HIPOVOLÊMICO HEMORRAGIA Hemorragia é a perda súbita de sangue, originada pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos.
As hemorragias podem ser divididas em:
Internas e externas.
Ainda podem ser classificadas de acordo
com o vaso atingido, podendo ser: arterial, venosa e capilar. HEMORRAGIA Quanto maior a quantidade perdida de sangue, mais graves serão as hemorragias.
Quanto mais rápida a hemorragia, menos
eficientes são os mecanismos compensatórios do organismo. Um indivíduo pode suportar uma perda de um litro de sangue, que ocorre em um período de horas, mas não tolera esta mesma perda se ela ocorrer em minutos. CONSEQUÊNCIAS Hemorragias graves não tratadas ocasionam o desenvolvimento do estado de choque.
Hemorragias lentas e crônicas (por
exemplo, através de uma úlcera) causam anemia (ou seja, quantidade baixa de glóbulos vermelhos). HEMORRAGIA INTERNA Caracteriza-se pelo sangramento das estruturas profundas, nao sendo visivel. Em alguns casos pode se exteriorizar pelos orifícios naturais do organismo (boca, nariz, ouvido etc.). As medidas básicas de socorro não funcionam. O paciente deve ser tratado no hospital. HEMORRAGIA INTERNA Acontece maisfrequentemente no tórax e abdome.
Observar presença de lesões perfurantes, e equimoses ou
contusões na pele sobre estruturas vitais.
Os órgãos abdominais que mais produzem sangramentos
graves são o fígado, localizado no quadrante superior direito, e o baço, no quadrante superior esquerdo.
A distensão abdominal com dor após traumatismo deve sugerir
hemorragia interna. HEMORRAGIA INTERNA Algumas fraturas, especialmente as de bacia e fêmur, podem produzir hemorragias internas graves e estado de choque. Observar extremidades com deformidade e dolorosas e instabilidade pélvica.
Algumas hemorragias internas podem se exteriorizar, por vezes
hemorragias do tórax produzem hemoptise, enquanto as hemorragias de esôfago, estômago e duodeno tendem a se exteriorizar através da hematêmese, o sangue eliminado pode ser vermelho vivo ou estar parcialmente digerido, com aparência de borra de café.
Neste caso o socorrista pouco pode fazer no pré-hospitalar para
controlar a hemorragia. As condutas visam ao suporte da vida, principalmente via aérea e respiração, até o hospital. SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA INTERNA Agitação; Palidez; Sudorese intensa; Pele Fria; Pulso acelerado (acima de 100 bpm); Pressão arterial baixa; Sede; Fraqueza. Perda de sangue ou fluidos pelo Nariz ou ouvido; Vômito ou tosse com presença de sangue; Rigidez ou espasmos dos músculos abdominais; Dor abdominal; Sangramento pelas genitálias ou ânus HEMORRAGIA EXTERNA Caracterizada pela exteriorização do sangramento. Podem ser controladas utilizando técnicas básicas de primeiros socorros. SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA INTERNA Agitação; Palidez; Sudorese intensa; Pele Fria; Pulso acelerado (acima de 100 bpm); Pressão arterial baixa; Sede; Fraqueza; FR maior que 20rpm Enchimento capilar lentificado (maior que 2 seg) ESTIMATIVA DE PERDA SANGUINEA EM FRATURAS Tíbia = 250 ml Pelve = 3000 ml Fêmur = 600 ml Costelas = 50 ml Úmero = 75 ml CONSEQUÊNCIAS DE ACORDO COM O VOLUME SANGUINEO PERDIDO Perdas de até 15% do volume sanguíneo (750ml em adultos), geralmente não causam alterações. Ex: doação de sangue.
Perdas maiores que 15% e menores
que 30% (750 a 1.500ml). Geralmente causam estado de choque compensado (sem hipotensão arterial). CONSEQUÊNCIAS DE ACORDO COM O VOLUME SANGUINEO PERDIDO -Perdas acima de 30% (maiores que 1.500ml) levam ao choque descompensado com hipotensão causando alterações das funções mentais, agitação, confusão ou inconsciência.
A perda de mais de 50% do volume
sanguíneo causa a morte. HEMORRAGIA DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO ANATOMICA HEMORRAGIA DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO ANATOMICA -Arterial: Sangramento em jato (pulsátil). Geralmente o sangue é de coloração vermelho-viva. É mais grave que o sangramento venoso em vasos de mesmo calibre, pois a pressão no sistema arterial é bem maior que a pressão no sistema venoso e a velocidade da perda sanguínea é maior HEMORRAGIA DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO ANATOMICA Venosa: O sangue sai lento e contínuo na cor vermelho escuro. Capilar: O sangue sai lentamente por vasos menores. A cor é menos viva que na hemorragia arterial HEMOSTASIA Significa controle do sangramento, pode ser efetuada através dos mecanismos normais de defesa do organismo isoladamente (contração de vasos sanguíneos lesionados e coagulação do sangue) ou em associação com técnicas de tratamento médico-básicas e avançadas (cirúrgicas). Os pacientes com distúrbios no mecanismo de coagulação, por exemplo, os hemofílicos, podem apresentar hemorragias graves por traumas banais. MANOBRAS PARTA CONTENÇÃO DO SANGRAMENTO COMPRESSÃO DIRETA É feita uma pressão direta sobre a ferida, usando um pano limpo ou curativo. Mantenha até que ocorra a coagulação. A interrupção precoce dessa manobra pode remover o coágulo recém-formado, reiniciando o sangramento;
Aplicar gazes ou compressa estéril
diretamente sobre o ferimento; Aplicar compressão manual direta sobre o ferimento (a pressão deve ser mantida até que o sangramento pare); Realizar curativo compressivo ELEVAÇÃO DE MEMBRO
Consiste em elevar o membro afetado acima
do nível do tórax, normalmente usado em combinação com a compressão direta para controlar a hemorragia de uma extremidade; COMPRESSÃO INDIRETA Compressão indireta (pontos de pressão). É feita usando uma pressão da mão do socorrista para comprimir uma artéria, distante do ferimento. Este procedimento é executado frequentemente na artéria braquial e femural; TORNIQUETE É o último recurso em hemorragias graves nas extremidades que não respondem às medidas já descritas; atualmente só é utilizado nas amputações traumáticas. Tem como complicações o esmagamento de vasos sanguíneos, nervos e músculos e a interrupção do fluxo sanguíneo. Colocar o torniquete entre o ferimento e o coração tão próximo quanto possível da ferida, mas fora de seus bordos. Se o ferimento for abaixo de uma articulação, coloque o torniquete acima da articulação. TORNIQUETE COM ESFIGNOMANOMETRO Se dispuser de um esfigmomanômetro (aparelho de pressão) pode utilizá-lo como um torniquete, posicionando o manguito proximalmente ao local do sangramento e insuflando-o cerca de 20mmHg acima da pressão sistólica aferida TORNIQUETE IMPROVISADO Utilizar panos largos, nunca usar barbantes, arames ou materiais finos e estreitos, pelo risco de agravar as lesões cortando a pele e estruturas profundas
Envolver o membro com o pano logo acima do ferimento
TORNIQUETE IMPROVISADO Fazer um meio nó Colocar um pedaço de madeira no meio nó Dar um nó completo sobre o pedaço de madeira. Torcer moderadamente o pedaço de madeira até parar a hemorragia. TORNIQUETE IMPROVISADO Fazer um meio nó Colocar um pedaço de madeira no meio nó Dar um nó completo sobre o pedaço de madeira. Torcer moderadamente o pedaço de madeira até parar a hemorragia. TORNIQUETE IMPROVISADO
Fixar com um nó a madeira
Marcar em lugar visível e anote a hora TORNIQUETE PROFISSIONAL TORNIQUETE IMPROVISADO CONTROLE NA ESPISTAXE Pode ser causado por trauma direto ao nariz ou por causas clínicas (por exemplo, hipertensão arterial).
Para parar um sangramento nasal:
Coloque o paciente sentado. Aplique pressão direta, apertando as narinas. Caso o paciente fique inconsciente e incapaz de manter sua via aérea, coloque-o em decúbito lateral e prepare-se para fazer aspiração e limpeza de vias aéreas. CHOQUE Define-se como quadro grave causado por uma reação do organismo a uma condição onde o sistema circulatório não fornece circulação suficiente para cada parte vital do organismo.
Predispõem ao choque o estado emocional
instável, fraqueza geral, nutrição insuficiente, idade avançada, temor, aflição e preocupação. Hemorragias, fraturas, esmagamentos e grandes queimaduras são freqüentemente seguidas de choque. SINAIS E SINTOMAS Os sintomas sao muito parecidos com os das hemorragias a depender do tipo de choque.
Pulso rápido e fraco.
Aumento da frequência respiratória. Pele fria, úmida e pálida. Perfusão capilar lenta ou nula. Tremores de frio. Tonturas e sincope. Agitação ou depressão do nível de consciência. Pupilas dilatadas TIPOS DE CHOQUE Choque hemorrágico; Choque cardiogênico; Choque neurogênico; Choque anafilático; Choque metabólico; Choque séptico PRIMEIROS SOCORROS Avalie o nível de consciência; Posicione a vítima deitada (decúbito dorsal); Abra as VA estabilizando a coluna cervical; Avalie a respiração e a circulação; Controle hemorragias externas; TIPOS DE CHOQUE Eleve os membros inferiores; Imobilize fraturas, se necessário; Afrouxe roupas; Ministre oxigênio; Previna a perda de calor corporal; Não dar nada de beber ou comer