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1.

RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES

1.1 Questão n.º 1

De acordo com a doutrina, a norma de procedimento processual refere-se a


jurisdição, ação, defesa e processo, enquanto a norma de natureza
procedimental cuida da sequência de procedimentos para formatação dos atos
decisórios do Estado – juiz no lugar, tempo e modo.

Em outras palavras, “processo engloba todo o conjunto de atos que se alonga


no tempo, já o procedimento consiste na forma que a lei determina que tais
atos sejam encadeados” (GONÇALVES, 2017).

Nessa toada o CPC/2015 trouxe as seguintes espécies, de processo sendo:


conhecimento e execução; e de procedimento, sendo: comum e especial.

1.2 Questão n.º 2

O juiz deve oferecer garantia de imparcialidade, e a violação, é tratada pelos


institutos de impedimento e suspeição, do mesmo modo recaí sobre os
árbitros. A inovação trazida pela CPC/2015 frente à arbitragem de acordo com
(BERALDO, 2016) são:

Para os impedimentos (art. 144) são os incisos VI a IX, assim tempos em


suma:

 Juiz herdeiro presuntivo, donatário ou empregador;


 Juiz que manteve relação de emprego ou prestou serviços a instituição
de ensino parte do processo;
 Juiz que cônjuge/companheiro ou parte até 3º grau por advogado ou
atue no escritório;
 Juiz promoveu ação contra parte ou advogado
Quanto à suspeição (art. 145) destaca-se:

 Juiz amigo intimo ou inimigo da parte ou advogado (inc. I) ;


 Juiz recebeu presentes da pessoa com interesse na causa (inc. II);
 Juiz credor ou devedor da parte (cônjuge/companheiro ou parte até 3º
grau), inovação prevista no inc. III)

1.3 Questão n.º 3

Coisa julgada ocorre quando não mais for possível interpor recursos, estabiliza
a decisão com características de imutabilidade e indiscutibilidade (transitada e
julgada). Em relação à questão prejudicial são demandas que devem ser
avaliadas pelo juiz previamente a questão principal, pois, influenciam. De igual
modo a decisão arbitral faz coisa julgada, contudo, deve ser ater ao escopo
daquilo quer for pedido pelas partes no litígio, em outras palavras não poderá
decidir fora dos limites dela.

1.4 Questão n.º 4

A Tutela provisória de acordo com Professor DONIZETTI consiste no


“provimento jurisdicional que visa adiantar os efeitos da decisão final no
processo ou assegurar o seu resultado prático”.

O CPC dedica o livro V da parte geral a tutela provisória.

Este instituto está previsto na Lei de Arbitragem n.º 9307/1996 nos artigos 22-A
e 22 – B, com título Das tutelas cautelares e de urgência.

A luz do dispositivo supracitado ocorrem em duas situações, antes ou depois


de instituída a arbitragem. Em suma, se antes a parte poderá realizar o pedido
especifico ao judiciário e terá 30 dias para postular o pedido principal (art. 22-
A). Se for depois, o árbitro poderá manter, modificar ou revogar caso provida
tutela pelo Magistrado como também instituí-la.

A tutela poderá ser antecedente ou incidente.

Quanto aos requisitos da tutela urgente e evidente, temos, urgente o fumus


boni juris probabilidade de direito e periculum in mora risco de que sem a
medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil
reparação. Já evidente, não tem por objetivo afastar o perigo, mas, a
probabilidade de juízo alto em relação ao direito tutelado.

No que se refere à estabilidade, O CPC /15 traz a possibilidade de estabilidade


se for concedida na forma antecedente (art. 303) ou seja o pedido antecipatório
é realizado antes da ação principal. Nesse caso o art. 304 prevê que se não for
interposto recurso contra a decisão está ganhara a estabilidade.
.
Por fim, vê-se que o instituto da tutela provisória se relaciona com a efetividade
processual, pois, a demora da concessão do objeto pleiteado poderia gerar
prejuízos ou dano para as partes e arbitragem vale disso.

REFERÊNCIAS

BERALDO, Leonardo de Faria. O impacto no novo código civil de processo


civil na arbitragem. Disponível em
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_bib
lioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RArbMed_n.49.09.
PDF. Acesso 26 de mai de 2020.

GONÇALVES, Marcos Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 8º


Ed. São Paulo : Saraiva, 2017.

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