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Tutela Provisória
Art. 294 à 311, CPC.
Tutela provisória é aquela que se pretende definitiva concedida após cognição sumária.
- Definitiva: aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate acerca do
objeto da decisão, garantindo o devido processo legal, contraditório e ampla defesa. É
predisposta a produzir resultados imutáveis, cristalizados pela coisa julgada, prestigiando a
segurança jurídica. É a que o juiz presta ao final do processo. Poderá ser satisfativa ou cautelar.
A tutela definitiva satisfativa é aquela que visa certificar ou efetivar o direito material, com a
entrega do bem da vida almejado. É a chamada tutela padrão. O resultado deste tipo de
procedimento costuma ser demorado, o que coloca em risco a própria realização do direito
afirmado. Por isso, surge o perigo da demora (periculum in mora) da prestação jurisdicional.
A tutela cautelar não visa a satisfação de um direito, mas assegurar a sua satisfação futura,
protegendo-o.
A temporariedade da tutela cautelar, porém, não exclui sua definitividade. Posto que, há
cognição exauriente do mérito cautelar, pois, do direito a cautela. A cognição do direito
material acautelado é que é sumária, bastando que se revele provável para o julgador (fumus
boni iuris).
Assim, tendo em vista a cognição exauriente, se há decisão cautelar de mérito e não mais
sujeita a recurso, há coisa julgada cautelar.
A decisão cautelar, portanto, viabiliza uma tutela definitiva, dada com cognição exauriente de
seu objeto (pedido de segurança fundado em periculum in mora e no fumus boni iuris) e apta a
tornar-se imutável. Temporários são apenas os efeitos práticos. A cautela perde sua eficácia
quando reconhecido e satisfeito o deito acautelado ou quando ele não for reconhecido, mas a
decisão que a concedeu, ainda assim permanecer imutável inalterável em seu dispositivo.
Assim sendo, por ser definitiva, a decisão cautelar não é provisória, posto que não será
posteriormente substituída por uma definitiva que a confirme, modifique ou revogue. Ela é a
decisão final definitiva para a questão. Art. 309, CPC.
- Provisória: Em rigor, a tutela dos direitos demora um tempo considerável, para que seja
garantida a segurança jurídica.
A decisão é obtida após cognição sumária e dá eficácia imediata à tutela definitiva pretendida
(satisfativa ou cautelar).
- Inapta a tornar-se coisa julgada, tendo em vista suas características supracitadas. Passará
necessariamente por um processo de estabilização para que isso ocorra.
-Tutela executiva: É fundamental haver um título, judicial (15 dias para pagar) ou extrajudicial
(3 dias para pagar).
-Tutela de urgência (provisória): Partem de uma situação de perigo. Diferente das demais
tutelas, em que o juiz decide em cognição exauriente (foram exauridos todos os meios de
provas), decide-se em cognição sumária, pois há “fumus boni iuris”(fumaça do bom direito).
A decisão é em rito sumário, sem que haja oportunidade de defesa do réu. Posteriormente a
sentença faz-se o contraditório, podendo ser revogada a tutela provisória, devendo o autor
sucumbente indenizar o réu.
Liminar é uma decisão “inaudita autera partis”, ou seja, feita sem ouvir a parte contrária,
sendo concedida logo em seguida ao pedido. Portanto, na tutela provisória há um mínimo
contraditório.
A tutela provisória cautelar antecipa os efeitos de tutela definitiva mão satisfativa (cautelar),
conferindo eficácia imediata ao direito à cautela. Somente será justificado diante de urgência
do direito a ser acautelado, que exija sua preservação imediata, garantindo sai futura e
eventual satisfação (Art. 294 e 300, CPC).
Evidencia é dada em que não há urgência, mas devido à grande evidencia, é concedida a tutela
provisória.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida
em caráter antecedente ou incidental
A tutela de urgência antecipada satisfaz previamente o litígio que afeta o objeto, coincide com
a tutela final. Há um elevado nível de cognição.
A tutela de urgência cautelar, porém, não satisfaz o litígio. Pois não coincide, mas resguarda a
solução final do litigio, mas o garante. É solvida no curso e dentro do processo principal, ou na
própria petição inicial Ex: Bloqueio de valores.
Caráter antecedente: é aquela que deflagra o processo em que se pretende, no futuro, pedir a
tutela definitiva. É requerimento anterior a formulação do pedido de tutela definitiva e tem
por objetivo adiantar seus efeitos. Primeiro pede-se a tutela de urgência e somente após a
tutela definitiva.
- O momento da concessão
A tutela provisória de urgência poderá ser concedida de forma liminar (antes da oitiva do réu)
caso haja risco para o objeto tutelado e o sucesso possível futura tutela final definitiva. Caso
contrário, haverá oitiva do réu, pois não há razoabilidade (Art. 300, CPC).
Se houver cognição exauriente, poderá ser obtida em sentença. Porém, se for o caso de
reexame necessário ou apelação, será impedida sua eficácia (efeito suspensivo).
A tutela provisória, devido a sua precariedade, poderá ser revogada ou modificada a qualquer
tempo, por decisão motivada do juiz. Ressalvada a revogação ou rejeição que decorram da
rejeição do pedido na decisão inicial, corolários do julgamento definitivo, o juiz somente
poderá revogar ou modificar a tutela provisória após a provocação da parte interessada, bem
como que tenha havido alteração fática ou de direito, em face ao momento da concessão.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.
Sem prejuízo de uma litigância de má fé, a parte que perder a medida da tutela provisória
poderá indenizar a parte que cedeu os serviços antes da decisão final, a sentença. Afinal, a
revogação da tutela provisória tem efeito ex tunc, portanto, impõe-se o reestabelecimento da
condição anterior.
É importante aumentar a cognição do juiz para que seja concedida a tutela provisória e/ou
modificada, bem como fazer com que seja mantida.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação
da tutela provisória.
O rol exemplificativo do Art. 536 contempla algumas opções do juiz executar a tutela
provisória. O patrono deverá sugeri-la em petição. Ex: pena de multa diária.
Em caso de tutela provisória, é possível requerer a fixação de uma garantia, como no caso da
execução provisória.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente,
ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
- Competência
É possível requer a tutela provisória através de petição simples ou da petição inicial. A ação
mesmo que antecedente, será distribuída ao juiz que receberá a ação principal. Ex: se em sede
de apelação, ao juiz da segunda instancia. Se ao juiz da inicial, o juiz da primeira instancia
responsável.
- Concessão de ofício
É vedada a concessão de tutela provisória de ofício, conforme dispõe art. 395, CPC.
Tutela de Urgência
A tutela provisória de urgência poderá ser cautelar ou satisfativa (antecipada).
Em ambos casos, a urgência deverá ser plausível, ou seja, fundamentada com provas, sendo
necessária para que não se prejudique o resultado útil do processo. Portanto, deverá ser
demonstrado fumus boni iuris e periculum in mora. Art. 300, caput, CPC.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito (FUMUS BONI IURIS (fumaça do bom
direito): Trazer argumentos de prova que confirmem esta situação. É necessário
provar para requerer tutela de urgência, de modo que o juiz assinta esta
condição) e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (PERICULUM
IN MORA (perigo na demora): preocupa-se não somente com o dano iminente,
mas também com o prejuízo do resultado útil do processo).
É possível que o juiz exija uma caução para garantir a tutela de urgência com o fim de evitar
danos que a outra parte possa sofrer com uma liminar indevida, no caso da tutela provisória
de urgência antecipada (satisfativa), para que seja reversível. Art. 300, parágrafo 3º, CPC. A
final, os efeitos da decisão que revogam a tutela provisória são ex tunc, por tanto, deverá ser
reestabelecido o status a quo ante.
Há casos, porém, que há conflitos de interesses, ex: concessão de cirurgia, sendo necessário
ponderar os direitos fundamentais da segurança e proporcionalidade da medida. Como regra,
sempre que observado fumus boni iuris e periculum in mora deve-se privilegiar o direito
provável, em prejuízo a segurança jurídica, sendo abrandados seus efeitos através de caução.
Com isso, provê os meios adequados para a reversão através de pecúnia. A decisão deverá ser
motivada, art. 489, CPC.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante
arresto (bloqueio de todos os bens), sequestro (bloqueio de um bem especifico),
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver
sido concedida, sempre que possível.
É possível que o juiz de a tutela de urgência inaudita altera partes, ou seja, sem ouvir as partes
contrarias ou requerer provas, que serão apresentadas após. Há neste caso contraditório
deferido.
As tutelas de urgência dividem-se em cautelar (visa proteger o deslinde da questão, mas não
coincide com a sentença. Ex: bloqueio de valores. Mantem o status de integridade da futura
sentença, não a satisfazendo mas a garantindo.) e antecipada (visa antecipar a sentença ou um
dos efeitos da sentença. Satisfaz de pronto a sentença). E poderá ser requerida de forma
antecedente (instaura o processo requisitando a tutela provisória, tão somente), ou
antecipada (na petição inicial).
A petição inicial deverá preencher os requisitos do Art. 319, bem como conterá: requerimento
de cpmcessão de turela provisória cautelar em caráter antecedente, a ser confirmada em
caráter definitivo, indicação da lide, indicação da probabilidade do direito (fumus boni iuris), e
a demonstração do perigo da demora (periculum in mora).
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva
assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e
indicar as provas que pretende produzir.
Uma vez deferida a petição incial, o juiz deverá julgar o requerimento liminar de tutela
cautelar, se assim for formulado, ou mediante justificação prévia, se necessário for; ordenará o
cumprimento da medida, se deferida; a citação do réu, para que conteste no prazo de 5 dias.
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-
se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5
(cinco) dias.
Se verificada a revelia (art.344), os fatos serão tidos como verdadeiros, o juiz proferirá decisão
definitiva sobre o pedido cautelar no prazo de 5 dias.
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado
pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos
autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do
adiantamento de novas custas processuais.
Concedida em caráter antecedente, a tutela provisória terá de ser efetivada no prazo de 30 dias,
sob pena de não mais poder sê-lo, operando-se a cessação da sua eficácia. Deve-se entender que
o prazo de 30 dias é para que o requerente busque a efetivação da medida. Decorrido o prazo
sem a efetivação da medida, e desde que isso seja imputável ao próprio requerente, presume-se
que desapareceu o risco e que a parte não mais deseja a cautelar.
É possível, ainda, que o juiz de liminarmente a cautelar, ou seja, sem ouvir a parte ré. Desse
modo, o prazo para aditar a inicial passa a contar da data da liminar. Se o juiz der a liminar cabe
agravo.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o
pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
Promovida, contudo, sua efetivação, com a medida adequada (arresto, sequestro, arrolamento de
bens e registro de protesto contra a alienação de bens), começará a correr o prazo de 30 dias
para que o autor formule o pedido de tutela definitiva satisfativa (pedido principal) e adite a
causa de pedir correlata, sob pena de cessação da eficácia da medida cautelar. Não há novas
custas.
**Mesmo quando não concedida a tutela cautelar, o autor poderá, sem prejuízos, formular o
pedido principal. A cautelar é uma ação autônoma a tutela satisfativa.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do
risco ao resultado útil do processo.
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma
do art. 335.
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto
no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o
juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.
Se houver urgência mas ainda não houver ação, poderá ser feito somente um pedido de tutela
antecipada e indicação do pedido da tutela final definitivo, com a exposição da lide, indicando
fumus e periculum, valor da causa e a opção pelo pedido antecedente.
A decisão de tutela antecipada poderá ser dada liminarmente, ou será citado o réu para
agrava-la.
O juiz analisara se há elementos para deferir a tutela antecipada. Se entender que não, pedirá
que o autor emende a inicial, com sua causa de pedir conforme o pedido definitivo, intimando-
o, para fazer em 5 dias. Se o autor não o fizer, haverá sentença do processo sem resolução do
mérito.
Determinará a intimação do autor para que promova o aditamento da inicial, sem incidência
de novas custas, completando sua causa de pedir, confirmando a tutela definitiva, juntando
novos documentos uteis ou indispensáveis, no prazo de 15 dias.
Caso não adite haverá extinção. Porém poderá ser estabilizada a liminar concedida.
Citação e intimação do réu para que cumpra a providencia deferida antecipadamente e para
que compareça a audiência de conciliação. Não havendo auto composição, abre-se prazo para
contestação, que só passa a correr desta data, por mais que o réu seja citado de imediato . O
prazo é de 15 dias úteis.
Neste caso, será extinto o processo com a decisão antecipatória, a qual continuará produzindo
efeitos enquanto não for ajuizada ação autônoma revisional para reforma-la, revisa-la ou
invalida-la.
→ Será estabilizada em duas condições: se o réu não agravar a liminar (art. 304, caput), e o
autor não aditar a inicial.
**Observação: a estabilização não é válida nos casos de réu citado por edital ou hora certa, e
estiver preso ou for incapaz sem representante.
A liminar se tornará mais forte se o processo não for extinguido no prazo de 2 anos (parágrafo
5º), findado o prazo para revisional. Porém, não formará coisa julgada (parágrafo 6º).
Juiz
Sentença Intimadas
Não é possível que ocorra de forma liminar, deve ter avido um mínimo contraditório,
minimamente após a contestação. Caso de abuso do direito de defesa é difícil de ser
demonstrado, poderá ser feito dizendo que o ato é meramente protelatório. Ainda, se
demonstrado que há abuso de defesa, e recurso meramente protelatório, por lógica, dir-se-á
que o direito é evidente.
Art. 927, CPC – Sistema de precedentes. Interpretações da lei ao caso concreto, julgamento de
demandas repetitivas em um único acordão, e súmulas vinculantes. Portanto, nestes casos é
claro e cristalino o direito, sendo obtida decisão liminar, através da tutela de evidencia.
A recíproca é verdadeira, no Art. 312, CPC, sendo julgado o mérito contrario ao pedido se
contrariar os citados no Art. 927, CPC.
Faz contrato de depósito, art. 640, CC, mas o depositário se nega a devolve-lo.
A prisão civil do depositário infiel é inconstitucional, Súmula 25, STJ. Por isso, agora faz-se a
ação através de tutela de evidencia, sob pena de multa. É possível liminar neste caso. Pedido
reipersecutório significa o pedido para entrega de coisa.
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Não há tutela de evidencia antecedente, seja por razão da estruturação do código, estão em
títulos diversos, ou porque não huve disposição expressa neste sentido.