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CHOQUE ELETRICO:

Passagem de corrente elétrica no organismo ou eletrocussão

FATORES INFLUENTES:

 tipo de circuito

 a quantidade de energia liberada

 voltagem maior ou menor

 resistência oferecida pelo corpo

 duração do contato com a corrente

 condições da umidade no local

 Do trajeto da corrente no corpo

TIPO DE CORRENTE

CONTÍNUA

Transportada num mesmo condutor negativo e positivo, sem mudar de fase (bateria de carro)

ALTERNADA

Energia se alterna nas fases positivas e negativas (empresas, firmas, lar, indústrias)

TIPO DE CORRENTE

CONTÍNUA

 Produz menor contratura muscular

ALTERNADA

 Quatro a cinco vezes mais perigosa

 Produz contrações musculares tetânicas

 Pode induzir a fibrilação ventricular

O choque induz por efeito direto: Fibrilação ventricular , Assistolia ou Taquicardia que evolui para fibrilação.

A PARADA CARDÍACA é a principal causa de morte no choque elétrico.

PARADA RESPIRATÓRIA PRIMÁRIA

 Ocorre inibição do centro respiratório pela passagem da corrente

 Contrações tetânicas do diafragma e dos músculos da parede torácica

 Paralisia prolongada dos músculos respiratórios após minutos do choque

 A hipóxia induz a parada cardíaca


EFEITOS SOBRE O ORGANISMO

Produz queimaduras graves na parte atingida

 Parada respiratória primária

 Contração violenta dos músculos

 Parada cardíaca

 Alteração rítmica do coração

 Hemorragia e destruição dos tecidos

 Fraturas e luxações

NÃO TOQUE NA VÍTIMA,ATÉ QUE ELA NÃO ESTEJA SEPARADADA CORRENTE OU A MESMA NÃO FOR

DESLIGADA.EVITE TOCAR NOS FIOS.

O que fazer:

 Desligar a chave geral, remover fusíveis ou desligar a tomada

 Utilizar cabo de vassoura ou pedaço de madeira, para separar a vítima do contato com a corrente elétrica

 O socorrista deve estar com os pés secos

 Deitar a vítima e verificar se está respirando

 Se necessário, respiração artificial e/ou massagem cardíaca

CUIDADOS A TOMAR:

 Retirar vestimentas, sapatos e acessórios queimados que possam aumentar a lesão pelo calor

 Procurar os locais de entrada e saída das queimaduras e tratá-las

 Se trauma concomitante - proteger a coluna cervical

 Se lesões de pele - acompanhamento do cirurgião plástico - desbridamento

 Chamar imediatamente o serviço de emergência

Observar:

 Enquanto a corrente não for desligada se manter afastado da vítima por quatro metros ( ricocheteamento dos
fios)

 Não deixe ninguém aproximar-se

 Os pés do socorrista devem estar secos e pode-se usar jornal dobrado para isolar a eletricidade

Desmaio
Ocorre perda breve da consciência por diminuição da oxigenação cerebral.

O Sangue se concentra na parte inferior do organismo, diminuindo a nível cerebral.Geralmente recuperação rápida,
se demorar 2 – 3 min chamar socorro.

Causas:

Emoções súbitas

Fadiga, exaustão

Fome ou nervosismo

Permanecer em pé por longo tempo

Visão de sangue

Dor extrema

Medo

Hemorragia- choque

O que fazer:

Agir rápido para evitar a queda,

 Deitar a pessoa de costas com a cabeça baixa, elevando as pernas em ângulo de 30 graus

 Desobstruir VAS, abrir portas e janelas

 Afrouxar as roupas

 Lateralizar a cabeça - se vômito

 Aplicar panos frios no rosto e testa da pessoa

 Não tentar acordar a vítima com sacudidas ou jogando água.

 Se após as medidas a vítima não recuperar rapidamente a consciência

  verificar pulso e respiração

  se ausentes, chamar ambulância e iniciar manobras de reanimação


cárdiopulmonar (RCP).

 Quando acordar, oferecer algo para beber, de preferência com açúcar.

 Pensar em hipotensão e hipoglicemia.

AMEAÇO DE DESMAIO:

A pessoa apresenta sensações que conduzem ao desmaio, sente que vai desfalecer.

SINAIS E SINTOMAS :
 tontura, frio, palidez, fraqueza intensa

 suor no rosto e extremidades

 sensação de queda

 O que fazer:

 Sentar a vítima numa cadeira, ou no chão com os braços para baixo e as pernas separadas

 Baixar a cabeça entre as pernas da mesma, mais baixa que os joelhos e respirar profundamente

 OU incentivar a pessoa a tentar levantar a cabeça enquanto o socorrista força para baixo

 NÃO permitir que se levante enquanto não estiver totalmente recuperada

VERTIGEM OU TONTEIRA

 São sintomas de distúrbio do sentido de orientação corporal no espaço.

Sintomas incluem queixas de visão turva, visão dupla, escurecimento, ficar “zonzo”, desmaio, perda dos
sentidos, queda, perda do equilíbrio e fraqueza até alucinações de movimento de si próprio ou do ambiente,
seja rotatório ou linear, espontâneo, provocado por movimentação ou relativo a posição

CAUSAS:

 lesões cerebrais, hemorragias cerebrais

 traumatismos crânio-encefálico

 inflamações, tumores, infecções

 distúrbio hormonal

 jejum prolongado

 O que fazer:

 Deitar a pessoa de costas, sem travesseiro

 Vendar ou fechar os olhos

 Evitar que se levante

 Afrouxar a roupa

 Dar algum alimento, se jejum prolongado

 Encaminhar ao médico, se necessário

FRATURAS
Fratura fechada:
Não há rompimento da pele,

ficando o osso no interior do corpo.

Fratura exposta:Há rompimento da pele. Ocorre geralmente hemorragia externa e risco infecção.

- Tranversal

- Cominutiva

- Oblíqua

- Espiral

- Impactada

Dor local: Dor intensa, profunda e localizada, que aumenta com os movimentos ou pressão.

 Incapacidade funcional: Incapacidade de efetuar os movimentos.

 Deformação ou inchaço: Ocorre devido o deslocamento das seções dos ossos fraturados ou acúmulo de
sangue ou plasma no local.

 Crepitação óssea: Ruído pelo atrito entre as seções ósseas fraturadas. Não deve ser usado como método de
diagnóstico pode agravar a lesão.

 Mobilidade anormal: Movimentação de uma parte do corpo onde inexiste uma articulação. Este método,
assim como o anterior, não deve ser forçado. No caso de dúvida, sempre considerar a existência da fratura.

Fraturas Expostas:

Caracterizada por hemorragia abundante, risco de contaminação, bem como lesões de grande parte do tecido.

· Estancar a hemorragia, métodos de hemostasia;

· Não tentar recolocar o osso no interior da ferida;


· Prevenir a contaminação, mediante assepsia local, mantendo o ferimento coberto com gaze esterilizada ou com as
próprias roupas da vítima (quando não houver gaze);

· Imobilizar com tala comum, quando os ossos permaneçam alinhados, ou usar tala inflável, a qual estancará a
hemorragia (tamponamento) e prevenirá a contaminação;

- Se não for possível realinhar a fratura, imobilizá-la na posição em que estiver;

· Checar a presença de pulso distal e sensibilidade; na ausência deste o - transporte urgente para hospital é
prioridade;

· Prevenir o estado de choque tranquilizar a vítima e evitar que veja o ferimento;

· Remover a vítima em maca e transportar para hospital.

Obs: Fraturas e deslocamentos na região do ombro (clavícula, escapula e cabeça de úmero) devem ser
imobilizadas com bandagem.

HEMORRAGIAS:
Arterial

Sangramento em jato conforme batimento cardíaco

Coloração vermelho vivo

Velocidade maior de perda sanguínea

Venoso

Sangramento lento

Cor vermelho escuro

Velocidade lenta

Localização:

Interna: Sangramentos de estruturas ou órgãos do corpo. Pode ser oculto ou exteriorizado por hematêmese
(sangue visível no vômito) Tratamento deve ser hospitalar.
Externa: Compressão do local. Varia conforme quantidade já perdida, tipo de vaso ( arterial ou venoso), estado
de saúde prévia e idade

Fisiologicamente controle da hemorragia:

Contração da parede dos vasos sanguíneos:

Os vasos que possuem camada muscular que contraem suas paredes para diminuir o sangramento.

Coagulação do sangue: Aderência das plaquetas sobre a lesão da parede do vaso e reações químicas que
formam o trombo ou coágulo bloqueando assim, o escape de sangue.

Quadro clínico:

Perdas até 15% o organismo tende a compensar.


Perdas de 15 a 30% causam estado de choque compensado.

- Agitação, confusão ou inconsciência

- Sede e ansiedade

- Taquicardia de 100 a 120 bpm

- Pulso radial fraco

- Taquipneia e hipotensão

- Suor frio, pele fria e palidez

- Enchimento capilar lento

Quadro clínico:

Perdas acima de 50% da volemia causam a morte da vítima.

Reconhecimento das hemorragias:

- Pela quantidade sangue nas roupas, chão, carpetes, chuva.

- Presença de lesões perfurantes, hematomas, deformidades nas extremidades e dor, distensão abdominal,
hematêmese, instabilidade pélvica (criptação), ...

- Atendimento inicial:

- Utilizar EPIs - luvas e óculos

- Elevar extremidades com sangramento, na ausência de fratura

- Colocar compressa sobre o ferimento,

- efetuando compressão direta da

- lesão com a mão enluvada.

Controle da hemorragia:

- Comprimir o local com pano seco e limpo

- Manter as compressas encharcadas, não retirar os coágulos;

- Reforçar com novas compressas;

- Fixar com ataduras as compressas ou manter compressão manual;

- Verificar pulso distal ( manter);

- Fazer compressão indireta da lesão ( artérias a distância)


ANIMAIS PEÇONHENTOS:

Acidentes provocados por animais que possuem glândulas secretoras de substâncias tóxicas e aparelhos
inoculadores de veneno.

Agem por instinto ou defesa.

Meio rural ou urbano.

Conhecer sobre eles, diferenciar dos venenosos.

Ex. Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos.

Sinais e sintomas:

- Pequena mordedura na pele, ponto pequeno e descolorido,

- Dor e inchaço, pode ser lento no local

- Pulso rápido e respiração difícil

- Fraqueza

- Dificuldade visual

- Náuseas e vômitos

Atitudes frente a estes acidentes:

- Manter a vítima calma e deitada, para evitar o aumento da absorção do veneno,

- Localizar a mordedura e lavar com água e sabão

- Retirar anéis, pulseiras, objetos que possam garrotear causando edema,

- Manter área ao nível do coração ou abaixo dele,

- Cobrir com pano limpo,

- Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde,

- Se possível levar o animal para identificar e favorecer o recebimento do soro específico.

O que NÂO fazer:

- Torniquete, pois impede circulação e causa necrose

- Não cortar o local para sangria

- Não colocar nada em cima, folhas, pó de café, entre outros. Evitar infecção

Ação do veneno:

- Proteolítico: causa necrose tecidual, pois causa decomposição das proteínas (morte tecido lesado)
- Neurotóxica: Age SNC, queda palpebra, formigamento, alteração consciência e visuais

- Hemolítica: Destruição das hemáceas no sangue

- Coagulante: Deficiência na coagulação

Como evitar acidentes:

- Conservar meio ambiente. O desmatamento e queimadas mudam os hábitos dos animais.

- Acabar com os roedores. Atraem cobras.

- Usar botas (antes olhar no interior)

- Proteger as mãos para lidar em lixos, madeiras, ...

- Não matar os animais, equilíbrio ecológico

• * Butantan distribui soros específicos.

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