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Aula Teórica

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Estratégias Laboratoriais para o Diagnostico das Doenças Tromboembolicas

1.Complicações trombóticas em doenças tromboembolicas.


2.Causa da doença trombótica e tromboembolica

DISCIP:MDDHT
PROF: Rosa Dias-Mestre.
As complicações trombóticas podem incluir trombose venosa profunda, embolia pulmonar,
tromboflebite superficial, trombose arterial, entre outras. O diagnóstico de doenças
trombóticas é feito com base em uma variedade de fatores, incluindo sinais e sintomas,
histórico médico, exames físicos e testes de laboratório.
Fatores de risco para trombose
Predisposição genética
Idade mais avançada
Colesterol elevado
Cirurgias e hospitalizações prolongadas
Obesidade
Tratamento das complicações Tromboticas:

O tratamento geralmente inclui elevação do membro afetado, exercícios e terapia de


compressão ou meias elásticas. Os médicos também podem prescrever
anticoagulantes, para evitar a formação de mais coágulos nas veias e medicamentos
para controlar a dor.
Embolia pulmonar, também conhecida como tromboembolismo pulmonar, é o bloqueio da
artéria pulmonar ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso se
desloca de seu local de formação.
Causa das Doenças trombóticas e tromboembolicas
Diferença entre Trombose e Embolia
1.A trombose acontece quando há́ formação de um coagulo sanguíneo em um ou mais
vasos sanguíneos, interrompendo o fluxo sanguíneo na região.
A embolia se dá no momento em que um trombo se desprende do seu leito original e se
movimenta na corrente sanguínea, chegando a um vaso de menor calibre, obstruindo a
circulação local.
Um trombo que emboliza pode ficar preso:
1.Nos pulmões
2.No coração
3.No cérebro ou em outra área, levando a lesões muito graves.
A melhor forma de prevenção de doenças vasculares é manter o check-
up e as consultas periódicas.

Algumas Causas: fatores genéticos, adquiridos e ambientais podem


inclinar o equilíbrio em favor da coagulação, causando formação
patológica de trombos nas veias (p. ex., trombose venosa profunda),
artérias (p. ex., infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico
isquêmico) ou câmaras cardíacas.
A EMBOLIA É UM EVENTO PERIGOSO

A Embolia e um evento perigoso porque, quando há um corpo estranho na corrente sanguínea, como
um coágulo ou um fragmento de gordura, ele será carregado pela circulação sanguínea até encontrar
uma artéria cujo calibre seja menor que o seu diâmetro.

Essa viagem geralmente é bem curta; a partir do momento em que o êmbolo entra na circulação
sanguínea em poucos minutos ou até segundos ele encontra um vaso sanguíneo que seja pequeno
demais para ultrapassar.

No momento em que o êmbolo encontra uma artéria pequena demais para o seu tamanho, ele age
como uma rolha, provocando obstrução e impedindo a passagem do sangue adiante. Desta forma,
todo o tecido que era nutrido pela artéria obstruída passa a receber menos sangue.
Se a artéria obstruída pelo êmbolo for a principal fonte de suprimento sanguíneo para determinado tecido, este
sofrerá isquemia, que é como chamamos o processo de sofrimento tecidual por falta de sangue. Se a isquemia não
for corrigida a tempo, o tecido sofre necrose, o que chamamos de infarto.

Quanto maior for o tamanho do êmbolo, maiores serão o diâmetro da artéria afetada, a interrupção do suprimento
sanguíneo e, consequentemente, o tamanho do tecido que sofrerá necrose.

A embolia, portanto, pode provocar necrose em diversos órgãos, incluindo cérebro, pulmões, membros inferiores,
rins, retina, etc.

Grandes êmbolos provocam o que chamamos de embolia maciça e costumam ser um quadro catastrófico com
elevada mortalidade.
TIPOS DE EMBOLIA

Várias substâncias podem agir como êmbolo, são os dois mais comuns:
Coágulos
Fragmentos de placas de colesterol
. Coágulos
O sangue contém agentes coagulantes naturais que ajudam a prevenir hemorragias
excessivas quando nos ferimos. Sem a formação de coágulos, qualquer corte nos
levaria à morte por perda sanguínea ininterrupta.
Certas condições de saúde, porém, como doenças do sistema da
coagulação, obesidade, doenças cardíacas, câncer, gravidez, infecções e alguns
fármacos, como os anticoncepcionais hormonais, podem causar a formação de
coágulos sanguíneos (trombos) dentro das veias, mesmo quando não há sangramento.
Esses trombos formados dentro das veias podem se soltar da parede do vaso e viajar pela
corrente sanguínea até ficarem presos e começarem a bloquear o fluxo sanguíneo para um órgão
ou membro.

A formação de coágulos é bastante comum nas veias das pernas, um quadro chamado
de trombose venosa profunda dos membros inferiores. A trombose venosa dos membros
inferiores é o principal fator de risco para o tromboembolismo pulmonar.

Outro quadro comum de tromboembolismo é a embolia cerebral, que surge quando um coágulo
de sangue, geralmente originado do coração ou da artéria carótida, viaja até o cérebro e oclui a
passagem de sangue de uma artéria cerebral, provocando acidente vascular cerebral (AVC)..
Colesterol

Aterosclerose é o nome que damos ao estreitamento das artérias provocado pela


formação de placas colesterol na parede dos vasos. Pessoas com aterosclerose grave
podem sofrer embolias de colesterol quando pequenos fragmentos dessas placas se
desprendem da parede dos vasos e viajam pela circulação sanguínea.
Placas ateroscleróticas são fonte importante de êmbolos, podendo provocar
embolização cerebral, que se traduzem por quadros de ataque isquêmico
transitório ou acidente vascular cerebral (AVC). Também são comuns embolizações
para extremidades dos membros ou órgãos, como rins, intestinos, pele ou olhos.
Os eventos embólicos por colesterol podem ocorrer espontaneamente ou podem ser
induzidos por intervenções médicas, incluindo cateterismo cardíaco, arteriografia,
intervenções vasculares periféricas, balão intra-aórtico ou cirurgia cardíacas e
vasculares.
Ar

A embolia gasosa é um evento incomum, mas potencialmente catastrófico, que ocorre


como consequência da entrada de ar dentro da circulação sanguínea.

O oxigênio que circula normalmente no sangue não se encontra na forma gasosa que
respiramos no ar. As moléculas de oxigênio (O2) viajam ligadas à hemoglobina, que é
uma proteína transportadora de oxigênio presente em nossas hemácias (glóbulos
vermelhos). Não há gás livre dentro dos vasos sanguíneos.
Embolia gasosa pode ocorrer através de diversas formas:

Entrada de ar durante a administração de soro ou medicamentos intravenosos


(geralmente mais que 50 ml de ar são necessários para embolização).
Cirurgias, principalmente na cabeça (neurológica ou otorrinolaringológica).
Biópsia pulmonar por agulha broncoscópica e percutânea.
Trauma pulmonar.
Lesão provocada por ventilação mecânica.
Fístulas entre os brônquios e os vasos sanguíneos do pulmão.
Mergulhadores que sobem muito rapidamente à superfície.
Gordura

A embolia gordurosa é uma forma rara de embolia que pode ocorrer após fratura de um
osso longo, como o fêmur. Como a medula óssea possui um alto teor de gordura,
quando um osso se parte, partículas dessa gordura podem ser liberadas na corrente
sanguínea.
Fraturas múltiplas, incluindo fêmur e ossos da pelve, são as mais associadas a esse
evento.
Embora raro, procedimentos médicos, principalmente ortopédicos, também podem
provocar embolia gordurosa, incluindo a artroplastia total de quadril ou joelho, infusões
intraósseas ou transplante de medula óssea.
Liquido Amniótico
Outra forma rara de embolia é a provocada por líquido amniótico.
O líquido amniótico, que é o líquido que envolve e protege o bebê dentro do útero, pode
vazar para os vasos sanguíneos da mãe na hora do parto.
Durante o trabalho de parto, se as membranas placentárias se romperem ao mesmo
tempo que as veias uterinas, o líquido amniótico pode entrar na corrente sanguínea e
chegar aos pulmões da mãe.
Embolia Séptico

A embolia séptica também é uma forma rara. Ela ocorre quando as partículas criadas
por alguma infeção no corpo atingem a corrente sanguínea.
Um exemplo comum é a endocardite, uma infeção das válvulas do coração. Parte da
vegetação formada nas válvulas pelas bactérias pode se soltar e viajar em direção ao
cérebro, rins, pulmões ou extremidades dos membros.
Corpo Estranho

Essa forma de embolia costuma ocorrer quando alguém injeta um corpo estranho
diretamente nas veias, como talco, silicone ou drogas não diluídas.
Outra causa possível, porém muito rara, é entrada de corpo estranho, como fragmentos
de cateteres ou próteses, na circulação durante cirurgias que mexem em grandes
vasos.
OS PULMÕES SÃO OS ÓRGÃOS MAIS AFETADOS

Os pulmões são órgãos mas afetados por conta da anatomia da nossa


circulação sanguínea, a maioria dos êmbolos, seja qual for sua origem, acaba
ficando impactada na circulação sanguínea de um dos pulmões, provocando
infarto pulmonar ou tromboembolismo pulmonar.
A embolia pulmonar é a forma de embolia mais comum porque a maior parte
dos êmbolos surgem nas veias e quase todas elas drenam o sangue em
direção ao coração e depois aos pulmões.
O calibre das veias vai crescendo conforme elas se aproximam do coração. Por isso, o
êmbolo consegue viajar livremente até lá. Ao chegar ao coração, o êmbolo passa por
dentro do átrio, do ventrículo direito e é lançado em direção à artéria pulmonar. Até a
sua chegada na artéria pulmonar esquerda ou direita, o êmbolo só terá passado por
vasos sanguíneos grandes, não havendo possibilidade de ficar preso.
Após passar pela artéria pulmonar, o calibre dos vasos sanguíneos à frente volta a
reduzir de tamanho progressivamente. Quando o êmbolo se deparar com uma artéria
pequena demais, ele provocará a embolia pulmonar. A imagem acima ilustra um
episódio de embolia pulmonar provocada por um trombo formado nas veias de uma das
pernas, que se soltou e viajou até o pulmão.
TRATAMENTO

O tratamento da varia de acordo com três dados:


Causa da embolia.
Tamanho do êmbolo.
Local acometido pelo êmbolo.
No caso da embolia provocada por trombos, o tratamento pode ser feito com
medicamentos ou cirurgia.
Embolia provocada por trombos
No caso da embolia provocada por trombos, o tratamento pode ser feito com
medicamentos ou cirurgia.
Nos pacientes estáveis e com êmbolos pequenos, o tratamento costuma ser feito
apenas com medicamentos anticoagulantes, como varfarina e heparina. Os
anticoagulantes não tratam diretamente o trombo, eles apenas diminuem o risco de
novos êmbolos.
Trombolíticos são medicamentos capazes de dissolver trombos. Os trombolíticos
apresentam muitos efeitos colaterais e risco de causar hemorragias graves, inclusive
sangramentos cerebrais. Por isso, seu uso só está indicado em casos graves, com
grandes êmbolos, quando o benefício supera os riscos.
Nos casos graves também é possível o tratamento cirúrgico, denominado
embolectomia. Durante a procedimento, o cirurgião faz um corte na artéria afetada para
que o corpo estranho causador do bloqueio possa ser removido, restaurando o fluxo
sanguíneo.
FIM DA AULA

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