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Trombose

Douglas Cardoso da Cruz, Giovanna Estevo Thomaz, Giovanna Paffetti, Lívia


Grous Gabini, Maria Clara Viana Pinheiro, Mell Moreira.
01
Introdução:
Thrombos = coágulo + ossis = estado de
Do Grego THROMBOS, “coágulo, aglomerado”, mais o sufixo -OSIS,
indicando “estado de doença, doença degenerativa”

Solidificação dos constituintes normais do


Inflamação na parede sangue, dentro do sistema cardiovascular

CONCEITO
do vaso Geralmente em
membros inferiores
Ocorre pela formação de coágulos em locais que
não apresentam sangramentos. Embolia pulmonar
(total) (colonização bacteriana)
Oclusivos Séptico
(fibranosas+cruóricas) (plaquetas)
Trombos mistos Trombos brancos Capilares

CLASSIFICAÇÃO
(10%)
Artériais Cardíacos (20%)
Trombos vermelhos Venosos Trombos hialinos
(hemácias) (70%) (fibrina)
Parietais
Asséptico Canalizado (parcial)
(restabelecido)
02
Como ocorre?
Tríade de Virchow
Lesão endotelial
Pode ser gerada por:
● Cirurgias;
● Traumas/politraumas;
● Infecções;
● Sepse.

A lesão endotelial ativa a


cascata de coagulação Coagulação ⇇ Fatores de Coagulação ⇉ Trombose

Rexe
Anormalidade do fluxo
sanguíneo
O fluxo sanguíneo venoso depende de contração muscular e de válvulas que impedem o retorno
do sangue.
Situações que geram imobilidade levam à estase(estagnação) do sangue e isso pode ocasionar
uma trombose.
Estase➜ aumento da interação entre os fatores de coagulação.
Além disso, o aumento do fluxo sanguíneo nas artérias também podem causar
lesão vascular
Hipercoagulabilidade

Coagulação: Lesão vascular gera agregação plaquetária e fibrinogênio ➜ Fatores de


coagulação transformam o fibrinogênio em fibrina ➜ Moléculas de plasmina destroem o
fibrinogênio após o reparo tecidual e os produtos dessa reação são fagocítados por
macrófagos

Aumento dos fatores de coagulação


Pode ocorrer por:
● Fatores genéticos
● De forma adquirida➜ Imobilidade; uso de contraceptivos orais; lesão vascular
03
Quais são os tipos?
Trombose Venosa
Superficial(Flebite)
Constituição do trombo:
Hemácias e fibrina (vermelho).
Ocorre geralmente nas veias varicosas por conta do fluxo anormal do sangue,
acima da camada musculoesquelética.

Inflamação e endurecimento da veia

Veias superficiais podem


desembocar em veias
profundas e resultarem em
TVP, porém, geralmente o
quadro de flebite apresenta
fácil resolução quando pouco
extenso
Trombose Venosa
Profunda
Constituição do trombo:
Hemácias e fibrina (vermelho).
Ocorre nas veias abaixo da musculatura esquelética.
Principal causa da embolia pulmonar ➜ isquemia
Localizado mais frequente abaixo da veia poplítea.
Pode causar a síndrome pós-TVP ➜ hipertensão venosa
Causada principalmente pela cascata de coagulação.
Trombose Arterial

Obstrução total ou parcial do fluxo de sangue em artérias


Constituição do trombo:
Plaquetas e fibrina (branco).
Obstrução do fluxo sanguíneo arterial reduz a oferta de
oxigênio ao tecido (hipóxia).

Isquemia cardíaca Isquemia intestinal


04
Quais são as
manifestações
clínicas ?
Sinais e sintomas
Alguns dos sinais e sintomas que a trombose
pode expressar são:
● Dor ou sensibilidade no local;
● Calor;
● Vermelhidão;
● Rigidez da musculatura na região em que
se formou o trombo;
● Inchaço nos membros acometidos;
● Pele vermelha ou descolorida na região;
● Veias que saltam
● Dor de cabeça;
● Tontura;
● Perda de consciência;
● Confusão mental;
● Perda de equilíbrio.
05
Diagnóstico:
Diagnóstico
O diagnóstico depende do histórico do paciente já que muitos
trombos, por não obstruírem a veia totalmente, ou porque ocorre
desenvolvimento de circulação colateral não provocam os sintomas
típicos da doença. Para obter o diagnóstico são utilizados exames
como a ultrassonografia com doppler,o exame da dosagem
sanguínea do dímero D e a flebografia.
Como é feito o
diagnóstico?
06
Prognóstico:
Destino dos trombos
Após passar pela trombose inicial, os
trombos podem seguir alguns destinos
diferentes:

● Propagação: ocorre o aumento do


trombo por causa do acúmulo de
plaquetas e fibrina;
● Embolização: seria o deslocamento
do trombo;
● Dissolução: dissolvimento do trombo
recém formado por meio de
fibrinolíticos (fibrinólise);
● Organização e recanalização: fibrose
e reestabelecimento do fluxo.
Destino dos trombos
● Embolização cirúrgica:
Prognóstico

900.000 3%
O risco de fatalidade por
21% e 39%
Em idosos, a mortalidade
Em 2010, foram estimados
embolia pulmonar por trombose venosa
900.000 casos anuais de
decorrente de trombos nos profunda é de 21% e por
tromboembolismo.
membros inferiores é de tromboembolismo
apenas 3%. pulmonar é de 39%.

4% 25 a 50%
4% dos sobreviventes 25 a 50% dos pacientes
apresentaram hipertensão podem apresentar a
pulmonar. síndrome pós-trombótica.
Incidência COVID-19

<https://www.jvsvenous.org/action/showPdf?pii=S2213-333X
%2821%2900072-X>.
07
Tratamento:
Existem três objetivos principais no
tratamento da trombose:

Evitar que um
Evitar que os coágulo se solte e Reduzir as chances de
coágulos aumentem chegue aos outra trombose
de tamanho pulmões
Podem ser utilizados:

● Compressas mornas e análgesicos para alívio da dor

● Medicamentos Anticoagulantes;

● Medicamentos Trombolíticos;

● Filtro de Veia Cava ou Trombectomia.


08
Atuação fisioterapêutica:
Indicação:
Principalmente para
pessoas que estão
internadas sob
tratamento

Objetivo:
Combater a estagnação
sanguínea, reduzir
inchaço, reduzir dor,
evitar a síndrome do
imobilismo.
Cinesioterapia:
- Retorno precoce à rotina e menor tempo de
internação;
- Menor índice de complicações e baixa
mortalidade após seis meses;
- Movimentação e posicionamento adequado no
leito;
- Diminuição do edema e dor;
- Melhor circulação;
- Prevenção da TVP.
Meias elásticas de
compressão:
- Aumenta velocidade do fluxo sanguíneo;
- Diminui a estase venosa;
- Aumenta a pressão intravenosa
Compressão
pneumática:
- Diminui a incidência de TVP em 60%;
- Previne estase sanguínea por comprimir
repetidamente um ritmo.
A deambulação precoce é
importante por qual motivo?

Pode Pode drenagem


massagem? linfática?
Referências:
ARAÚJO, C. B. Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda. SlideShare. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/FisiocursosManaus/
conduta-fisioteraputica-na-trombose-venosa-profunda>. Acesso em: 8 ago. 2022.
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Referências:
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Sobreira, M. L.; Yoshida, W. B.; Lastória, S. Tromboflebite superficial: epidemiologia,
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Baruzzi, A. C. A.; Nussbacher, A.; Lagudis, S.; Souza, J. A .M. Trombose Venosa Profunda. Profilaxia. Arq Bras Cardiol, v. 67, n. 3, p. 215-218, 1996.
Disponível em: <http://www.ortocom.com.br/download/artigo_trambose_venosa.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2022.
Obrigada!

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