de dinheiro. Ou seja,
a norma do direito tributário é ‘’entregue dinheiro ao estado’’. Não sendo diferente
na norma de direito tributário material, porém é o conteúdo da exigência do seu
comando, ou seja, levar dinheiro aos cofres públicos.
Paulo de Barros Carvalho diz que a palavra tributo designa coisas
diferentes, se desprendendo do contexto empregado: ‘’o dever de levar dinheiro
aos cofres públicos, coativamente’’; ‘’o dinheiro levado no cumprimento desse
dever’’; ‘’o comportamento de levar dinheiro (prestação’’; ‘’a lei que prescreve tal
dever’’ e ‘’a relação jurídica (obrigação) que tal lei engendra’’. Portanto, o objeto
dos comandos jurídicos só pode ser o comportamento humano, pois nenhum
preceito se volta para outra coisa, se não há norma jurídica dirigida às coisas,
senão o comportamento humano. E isso é enfatizado através do professor da
Universidade Católica de São Paulo, Celso Antônio Bandeira de Mello, que diz:
‘’O direito não disciplina pensamentos, propósitos, intenções, mas regula
comportamentos de um em relação a outro ou a outros. Eis por que todo direito
pressupõe pelo menos duas pessoas...’’. Advertido por Alfredo Becker, que diz:
‘’Distingue-se a prestação do seu objeto. A prestação é o facere ou o non
facere...’’. Ou seja, o objeto está naquilo que está ou não sendo feito.

Tributo como objeto do direito:

O Tributo para o direito é um conceito jurídico privativo, que não pode ser
confundido com o conceito financeiro, ou econômico de outro objeto, de outros
setores científicos, como é o tributo ontologicamente considerado. Portanto, para
o direito, tributo é coisa diversa de tributo como conceito de outras ciências, ou
seja, nasce e esgota-se no universo jurídico, sem confundir-se.

Caráter instrumental do direito:

Consiste na norma jurídica de servir de meio posto à disposição das


vontades para obter, mediante comportamentos humanos, o alcance das
finalidades desejadas pelos titulares daquelas vontades. Havendo distinção
entre norma e comando particular. Tem-se a norma quando verifica uma hipótese
e quando se tem uma hipótese singular, o comando particular.
Portanto, em sentido objetivo, o direito é um conjunto de normas que se
chamam normas jurídicas e formam o direito positivo (só pode ser posto ou
retirado por quem tem poder jurídico para tanto). Ou seja, o elemento principal é
o seu conteúdo mandamental: ‘’faça isto, não faça aquilo’’; o comportamento
deve adequar-se ao conteúdo mandamental da norma.
Atributividade do direito e técnica jurídica da tributação:

O direito é um instrumento para a obtenção de finalidade e objetivos que


só podem ser alcançados mediante comportamentos humanos.
Para isso, é relevante falar sobre os dois tipos de normas jurídicas
importantes para esse estudo: as que impõem um comportamento e as que
atribuem qualidade ou estado. Em geral, concordamos com as leis, ou por causa
da autoridade do estado, que a impõe, ou por causa da justiça de seu conteúdo,
mas concordando ou não, devemos obedecê-la, sob pena de arcarmos com a
respectiva sanção, e, sob este caráter da norma jurídica, permitem atribuir
qualidades e efeitos às coisas e comportamentos, que lhe dá a virtude de imputar
efeitos próprios seus às coisas que recaem sob seu poder, dá-se o nome de
Atributividade.

O tributo como instrumento jurídico de abastecimento dos cofres públicos:

Os políticos, devido ser necessário atender às necessidades financeiras


do poder público, usam do direito como instrumento do desígnio de abastecer o
estado de dinheiro. Portanto, as normas tributárias atribuem dinheiro ao estado
e ordenam comportamentos (dos agentes públicos, contribuintes e terceiros)
tendentes a levar (em tempo oportuno, de forma correta, previamente
estabelecidos e em quantias legalmente fixadas) dinheiro dos particulares para
os cofres públicos. Serve o direito, portanto, de instrumento de tão importante
desígnio estatal.

Momento ideal (ou jurídico) da transferência da riqueza e momento fático:

A obrigação, instrumento jurídico serviente de idênticas finalidades, no


direito privado, instrumenta a efetivação prática (do mundo fenomênico) daquela
legítima pretensão (fundada em lei), assegurando o comportamento oportuno e
pertinente, consistente na entrega do dinheiro aos cofres públicos. Por isso,
desde o momento da consumação do fato imponível, o estado tem o direito de
exigir e o contribuinte tem o dever de entregar; esse comportamento é exigido
para que o desígnio legal se concretize.

Objeto da obrigação:

Sendo o direito uma realidade abstrata, não pode ter por objeto coisas
concretas (dinheiro e coisas em geral não são objetos do direito), portanto, como
falado anteriormente, o objeto da obrigação tributária é o comportamento do
sujeito passivo, assim, o dinheiro é objeto do comportamento.

Consequências jurídicas da atributividade das normas:

Como falado anteriormente, a norma confere a um fato o efeito jurídico de


atribuir a titularidade de uma soma de dinheiro ao poder público, assim, ocorrido
o fato, o contribuinte perde a titularidade desse dinheiro. Portanto, sendo
constituído no dever de entregá-lo ao credor, este fica com o direito de exigir a
entrega do dinheiro ao credor.

Conceito de tributo:

De conceito básico, podemos definir o tributo, instituto nuclear do direito


tributário, como obrigação. E juridicamente, define-se o tributo como a obrigação
jurídica pecuniária, que não se constitui em sanção de ato ilícito, cujo sujeito
ativo é uma pessoa pública e o sujeito passivo é alguém nessa situação, posto
pela vontade da lei, obedecendo os desígnios constitucionais.

Obrigação: atribui ao sujeito ativo o direito de exigir do passivo determinado


comportamento e que a este põe na contingência de praticá-lo, em benefício do
sujeito ativo.

Pecuniária: o objeto da obrigação tributária. Para que se caracterize, no direito


constitucional brasileiro, há necessidade de que o objeto seja o comportamento
do sujeito passivo consistente em levar o dinheiro ao sujeito ativo.

‘’EX LEGE’’: obrigação tributária nasce da vontade da lei, mediante a ocorrência


de um fato imponível nela descrito e diferente das obrigações voluntárias, não
nasce da vontade das partes.

‘’Que não constitui em sanção de ato ilícito’’: o dever de levar dinheiro aos
cofres do sujeito ativo decorre do fato imponível.

‘’Cujo sujeito ativo é em princípio uma pessoa pública’’: o sujeito ativo é uma
pessoa pública política, que a lei atribui capacidade de ser sujeito ativo de
tributos a pessoas privadas, desde que estas tenham finalidades de interesse
público.

‘’Cujo sujeito passivo é uma pessoa posta nesta situação pela lei’’: a lei
designa o sujeito passivo. Geralmente são pessoas privadas colocadas na
posição de sujeito passivo, em pleno acordo com os desígnios constitucionais.

Reconhecimento do tributo:

Quando houver a situação em que alguém esteja na contingência do


comportamento de dar dinheiro ao estado ou para a entidade dele delegada por
lei, deverá ser verificado se trata de: multa; obrigação convencional; indenização
por dano ou tributo. Portanto, tributo não é sanção por violação de nenhum
preceito, nem reparação patrimonial. E considerando-se que a norma jurídica
pode ser apresentada como tendo três partes; a hipótese, o mandamento e a
sanção, será tributo a obrigação de pagar dinheiro ao estado prevista no
mandamento e não será tributo obrigação prevista na sanção.
Direito tributário como capítulo do direito administrativo:

O direito tributário material se trata de quem, quanto e quem se deve


pagar, quando houver a contingência de pagar. Já a maneira que se deve pagar,
as consequências de não pagar e da fuga do dever de pagar etc., são do direito
administrativo tributário, ou seja, encerra a norma jurídica tributária se encerra,
em decorrência de seu mandamento ‘’pague dinheiro ao estado’’.

Norma Tributária:

As normas jurídicas consistem em hipótese, mandamento e sanção. O


direito é um sistema coercitivo que regula comportamentos.
As normas só se aplicam quando o fato descrito ocorre. Cada norma tem
uma hipótese específica e se aplica a pessoas relacionadas. A estrutura lógica
das normas é composta pela hipótese e pela regra de conduta. A obrigação de
respeitar as normas surge quando as condições são cumpridas.

Sanção:

As normas jurídicas possuem sanções como consequências quando os


mandamentos são desobedecidos.
Nem toda sanção é um castigo, mas pode envolver estabelecer ou
extinguir relações jurídicas, além da execução forçada do dever violado. No
contexto das normas tributárias, as sanções são complexas, incluindo juros,
multas, correção monetária e possibilidade de execução coercitiva do valor
devido.

Divergência doutrinária quanto a estrutura da norma:

Paulo Barros Carvalho propõe tratar a sanção como uma norma


separada, com hipótese de incidência e mandamento próprios. Isso resulta em
resultados práticos semelhantes, especialmente no campo tributário. Ele destaca
a importância das consequências práticas e da unidade do sistema jurídico.
Reconhecer partes isoladas do sistema levaria à divisibilidade do sistema
jurídico.

Incidência:

A incidência da norma tributária ocorre quando um fato previsto acontece,


resultando na aplicação automática do mandamento da norma. Essa abordagem
é comparada à magnetização de uma barra de ferro por uma descarga elétrica.
No direito tributário, a incidência tem sido tratada de forma superficial,
especialmente em relação às isenções.
É necessário abandonar a ideia equivocada da autonomia do direito
tributário e valorizar o conhecimento constitucional para um desenvolvimento
adequado nessa área.
Norma Tributária:

O direito tributário objetiva regular a tributação através de normas. O


tributo é uma obrigação pecuniária que envolve transferência de dinheiro entre
o sujeito passivo (contribuinte) e o sujeito ativo (entidade pública). As normas
tributárias possuem uma estrutura similar a outras normas jurídicas, com uma
norma central que descreve o fato que gera o comando de pagamento ao
Estado.

Questão terminológica:

A terminologia do "fato gerador" no direito tributário é confusa e


equivocada, sendo recomendado substituí-la por "hipótese de incidência" e "fato
imponível". O equívoco está na confusão entre a descrição legal de um fato e o
próprio fato em si. Essa distinção também ocorre no direito penal, entre o "crime-
instituto jurídico" e o "crime-fato".

A hipótese de incidência como conceito legal:

A hipótese de incidência é a descrição abstrata de um fato na lei tributária,


enquanto o fato imponível é a sua ocorrência concreta na realidade. A hipótese
de incidência é uma previsão genérica na lei, e o fato imponível é a sua
materialização específica. Quando o fato imponível ocorre, surge a obrigação
tributária de pagar o tributo. A distinção entre a hipótese de incidência e o fato
imponível é essencial para compreender as obrigações tributárias e seu
funcionamento.

A universalidade do conceito de h.i:

A hipótese de incidência é um conceito universal e lógico-jurídico que


representa uma abstração mental de um fato ou circunstância.
É uma representação simplificada do objeto, contida em uma proposição
legal. A hipótese de incidência descreve um estado de fato, selecionando
características essenciais, enquanto outras podem ser negligenciadas. A
interpretação do fato concreto está relacionada apenas às características
contempladas pela lei na hipótese de incidência.

Unidade lógica da hipótese de incidência:

A hipótese de incidência é uma categoria jurídica única e indivisível que


configura o tributo e determina sua espécie. Cada hipótese de incidência é
distinta e pode abranger atos complexos ou elementos heterogêneos. É a
combinação desses elementos que a qualifica como uma hipótese de incidência
tributária, gerando obrigações tributárias.

Fato imponível:
A hipótese de incidência é uma descrição abstrata de um fato na norma
tributária que institui um tributo. É por meio dessa descrição que o poder
tributário é exercido no plano abstrato. No plano concreto, o poder tributário é
exercido por meio de atividades administrativas, como o lançamento. A hipótese
de incidência liga a norma tributária ao fato concreto, correspondendo à
descrição abstrata na lei.
Fato imponível e sua subsunção a hipótese de incidência:

O fato imponível é o evento concreto que corresponde à descrição


abstrata feita pela lei tributária. Quando esse evento ocorre de acordo com as
características previstas na lei, surge uma obrigação tributária específica. O fato
imponível é relevante juridicamente e determina o surgimento da obrigação
tributária correspondente, desde que corresponda integralmente à descrição
abstrata na lei.

Nascimento da obrigação tributária:

A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato imponível,


estabelecido pela lei. Esse fato concreto, juntamente com sua conexão com uma
pessoa e seu momento específico de consumação, determina a criação de uma
obrigação tributária. O fato imponível é o evento que entra no mundo jurídico e
constitui o crédito do tributo. Ele desempenha um papel crucial na concretização
da obrigação tributária, sendo um fenômeno jurídico que constitui o fato jurídico
tributário.

Subsunção:

A subsunção ocorre quando um fato concreto se enquadra na descrição


hipotética da lei, resultando na ocorrência do fato imponível e no surgimento da
obrigação tributária. É um processo lógico e automático em que o conceito do
fato se encaixa no conceito da norma. A subsunção é essencial para que o tributo
seja devido e a obrigação de pagamento seja estabelecida. Essa
correspondência entre o fato e a norma também é destacada no direito penal,
onde a subsunção é necessária para a caracterização de um crime.

Fato imponível como fato jurídico e não ato jurídico:

O fato imponível descrito na lei é um fato jurídico que cria obrigações


tributárias. A vontade do sujeito passivo é irrelevante, pois o direito tributário
considera o negócio como um simples fato jurídico. A lei é a única vontade
relevante para a incidência da regra tributária.

Caráter unitário do fato imponível:

Cada fato imponível é único, determinando uma obrigação tributária


específica. Mesmo com variações nos elementos de fato, a unidade lógica do
fato imponível permanece.
A hipótese de incidência estabelece as características do fato e do sujeito
passivo, além da base imponível. Cada fato imponível ocorre em local e
momento específicos, atribuindo um sujeito passivo e um débito definido.

Aspectos da hipótese de incidência:

Hipótese de incidência é a descrição legislativa de um fato cuja ocorrência


in concretu a lei atribui a força jurídica de determinar o nascimento da obrigação
tributária. Não se há uma regra jurídica para a hipótese de incidência, ou seja,
tratamos aqui de uma situação abstrata descrita pela lei tributária.

Sendo então os aspectos da hipótese de incidência:

a) Aspecto Pessoal;
b) Aspecto Material;
c) Aspecto Temporal;
d) Aspecto Espacial.

Esses são dados através dos sujeitos de obrigação tributária e seu


conteúdo substancial e assim se designa os aspectos essenciais. Sendo
observado a exata fala onde temos a utilização e a explicação destes aspectos
o autor se utiliza dessa fala para que trazendo assim mais realidade em sua fala
com o objetivo de maior detalhamento dos aspectos. A. Becker: "os fatos (núcleo
e elementos adjetivos) que realizam a hipótese de incidência, necessariamente,
acontecem num determinado tempo e lugar, de modo que a realização da
hipótese de incidência sempre está condicionada às coordenadas de tempo e às
de lugar. O acontecimento do núcleo e dos elementos adjetivos somente terão
realizado a hipótese de incidência se tiverem acontecido no tempo e no lugar
predeterminá-los, implícita ou explicitamente, pela regra jurídica".
Aspecto Pessoal é a qualidade que determina os sujeitos das obrigações
dentro da hipótese de incidência, ou seja, é a conexão entre a hipótese de
incidência e duas pessoas que são por força da lei sujeitos de obrigações,
podemos observar que a limitação do sujeito ativo é discricionária sendo seu
único limite séria quando se trata de pessoa com finalidade pública. Dentro dos
impostos o sujeito passivo é aquele que demonstra possibilidade de contribuição
participando de fato onde dele seria possível o aproveitamento econômico,
sendo tal referência retirada do artigo 145, parágrafo 1º, da Constituição Federal.
Sendo demonstrado também que dentro de nosso sistema, pois temos como
base a Constituição Federal o sujeito passivo é dado pelo legislador que este
segue as diretrizes previstas na Constituição não tendo assim grande poder de
escolher. Ou seja, todo o sujeito passivo é destinado por um legislador através
de nossa Constituição.
O sujeito ativo por sua vez é aquele que é o credor das obrigações
tributárias, a lei então exige o pagamento de tributo a ele, e apenas a lei pode
designar o sujeito passivo. Já a sujeição passiva indireta nada mais é do que
uma mutação subjetiva do polo passivo da obrigação e é dada quando o
legislador dispõe que seja sujeito passivo pessoa que não tem a
correspondência da relação descrita e pode então ser deslocada para outra
pessoa.

Aspecto temporal:

Classificação dos impostos baseado no aspecto temporal, como sabemos


podemos observar o aspecto temporal da hi, que nada mais é que a indicação
de circunstâncias de tempo que são utilizados para a colocação dos fatos. E a
doutrina por sua vez costuma dividir em fatos geradores e tendo então as
estruturas em simples e complexas e quanto a formação em complexivos,
instantâneos e continuados. A utilidade desta classificação se dá através do
estabelecimento de um critério para o reconhecimento do momento em que
ocorre o fato.
Porém Paulo Barros Carvalho formulou severa crítica ao critério de
classificação pois segundo ele para a lei tributária o que é relevante é apenas o
resultado gerando então a grande crítica. Assim Paulo Barros Carvalho gerou
uma nova classificação sendo ela a classificação cientificas das hipóteses de
incidência quanto ao aspecto temporal que foi fundada através de critérios
puramente jurídico. Ficando então, divido em: hipóteses de incidência que
preveem momento exato para ocorrência do fato imponível e hipóteses de
incidência que não fazem alusão do momento em que deva ocorrer o fato
imponível.
Perante essa classificação entendemos que hipóteses de incidência que
preveem o momento exato seria como por exemplo o IPI e o ICMS e as que não
preveem o momento exato como exemplo podemos usar o IR (imposto de
renda).

Aspecto Espacial e Material:

O Aspecto Espacial, seria o local onde o fato ocorre, sendo ela contida,
explicitas ou implícitas; esse aspecto é decisivo para a conformação do fato
imponível. Já o Aspecto Material é o que representa a ação que se deu origem
ao fato, sendo esse o aspecto mais complexo, pois nele contém os dados de
ordem objetiva; sendo o mais importante, pois nele há as substâncias essenciais
sendo esse o mais importante aspectos.

Terminologia de Base Imponível:

A hi consiste em designar uma base de cálculo, base tributável ou uma


base imponível. Essa então é a que fixa a que o tributo pertence.

Definição de Base Imponível:

A base imponível é uma medida quantitativa do aspecto material da


hipótese de incidência e estabelecida pela lei, que é o evento que gera a
obrigação tributária. É uma grandeza mensurável e abstrata que permite a
quantificação financeira do fato tributário. Possui caráter normativo e pode
abranger diferentes atributos dimensionáveis do fato.
A mensuração do fato tributário deve seguir o critério normativo
estabelecido na base de cálculo. A base imponível está relacionada a atributos
mensuráveis como peso, volume, valor, preço, entre outros. Sua escolha pela
legislação é central na estruturação das regras de tributação.
A definição da base imponível é fundamental para determinar a natureza
específica e genérica do tributo. É importante ressaltar que a base imponível é
um conceito legal abstrato e não está diretamente ligada ao objeto real ao qual
a hipótese de incidência se refere. Ela deve estar intrinsecamente ligada ao
aspecto material da hipótese de incidência e não pode ser uma grandeza não
inerente a esse aspecto.
A base imponível desempenha um papel essencial na definição dos tipos
de impostos e taxas, e sua escolha adequada é fundamental para preservar a
natureza e a estrutura dos tributos. Uma base de cálculo inadequada pode
distorcer o fato gerador e desnaturar o tributo. Portanto, em suma, a base
imponível é a medida quantitativa do aspecto material da hipótese de incidência
tributária, estabelecida pela lei, que permite a quantificação financeira do fato
tributário. Sua definição é essencial para a adequada estruturação e aplicação
dos tributos.

Dinâmica da obrigação tributária:

É importante destacar, que após a ocorrência dos eventos que geram a


obrigação, essa obrigação se concretiza e se individualiza.
Para determinar o valor de cada obrigação, é necessário aplicar os
critérios da lei ao caso específico. Menciona que a lei estabelece os débitos de
forma abstrata, enquanto o fato que gera a obrigação determina o débito
tributário em cada situação.

Dinâmica da obrigação tributária:

O processo da obrigação tributária envolve a exigência unilateral e


coercitiva de pagamento pelo Estado às pessoas sujeitas à lei. O livro ressalta a
importância de identificar quem deve pagar, quando surge a obrigação de pagar
e qual o montante devido. O intérprete deve considerar a lei, interpretando-a
corretamente, além dos princípios, categorias e técnicas do direito tributário.

Categorização dos tributos:

Destaca-se que a categorização dos tributos se baseia no aspecto


material da situação que leva à incidência do tributo. E é importante, pois cada
regime tributário possui princípios e regras específicas que devem ser seguidas.
A categorização dos tributos no Brasil deve atender aos requisitos
científicos e constitucionais.
O livro enfatiza que a categorização dos tributos estabelecida pela
Constituição é fundamental para aplicar corretamente os critérios constitucionais
e interpretar o sistema tributário. E também menciona a importância de distinguir
impostos, taxas e contribuições, destacando os princípios e regras que regem
cada tipo de tributo. Por fim, aborda os critérios utilizados na categorização dos
tributos e ressalta a importância de estudar essa questão de maneira sólida,
levando em consideração as características jurídicas dos conceitos e categorias
tributárias.

Critério jurídico de classificações:

A classificação dos tributos é encontrada na própria lei tributária, onde


está presente o elemento decisivo de classificação. O critério para classificação
das espécies tributárias está na materialidade do conceito do fato descrito
hipoteticamente pela hipótese de incidência.

Tributos não vinculados:

O caráter diferencial entre as espécies tributárias está na conformação e


consistência do aspecto material da hipótese de incidência. A consistência do
aspecto material da hipótese de incidência permite reconhecer as espécies de
tributos. E a classificação dos tributos com base na consistência material do fato
descrito pela hipótese de incidência é adotada por diversos autores.
A análise das legislações existentes revela que o aspecto material da
hipótese de incidência dos tributos consiste ou em uma atividade do poder
público ou em um fato completamente indiferente a qualquer atividade estatal.
Essa verificação permite classificar todos os tributos como vinculados ou não
vinculados, dependendo se o aspecto material da hipótese de incidência
consiste ou não em uma atividade estatal.

Critério da exclusão:

A Constituição estabelece que o legislador deve colocar no cerne da


hipótese de incidência o aspecto material, que pode ser uma atividade estatal ou
um fato independente. Tributos vinculados são aqueles em que a hipótese de
incidência consiste na descrição de uma atuação estatal, enquanto tributos não
vinculados são aqueles em que a hipótese de incidência consiste em um fato
qualquer que não seja uma atuação estatal.
A natureza do fato gerador do tributo determina se ele é vinculado ou não
vinculado. Os tributos vinculados são as taxas e contribuições, enquanto os
tributos não vinculados são os impostos. A classificação dos tributos é um critério
jurídico baseado na consistência da hipótese de incidência, sendo que a lei
tributária contém todas as informações necessárias para essa classificação.

Espécies de tributos:

O critério da classificação jurídica dos tributos permite identificar


facilmente as espécies de tributos, dispensando qualquer investigação pré ou
metajurídica. Além disso, o exame das particularidades do aspecto material da
hipótese de incidência possibilita discernir subespécies dentro das categorias
dos tributos vinculados e não vinculados.
Nomen juris:

Ao examinar o elemento essencial da suposição tributária, é possível


classificar os tributos com base na lei.
Os tributos são classificados como vinculados ou não vinculados,
dependendo da natureza do evento que os gera. Os impostos são considerados
tributos não vinculados, pois sua ocorrência não depende de uma atividade
específica do governo em relação ao contribuinte. Por outro lado, as taxas e
contribuições são exemplos de tributos vinculados, pois estão diretamente
relacionadas a uma atividade específica do governo.
A definição legal de imposto é expressa de forma negativa, afirmando que
imposto é o tributo que não é vinculado. A distinção entre imposto e taxa é
estabelecida com base na natureza do evento gerador. Enquanto o imposto está
relacionado à capacidade contributiva do obrigado, a taxa está ligada a uma ação
do poder público.
O texto também destaca que o critério para determinar se um imposto é
reconhecido é verificar se a exigência estabelecida pela lei está vinculada a uma
ação estatal ou não. O intérprete deve analisar a suposição tributária e sua
relação com o obrigado para distinguir os impostos dos tributos vinculados.

Impostos em espécie:

Como podemos observar, é possível reconhecer diversas espécies de


imposto, discernimos as espécies com o conceito que existe na h.i ou pela
materialidade. E para a identificação do tipo de imposto temos vários fatores
rigorosos e criterioso para a avaliação.
A Constituição de 1988 nos artigos 153 a 156, trata dos impostos e
estabelece quais podem ser instituídos. Existindo uma distinção entre a taxa e
contribuição no modo de atuação estatal, sendo na taxa, a h.i é uma atuação
estatal diretamente referida ao contribuinte, quando se trata de contribuição a
atuação é indireta.

Base imponível:

Não podemos confundir a base imponível da taxa e da contribuição, pois


a base imponível é uma dimensão qualquer da própria atividade do estado, já na
contribuição a base imponível não está em nenhuma dimensão de atuação, mas
sim na medida de sua consequência.

Taxas na doutrina:

A hipótese de incidência das contribuições é o somatório de atuação


estatal. As considerações podem nos permitir a definição, concluindo que a taxa
é o tributo vinculado cuja h.i consiste numa atuação estatal direta e
imediatamente referida ao obrigado, sendo a contribuição é um tributo vinculado
cuja h.i consiste numa atuação estatal indireta e mediatamente.
Cumpre ressaltar que o critério da h.i permite juridicamente reconhecer as
taxas, diferenciando-as de impostos. Conceituamos taxa como tributo vinculado.
Referibilidade:

Trata da relação entre o tributo devido e o contribuinte que o paga.

Arrecadação:

Os produtos da arrecadação são tributos com receita vinculada as taxas,


pois sua receita se destina a manutenção do serviço ou atividade decorrente de
poder de polícia, a destinação da quantia arrecadada e dos impostos são que
todos os impostos são arrecadados vão para o Governo Federal. Depois ele os
distribui para a União, Estados e Municípios.

Regime das taxas:

A relação tributária é regida pelo direito tributário a destinação dos


dinheiros é questão não tributária, mas é orçamentária. Houve uma definição
legal dos impostos através do decreto – lei de 1940, sendo tributo destinado a
atender indistintamente, para saber – se um tributo é ou não taxa é despiciendo
o destino do dinheiro com ele arrecadado. Seja qual for haverá taxa ou outra
espécie, conforme a materialidade da h.i.
Conforme a Constituição de 1988 podem ser criado impostos, taxas e
contribuições. O Brasil passou a ter um sistema tributário nacional.

Contribuição de melhoria:

Com a edição da emenda constitucional nº 18/1965, o imposto de


consumo foi transformado no imposto sobre produtos industrializados, o imposto
do selo foi extinto e criado o imposto sobre operações financeiras, adotando –
se postura rígida, estrita e rigorosamente coerente, mesmo com essa mudança
os escritores continuaram a tratar a taxa do mesmo modo que antes, não
perceberam que a mudança foi extremamente radical e drástica.
As taxas se podem confundir com as tarifas, pois o princípio financeiro é
o mesmo, porém tem diferença no sentindo jurídico, taxa é um valor fixo, que
você geralmente paga por serviços públicos essenciais. Já tarifa é um
desembolso que varia de acordo como uso que você faz de alguma coisa, em
resumo podemos dizer que o serviço público só pode dar ensejo a taxa, e aquela
atuação que der nascimento a preço (tarifado) não será serviço público, mas
atividade desenvolvida em regime idêntico ao dos particulares e, pois não
qualificável como o serviço público em termos jurídicos.

Contribuição de melhoria como tributo:

A mais típica contribuição é a de melhoria sendo um tributo especial, é


especial porque só são obrigados a pagá-lo os proprietários que receberam o
especial benefício consistente na valorização de seus imóveis, sendo valorizada
por obra pública. Sendo o sujeito ativo a pessoa que realiza a obra e o sujeito
passivo é o dono do imóvel valorizado.
Podendo ressaltar que nenhum tributo pode integrar definição
juridicamente. A chave da contribuição de melhoria será sempre a valorização,
não se confunde com imposto ou até mesmo com a taxa.

Mais valia imobiliária:

As contribuições de melhoria são cobradas quando ocorre a valorização


de imóveis a partir de obras públicas. Por isso, é importante que a administração
municipal tenha em mente que o tributo só deve incidir sobre imóveis que
efetivamente foram valorizados em razão de intervenções públicas.

Contraste com a taxa:

São três institutos, a contribuição de melhoria, a taxa e o tributo, distintos


por uma série de características inconfundíveis. Não é difícil saber diferença que
existe entre o imposto e a contribuição, só basta relembrar que o tributo não
vinculado e a segunda é tributo vinculado. A grande dificuldade está em saber
separar a contribuição da taxa, em certos casos.
Sabemos da importância da base imponível como mencionamos acima e
de sua decisiva significação para o discernimento das espécies tributarias, fica
fácil identificar a taxa das contribuições. Classificamos as contribuições pela
posição relativa do elemento intermediário integrante da h.i. Temos as
classificações que fazemos das contribuições em duas categorias, conforme a
atuação estatal são: atuação provocante e a atuação provocada.
Na atuação provocante a atuação estatal surgi um efeito que atinge o
imóvel do contribuinte, que será o obrigado na relação tributária. Já na atuação
provocada, desenvolve uma atividade que causa uma situação a qual, por sua
vez, provoca uma atuação pública. É nitidamente o caso da contribuição de
melhoria. Conforme, este seja causador pela atuação estatal ou, pelo contrário,
seja sua, causa, diversa é a configuração da contribuição.

Discernimento entre taxa e contribuição:

O conteúdo das normas tributárias consiste em um comando para


que se entregue ao Estado certa soma de dinheiro. Dessa forma, o objeto
dos comandos jurídicos só pode ser o comportamento humano, uma vez
que não há norma dirigida às coisas, m as tão somente ao comportamento
livre do homem poderá ser objeto dos mandamentos jurídicos.
O objeto da norma tributária não é, portanto, o dinheiro transferido
aos cofres públicos, mas sim o comportamento de levar o dinheiro a tais
cofres. Assim, infere-se que o objeto da relação tributária é o
comportamento de levar o dinheiro aos cofres públicos. O objeto da norma
tributária é o comportamento humano e este, o comportamento, deve
adequar-se ao conteúdo mandamental da norma.

Conceito jurídico do instituto:

A hipótese abstratamente prevista na norma descreve os fatos que,


se e quando acontecidos, tornam o comando atualmente obrigatório,
ademais, descreve também quem são as pessoas que devem ter o
comportamento prescrito no mandamento, bem como as pessoas que vão exigir.
As normas jurídicas sempre atribuem algo a alguém ou algum
comportamento. Tudo o que todos têm lhes é atribuído pela ordem jurídica. No
entanto, efetivamente não basta que a lei atribua certa parcela de riqueza
privada ao Estado, é preciso que gestos humanos levem o dinheiro aos
cofres públicos. As normas tributárias, portanto, atribuem dinheiro ao Estado e
ordenam comportamentos tendentes a levar dinheiro dos particulares para
os cofres públicos.

Critérios Constitucionais e hipótese de incidência:

Assim, no caso da tributação adotou-se como técnica fazer a


obrigação nascer de um fato, atribuindo-se a certos fatos o condão de nascer
uma obrigação tributária. Ressalta-se, além disso, que a palavra tributo é
um instituto criado pelo ordenamento jurídico, podendo ou não ser
semelhante aos conceitos extrajurídicos designados pela mesma palavra
em outros setores do conhecimento.
Adicionalmente, constata-se, ainda, que nós não somos obrigados a
obedecer a todos os comandos jurídicos, mas tão somente aqueles m
andamentos cujas hipóteses nos contemplam inequivocamente. Assim,
acontecido o fato previsto na hipótese da lei, o mandamento, que antes era
virtual, passa a ser atual, no entanto, enquanto não ocorrer o fato descrito
na hipótese, o mandamento fica suspenso, não incidindo. Costuma-se
designar, por fim, a incidência como o fenômeno de subsunção de um fato à
hipótese legal, assim, a norma tributária irá incidir assim que acontecer o fato
previsto na lei.

Cunho especial do tributo:

O autor apresenta sua tese, explicando o que seria a denominada


hipótese de incidência, além de afirmar a rejeição do uso da terminologia
"fato gerador". Inicialmente, o direito tributário objetivo é definido como o
conjunto de normas jurídicas que regulam a tributação, entendendo-se por
tributação a ação estatal de tributar, o u seja, de exigir tributos.
Tendo em vista que os tributos se caracterizam por ser uma
prestação pecuniária decorrente de lei, a fim de se isolar a norma tributária,
é preciso excluir, de um lado, as situações contratuais e, de outro a sanção
por ato ilícito, configurador de multa (artigo 3º do CTN).
Conforme dispõe o autor, é imprescindível fazer uma diferenciação
entre hipótese de incidência e fato imponível. Assim, o primeiro termo refere-
se à descrição legal e hipotética de um fato, enquanto o fato imponível,
por sua vez, é a realização, o fato efetivamente acontecido, num
determinado tempo e lugar, configurando-se, assim, a hipótese de
incidência.

Direito Constitucional Brasileiro:


A hipótese de incidência tributária é um conceito fundamental no direito
tributário que define o momento em que ocorre a obrigação de pagar um tributo.
Ela consiste nas circunstâncias previstas em lei que, uma vez ocorridas, ensejam
a ocorrência do fato gerador do tributo.

A hipótese de incidência é composta por elementos essenciais, como o


fato gerador, a base de cálculo, a alíquota e o sujeito passivo. O fato gerador
representa o acontecimento que, de acordo com a lei, faz surgir a obrigação
tributária.

Base de cálculo:

A base de cálculo é a grandeza econômica ou jurídica que servirá de


referência para a determinação do valor do tributo. A alíquota é a percentagem
aplicada à base de cálculo para determinar o montante do tributo a ser pago. O
sujeito passivo é a pessoa física ou jurídica que assume a obrigação de pagar o
tributo.

Estrita legalidade e contribuições:

A correta definição da hipótese de incidência é de suma importância, pois


determina a competência tributária do ente federativo, ou seja, qual ente tem o
poder de instituir e cobrar determinado tributo. Além disso, a hipótese de
incidência estabelece os limites e critérios para a cobrança dos tributos,
assegurando a segurança jurídica e a previsibilidade aos contribuintes.

Regime de impostos e contribuições:

No direito tributário, a hipótese de incidência é definida por meio de leis,


como os Códigos Tributários e as legislações específicas de cada imposto. A
análise da hipótese de incidência é essencial para determinar a obrigação
tributária, identificar a incidência ou não do tributo em determinada situação e
interpretar a legislação fiscal de forma precisa.
Em resumo, a hipótese de incidência tributária é o conjunto de elementos
previstos em lei que estabelecem o momento em que ocorre a obrigação de
pagar um tributo. Ela é composta pelo fato gerador, base de cálculo, alíquota e
sujeito passivo, e sua correta definição é fundamental para a aplicação adequada
da legislação tributária.
Turma 7ºC – Noturno.

1. Emanuelle Agapito Oliveira - 1520100849.


2. Giovanna Durigon Souza - 1520100839.
3. Julia Amaral - 1520101600.
4. Rayssa Quintão de Jesus - 152010179.
5. Talita Correia Salvador - 1520101156.
6. Yasmin Ribeiro - 1520100620.

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