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Capacitação em

atendimento de
Primeiros Socorros
Enf. Renato Vinicius Alves
Guimarães

Belo Horizonte – MG
Junho -2021
Apresentação do Palestrante
 Graduação em Enfermagem – UIT
 Mestrado em Desigualdades Regionais e Inclusão Social - UEMG
 Especialista em Enfermagem Clínica com ênfase em Urgência e
Emergência - UEMG
 Estomaterapeuta - UFMG
 Especialista em Enfermagem do Trabalho – FIJ
 Especialista em Saúde da Família – UFMG
 Pós Graduando em Segurança do Paciente para profissionais da
rede de atenção às urgências e emergências (RUE) - FIOCRUZ
 10 anos de experiência em Pronto Atendimentos
 Sócio Proprietário da Clinica Cuidar de SI – Saúde Integrada e
Cartão Cuidando de Todos
Cronograma do Curso
 Apresentação
 Parte teórica
 Pausa
 Parte Pratica
 Teste de Conhecimento
 Finalização
O que são Primeiros Socorros?
 São cuidados que devem
ser aplicados rapidamente
com o objetivo de MANTER
A PESSOA VIVA até o
atendimento especializado

 Os minutos logo após o


acidente são decisivos para
a sobrevivência e podem
evitar sequelas na vítima
Introdução
O Problema dos Acidentes
 Os acidentes representam
um dos mais sérios
problemas de saúde
pública, constituindo-se na
principal causa de mortes e
invalidez entre jovens e
crianças. Os acidentes
destroem a saúde, a vida e
a família de milhões de
pessoas.
Introdução
A NECESSIDADE DO TREINAMENTO EM
PRIMEIROS SOCORROS E RCP:
 A expressão “Primeiros Socorros” significa o
atendimento imediato prestado a uma pessoa vítima
de um acidente ou de um mal súbito.
 Quando aplicados com eficiência, os primeiros
socorros significam a diferença entre “vida e
morte”, “recuperação rápida e hospitalização
longa” ou, “ invalidez temporária e invalidez
permanente”.
Dez mandamentos do Socorrista
1 - Manter a calma
2 - Ter ordem de segurança
3 - Verificar riscos no local
4 - Manter o bom senso
5 - Ter espírito de liderança
6 - Distribuir tarefas
7 - Evitar atitudes intempestivas
8 - Dar assistência a vítima que corre o maior risco de
vida
9 - Seja socorrista e não herói
10 - Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência
Ferimentos
 Leves e / ou superficiais

 Extensos e / ou profundos
Ferimentos leves e / ou superficiais

 Lavar o ferimento com água e sabão

 Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo

 Nãotentar retirar farpas, vidros ou partículas


de metal do ferimento

 Nãocolocar pastas, pomadas, óleos ou pó


secante
Ferimentos Extensos e / ou profundos
 Cobrir o ferimento com pano limpo

 Não
lavar para não aumentar o risco de
hemorragia (exceto na mordedura de cachorro )

 Não remover objetos fixados no ferimento

 Usar técnicas para cessar hemorragia

 Providenciar transporte
Hemorragia
 Interna

 Externa
Hemorragia Interna
 Manter o paciente calmo, deitado com a cabeça de lado
 Aplicar compressas frias ou gelo no local suspeito de
hemorragia
 Afrouxar a roupa
 Providenciar transporte urgente
 Não oferecer líquidos e alimentos
Hemorragia Externa
Técnicas de controle de hemorragia

 Pressão direta

 Elevação dos membros

 Pontos de pressão arterial

 Torniquete
Técnicas de controle de hemorragia
Pressão direta
Técnicas de controle de hemorragia
Elevação dos membros

 Não elevar em caso de fratura ou dor


Técnicas de controle de hemorragia
Pontos de pressão arterial
 Se ainda continuar sangrando, comprima a artéria mais próxima
da região.
Técnicas de controle de hemorragia
Pontos de pressão arterial
Técnicas de controle de hemorragia
Torniquete

 Usarpanos resistentes e largos acima do


ferimento

 Nunca usar arame, corda, barbante ou outros


materiais muito finos

 Desapertargradualmente a cada 10 a 15
minutos ou quando notar extremidades frias ou
arroxeadas

 Não tirar do lugar caso pare a hemorragia


Técnicas de controle de hemorragia
Torniquete
Técnicas de enfaixamento

 Enfaixamento de Cabeça
Técnicas de enfaixamento

 Enfaixamento de extremidades
Técnicas de enfaixamento

 Enfaixamento de extremidades
Hemorragia Nasal – Epistaxe
A epistaxe não tem causa aparente, pode ocorrer devido à
manipulação excessiva no plexo vascular com rompimento
dos vasos através das unhas;
 Diminuição da pressão atmosférica; locais altos; viagem de
avião; contusão; corpo estranho; fratura da base do crânio;
altas temperaturas; dentre outras.
Hemorragia Nasal – Epistaxe
 Às vezes podem ocorrer como
sintoma de um grave transtorno no
organismo, como por exemplo crise
hipertensiva. As medidas para
contenção devem ser aplicadas o
mais rapidamente possível, a fim de
evitar perda excessiva de sangue.
Hemorragia Nasal – Epistaxe
 Sentar a vítima
 Apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima
respirar pela boca
 Colocar um chumaço de algodão/gase na narina e
não ficar retirando “para ver se o sangramento
parou”
 Colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto
 Não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar
sangramento
 Não elevar a cabeça do paciente
Hemorragia Nasal – Epistaxe
Amputação
O que fazer
 Controle a hemorragia
 Cuidados com a parte do corpo
amputada:
 Limpe com soro fisiológico, sem
imergir no líquido
 Envolva com gaze
 Coloque em dois sacos plásticos
 Coloque o saco plástico em recipiente
de isopor com gelo ou água gelada
 Transporte a vítima rapidamente para
o hospital e leve o recipiente com o
membro amputado

NÃO coloque o membro amputado em contato direto com o gelo


Desmaio
 Perda súbita dos sentidos, resultante da diminuição do fluxo
de sangue e oxigênio para o cérebro

 Principais causas:
 Cansaço excessivo
 Fome e diminuição do açúcar no sangue
 Nervosismo, susto e outras emoções fortes
 Contusões
 Mudança súbita de posição (de deitado para em pé
Desmaio

 Sintomas:

 Palidez intensa
 Suor abundante (sudorese)
 Pulso fraco e acelerado
 Respiração fraca e curta
 Tontura, náusea e escurecimento
da visão
Desmaio
O que fazer ?
 Ajarapidamente para evitar
uma queda;
 Deitar a vítima de costas, em
local ventilado, e afrouxar suas
roupas;
 Elevar as pernas em nível
superior à cabeça;
 Em caso de vômito, virar a
cabeça de lado para evitar
sufocação;
Desmaio
Desmaio
Se a vítima não perder a consciência:

 Fazer a vítima sentar-se com os


joelhos ligeiramente afastados e a
cabeça entre os mesmo, se
possível mais baixa;
 Orientá-la para que respire
profundamente, e para que force a
elevação da cabeça enquanto o
socorrista a pressiona levemente
para baixo;
Desmaio
O que não fazer:
 Não dê nada à vitima, líquido ou
sólido, até que recupere
TOTALMENTE a consciência.
Caso contrário poderá asfixiar-
se.
 Não jogue água no rosto da
vítima.
 Não bata no rosto da vítima.
Desmaio
 Sempre oriente o paciente a movimentar as pernas antes
de levantar do leito
Asfixia
 É a dificuldade respiratória
que leva à falta de oxigênio
no organismo. Normalmente
acontece, quando as vias
aéreas são obstruídas com
corpos estranhos.
Asfixia
Sinais e Sintomas

 Incapacidade de falar;
 Respiração difícil e barulhenta;
 Gesto de sufocação (levando as mãos para a
garganta);
 Agitação e confusão;
 Alteração da cor da pele (extremidades),
passando a ficar azulada o que indica baixa
oxigenação do sangue.
 Conduta
 Manobra de Heimlich: É uma tosse “artificial”
ou “auxiliadora”, com o intuito de expelir o
objeto ou alimento da traqueia
Asfixia

Atenção para o posicionamento das pernas


Crise Convulsiva
É uma contração violenta, ou
série de contrações dos músculos
voluntários, com ou sem a perda
da consciência.
 Crise epiléptica generalizada: a
pessoa primeiro perde a
consciência e depois cai ao chão
( a convulsão dura de 30 a 90
segundos);
Crise Convulsiva
 Crises pequeno mal ou focal: a pessoa perde a consciência
ou uma parte do corpo se move de forma espasmódica.
 Nenhum atendimento de primeiros socorros consegue
interromper uma convulsão, mas você pode evitar
complicações garantindo que a pessoa não se machuque nem
se asfixie.
Crise Convulsiva
Sinais

 Queda, salivação ou espuma saindo pela boca;


 Enrijecimento, movimentos espasmódicos ou contrações de
alguns músculos ou de todo o corpo ;
 Perda temporária da respiração com um rosto azulado ou
avermelhado, seguida de respirações ruidosas;
 Perda do controle esfincteriano (vesical ou anal).
Crise Convulsiva
O que fazer
 Não impedir os movimentos convulsivos da vítima;
 Pegue a pessoa, se for possível, quando esta cair e deite-a. A
pessoa epiléptica pode saber quando a convulsão está
começando e pedir socorro.
 Retire qualquer mobília e todos os objetos (próteses
dentárias, óculos, colares) duros ou pontiagudos que possam
machucar a vítima.
 Afrouxe roupas apertadas em torno do pescoço e da cintura.
 Colocar um lenço enrolado ou outro objeto entre os dentes
para impedir que a vítima morda a língua e se asfixie (caso
a vítima já ter cerrado os dentes, não tente abri-lhe a boca).
Crise Convulsiva
 Terminada a convulsão, vire a pessoa de lado para evitar
que ela sufoque com a saliva, ou sangue proveniente de
uma língua mordida ou vômito.
 Certificar-se de que a vítima está respirando bem.
 Não dê à vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca,
pois ela poderá sufocar.
 Encaminhá-la para receber assistência especializada.
Queimaduras
Primeiro Grau
 É a mais comum e, de um
modo geral, deixa a pele
avermelhada, além de
provocar ardor e
ressecamento.
 Trata-se de um tipo de
queimadura causada quase
sempre por exposição  1. Lave com água corrente, à
prolongada à luz solar ou temperatura ambiente, por 1min
por contato breve com  2. NÃO use gelo
líquido ferventes.
Queimaduras
Segundo Grau
 Mais grave do que a de
primeiro grau, essa
queimadura é aquela que
atinge as camadas um pouco
mais profundas da pele.
 Caracteriza-se pelo
surgimento de bolhas,
desprendimento das
camadas superficiais da pele  1. Lave com água corrente
com formação de feridas  2. Cubra com gaze ou pano
limpo
avermelhadas e muito  3. NÃO estoure as bolhas
dolorosas.  4.Procure ajuda médica
Queimaduras

Terceiro Grau
 É aquela em que todas as
camadas da pele são atingidas,
podendo ainda alcançar
músculos e ossos.
 Essas queimaduras
apresentam-se esbranquiçadas
ou de aspecto carbonizado.  1. Lave com água corrente
Esse tipo de queimadura não  2. Cubra com papel alumínio:
produz dor intensa, pois protege melhor contra perda
provoca a destruição de de calor e microrganismos
 3. Procure ajuda médica
terminações nervosas que imediatamente
transmitem a sensação de dor.
Queimaduras
Cuidados
 Especial menção deverá ser feita quanto a certos hábitos
populares prejudiciais como: uso e aplicação de pasta de
dente, manteiga, margarina ou graxa de máquina.
 ANTES DE TUDO: identifique, afaste/ controle a causa da
queimadura
 Verifique o estado de consciência
 NÃO remova as roupas que estiverem grudadas na pele
 A área queimada tende a inchar: retire anéis e braceletes que
possam dificultar a passagem do sangue
Intoxicações
 Devemos conhecer todas as substâncias que manipulamos no
nosso local de trabalho.
 Há normas de Biossegurança, procedimentos operacionais
padrão, equipamentos de segurança de uso obrigatório e as
FISPQ ( Ficha de Informação do Produto Químico).
 Alterações no organismo dependem:
 Concentração
 Natureza
 Susceptibilidade individual
Intoxicações
 Contato com a pele

 Remover a substância o mais rápido possível;


 Lavar com água abundante e corrente;
 Remover roupas contaminadas.

 Ingestão

 Identificar a substância;
 Não provocar vômito.
Intoxicações
Centro de Informações Toxicológicas – 24 horas:
0800 722 6001

Conduta:

 Manter a calma.
 Ter a mão a embalagem ou rótulo do produto ou o nome da
fonte da suspeita intoxicação para facilitar a correta
identificação.
 Identificar-se, informe o local que está ligando e seu número
de telefone.
 Relatar as condições da possível vítima.
Acidente Ocular
 Lavar o olho com a água ou soro fisiológico, em abundância
 Não remover corpo estranho
 Proteger o olho
 Transportar a vítima para atendimento médico
Parada Cardíaca

 Quando o coração para


de funcionar, a circulação
sanguínea é interrompida
 O sangue leva oxigênio
para todo o corpo
 Sem oxigênio, os órgãos
morrem
 Após 4min sem receber
sangue, o cérebro já
começa a morrer
Técnica de compressão cardíaca
 Posicione-se ao lado da vítima,
que deve estar de costas sobre
superfície plana e firme
 Remova roupas que cubram o
tórax da vítima
 Ponha o calcanhar de uma mão
no centro do peito da vítima, entre
os mamilos; ponha o calcanhar
da outra mão sobre a primeira
 Faça compressões fortes e
rápidas, de no mínimo 100 -
120/min
 Ao final de cada compressão, o
tórax deve voltar à posição de
repouso
Técnica Ventilações
Técnica Ventilações
 Abra a via aérea: incline a cabeça para trás e eleve a
mandíbula
 Tampe o nariz da vítima, sele seu lábio ao redor do
dela e sopre
 Observe elevação do tórax
Compressão cardíaca e ventilação

30 compressões
cardíacas 2 Ventilações

Aplique esse ciclo até a chegada de atendimento especializado


ou até a vítima começar a se mover
Procedimentos nas Emergências
 Efetuar avaliação inicial da vítima
 Indicar suas condições e determinar acionamento dos órgãos
de atendimento
 Acionar atendimento de emergência
 Resgate / Bombeiro – 193
 Polícia Militar/SAMU - 192
Procedimentos nas Emergências
Transmitir

 Tipo de emergência clínica ou


traumática
 Idade, sexo e situação atual da
vítima
 Localização: endereço completo e
ponto de referência
 Telefone para contato
 Necessidade de apoio adicional
 Acionar responsáveis
 Executar medidas iniciais de
socorro
Duvidas ?
Obrigado!

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