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SINDROME COMPARTIMENTAL

A síndrome compartimental é uma doença que acontece


quando existe uma grande pressão dentro de um
compartimento de um músculo, promovendo o seu
inchaço e fazendo com que o sangue não consiga
circular até alguns locais, resultando em lesões nos
músculos e nervos. Quando o sangue não consegue
chegar a alguns locais do músculo, pode fazer com que
o oxigênio não chegue aos tecidos, podendo causar
morte celular.
Esta síndrome pode ocorrer nos membros inferiores ou
superiores e causar sintomas como membro dormente,
inchado, pálido e frio ao toque e o tratamento depende
da gravidade da lesão, mas em maior parte dos casos, é
necessário recorrer a uma cirurgia.
Causas de síndrome compartimental

A síndrome compartimental pode acontecer como consequência de


sangramento ou inchaço de um compartimento do músculo, o que pode
causar pressão que se vai acumulando dentro desse compartimento,
provocando alteração no fluxo sanguíneo. Além disso, de acordo com a
causa, a síndrome compartimental pode ser classificada em:
1. Síndrome compartimental aguda
Este tipo de síndrome ocorre geralmente devido a uma lesão, como uma fratura,
esmagamento de um membro, uso de uma ligadura ou outro objeto apertado, ingestão de
bebidas alcoólicas ou consumo de drogas em excesso.
Principais sintomas: O sintoma mais comum nestes casos é dor severa que não melhora
mesmo elevando o membro lesado ou tomando medicamentos, e piora quando se estica ou
usa o membro. Além disso, pode haver também sensação de aperto no músculo ou sensação
de formigamento ou queimação na pele ao redor da área afetada e, em casos mais graves,
pode ocorrer dormência ou paralisia do membro.
É importante que a síndrome compartimental aguda seja identificada rapidamente para que
o tratamento seja iniciado logo em seguida, sendo muitas vezes necessária amputação do
membro afetado.
2. Síndrome compartimental crônica
Embora ainda não se saiba ao certo o motivo, a síndrome compartimental crônica
pode ocorrer devido à prática de exercício com movimentos repetidos, como
natação, tênis ou corrida.
Principais sintomas: Nestes casos, pode-se sentir uma dor intensa durante o
exercício, que passa cerca de 30 minutos depois de finalizar o exercício.
Outros sintomas que podem ocorrer são dificuldade para movimentar o membro
lesionado, dormência no membro ou uma protuberância no músculo afetado.
Como é feito o tratamento
No caso da síndrome compartimental aguda, geralmente é necessário recorrer a
cirurgia e o procedimento envolve um corte no músculo para reduzir a pressão no
compartimento.
Em alguns casos pode ser necessário deixar a região aberta até reduzir o inchaço
ou mesmo fazer um enxerto de pele. Em casos muito graves ou caso o tratamento
se faça muito tarde, pode ser necessário amputar o membro.
Nos casos de síndrome compartimental crônica, antes de optar pela cirurgia, o
médico pode recomendar fisioterapia para alongar o músculo, remédios anti-
inflamatórios, alterando o tipo de exercício ou realizar o exercício com menos
impacto, aplicando gelo no local após a atividade física.
Caso nenhum destes métodos resulte, pode ser necessário realizar uma cirurgia.
EMBOLIA GASOSA
Embolia gasosa é uma situação potencialmente fatal caracterizada
pela presença de gás no interior de veias ou artérias. Pode provocar a
interrupção do fluxo sanguíneo, fazendo com que alguns tecidos não recebam a
quantidade adequada de oxigênio.
A situação de hipóxia é extremamente perigosa quando afeta o cérebro e o
miocárdio, pois essas regiões são extremamente sensíveis. Apesar de a embolia
gasosa ser um evento raro, é fundamental que as equipes médicas estejam atentas
para a identificação rápida do quadro e para que uma intervenção imediata seja
realizada.
O QUE É A EMBOLIA GASOSA?
A embolia gasosa é uma situação grave que se caracteriza pela presença de gás
no interior dos vasos sanguíneos.
A presença de gás é uma situação atípica, uma vez que, no interior dos vasos
sanguíneos, apenas sangue é observado. A presença de bolhas pode impedir o
fluxo sanguíneo.

A embolia gasosa caracteriza-se


pela presença de bolhas de ar na
circulação sanguínea.
Na embolia gasosa, o gás pode obstruir artérias ou veias.
Quando obstrui as artérias, pode provocar evento isquêmico, ou seja, fazer com
que algumas áreas do corpo apresentem uma diminuição ou suspensão da
irrigação sanguínea.
A falta de oxigenação adequada pode ser muito perigosa, principalmente
quando afeta o cérebro e o miocárdio, podendo ser, nesses casos, fatal.
Quando a embolia gasosa ocorre em nível venoso, observamos a obstrução da
circulação pulmonar.
Nesse caso, pode-se verificar a obstrução do tronco pulmonar e da
microcirculação do pulmão.
A obstrução do tronco pulmonar pode levar à insuficiência cardíaca aguda.
CAUSAS DA EMBOLIA GASOSA
A embolia gasosa está muito associada a procedimentos clínico-cirúrgicos e pode
ocorrer em situações como craniotomia na posição sentada, cesariana, ventilação
mecânica, procedimento cirúrgico vascular, procedimento cirúrgico com circulação
extracorpórea e procedimento cirúrgico por videolaparoscopia.
Além de procedimentos clínico-cirúrgicos, a embolia gasosa pode ocorrer em
situações de mergulho a grande profundidade.
O mergulhador, ao subir de volta à superfície, pode apresentar a ruptura dos
alvéolos, devido ao aumento do volume de ar retido nos pulmões em decorrência da
diminuição da pressão.
Com o rompimento dos alvéolos, o ar pode entrar na corrente sanguínea, o que
caracteriza um quadro de embolia gasosa.
SINTOMAS DA EMBOLIA GASOSA:
Os sintomas da embolia gasosa estão diretamente relacionados com a quantidade de
ar que entra nos vasos sanguíneos e com os órgãos acometidos pelo problema.
Falta de ar de maneira súbita, tontura, náusea, dor na região atrás do esterno, sensação de
morte iminente e ansiedade estão entre os sintomas que podem se manifestar em caso de
embolia gasosa.
Entre os sintomas neurológicos, podemos citar confusão e perda de consciência.
A embolia gasosa é uma condição grave e pode levar um indivíduo à morte, portanto seu
reconhecimento rápido é fundamental.
TRATAMENTO DA EMBOLIA GASOSA
A embolia gasosa não possui um tratamento específico.
Quando falamos em embolia causada por trombos, o uso de medicamentos que destroem esses
trombos é feito, porém não há medicamentos que possam eliminar as bolhas de gás no interior
dos vasos sanguíneos.
O tratamento da embolia gasosa consiste em identificar o que está causando a entrada de ar
nos vasos e interromper esse escape.
Feito isso, medidas que visam à manutenção das atividades vitais do paciente devem ser
realizadas.
Embolia pulmonar e embolia gasosa

A embolia gasosa e
a embolia pulmonar são
situações distintas. Na
embolia pulmonar,
observamos a presença
de trombos.
Quando falamos em embolia pulmonar, estamos nos referindo a uma situação em
que há a obstrução da artéria pulmonar ou um de seus ramos por um trombo.
Também chamada de tromboembolismo pulmonar, a embolia pulmonar é
uma situação grave e pode levar à morte caso o tratamento adequado não seja
realizado.
Estima-se que a letalidade associada à embolia pulmonar é de aproximadamente
30% em indivíduos não tratados. A embolia pulmonar difere-se da embolia gasosa,
pois essa última envolve a presença de gás no sistema cardiovascular.
EMBOLIA PULMONAR
A embolia pulmonar é a obstrução de uma ou
mais artérias dos pulmões, geralmente, por conta de
um coágulo de sangue. “Esse coágulo costuma se
formar nas pernas, e ele se desprende da circulação
venosa e migra para a circulação sanguínea,
passando pelo coração e impactando no pulmão”.
De forma geral, essa emergência cardiovascular
ocorre quando a passagem do sangue por uma ou
mais artérias dos pulmões é interrompida, seja por
um coágulo de sangue ou por gordura, ar e até
células cancerosas.
CAUSAS
A causa mais frequente da
embolia pulmonar é a presença de ➢ Bolhas de ar
um coágulo de sangue em uma Gotículas de gordura
artéria, que bloqueia a circulação Líquido amniótico
pulmonar. Causas menos comuns, Parasitas
como dito anteriormente, incluem: Células cancerosas.
Sintomas :
•Dor sob o esterno (osso do tórax). Essa dor costuma ser aguda ou penetrante,
descrita como uma sensação de queimação ou peso. Ela piora com a
respiração, tosse, ingestão de alimentos e movimentação do corpo
•Tosse repentina, expectorar sangue ou escarro sangrento
•Respiração rápida
•Frequência cardíaca alta
•Deficiência respiratória iniciada repentinamente.
Como os sintomas da embolia pulmonar dependem do tamanho do coágulo.
No entanto, se for um coágulo grande, ele pode causar um quadro de morte
súbita.
• Outros sintomas da embolia pulmonar que podem ocorrer:
Ansiedade
Coloração azulada da pele (cianose)
Pele fria e úmida
Tontura
Dor na perna, vermelhidão e inchaço
Tontura ou desmaio
Baixa pressão sanguínea
Sudorese
Respiração ofegante.
Tratamento de Embolia pulmonar

O atendimento imediato é essencial para o tratamento da embolia


pulmonar, a fim de evitar complicações.
O tratamento geralmente acontece em ambiente hospitalar, nas UTIs, visando
a estabilização do paciente, fazendo com que a pressão seja controlada,
fornecendo oxigênio, e empregando-se remédios conhecidos como
anticoagulantes.
O uso de medicamentos, como anticoagulantes e trombolíticos,
contribuem para dissolver os coágulos sanguíneos e/ou para evitar a formação
de novos coágulos e melhorar o tratamento da embolia.
Mas vale ressaltar que os trombolíticos têm efeitos colaterais potentes e são
empregados em situações muito especiais, quando há risco de morte.
Trombose e embolia

O coágulo que causa a embolia é chamado também de trombose venosa


profunda (TVP) que se solta e se desloca para os pulmões.
Esse coágulo é geralmente proveniente das veias da perna (principalmente da
região da coxa) ou da pélvis (área dos quadris).
“Os fragmentos de trombos das veias das pernas, coxas ou da pelve costumam
embolizar para os pulmões.
Entretanto outros materiais como gordura proveniente de fraturas ou cirurgias,
gases devido a mergulhos em profundidade e procedimentos nos vasos também
podem obstruir as artérias pulmonares
FATORES DE RISCO
A embolia pulmonar pode ocorrer em todas as pessoas, mas alguns fatores podem
aumentar o risco de isso acontecer.
Histórico familiar de trombose venosa profunda ou de embolia pulmonar
Doenças cardíacas, como hipertensão e outras condições cardiovasculares
Alguns tipos de câncer, especialmente pâncreas, ovários e no pulmão, além de algumas
metástases. Mulheres com histórico de câncer de mama também podem desenvolver o
problema, ficar muito tempo sentado ou de repouso e deitado. Por exemplo: longas
jornadas de trabalho, viagens de avião ou automóvel, deitado após uma cirurgia, um
ataque cardíaco, uma fratura na perna ou qualquer outra doença grave que necessita de
internação hospitalar
Tabagismo, Obesidade
Suplementos de estrogênio, comum em pílulas anticoncepcionais e na terapia de
reposição hormonal
Gravidez.
CIRURGIA NOS OSSOS
A cirurgia de implantação de próteses no quadril e no joelho é uma das principais
causas de coágulos sanguíneos, especialmente na implantação de próteses no quadril
e no joelho.
Durante a preparação dos ossos para as articulações artificiais, os restos de tecido
podem entrar na corrente sanguínea e contribuem para causar um coágulo.
Porém, vale lembrar que qualquer cirurgia coloca o corpo em risco para a formação
de tromboses e, consequentemente, embolia pulmonar.
O risco cresce conforme o tempo em que você está sob anestesia geral.
Por este motivo, a maioria das pessoas que se submete a cirurgia e possui algum tipo
de predisposição para coagulação de sangue recebe medicação antes e depois da
cirurgia para evitar a formação de coágulos.
ARTROPLASTIA DE QUADRIL
ARTROPLASTIA DO QUADRIL

Também conhecida como prótese total, artroplastia é o termo usado para a cirugia que
visa a substituição de uma articulação danificada ou fraturada, por uma prótese com
formato o mais próximo possível da anatomia original das estruturas ósseas. No caso da
artroplastia total do quadril, tanto a cabeça do fêmur quanto o acetábulo são substituídos por
componentes metálicos, de polietileno, metal ou cerâmica, que podem ser fixados no osso.
Quando for realizada a artroplastia do quadril parcial, haverá a substituição somente da
superfície articulada da cabeça do fêmur. A artroplastia é indicada em casos que a
articulação do quadril se encontra muito danificada e o paciente apresenta dores intensas no
quadril, redução dos movimentos e prejuízos funcionais, sem possibilidade de melhora com
outros tratamentos.
TIPOS DE PRÓTESES

 Prótese cimentada: é aquela na qual o componente ósseo para fixar o componente acetabular na
bacia e na parte femoral do fêmur.
 Prótese não-cimentada: O componente femoral e acetabular são fixados diretamente na
superfície óssea, sem a utilização do cimento.
 Prótese hibrida: componente acetabular é fixado a bacia através de parafusos e o componente
femoral fixado com cimento ao fêmur.
 Prótese uni e bipolares: saõ utilizadas em pacientes idosos, com fratura do colo do fêmur e que
necessitam sair do leito o mais breve possível.
 Endopróteses: são utilizadas para substituição de grandes segmentos ósseos, como no caso de
um tumor que comprometa a parte superior do fêmur.
CUIDADOS
Cuidados no pré-operatório:
 Orientações sobre a hospitalização e preparo para a cirurgia;
 Orientações sobre adaptações no domicilio, como: aumentar a altura do vaso sanitário, através de
adaptadores, suporte, cadeira higiênica;
 Preparo do paciente, como: apoio, psicológico, jejum, preparo da pele.
 Cuidados no intra-operatório:
 Admissão do paciente no centro cirúrgico;
 Posicionamento adequado na mesa operatória e proteção das extremidades ósseas;
Pós-operatório
 Observar o correto posicionamento do coxim de abdução, evitando a rotação interna e externa da perna e a
adução ou abdução da perna;
 Proteger o calcâneo, principalmente do membro operado, evitando lesão por pressão;
 Mobilizar o paciente em bloco, ou seja, quando for necessário realizar a troca de lençóis da cama, virar o
paciente de uma forma única, mantendo o coxim de abdução
 Observar o correto posicionamento da perna, evitando a rotação interna e externa, sendo estes um
sinal de luxação da prótese de quadril;
 No primeiro pós-operatório não elevar a cabeceira do paciente, mante-lo em decúbito dorsal
horizontal;
 Observar sinais e sintomas de trombose, como: edema, hiperemia, empastamento e redução da
perfusão periférica;
 Não fletir o quadril em um ângulo maior que 90º, ou seja, quando o paciente estiver sentado,
orientar o paciente para não fletir o tronco para frente. Se houver necessidade de pegar algum
objeto, solicitar ajuda;
 Sempre que for descer da cama, manter o membro. A mesma orientação serve quando o paciente
vai sentar na cadeira de rodas ou higiênica;
 Quando o paciente estiver sentado em um sofá ou poltrona, utilizar um coxim ou almofada,
evitando fletir o quadril em ângulo maior que 90º.
Traumatismo craniano:

 O traumatismo craniano, ou traumatismo cranioencefálico, é uma lesão no crânio


provocada por uma pancada ou trauma na cabeça, que pode atingir o cérebro e
ocasionar sangramento e coágulos. Este tipo de traumatismo pode ser causado por
acidentes de carro, quedas graves e, até mesmo, devido acidentes que ocorrem durante a
prática de esportes.
 Os sintomas do traumatismo craniano dependem da força da pancada e da gravidade do
acidente, no entanto, os mais comuns são sangramento na cabeça, ouvido ou rosto,
desmaio, perda de memória, alterações na visão e olhos arroxeados.
 O tratamento deste tipo de trauma deve ser feito o quanto antes, pois quanto mais
precoce forem realizados os procedimentos médicos, mais chances a pessoa tem de cura
e menores são os riscos de sequelas, como perda dos movimentos das pernas, dificuldade
de falar ou de enxergar.
 Em alguns casos, é necessário fazer reabilitação com,
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou
fonoaudiólogo, para diminuir os efeitos negativos das
sequelas e, desta forma, melhorar a qualidade de vida
da pessoa que sofreu o traumatismo cranioencefálico.
Principais sintomas:
Os sintomas de traumatismo craniano podem surgir imediatamente após o acidente ou
só aparecerem depois de algumas horas, ou até semanas, após a pancada na cabeça,
sendo que os mais comuns são:

 Desmaio e perda de memória;


 Dificuldade para enxergar ou perda da visão;
 Dor de cabeça intensa;
 Confusão e fala alterada;
 Perda de equilíbrio;
 Vômitos;
 Sangramentos graves na cabeça ou rosto;
 Saída de sangue ou de líquido transparente pelo nariz e ouvidos;
 Sonolência excessiva;
 Olho roxo ou manchas roxas nas orelhas;
 Pupilas com tamanhos diferentes;
 Perda de sensibilidade em alguma parte do corpo.
 Nas crianças, os sintomas de traumatismo craniano podem também incluir
choro persistente, agitação ou sonolência excessiva, vômitos, recusa para comer
e afundamentos na cabeça, que são mais comuns em quedas de superfícies
altas, como mesa ou cama, por exemplo.
Tipos de traumatismo craniano

 Leve: é o tipo mais comum, em que a pessoa se recupera mais rapidamente, pois
caracteriza-se por lesões cerebrais menores. Nestes casos, a pessoa geralmente
passa algumas horas de observação em emergência e pode seguir com tratamento
em casa, mantendo-se sempre em observação;
 Moderado: consiste na lesão que atinge uma área maior do cérebro e a pessoa tem
maior risco de ter complicações. O tratamento deve ser feito em um hospital e a
pessoa deve ficar internada;
 Grave: baseia-se em lesões cerebrais extensas, com presença de grandes
sangramentos na cabeça, sendo que, nestas situações, a pessoa deve ficar internada
em uma UTI.
 Além disso, as lesões causadas pelo traumatismo craniano
podem ser focais, que é quando atingem uma pequena área
do cérebro, ou difusas que são caracterizadas por perda de
funcionamento de uma parte grande do cérebro.
 Em qualquer uma destas situações, o neurologista vai avaliar
as áreas do cérebro afetadas através da realização da
tomografia computadorizada, pois a partir disso, será
recomendado o tratamento mais adequado e mais seguro.
Opções de tratamento

 O tratamento para traumatismo craniano depende do tipo, gravidade e extensão das


lesões no cérebro e é indicado por um neurologista após a realização de tomografia
computadorizada ou ressonância magnética.
 Nos casos mais leves, o médico poderá recomendar uso de medicamentos para dor,
realização de sutura ou curativos, no caso de lesões cortantes, e um período de
vigilância e observar se a pessoa não apresenta sinais e sintomas de gravidade,
sendo possível ter alta hospitalar nas primeiras 12 horas, mantendo os remédios por
via oral e observação.
 No entanto, nos casos de traumatismo craniano moderado a grave, em que
existem hemorragias, fraturas ou lesões cerebrais graves, poderá ser
indicada cirurgia para aliviar a pressão na cabeça e reduzir o sangramento e,
por isso, pode ser necessária a internação em UTI e a pessoa poderá ter
que ficar muitos dias até que se recupere. Além disso, muitas vezes, pode-se
justificar o coma induzido, que serve para diminuir a atividade cerebral, de
forma a acelerar a recuperação.
 Durante o coma induzido, a pessoa respira por aparelhos e recebe
medicamentos na veia.
Possíveis sequelas
 O traumatismo craniano pode provocar sequelas físicas e levar a alterações de
comportamento, que podem surgir logo após o trauma, ou aparecer um tempo depois.
Algumas das sequelas físicas são perda dos movimentos de partes do corpo, alterações
na visão, no controle da respiração, problemas intestinais ou urinários.
 A pessoa que sofreu de um traumatismo craniano pode ainda ter dificuldades para falar,
para engolir, perda de memória, apatia, agressividade, irritabilidade e alterações no ciclo
do sono.
 Entretanto, após diagnosticar uma sequela, o médico indicará a reabilitação, que é um
conjunto de atividades desenvolvidas por profissionais como, fisioterapeuta,
fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional que vão ajudar na recuperação dos
movimentos e melhorar a qualidade de vida da pessoa que sofreu o traumatismo
craniano.
Quais as causas

 As principais causas de traumatismo craniano são os acidentes


automobilísticos, por isso, cada vez mais, o governo tem promovido
projetos e campanhas voltadas ao uso de cinto de segurança e de capacete.
 Outras causas de traumatismo craniano podem ser ferimentos decorrentes
da prática de esportes radicais, como esqui, ou por atividades de recreação,
como por exemplo, quando uma pessoa mergulha uma cachoeira e bate
com a cabeça em uma pedra ou quando sofre um escorregão em uma
piscina. As quedas também podem provocar este tipo de trauma cerebral e
são mais comuns em idosos e crianças
Trauma Raquimedular
 O trauma raquimedular é uma lesão que ocorre em qualquer região da medula
espinhal, que pode provocar mudanças permanentes nas funções motoras e
sensoriais na região do corpo abaixo da lesão.
 A lesão traumática pode ser completa, em que há perda total da função motora e
sensorial abaixo do local onde ocorre a lesão, ou incompleta, em que essa perda
é parcial.
 O traumatismo pode ocorrer durante uma queda ou um acidente de trânsito, por
exemplo, que são situações que devem ser assistidas imediatamente de forma a
evitar o agravamento da lesão.
 Infelizmente ainda não existe um tratamento que reverta os danos provocados
por um trauma raquimedular, no entanto, existem medidas que ajudam a evitar
que a lesão piore e ajudam a pessoa a adaptar-se a um novo estilo de vida.
Quais os sinais e sintomas

 Os sinais e sintomas de um traumatismo


raquimedular dependem da severidade da
lesão e da região onde ocorre.
 A pessoa pode ficar paraplégica, quando é
afetada apenas a parte do tronco, pernas e
região pélvica, ou tetraplégica, quando é
afetado todo o corpo abaixo do pescoço.
 Lesões na medula espinhal podem resultar nos seguintes sinais e sintomas:
 Perda dos movimentos;
 Perda ou alteração da sensibilidade ao calor, frio, dor ou toque;
 Espasmos musculares e reflexos exagerados;
 Alterações na função sexual, na sensibilidade sexual ou na fertilidade;
 Dor ou sensação de picadas;
 Dificuldade para respirar ou eliminar secreções dos pulmões;
 Perda do controle da bexiga ou do intestino.
 Embora o controle da bexiga e do intestino seja perdido, estas estruturas
continuam a funcionar normalmente. A bexiga continua a armazenar a urina e o
intestino continua a exercer as suas funções na digestão, no entanto, existe a
dificuldade na comunicação entre o cérebro e estas estruturas para eliminar a
urina e as fezes, aumentando o risco de desenvolver infecções ou formar pedras
nos rins.
 Além destes sintomas, no momento da
lesão também pode ocorrer dor nas
costas muito intensa ou pressão no
pescoço e na cabeça, fraqueza,
descoordenação ou paralisia em
qualquer região do corpo, dormência,
formigamento e perda da sensibilidade
nas mãos, dedos e pés, dificuldade para
caminhar e manter o equilíbrio,
dificuldade para respirar ou mesmo
posicionamento torcido do pescoço ou
das costas.
 O que fazer quando se suspeita de lesão
 Após um acidente, uma queda ou algo que possa ter provocado um trauma
raquimedular deve-se evitar mover a pessoa lesionada e ligar de imediato
para a emergência médica.
 PORQUE ACONTECE
 O trauma raquimedular pode resultar de danos nas vértebras, ligamentos ou
discos da coluna vertebral ou danos diretamente na própria medula, devido a
acidentes de trânsito, quedas, luta, desportos violentos, mergulho num local
com pouca água ou numa posição incorreta, ferimento de uma bala ou uma faca
ou mesmo por doenças como artrite, câncer, infecção ou degeneração dos
discos da coluna vertebral.
 A gravidade da lesão pode evoluir ou melhorar depois de algumas horas, dias
ou semanas, o que pode estar relacionado com a assistência média, diagnóstico
preciso, atendimento rápido, diminuição do edema e medicações que possam
estar sendo utilizadas.
 COMO CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO
 O médico pode utilizar vários meios de diagnóstico para perceber se ocorreu lesão
na medula espinhal e qual a severidade dessa lesão, sendo muitas vezes indicada a
realização de raio-X, como exame inicial, para identificar alterações
vertebrais, tumores, fraturas ou outras alterações na coluna.
 Além disso, também pode utilizar uma tomografia computadorizada para ver
melhor as anormalidades detetadas no raio-X, ou uma ressonância magnética, que
ajuda a identificar hérnias discais, coágulos de sangue ou outros fatores que
possam fazer pressão sobre a medula.
 Como é feito o tratamento
 Ainda não é possível reverter os danos de uma lesão da medula espinhal, no entanto,
continuam a decorrer investigações de possíveis novos tratamentos. Entretanto, o que se
pode fazer nestes casos é evitar que a lesão piore e se necessário recorrer a cirurgia para
remover fragmentos de osso ou objetos estranhos.
 Para isso, é muito importante reunir uma equipa de reabilitação para ajudar a pessoa a
adaptar-se à sua nova vida, tanto a nível físico, como psicológico.
 Essa equipe deve ter um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional, um enfermeiro de
reabilitação, um psicólogo, um assistente social, um nutricionista e um médico
ortopedista ou neurocirurgião especialista em lesões da medula espinhal.
 A assistência médica no momento em que ocorre o acidente também é muito
importante, pois pode evitar o agravamento das lesões, além de que quanto mais rápido
for o atendimento inicial, o diagnóstico e o tratamento, melhor é a evolução da pessoa e
qualidade de vida.
OSTEOCONDRITE
 A Osteocondrite é uma patologia de origem pouco
conhecida que ataca a cartilagem de crescimento (que
auxilia na formação dos ossos do corpo humano) e é
mais frequente durante a infância e a adolescência,
pois são as fases de construção e consolidação do
sistema esquelético.
 Esse distúrbio pode afetar qualquer articulação e têm
seu nome definido de acordo com a região atingida.
 O tipo de osteocondrite mais comum que afeta o
joelho e pode levar ao desenvolvimento de uma
protuberância óssea abaixo da patela.
No início do processo de formação dos ossos, o esqueleto é constituído, em uma
grande parte, por cartilagem (um tipo de tecido resistente e flexível, responsável
por amenizar o atrito ósseo nas articulações) e tal tecido, ao longo dos anos, é
substituído gradualmente pelo osso.
Tal processo é realizado entre a epífise (localizada na extremidade do osso,
também é ossificada após consolidação do esqueleto) e a “cartilagem de
crescimento”, que auxiliam no aumento do diâmetro e do comprimento dos
ossos.

Causas da Osteocondrite: A maioria dos


casos de costocondrite tem causa desconhecida.
Contudo, para alguns casos, as causas são:
• Trauma no tórax, como um impacto de uma queda ou um acidente de carro
• Esforço físico de alguma atividade, como levantamento de peso e exercícios
extenuantes
• Movimentos repetitivos, incluindo tosse severa
• Tumores na articulação costosternal (inflamação da cartilagem, osso do esterno).
• Alguns tipos de artrite
• Alguns vírus e doenças respiratórias como tuberculose, sífilis e aspergilose, que
podem causar inflamações nas articulações.
 Diagnostico da Osteocondrite:
 Para avaliar a natureza dos sintomas um diagnóstico pode ser feito que baseia-se
em pressionar as articulações afetadas suavemente.
 O diagnóstico pode também ser feito em outras causas. Às vezes, os testes como
uma radiografia de tórax, um eletrocardiograma ou um exame de sangue são
feitos para descartar outras condições mais graves.
 Crianças e adolescentes podem ser afetados pela condição e o pico de idade varia
dos dez anos a vinte e quatro anos. Adultos que têm dor no peito também podem
ser diagnosticados com a doença. Nos adultos, dor no peito é considerada a ser
um sério problema do coração.
 É prevalente em atletas. Pessoas que se recuperaram de um acidente de viação
quando volante atinge o peito também podem ser diagnosticadas com
a inflamação.
•Síndrome de Tietze é muitas
vezes referida como
costocondrite mas há
diferença:
•Tietze é abrupta com dor no
peito que irradia para os
braços e ombros e dura várias
semanas.
•A síndrome de Tietze
apresenta inchaço nas costelas
segunda e terceira. O inchaço
dura vários meses.
 Tratamento e prevenção da Osteocondrite: O
principal tratamento inclui a redução
da inflamação para controlar a dor. O tratamento
básico que é dado nesta situação é o repouso
completo e evitando trabalhos árduos, a aplicação
de calor ou pacotes de gelo sobre a área afetada e
tomando medicamentos anti-inflamatórios para
alívio da dor.
CONDROMALACIA DE PATELA

 A condromalácia patelar ou síndrome da dor patelofemoral


caracteriza-se pela degeneração da cartilagem articular da
patela (ou rótula), um osso localizado na frente do joelho.
 Esse desgaste pode ocorrer devido a uma série de fatores,
como traumas na região, sedentarismo, excesso de peso,
desalinhamento do joelho, atividades física de alto impacto
e idade.
Essa é uma das complicações mais comuns que acometem
a articulação do joelho e atinge mais as mulheres.
GRAUS DE CONDROMALÁCIA PATELAR
 A condromalácia patelar é classificada em 4 graus:
• Grau I: Há um certo amolecimento da camada mais externa da cartilagem da patela. Pode
haver dor e edema (inchaço);
• Grau II: Há lesões na cartilagem com até 1,3 cm de diâmetro. As lesões ainda são
pequenas e localizadas;
• Grau III: As lesões são maiores que 1,3 cm de diâmetro;
• Grau IV: Neste ponto, a cartilagem já sofreu tamanha erosão que é possível visualizar o
osso subcondral que a sustenta.

SINTOMAS DA CONDROMALÁCIA PATELAR
 Os portadores de condromalácia podem sentir uma dor leve ao redor ou
sob a rótula, que piora ao descer escadas ou rampas, durante e após a
prática esportiva ou após ficar muito tempo sentado.
 Inchaço, ruídos (como um “clique”) ao se movimentar e ardência
podem estar presentes em alguns casos.
 Entretanto, nem sempre a condromalácia causa dor, principalmente nos
estágios iniciais. Por isso, é muito importante procurar um ortopedista
ao primeiro sinal de desconforto.
DIAGNÓSTICO DE CONDROMALÁCIA
PATELAR

 O diagnóstico é basicamente clínico, a partir


dos sintomas, histórico e queixas do paciente.
Exames de imagem, como raios X e
ressonância magnética da região do joelho, são
importantes para definir o quadro com
precisão.
TRATAMENTO DA CONDROMALÁCIA
PATELAR
 Durante o período aguda da doença, ou seja, quando há dor e inflamação, é necessário que o
indivíduo interrompa toda e qualquer atividade física.
 Gelo, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados nesse período para aliviar o
desconforto.
 Após o diagnóstico, é importante que o paciente inicie exercícios de reabilitação com
fisioterapia, para fortalecer o quadríceps (músculo localizado na parte da frente da coxa) e
melhorar a estabilidade do joelho.
 Essa etapa funciona como uma espécie de “proteção da cartilagem” e pode impedir ou retardar
a progressão da doença. O uso de joelheira (que não tenha furo na região anterior) é um
importante coadjuvante nessa fase. Ela auxilia no encaixe da rótula sobre o fêmur,
promovendo melhor distribuição de cargas sobre a região e, consequentemente, reduzindo a
dor.
 O tratamento pode ser longo, levando de 6 a 12 semanas para surgirem os sinais de melhora.
 Se a dor persistir mesmo com a reabilitação fisioterápica, pode ser indicada uma infiltração
com ácido hialurônico para lubrificar a área e fortalecer a camada natural desse ácido que
reveste a cartilagem.
 Em casos mais avançados e refratários ao tratamento conservador, pode-se lançar mão de
cirurgia. Por meio de artroscopia (técnica minimamente invasiva), o cirurgião remove
fragmentos de cartilagem danificada, promove uma espécie de limpeza geral da articulação
e pode realizar outros procedimentos (como soltura de tecidos fibrosos muito tensionados)
para melhor eficácia.
RECOMENDAÇÕES PARA QUEM TEM
CONDROMALÁCIA

• Não fique muito tempo com o joelho flexionado. No trabalho, é importante levantar a cada
hora para andar pequenas distâncias, fazer bastante alongamento e deixar a perna estendida
sempre que possível;
• Lembre que exercícios de fortalecimento do quadríceps são parte integrante do tratamento;
• Mantenha o peso adequado. Qualquer sobrecarga pode prejudicar os joelhos;
• Evite subir e descer escadas na primeira fase do tratamento;
• Faça compressas de gelo a cada 20 minutos, pois elas podem ajudar a aliviar a dor
O que é o pé torto congênito?

 Chamamos de pé torto congênito (PTC) uma alteração nos ligamentos, músculos,


tendões e ossos do pé que acontece ainda na gestação.
 Ainda não se sabe por que isso ocorre, mas é provável que influências genéticas e
ambientais possam estar relacionadas a esse problema. É muito importante
ressaltar que o PTC não está associado a nada que os pais tenham ou não feito
durante a gestação, portanto não existe motivo para se sentir culpado.
 Considerando as estatísticas mundiais, cerca de 1 a cada 1000 bebês nascem com
PTC, sendo, portanto, uma das condições mais comuns entre as más-formações
congênitas. Em 50% dos casos, os dois pés são acometidos.
Quais os sintomas do pé torto congênito?
 Ao nascimento, observa-se que o pé se
direciona para baixo e tem a parte da frente
virada para dentro e para cima, apontando
para a outra perna.
 Também podemos perceber que a parte
posterior da perna (panturrilha) é mais fina e
o pé é um pouco menor. Apesar disso, o
bebê não sente dor.
Como fazer o diagnóstico do pé torto
congênito?

 O diagnóstico pode ser realizado até mesmo antes do nascimento por meio das
ultrassonografias realizadas a partir da 20ª semana de gestação. Quando isso acontece, os pais
já podem consultar seu ortopedista pediátrico de confiança, que fornecerá orientação,
esclarecerá as dúvidas e definirá o tratamento.
 Quando a criança nasce, o diagnóstico é feito ou confirmado através da avaliação da forma e
flexibilidade do pé. Raramente são necessários exames de imagem complementares.
 Em alguns casos, de acordo com a posição e flexibilidade do pé, a alteração observada pode
ser apenas postural e se corrigirá espontaneamente (chamado de pé torto postural). No
entanto, quando confirmado o diagnóstico de pé torto congênito, o tratamento é necessário.
 Na maioria das vezes o pé torto aparece de forma isolada e sem causa conhecida (idiopático).
Em outras situações mais raras, uma deformidade no pé pode estar associada a condições
mais complexas, como síndromes genéticas ou doenças neuromusculares, que serão
cuidadosamente avaliadas ou descartadas pelo médico.
Qual o tratamento de pé torto congênito?

 O PTC não pode ser negligenciado, pois a permanência da deformidade


impedirá o uso de calçados comuns e dificultará o andar da criança. O
tratamento tem excelentes resultados, permitindo que a criança tenha uma
vida ativa, correndo e praticando esportes. Existem, inclusive, exemplos
de atletas profissionais que trataram essa condição na infância.
 Apesar de não ser uma urgência, o ideal é que o tratamento seja feito nos
primeiros meses de vida, por meio do método desenvolvido pelo Professor
Ignacio Vives Ponseti, um ortopedista nascido em Barcelona, na Espanha,
que se radicou em Iowa nos EUA, onde atuou por toda a sua vida. O
método idealizado pelo Prof. Ponseti é realizado em fases:
 1. Primeira fase: correção
 Nessa fase são realizadas manipulações suaves, seguidas de um gesso modelado que
progressivamente leva o pé para sua posição normal. Usualmente as trocas são
semanais e, em média, são necessários 5 ou 6 gessos, dependendo da gravidade de
cada pé.
Em determinados casos, a deformidade
da parte posterior (equino – calcanhar
alto com a ponta do pé apontando para
baixo) permanece e não é mais possível
corrigi-la apenas com os gessos. Quando
esse é o caso, um pequeno procedimento
para alongar o tendão calcâneo
(tenotomia) é realizado de forma
ambulatorial com anestesia geral ou
local. Após esse passo, um novo gesso é
feito e permanece por 3 semanas para
permitir a cicatrização e a reconstituição
do tendão.
2. Segunda fase: prevenção da recidiva
(retorno da deformidade)
 Com o pé totalmente corrigido, inicia-se o uso de um aparelho (órtese de abdução) para evitar que
exista o retorno da deformidade. Nos primeiros 3 meses de uso ela é retirada apenas para o banho
e depois deve ser utilizada por 14 horas por dia até os 4 anos de idade.

A correta utilização das órteses é


essencial para o sucesso do
tratamento. Se houver o retorno
parcial ou total da deformidade, um
novo ciclo de correção com gessos
precisará ser iniciado.
 3. Terceira fase: acompanhamento
 A criança é acompanhada durante todo o crescimento para que
qualquer recidiva seja diagnosticada e tratada rapidamente.
 Algumas vezes, em crianças a partir dos 3 anos são necessários
procedimentos cirúrgicos pequenos complementares, como a
transferência do tendão tibial anterior. Em situações raras,
algumas crianças podem precisar de correções maiores
(cirurgias) após o período de gesso e a decisão por estes
procedimentos é feita de forma muito criteriosa.
O que é sindactilia,
 Sindactilia é um termo utilizado para descrever uma situação, muito comum, que
acontece quando um ou mais dedos, das mãos ou dos pés, nascem grudados. Esta
alteração pode ser provocada por alterações genéticas e hereditárias, que ocorrem
durante o desenvolvimento do bebê na gravidez e, muitas vezes, está associada ao
aparecimento de síndromes.
 O diagnóstico pode ser feito através de ultrassom no período da gestação ou pode ser
identificado apenas após o bebê nascer. Caso seja feito o diagnóstico na gravidez, o
médico obstetra poderá recomendar a realização de testes genéticos para analisar se
o bebê tem alguma síndrome.
 A classificação da sindactilia é feita de acordo com a quantidade de dedos grudados,
a posição da junção dos dedos e se tem ossos ou apenas partes moles entre os
dedos envolvidos
Tipos de sindactilia
 A sindactilia pode ser classificada em vários tipos, dependendo de quais dedos estão grudados e da
gravidade da junção destes dedos. Esta alteração pode aparecer nas duas mãos ou nos pés e, no
filho, pode surgir com características diferentes ao que ocorre no pai ou na mãe. Desta forma, os
tipos de sindactilia são:
• Incompleta: ocorre quando a união não se estende até a ponta dos dedos;
• Completa: aparece quando a junção se estende até a ponta dos dedos;
• Simples: é quando os dedos estão unidos apenas pela pele;
• Complexa: acontece quando os ossos dos dedos também estão unidos;
• Complicada: surge por causa de síndromes genéticas e quando tem deformidades ósseas.
Opções de tratamento
 O tratamento da sindactilia é indicado pelo pediatra, junto com ortopedista, dependendo do tipo e da
gravidade da alteração. Geralmente, o tratamento consiste na realização de uma cirurgia para separar
os dedos, que deve ser feita após o bebê completar seis meses, pois é a idade mais segura para
aplicar anestesia. No entanto, se a junção dos dedos for grave e afetar os ossos, o médico poderá
indicar a cirurgia antes do sexto mês de vida.
 Após a cirurgia, o médico irá recomendar o uso de tala para reduzir a movimentação da mão ou do pé
em que foi operado, ajudando na cicatrização e impedindo que os pontos se soltem. Depois de um
mês, o médico também poderá aconselhar a realização de exercícios de fisioterapia para ajudar a
melhorar a rigidez e o inchaço do dedo operado.
 Além disso, será necessário seguir acompanhamento com o médico depois de algum tempo para que
seja avaliado o resultado da cirurgia. Entretanto, se surgirem sinais como coceira, vermelhidão,
sangramento ou febre é importante ir procurar atendimento médico rapidamente, pois isto pode indicar
uma infecção no local da cirurgia
PODALIDACTILIO
 Polidactilia (do grego polys =
"muitos" e daktilus = "dedos") é
uma condição em que a pessoa tem
mais do que cinco dedos nas mãos
e/ou nos pés. A polidactilia varia
bastante na apresentação, pode ter
a presença de um ou mais dedos
extras totalmente desenvolvidos,
como pode apresentar apenas uma
simples protrusão de pele
Causas

 A polidactilia é considerada uma anomalia não-sindrômica.


 O problema ocorre quando o corpo segue um caminho diferente do usual enquanto está
formando as mãos ou os pés durante o desenvolvimento fetal.
 Fatores de risco
 A polidactilia pode acontecer devido a uma mutação genética causada por um alelo
autossômico dominante. As chances de herança familiar são de 50%, quando um dos
pais tem o problema, ou de 100% caso ambos os pais tenham. A polidactilia envolve
apenas um gene que pode causar diversas variações.
 Diagnóstico de Polidactilia
 O diagnóstico da polidactilia pode ser feito durante a gravidez, por meio de uma
ultrassonografia do feto. Depois do nascimento, o diagnóstico é feito por inspeção
visual e uma radiografia ajuda a fazer a avaliação das estruturas internas do
problema.
 Tratamento de Polidactilia
 A polidactilia não compromete a saúde do portador do problema, mas por se tratar
de uma anomalia que chama muito a atenção, é aconselhável fazer a extração
cirúrgica dos dedos extras o quanto antes possível.
BOA NOITE !

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