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Choque hipovolêmico

Primeiros socorros
Conceito
● O choque hipovolêmico é uma
situação de emergência
decorrente da perda de grande
quantidade de líquidos e
sangue. Essa situação faz com
que o coração deixe de
bombear sangue para o corpo,
levando a problemas em vários
órgãos e colocando a vida do
paciente em risco.
Causas
● O choque hipovolêmico acontece
quando há uma hemorragia em que
se perde muito sangue. Como
acidentes de trânsito, quedas de
grande altura, hemorragia interna,
queimaduras graves, úlceras ativas,
feridas ou cortes profundos e
menstruação intensa. Quando os
órgãos não são propriamente
irrigados com oxigênio, ocorre a
morte celular, falência de órgãos e,
consequentemente, a morte.
Diagnóstico

● O diagnóstico do choque hipovolêmico é


majoritariamente clínico, o profissional deve se
atentar para focos de hemorragia, sinais de
trauma, edema, hipotensão, taquicardia,
taquipneia, alteração no estado mental,
oligúria, má perfusão periférica e acidose
metabólica. O diagnóstico deve ser realizado
com agilidade pelo profissional e de forma
dinâmica, ocorrendo simultaneamente ao
tratamento, a fim de evitar maiores danos.
Características
● O choque hipovolêmico é
caracterizado pela falha do sistema
circulatório em manter um volume
adequado de sangue nos órgãos
vitais.
● Consequentemente, a pressão arterial
se torna baixa para manter a pessoa
viva.
● É uma condição de perigo de vida que
requer tratamento imediato e
intensivo.
● Pode ser causado por uma hemorragia grave, uma perda excessiva de líquido
do organismo (vômito e diarreia intensa) ou um consumo insuficiente de
líquidos. O choque pode evoluir em 3 estágios: pré-choque, choque, e
disfunção de órgãos. A progressão pode culminar em falência múltipla de
órgãos e morte. Por isso a importância de estar atento aos sinais característicos
e encaminhar a pessoa imediatamente ao hospital para reverter o quadro.
Perdas hemorrágicas

● Acontece no meio externo, como


em situações de trauma ou para o
meio interno, em situações de
hemorragias digestivas ou pelo
acúmulo de sangue entre o
pulmão e a parede torácica.
● Sangramentos digestivos (comum
em pacientes cirróticos com alta
taxa de mortalidade).
● Lesoẽs viscerais (vísceras maciças - baço e fígado são os principais órgãos
acometidos em traumas abdominais fechados e penetrantes).
● Ruptura de aneurisma aórtico - geral alta de mortalidade, caso não haja
tamponamento pelo organismo.
● Ferimentos abdominais ou ferimentos torácicos.
Perdas não hemorrágicas

● Tem-se como exemplos o vômito, diarreia e diurese osmótica, em casos de perda


de fluído acelular intravascular ou ainda perdas de fluido para o terceiro espaço
como edemas e derrames cavitários, em transferências para o meio
extravascular.
● A consequência direta da perda de volume sanguíneo é a redução da oferta de
oxigênio para atender a demanda de tecidos periféricos. Dessa forma, se essa
redução atingir um nível crítico, o organismo desencadeia a mudança do
metabolismo aeróbico para o anaeróbico.
Sinais e Sintomas

● Os sintomas do choque
hipovolêmico são decorrentes da
perda excessiva de líquidos e podem
incluir: náuseas e vômitos; cansaço
excessivo e tontura; dor de cabeça
progressiva e constante; convulsão;
dedos e lábios azulados e sensação
de desmaio. Geralmente os
sintomas são facilmente
identificáveis, por isso é importante
começar o tratamento
imediatamente.
Complicações

● Hipotermia: devido os fluidos injetados estarem em temperaturas inadequadas.


No pronto-socorro é necessário estarem a disposição fluidos aquecidos para
infusão no paciente.
● Coagulopatia: causada pela infusão dos cristalóides (caráter dilucional), gerada
pela hipotermia ou originada pelo consumo dos fatores de coagulação.
● Edema agudo de pulmão: principalmente em pacientes idosos e cardiopatas,
pois não conseguem ter uma bomba suficiente para responder a alta demanda de
volume injetado.
Formas de tratamento

● O tratamento do choque
hipovolêmico é feito por
transfusão sanguínea e
administração de soro na veia,
para repor o sangue e os
líquidos perdidos e prevenir
complicações graves. Além
disso, é importante tratar a
causa do choque hipovolêmico,
para que o paciente pare de
perder líquidos ou sangue. Se o
paciente não for tratado
rapidamente e perder um litro
de sangue (⅕ do total), morrerá.
Primeiros socorros

● Peça ajuda. Mobilize urgentemente todo o pessoal disponível;


● Deite a pessoa de costas: as pernas devem ficar elevadas em relação ao corpo
para melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro;
● Afrouxar as roupas no pescoço, peito e cintura;
● Conserve a pessoa aquecida. Mas não a aqueça demais porque isso
aumentará a circulação periférica e reduzirá o abastecimento de sangue aos
centros vitais;
● Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e
remove-los;
● Em situações de acidente independente da pessoa estar consciente ou
inconsciente, caso esteja sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na posição
lateral para evitar asfixia;
● Se o socorro médico estiver demorando, tentar tranquilizar a vítima,
mantendo-a calma sem demonstrar apreensão quanto ao seu estado.
Fontes: e

j
https://medpri.ffme/upload/tjjjexto/texto-aula-652.html
https://www.medicinamitoseverdades.com.br/blog/causas-e-sintomas-do-choque-hipovolemi
co

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