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T P U E PRO E JR CONTENCIOSA

As sistemáticas das tutelas 294 em diante virou tutela provisória.

Conceito de Tutelas Provisórias: Art. 294 a 311 / CPC

São tutelas jurisdicionais não definitivas fundadas em cognição sumária, ou seja,


fundadas em um exame menos profundo da causa, capaz de levar à prolação de decisões
baseadas em juízo de probabilidade e não ter certeza. Não é definitiva. O juiz não se
aprofunda na análise da causa. Não há todos os elementos de cognição, não se tem todas
as provas para o exame profundo. Assegura o benefício de uma decisão futura.

 Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.

Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser


concedida em caráter antecedente ou incidental.
Classificação

De urgência - Art. 300 a 310 / CPC De evidência – Art. 311 / CPC


Antecipada / satisfativa:
Tutelas Antecedente
provisórias Incidental
Art. 294 Incidental
A tutela provisória pode
fundamentar-se em urgência Cautelar:
ou evidência
Antecedente
Incidental

FUNDAMENTOS

Art. 5º, XXXV / CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a
direito; é o princípio do acesso à justiça. Tem o objetivo de resguardar direitos.

a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável


Art. 5º, LXXVIII / CF -
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação . Não pode
prejudicar o direito de outro, não podemos esperar tanto tempo por uma decisão. O
processo tem que ter uma duração razoável.

CARACTERÍSTICAS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS


1 – Eficácia: as tutelas só conservam a sua eficácia durante a tramitação do processo.
(Podendo ser a qualquer momento revogado se fundamentada).

Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Ela tem eficácia no curso do processo.
Durante a suspensão do processo a tutela provisória também permanece com sua eficácia?

Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará


a eficácia durante o período de suspensão do processo.

2 – Possibilidade de revogação ou modificação: como é provisória/precária, pode ser


renovada se tiver elementos novos que justifiquem essa revogação/modificação.

Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o
juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.

3 - Cumprimento provisório: Arts 520 a 522

A tutela provisória de urgência, cautelar ou


4 – Momento do requerimento: Art. 294, §U.
antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. Ela pode ser
antecedente se for proposta antes da inicial, antes da propositura da tutela principal. Pode
ser propositada em qualquer momento do processo.

TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE Art. 303. Nos casos


em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao
resultado útil do processo. Se o pedido de tutela de urgência for ao mesmo tempo da
propositura da ação/inicial, pode ser de caráter antecedente. Entra com um pedido mais
simples, pede a tutela e indica/avisa que irá entrar com o pedido principal. Ganhando assim,
tempo para robustecer o processo principal.

TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE Art. 305. A petição


inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide
e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo. Aquelas que são pleiteadas no curso do
processo.

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração


de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
5 – competência: onde é proposta a demanda/juiz competente. É o mesmo que julga o
pedido principal. Pois a incidental já estará em

 Art.299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente,


ao juízo competente para conhecer do pedido principal.

Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de


tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente
para apreciar o mérito. ,

6 – Poder geral de tutela do juiz:

 Art.297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para


efetivação da tutela provisória. Significa que o juízo tem o poder geral de tutela e pode
determinar qualquer medida.

~ DEVO PAGAR CUSTAS PARA A PROPOSITURA DE TUTELA PROVISÓRIA?


Art. 295/CPC – as de caráter incidental (no curso do processo, ‘a qualquer momento’.
Pois já se pagou custas na inicial), independe de custas.
Art. 300/CPC - Já as de caráter antecedente, se paga custas na propositura desta.

~ Regras de Competências: deve- se saber qual o juiz da causa para propor a antecipada, e
a incidental, não precisa pois já está no curso do processo.

~ DIFERENÇAS ENTRE TUTELAS PROVISÓRIAS DE URGENCIA ANTECIPADA E CAUTELAR.

ANTECIPADA: antecipa os efeitos do mérito. Ex.: entrar com pedido de ação de obrigação de
fazer, para fornecimento de remédios, pedindo a tutela de urgência, ou seja, antecipa esse
fornecimento de remédios.

CAUTELAR: não é antecipação de mérito, e sim, serve para preservar o exercício de um


direito futuro. ‘ART.301/CPC... Pode ser efetivado mediante arresto, sequestro, arrolamento
de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea
para asseguração do direito’. Ex.: alguém tem uma dívida comigo, e medida cautelar para
garantir o arresto do dinheiro que ele tem, para fazer o pagamento. 2 Anderson e Ailton
fazem contrato de compra e venda de um posto de gasolina, e neste consta que a forma de
pagamento é de X R$ + CARRO. Porém Anderson só passou o carro para o nome do hailton,
porém este não quer pagar o resto, o contrato deve ser reincidido (desfazer a compra do
posto) para hailton não sumir com o carro, para o carro voltar ao status quo, e fazer o
pagamento de outra forma.

A TUTELA DE URGENCIA Será concedida quando:


1. Art. 300 - houver elementos que evidencie a probabilidade do direito.
2. Art. 300 – o perigo de dano ou risco ao resultado útil processo (antigo periculum in
mora).

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.

§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir


caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa
vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia (quando não está muito seguro, chama a parte contrária para entender).

§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver


perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:

I - a sentença lhe for desfavorável; é revertida a tutela

II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários


para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; se obteve a tutela antecedente,
precisa ser citado, caso não mande, responde o prejuízo da outra parte.

III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. Se


obtiver mas for constatado prescrição ou decadência.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.

DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE

Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem
natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 .

Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e
indicar as provas que pretende produzir.

Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-
ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento


comum.

Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas
processuais.
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela
cautelar. Pode fazer o pedido cautelar junto com o pedido principal.
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido
principal. A causa de pedir é a fundamentação, que pode ser aditada dentro dos 30 dias.

§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de


conciliação ou de mediação, na forma do art. 334 , por seus advogados ou pessoalmente,
sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma
do art. 335 . Abre-se o prazo 1 dia após a audiência, para contestar o pedido principal.

Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:


I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; cai a cautela se o autor não
deduzir o pedido.
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito. Ocorre a perda da eficácia da tutela.
§ Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é
vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. Renova-se o pedido se tiver
outro fundamento.

Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o
pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição.

DA TUTELA DA EVIDÊNCIA

 Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração


(não precisa provar) de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: a
ideia de pedir é inverter o ônus da demora processual. Quando o juiz entender que há
abuso de defesa, ele antecipa efeitos do mérito para que o ônus da questão postulatória
recaia sobre o réu e não mais sobre o autor. Inversão do ônus postulatório da ação.
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte; usado para atravancar o processo.
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente (e for
feito, não precisa esperar o fim do processo) e houver tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório () fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente
(decisão que é decidida sem mesmo citar o réu). Pois nos incisos I e IV o réu já contestou.

Artigo - https://www.rkladvocacia.com/tutela-de-evidencia-e-abuso-do-direito-de-
defesa-2/

CAPÍTULO I
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

 Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.

§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento


bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com
aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.

§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a


manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do
credor a quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser
proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do
depósito e da recusa.

§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o
depositante.

Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à


data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.

 Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor
continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo,
desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.

 Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:

I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados
do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ;

II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.

Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem
resolução do mérito.

 Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será
este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do
contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar
lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.

 Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:

I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;

II - foi justa a recusa;

III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;

IV - o depósito não é integral.

Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o
montante que entende devido.

 Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias,
salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.

§ 1º No caso do caput , poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com
a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.

§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o
montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos
mesmos autos, após liquidação, se necessária.

 Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu
ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação.


 Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor
requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.

 Art. 548. No caso do art. 547 :

I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas


vagas;

II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;

III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação,
continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o
procedimento comum.

 Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do
aforamento.

CAPÍTULO II
DA AÇÃO DE EXIGIR CONTAS

 Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu
para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. Terceira turma do STJ
permite que seja movida ação de exigir prestação de contas, como por exemplo, prestação
de contas de pensão.

§ 1º Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige as


contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem.

§ 2º Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o


processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro (procedimento comum).

§ 3º A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica,
com referência expressa ao lançamento questionado.

§ 4º Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355 .

§ 5º A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de
15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar. Se contestado, e
o juiz acatar,

§ 6º Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5º, seguir-se-á o procedimento do §


2º, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a
realização de exame pericial, se necessário.

AÇÃO MONITÓRIA

Ação Monitória: É um procedimento especial que tem por objetivo propiciar ao autor a
satisfação de um crédito, porém sem força de título executivo, desde que apresente
documento suficiente para a comprovação. Encontra-se no limbo entro ação de
conhecimento e ação de execução.

Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova
escrita sem eficácia de título executivo (não tem uma força executiva ‘ser executada com ação de
execução’), ter direito de exigir do devedor capaz:I - o pagamento de quantia em dinheiro;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
§ 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos
termos do art. 381 .

Procedimento: petição inicialArt 139/cpc inicia-se a narração da causa de pedir


(fundamentação jurídica)

§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:

I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;

II - o valor atual da coisa reclamada;

III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido.

§ 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, incisos I a III.

§ 4º Além das hipóteses do art. 330 , a petição inicial será indeferida quando não atendido o
disposto no § 2º deste artigo.

§ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz
intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum.

§ 6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.

§ 7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o
procedimento comum.

Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer,
concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de
honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.

§ 1º O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo.

§ 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer


formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702 ,
observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial .

§ 3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2º.

§ 4º Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702 , aplicar-
se-á o disposto no art. 496 , observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte
Especial.

§ 5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916 .

Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios
autos, no prazo previsto no art. 701 , embargos à ação monitória.

§ 1º Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no


procedimento comum.

§ 2º Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar
de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da
dívida. Alegar e provar/mostrar um valor mais justo da dívida.
§ 3º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão
liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os
embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso.

§ 4º A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até


o julgamento em primeiro grau. Os embargos têm efeitos suspensivos.

§ 5º O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 6º Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de


reconvenção à reconvenção.

§ 7º A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de


pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa.

§ 8º Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial,


prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte Especial , no
que for cabível.

§ 9º Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos.

§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao


pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa.

§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de
multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor.

HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL art. 1.647/CC

 Art. 703. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor, ato contínuo, a
homologação.

§ 1º Na petição inicial, instruída com o contrato de locação ou a conta pormenorizada das


despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, o credor pedirá a citação do devedor
para pagar ou contestar na audiência preliminar que for designada.

§ 2º A homologação do penhor legal poderá ser promovida pela via extrajudicial mediante
requerimento, que conterá os requisitos previstos no § 1º deste artigo, do credor a notário de sua livre
escolha.

§ 3º Recebido o requerimento, o notário promoverá a notificação extrajudicial do devedor para,


no prazo de 5 (cinco) dias, pagar o débito ou impugnar sua cobrança, alegando por escrito uma das
causas previstas no art. 704 , hipótese em que o procedimento será encaminhado ao juízo
competente para decisão.

§ 4º Transcorrido o prazo sem manifestação do devedor, o notário formalizará a homologação


do penhor legal por escritura pública.

 Art. 704. A defesa só pode consistir em:


I - nulidade do processo;
II - extinção da obrigação;
III - não estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos
a penhor legal;
IV - alegação de haver sido ofertada caução idônea, rejeitada pelo credor.

 Art. 705. A partir da audiência preliminar, observar-se-á o procedimento comum.


 Art. 706. Homologado judicialmente o penhor legal, consolidar-se-á a posse do autor sobre o
objeto.

§ 1º Negada a homologação, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de


cobrar a dívida pelo procedimento comum, salvo se acolhida a alegação de extinção da obrigação.

§ 2º Contra a sentença caberá apelação, e, na pendência de recurso, poderá o relator ordenar


que a coisa permaneça depositada ou em poder do autor.

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