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MEMBROS INFERIORES
(Aterosclerose Obliterante Periférica ou Síndrome Isquêmica Crônica)
Definição :
Etiologia :
aterosclerose ;
arteriosclerose ;
arterites ;
todo mecanismo que diminua progressivamente a luz da artéria ;
Incidência:
Fatores de Risco:
Não Modificáveis:
- idade;
- sexo;
- hereditariedade.
Modificáveis:
Fisiopatologia:
DOR
DISTÂNCIA
Fig .1 - Grafico demonstrando as etapas de claudicação intermitente arterial , conforme deambula surge
a dor .
Quadro clínico :
idade ;
hereditariedade;
hiperlipidemia ;
tabagismo ;
hipertensão arterial ;
diabetes melitos ;
sedentarismo
2) Exame físico :
inspeção :
- cor da pele;
- presença de pêlos;
- desenvolvimento das unhas;
- hipoestesias;
- hiporeflexia;
palpação :
- pulsos ;
- temperatura;
- consistência muscular;
- hipoestesia;
- hiporeflexia;
- frêmitos;
- edema: quando o paciente dorme
com o membro pendente .
ausculta :
- sopros: aorta e femorais
manobras :
Interpretação :
Fig 8- Mulher ,85 anos com necrose em hálux pós-trauma e lesão no dorso do pé
esquerdo .
- Manobra de Allen :
O presente artigo diz respeito aos membros inferiores, porém é útil relatar tal
manobra para o membro superior.
Consiste na avaliação da perveabilidade da artéria ulnar, o teste é realizado
igual à hiperemia reativa provocada, sendo necessária a compressão da artéria
radial.
O ITB é calculado para cada membro inferior, como numerador, o maior valor
encontrado em cada membro inferior, e utilizando como denominador o maior valor
encontrado nas medidas braquiais.
Métodos complementares :
1) não invasivos :
- Índice Tornozelo Braço
- eco color Doppler
2) invasivos :
- arteriografia
Tratamento :
1) Clínico :
Medidas gerais :
evitar :
- traumas ;
- água quente nos pés ;
- sapatos apertados ;
- locais frios ;
- micose interdigital ;
- elevar os membros acima de
zero grau ,quando de decúbito
dorsal ;
atividade física ;
calor à distância ;
Medicamentos:
cilostazol;
pentoxifilina ;
vasodilatadores ;
antiagregante plaquetário;
anticoagulante ;
cuidado com diuréticos e beta bloqueadores ;
tratar os fatores de risco quando existentes ;
2) Cirúrgico :
Diagnóstico diferencial :
Devemos ter cuidado com a interpretação das claudicações que podem ser
confundidas com outras patologias vasculares, como insuficiência venosa crônica ou
não vascular, como as neurológicas, compressão do nervo ciático, por isso é
importante a análise geral do paciente.
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CASO CLÍNICO:
IDENTIFICAÇÃO:
J.N.S, masculino, 67 anos, natural do Rio de Janeiro, morador da cidade do Rio de
Janeiro, aposentado,trabalhou como funcionário público.
HISTÓRIA FAMILIAL:
HÁBITOS DE VIDA:
EXAME FÍSICO:
TÓRAX:
INSPEÇÃO,PALPAÇÃO E PERCUSSÃO : sem alterações
AUSCULTA :
ABDOME:
MEMBROS:
INFERIORES:
SINAIS VITAIS:
ANTROPOMETRIA:
Altura: 172 cm
Peso: 78 kg
Índice de Massa Corpórea (IMC) = 26,4
Imagens: Eco Color Doppler arterial do membro inferior direito mostra diminuição do
fluxo sanguíneo nas artérias poplítea e tibiais, e diminuição da luz da artéria femoral
na sua porção distal.
EXAMES ALTERADOS:
Sangue:
Glicose = 110 mg/dl ( desejável até 99mg/dl)
LDL = 172 mg/dl ( desejável até 100mg/dl; elevado 160 – 189mg/dl)
HDL = 32 mg/dl ( indesejável até 40mg/dl)
PCR US = 3 mg/dl (1 mg/L são considerados baixo – menor risco)
DISCUSSÃO:
TRATAMENTO SUGERIDO:
ORIENTAÇÕES:
MEDICAMENTOS:
CIRURGIA:
A abordagem clínica tem a seu favor o caráter não invasivo, com incidência
praticamente nula de complicações e seu mecanismo de ação, que, além de
melhorar as distâncias de marcha, proporciona benefícios a todo o sistema
cardiovascular.
A abordagem cirúrgica (cirurgia convencional ou endovascular) oferece
resultados imediatos na melhoria das distâncias de marcha; todavia, gera risco de
complicações dos mais diversos tipos.
Como não existe um único método que solucione o problema, mas sim uma
série de condutas aplicáveis para cada paciente, a combinação das diferentes
alternativas terapêuticas oferece o melhor resultado.
Existem duas formas de tratamento cirúrgico para a correção dessas lesões:
o convencional e o endovascular.
Podemos subdividir a cirurgia convencional, didaticamente, em duas técnicas
consagradas: a endarterectomia e a substituição arterial.
A endarterectomia consiste na retirada da túnica íntima da artéria,
isoladamente, deixando-se apenas a limitante elástica externa e adventícia. É
realizada de forma aberta por meio de arteriotomia longitudinal e exposição de todo
o segmento arterial a ser endarterectomizado, ou com incisões arteriais transversais
quando utilizada a técnica de eversão ou anel. Constitui um método aplicável
somente em casos de doença aterosclerótica, oferecendo resultados mais
adequados por empregar a própria artéria do doente. Evita-se, assim, o uso de
substituto arterial sintético, reduzindo a possibilidade de ocorrência de pseudo-
aneurismas anastomóticos e de infecção comprometendo a prótese arterial.
A derivação com prótese arterial é o procedimento cirúrgico mais
freqüentemente utilizado nos pacientes com lesões arteriais obstrutivas extensas no
segmento aorto-ilíaco. De modo geral, o substituto sintético é colocado em posição
aorto bifemoral ou aorto biilíaca. Os resultados imediatos e a longo prazo costumam
ser satisfatórios. Do ponto de vista evolutivo, deve-se ficar atento para
complicações tardias obstrutivas (trombose) e não obstrutivas (infecção e pseudo
aneurisma).
Na cirurgia endovascular um balão é inserido na artéria e posicionado
precisamente sobre a placa aterosclerótica; por insuflação do balão, a placa
estenótica é rompida e parcialmente separada da parede vascular; resultando em
aumento significativo do lúmen arterial e são usados acessórios complementares às
angioplastias: agentes trombolíticos, aterectomia, stents e as endopróteses. Agentes
trombolíticos podem dissolver trombos recentes, transformando oclusões longas em
curtas, tratáveis pela angioplastia e pelos stents. Aterótomos podem ser utilizados
para criar pertuitos em oclusões totais, permitindo a transposição por fios-guia e
posterior angioplastia. Os stents e endopróteses podem ser utilizados para melhorar
resultados da angioplastia.
Existem casos em que a doença arterial é tão extensa que a
revascularização não é possível. Nesses casos, é contra-indicado o tratamento
cirúrgico e o paciente é orientado a manter o tratamento clínico adequado com
reavaliações periódicas.