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Apostila APH – Atendimento Pré-Hospitalar
Hemorragia e Estado de Choque
Sumário
Introdução ............................................................................................................................ 4
Sobre a apostila ............................................................................................................... 4
Licenças desta obra ........................................................................................................ 4
Hemorragia ........................................................................................................................... 5
Tipos de Hemorragias .................................................................................................... 5
Controle de Hemorragias .............................................................................................. 7
Choque Hipovolêmico ................................................................................................... 9
Choque Anafilático ....................................................................................................... 11
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Introdução

Sobre a apostila
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Hemorragia
Hemorragia ou sangramento é estado de perda de sangue além dos limites do
sistema circulatório, seja essa perda visível (hemorragia externa) ou oculta
(hemorragia interna).

Sangue
O sangue é o líquido vermelho viscoso, composto: por plasma, hemácias (células
vermelhas), leucócitos (células brancas) e plaquetas. Sua função é transportar,
continuamente, para todos os tecidos do corpo, oxigênio e nutrientes para
manutenção das atividades das células. Em média um adulto possui cerca de 6
litros de sangue.

Tipos de Hemorragias
Os tipos de hemorragias podem variar de acordo com o tipo de vaso sanguíneo
afetado:

Hemorragia Arterial – onde o sangue esguicha devido a pressão com que o


coração o bombeia, o vermelho do sangue é vibrante por causa do oxigênio
presente.

Notas:
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Hemorragia Venosa – onde o sangue escorre lenta e continuamente, pois o


sangue está voltando dos tecidos, o vermelho é escuro por causa do gás carbônico
liberado pelas células.

Hemorragia Capilar – onde o sangue escorre lentamente em vasos menores, o


vermelho do sangue é ligeiramente menos vibrante que na hemorragia arterial.

Notas:
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Controle de Hemorragias
Os procedimentos de controle de hemorragias compreendem as três seguintes
ações: compressão direta de ferimentos; elevação; compressão de pontos
arteriais.

Compressão Direta de Ferimentos


Material necessário: Gaze ou pano limpo, bandagem (faixa de fixação).
Passo-a-passo:
1) Identifique o ferimento, tenha em mãos gaze ou tecido limpo;
2) Pressione o ferimento com a gaze, fixe a gaze com a bandagem
enrolando por sobre a gaze. Caso a gaze não for suficiente e o sangue ainda
surgir, não remova a bandagem, aplique uma outra gaze sobre a primeira,
com um pouco mais de pressão.

Notas:
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Elevação do Membro Lesado


Passo-a-passo:
1) Execute o procedimento de compressão direta;
2) Eleve o membro ou parte afetada acima do nível cardíaco para
diminuir a pressão sanguínea, quanto mais elevado acima do coração,
melhor será o retorno venoso.

Atenção: Não utilize este procedimento se houver algum impedimento para


movimento da região afetada. Exemplo: fratura.

Compressão dos Pontos Arteriais


Passo-a-passo:
1) Localize o pulso mais próximo do membro ou área afeta que podem
ser: pulsos braquial, femoral, carotídeo, temporal e radial;
2) Pressione o pulso para reduzir a hemorragia, a compressão do pulso
arterial determinará a interrupção do sangue para a área afetada.

Atenção: Este método pode ser utilizado em caso de múltiplos ferimentos em um


membro.

Notas:
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São Sinais de Hemorragia:


• Agitação;
• Palidez;
• Suor intenso;
• Pele fria;
• Frequência cardíaca acelerada (acima de 100 bpm);
• Hipotensão (pressão arterial sistólica abaixo de 90mmHg);
• Sede;
• Fraqueza.

Tratamento do Paciente
Passo-a-passo:
1) Acionar o Serviço de Emergência Médica (SEM) informando suspeita
de hemorragia;
2) Abrir as vias aéreas e monitorar respiração e circulação;
3) Afrouxar roupas apertadas;
4) Aplicar a técnica de controle de hemorragia mais indicada para o
caso;
5) Estar preparado para vômito;
6) Ministrar oxigênio suplementar.

Atenção: Nunca dê nada de comer ou beber a paciente com suspeita de


hemorragia.

Choque Hipovolêmico
A presença continua de irrigação de sangue dentro dos órgãos é chamada de
perfusão. Em condições normais o sistema circulatório cumpre sua função de
transportar oxigênio e nutrientes para todos os tecidos do corpo humano.
Caso essas condições sofram interferência e seja interrompido o fornecimento, as
células afetadas entram em sofrimento, sendo que, se a situação não for revertida,
estas células morrerão.

Notas:
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O estado de choque hipovolêmico é a reação do organismo diante da ausência de


perfusão pelo colapso do sistema circulatório. São causas de choque os traumas e
emergências médicas que provoquem a interrupção da perfusão, e consequente
queda na taxa de oxigênio disponível as células. Isso geralmente é causado por:

• Insuficiência cardíaca;
• Perda de sangue por hemorragias;
• Vaso dilatação que implique em diminuição do volume sanguíneo;

A identificação e o tratamento do choque devem ser imediatos. Caso isso não


ocorra, o choque desencadeia a queda dos sinais vitais do paciente. Com a perda
de sangue, o ritmo cardíaco aumenta a frequência na tentativa de compensar a
falta de sangue para os tecidos. Isso amplifica a hemorragia e mais sangue é
perdido. Na sequência ocorre a perda de pressão arterial, o sistema circulatório é
comprometido e o coração para completamente, levando o paciente a morte.

Causas do Choque Hipovolêmico:


Hemorrágico – por perda de sangue;
Cardíaco –por parada cardíaca;
Neurogênico – por choque do sistema nervoso;
Anafilático – por contato com substância que se é alérgico;
Metabólico – por perda de fluidos corporais (vomito e diarreia graves);
Psicogênico – por reação nervosa a agente estressor;
Séptico – por infecção;
Respiratório – por falha no processo respiratório (ausência de oxigênio no sangue).

São Sinais de choque:


• Respiração curta e rápida;
• Pulso rápido e fino;
• Pele pálida, fria e úmida;
• Sede;
• Queda da pressão arterial (<90 mmHg)

Notas:
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Tratamento de Choque Hipovolêmico


Passo-a-Passo:
1) Acione o Serviço de Emergência Médica (SEM) informando suspeita
de choque hipovolêmico;
2) Coloque o paciente em posição supina, eleve os membros inferiores
(caso haja traumas: fazer elevação após imobilização);
3) Manter vias aéreas abertas, respiração e circulação monitoradas;
4) Controlar hemorragias externas;
5) Administrar oxigênio suplementar;
6) Imobilizar fraturas se necessário;
7) Prevenir perda de calor corporal;
8) Transportar paciente à unidade de saúde mais próxima.

Atenção: Nunca dê nada de comer ou beber a paciente com suspeita de choque


hipovolêmico.

Choque Anafilático
As reações alérgicas graves são chamadas de choque anafiláticos e ocorrem por
uma hipersensibilidade do organismo ao contato com determinadas substancias,
representadas por: alimentos, medicamentos, picadas de insetos, pós entre outras.

São Sinais e Sintomas de Choque Anafilático:


• Coceira;
• Sensação da pele queimar;
• Edema (inchaço);
• Dificuldade para respirar;
• Pulso fino;
• Perda de consciência (desmaio);

Notas:
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Tratamento de Choque Anafilático


Passo-a-passo:
1) Na entrevista de abordagem perguntar se o paciente é alérgico a
alguma substância e se teve contato com ela. No mais tratar como os
demais casos de choque;
2) Priorize o transporte para uma unidade de saúde próxima, pois o
paciente precisa receber a medicação urgentemente.

Lembre-se: O choque anafilático pode matar o paciente.

Notas:

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