DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV CRISTIANO MONTEIRO SOARES
PROFESSORA:
ROBERTA SALVATICO VAZ DE MELLO
TURNO:
NOITE
1. Quais as possibilidades de tutelas provisórias no CPC? Explique.
Tutela de urgência: esse tipo de tutela pode ser, ainda, dividido em tutela de urgência antecipada e tutela de urgência cautelar. Na tutela de urgência antecipada, o juiz pode conceder antecipadamente ao requerente algo que seria obtido somente com uma sentença de procedência ao mérito e só poderia ser concedido ao fim do processo. A tutela de urgência cautelar tem o objetivo de assegurar os resultados até o término do processo. Ela garante que o processo alcance o final em condições de entregar o que está sendo pedido. 2. É necessário efetuar o pagamento de custas na tutela provisório incidental? Aponte o dispositivo legal pertinente. Sim. É necessário efetuar o pagamento de custas na tutela provisório incidental. De acordo com os Artigo 294 ao Artigo 299 do CPC 3. Havendo suspensão do processo, há suspensão da tutela provisória? Explique. Não. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. 4. Explique o que é poder geral de cautela e aponte o dispositivo legal que o destaca no CPC. O poder geral de cautela está previsto no artigo 798 do CPC. Trata-se de uma permissão concedida ao Estado para que possa conceder, além das medidas cautelares típicas, medidas cautelares atípicas, ou seja, medidas não descritas pela norma jurídica. Vale ressaltar que as medidas cautelares atípicas serão admitidas sempre que as medidas cautelares típicas, expressamente previstas no CPC ou em legislação especial, não se prestarem à garantia da efetividade do processo principal. 5. Há necessidade de fundamentar a decisão referente a tutela provisória? Aponte os dispositivos legais e constitucionais que embasam sua resposta. No que respeita à tutela provisória há norma expressa quanto à necessidade de fundamentação da decisão. Trata-se do art. 298 CPC, que assim dispõe: “Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.” 6. De quem é a competência para analisar a tutela provisória? Explique. O art. 299 do CPC cuida da competência do juízo para a do pedido de tutela provisória. Quando se tratar de requerimento incidental, a competência é do juiz da causa, ou seja, do juízo perante o qual tramita o processo no qual foi formulado o pedido incidental de tutela provisória. 7. Quais são os requisitos para a concessão das tutelas de urgência? Explique-os. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Conforme exposto no artigo 294 do CPC. 8. Explique o que vem a ser caução e seus tipos. Ela sempre será pedida pelo juiz? Explique. Caução, consiste em valor depositado como garantia para o cumprimento de obrigação ou indenização de possível dano. Pode ser real ou fidejussória. Real, quando dada em garantia coisa móvel ou imóvel, e fidejussória, quando a garantia dada é pessoal. Ela nem sempre será pedida pelo juiz, podendo as partes requerer de oficio. 9. Se houver irreversibilidade da decisão a tutela de urgência poderá ser concedida? Explique. Segundo o art. 300 §3º, do CPC, a tutela de urgência não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 10. Da decisão que indefere, modifica ou defere a tutela de urgência pode ser interposto algum recurso? Se sim, diga qual e aponte o dispositivo legal. Agravo de instrumento. É o recurso interposto, em regra, contra decisões interlocutórias. Só caberá agravo de instrumento, "quando se tratar de decisão susceptível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação 11. Há alguma responsabilidade por parte de quem, beneficiado pela tutela de urgência, causar dano a contraparte? Explique.
12. Descreva o procedimento da tutela de urgência antecipada requerida em
caráter antecedente. Os arts 303 e 304 do CPC regulam a concessão da tutela antecipada em caráter antecedente. Dependendo do grau de urgência, se permite que a tutela antecipada seja formulada em petição inicial incompleta (que será complementada a posteriori). Segundo art 303 do CPC, quando a urgência for contemporânea à propositura da ação, o requerente poderá, na petição inicial, limitar-se a requer o pleito antecipatório e a indicar o pedido correspondente à tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 13. Explique a questão da estabilidade da tutela antecipada. O artigo 304 do CPC prevê que, nos casos em que não for interposto o recurso cabível contra a decisão, esta ganhará estabilidade. Hipótese contrária, diante da resistência do réu, a inicial deverá ser aditada e o processo tramitará regularmente, até o seu provimento final. Fica garantida, então, a possibilidade de futura cognição exauriente, seja pela interposição do recurso, com o consequente aditamento da inicial, ou mesmo por ação própria, em atenção aos princípios do processo justo. 14. Descreva o procedimento da tutela de urgência cautelar requerida em caráter antecedente. Conforme exposto no art 305, a petição inicial da ação que visa a prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicara a lide seu fundamento, a exposição sumaria do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observara o disposto no Art 303 do CPC 15. Explique o que é tutela de evidência. A tutela de evidência é uma espécie de tutela provisória prevista no artigo 311 do CPC. Essa espécie de tutela visa a antecipação provisória dos efeitos da decisão final 16. Descreva o procedimento e esquematize: A) Ação de consignação em pagamento A ação de consignação em pagamento é procedimento especial que visa a permitir a realização daquele instituto de direito material, por meio do qual o autor da ação, se procedente o pedido, obterá uma sentença declaratória da extinção da obrigação que foi cumprida.24 de nov. de 2015 B) Ação de exigir contas A ação de exigir contas deve ser proposta por quem teve os bens administrados por outrem. Seu procedimento possui duas fases: na primeira, o juiz decide sobre a existência da obrigação; na segunda, o réu prestará contas e será avaliado.14 de jun. de 2016 C) Ação de dissolução parcial de sociedade O procedimento especial de dissolução parcial do CPC aplica-se às sociedades simples e às sociedades empresárias; bem como às sociedades anônimas de capital fechado, desde que demonstrado, para este último caso, por pelo menos 5% ou mais do capital social, que a sociedade não pode preencher o seu fim. D) Embargos de terceiro Embargos de terceiro é remédio processual que a lei põe à disposição de quem, não sendo parte no processo, sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial. Assim, embargos de terceiro é a ação proposta por terceiro em defesa de seus bens contras execuções alheias. E) Oposição É uma forma de intervenção espontânea de terceiros que tem natureza jurídica de ação. A oposição enseja a formação de um novo processo independente, mas que será distribuído por dependência e será julgado em conjunto com a ação principal. F) Habilitação Tem seu início por meio de uma petição inicial, nos termos dos artigos 319 e 320 do CPC. A propositura da habilitação é causa de suspensão do processo, que dura até o trânsito em julgado da sentença de habilitação, quando ela será juntada aos autos respectivos. G) Ações de Família O Art. 693 do CPC delimita que o procedimento especial das ações de família aplica-se aos processos contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. H) Ação Monitória Ação monitória é um procedimento especial, previsto no CPC, por meio do qual o credor exige do devedor o pagamento de soma em dinheiro ou a entrega de coisa com base em prova escrita que não tenha eficácia de título executivo. I) Homologação do penhor legal O procedimento da homologação do penhor legal obedece aos requisitos da petição inicial, exigidos nos artigos 282 e também os elencados no artigo 874, ambos do CPC. J) Regulação de avaria grossa Embora o procedimento de regulação de avaria grossa seja essencialmente extrajudicial, mesmo quando um juiz é provocado formalmente à nomear um regulador para um determinado caso concreto, nenhuma lesão ou ameaça de lesão à direito poderá deixar ser apreciada pelo Poder Judiciário, haja vista a garantia constitucional. K) Restauração de autos A Ação de Restauração dos Autos segundo o Art. 714, do CPC, é a ação cabível quando verificado o desaparecimento dos autos qualquer das partes poderá solicitar que estes sejam restaurados.