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Autos nº.: 0010554-08.2018.5.03.

0146
Data do Relatório: 02/06/2022
Vara do Trabalho
Nome do Reclamante: MARIA CICERA DA SILVA
Nome do Reclamado: JOSEFA PEREIRA DA SILVA
Maria Cícera Da Silva, por meio de seu advogado, ajuizou ação
trabalhista em cerimônias ordinárias, pleiteando os benefícios da liberdade e da
justiça, pois era empregada para cuidar dela pelos filhos do acusado, que era
idoso e necessitava de cuidados especiais por poder não se alimentava, não
dava atenção à higiene pessoal, por isso o denunciante ficava em sua
residência 24 horas por dia. Vale ressaltar que os filhos da acusada nunca
foram atendidos por terceiros, então os denunciantes tiveram pelo menos dois
dias de férias, em vez disso, às vezes visitavam sua mãe para fazer compras e
medicamentos, como se costuma dizer, eles estão ocupados.
A Reclamada encontra-se acamada, fazendo uso de cadeira de rodas,
mamadeira e fraldas geriátricas, não possuindo, no momento, gozo das
capacidades civis.
Segundo a reclamada os fatos narrados pela reclamante não condizem
com a verdade dos fatos vividos pelas partes, a reclamada informou que os
registros constantes da presente ação, bem como todos os seus documentos,
são os mesmos da ação nº. 0010374-89.2018.5.03.0146, na qual a
Reclamante ajuizou em desfavor de Maria das Graças Santos da Silva e
Antônio Pereira Santos, cuja sentença proferida por Vossa Excelência foi pela
IMPROCEDÊNCIA dos pedidos contidos na inicial.
Em 14 de fevereiro de 2019, na sala de sessões da VARA DO
TRABALHO DE NANUQUE/MG, sob a direção do Exmo(a). Juiz JOSE
RICARDO DILY, realizou-se audiência relativa à AÇÃO TRABALHISTA - RITO
ORDINÁRIO número 0010554-08.2018.5.03.0146 ajuizada por MARIA CICERA
DA SILVA em face de JOSEFA PEREIRA DA SILVA. CONCILIAÇÃO
RECUSADA.
Tendo em vista as alegações das partes e os documentos que já foram
carreados aos autos, o juiz resolveu inverter a ordem de oitiva das
testemunhas e passo á oitiva das testemunhas da reclamada. Protestos da
reclamada.
Primeira testemunha do reclamado: MAIARA ALVES DOS SANTOS,
Brasileiro(a), identidade nº MG-18.060.800, profissão: esteticista, residente e
domiciliado(a) na rua São Domingos, nº31, bairro Cruzeiro II, Carlos
Chagas/MG. Advertida e compromissada inclusive em relação à penalidade no
art. 793-D da CLT. Depoimento: "Que nunca trabalhou para a reclamada; que
nunca compareceu à casa da reclamada; que é vizinha da reclamada há cinco
anos; que sabe informar que a reclamante morava com a reclamada; que não
sabe o porquê de a reclamante residir com a reclamada, sabendo apenas que
residiam juntas; que as vezes conversava com a reclamada, mas nunca lhe foi
dito sobre a razão da reclamante viver na mesma residência; que nunca
conversou com a reclamante; que a reclamante permanecia na residência
durante todo o dia; que não sabe informar se havia alguma divisão nas tarefas
domésticas ou sequer sabe dizer quem era responsável pelas mesmas; nada
mais." Pretendia a autora ouvir como testemunha a Sra. Maria Aparecida M.
Rodrigues, visando comprovar que foi a mesma quem assinou o documento de
fls 16, representando o Sindicato que homologou aquele termo de rescisão.
A oitiva foi indeferida, nos termos do §único do art. 370 do CPC, uma
vez que não há qualquer impugnação a respeito da assinatura constante no
documento neste ato, as partes tiveram vista dos autos e declararam não ter
mais provas a produzir, requerendo o encerramento da instrução processual, o
que foi deferido.
O juiz proferiu SETENÇA e DECIDIU, na reclamação trabalhista ajuizada
por M ARIA CÍCERA DA SILVA em face de JOSEFA PEREIRA DA SILVA,
julgar PROCEDENTES EM PARTE os pedidos contidos na petição inicial.
Condeno a reclamada às seguintes obrigações de fazer: a) proceder à
anotação do contrato de trabalho na CTPS da autora e entregar-lhe as guias
rescisórias TRCT, CD/SD, nos exatos termos (prazo e penalidades) constantes
no item II.2 da fundamentação, isto é, no prazo de três dias após o trânsito em
julgado, o reclamante deverá ser intimado a juntar aos autos sua CTPS.
O advogado da reclama informou ao judiciário o falecimento a mesma
em 11/12/2019, anexando cópia na certidão de óbito ao processo. Nada foi
apresentado pela parte reclamante, assim, à luz do art. 485, IV, do CPC,
JULGOU EXTINTO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

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