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ATIVIDADE AVALIATIVA DA SEGUNDA ETAPA

DISCIPLINA: ANATOMIA PATOLÓGICA – 5º PERÍODO

PROFESSORA: PAULA DE OLIVEIRA BRAGA

NOMES: GABRIEL COELHO COTRIM

LETICIA VIANA MACEDO

LINNA GABHYELLY FERREIRA DE ALMEIDA COELHO

LIVIA DE LIMA GONCALVES

LUIS GUILHERME RAMOS DE OLIVEIRA

MARCUS VINICIUS SOUZA NUNES

GOVERNADOR VALADARES

MAIO/2022
PNEUMONIA VERMINÓTICA

A pneumonia verminótica é uma inflamação ou infecção nos pulmões que podem


causar lesões temporárias ou permanentes, dependendo da gravidade.
É causada pelo D. Viviparus ( nematódeo que parasita traquéia e brônquios). Essas
larvas vão se penetrar nos alvéolos por inalação, promovendo um exsudato
eosinofílico que vão obstruir pequenos brônquios e bronquíolos, e resultar em
atelectasia (tosse e taquipnéia são comuns nessa fase). A medida que essas larvas
amadurecem e migram para as vias aéreas, as lesões podem desaparecer, após
isto, os vermes adultos irão produzir uma resposta inflamatória nas vias aéreas, e os
ovos e larvas aspirados vão causar uma resposta acentuada de macrófagos e
células gigantes, com consolidação dos lobos caudais ventrais, essas lesões são a
causa dos sinais na fase patente. Em qualquer etapa da patogênese pode ocorrer
desenvolvimento de edema pulmonar, causado por insuficiência cardíaca ou por
lesão epitelial alveolar extensa além da formação de membrana hialina.
Os principais sintomas são alteração na respiração, secreção nasal, tosse seca,
apatia e perda de apetite, sinais que geralmente aparecem combinados. Quando há
pneumonia, pode ocorrer febre, secreção nasal (serosa, mucosa, purulenta) e
ocular. Em casos graves podem ser confundidos clinicamente com pneumonias
intersticiais. Dispnéia respiratória e morte podem ocorrer, quando há obstrução
massiva nas vias aéreas, enfisema pulmonar, hiperplasia epitelial alveolar, infecção
bacteriana secundária podem estar associados a esta infecção parasitária.
Nos achados pós mortes podem ser identificados pulmões distendidos,
enfisematosos e com marcado edema; presenças de D. Viviparus nas traquéias e
brônquios
PNEUMONIA GRANULOMATOSA

Pneumonia granulomatosa e caracterizada macroscopicamente pela presença de


nódulos (granulomas) no parênquima pulmonar nos casos de pneumonia intersticial,
no caso de tuberculose, a área intersticial do nódulo contêm material necrótico
caseoso que pode ou não estar em processo de mineralização,
histopatologicamente macrofagos epitelioides e celular multinucleadas gigantes são
encontrados, estes que podem estar associados a infiltrado linfocitário e fibrose.
Como agente dessa patologia temos Aspergillus spp, Cryptococcus neoformans,
coccidioides immitis, histoplasma capsulatum e blastomyces dermatitidis. É uma
infecção que pode ocorrer em qualquer espécie doméstica, animais
imunocomprometidos, que tenham sido submetidos a antibioticoterapia por grande
período de tempo ou exposto a uma grande quantidade de conídios. Existem duas
formas de infecção, uma primária onde o agente afeta o sistema respiratório como
alérgeno ou colonizador, e uma secundária que afeta animais imunocomprometidos,
nesta o agente age como patógeno oportunista angioinvasivo e se instala
principalmente em pulmões e sistema nervoso central (SNC).Microscopicamente
pode-se observar áreas caseonecroticas, onde no seu centro um material
eosinofílico com debris celulares são encontrados, rodeadosos de neutrofilos,
macrofagos, plasmocitos e linfócitos, estes normalmente degenerados.
BRONCOPNEUMONIA

A broncopneumonia é uma infecção que atinge o pulmão, mais focada nos


brônquios e alvéolos que são estruturas mais internas e importantes para
respiração. Podendo ser por todo o órgão ou mais focado em alguma região até
mesmo atingindo a pleura. Como essa doença é uma inflamação ela pode ser
causada por bactérias e fungos ou até mesmo vírus o que ao piorar irá afetar todo
órgão (pulmão). Na maioria dos casos, a broncopneumonia é secundária à alguma
colonização bacteriana, como, Klebsiella spp, Streptococcus spp, Proteus spp,
Staphylococcus spp e etc., cujas são ocorridas devido à infecção viral primária. Os
patógenos virais comuns são o calicivírus felino, o adenovírus canino tipo II, o vírus
da parainfluenza canina e o herpesvírus felino. No entanto, algumas bactérias, como
a Bordertella bronchiseptica, podem ser o principal agente causador da
broncopneumonia em cães e gatos. Também podem ocorrer infecções fúngicas,
porém são menos comuns. Em gatos, há casos de broncopneumonia devido a
criptococose em animais positivos para FIV, e causada por Aelurostrongylus
abstrusus quando de forma grave. Além disso pode ser causada por problemas que
foram alastrados, como gripes, enfermidades respiratórias, e etc, geralmente sendo
associada ao estágio final de alguma doença, ou até mesmo quando ocorre a
broncoaspiração. São diversos sintomas da broncopneumonia como tosse produtiva
e improdutiva, falta de ar, dispneia, lábios extremidades azuladas, febre alta, suor
excessivo, calafrios, fraqueza, cansaço e etc. Porém pode ser confundida com
outras doenças respiratórias então para termos um diagnóstico certeiro devemos
realizar um raio X de tórax ou até mesmo uma broncoscopia. Como tratamento da
enfermidade temos diversos protocolos, dependendo da causa da doença
geralmente utilizamos antibióticos caso seja uma condição bacteriana ou anti
inflamatórios para aliviar a infecção, também é recomendado a nebulizações com
soro fisiológico, a ingestão de bastante Água, repouso do paciente, e em casos
extremos é necessário fisioterapia respiratória. Durante a necropsia vale ressaltar
alguns achados após morte, como consolidação crânio ventral com evidência de
padrão intersticial, congestão bronquial, pulmões espessados, pouca elasticidade
pulmonar, e também a presença de secreção na traqueia, no pulmão e
principalmente nos brônquios (a qual pode ser coletada encaminhada para
microbiologia para cultivo isolamento da gente afim de achar qualquer agente
bacteriano que possa ter causado a enfermidade), e dentre outros achados que
variam de casos a casos.
PNEUMONIA INTERSTICIAL
A causa da pneumonia intersticial é a infecção dos macrófagos alveolares por vírus
que expressam altas concentrações da quimiocina pró-inflamatória IL-8, essa
quimiocina recruta células inflamatórias não infectadas para o pulmão. Os linfocitos,
pplasmocitos, macrofagos e neutrófilos recrutados e não infectados irão produzir
outras citocinas pró-inflamatórias para manter a inflamação e propagar a pneumonia
intersticial.
Se a inflamação persistir, o tecido pulmonar normal pode ser substituído por tecido
cicatricial (fibrose). Os alvéolos são destruídos progressivamente e substituídos por
cistos de paredes espessas, causando a fibrose pulmonar. A pneumonia intersticial
é idiopática, e não tem causa principal definida.
A doença se manifesta através de tosse e dispneia, taquipneia, expansão torácica
reduzida e estertores secos em ambas as bases no final da inspiração e
baqueteamento digital.
Posteriormente a morte é possivel observar um pulmão pesado, pálido e com
textura borrachuda, com proeminentes impressões costais (costelas) (setas) em
consequência da hipercelularidade do interstício e pelo fato de os pulmões não
colabaram após a abertura do tórax.O parênquima pulmonar tem aparência “car-
nuda” e um pouco edematosa, mas sem presença de exsudato nas vias aéreas ou
na superfície pleural.

PNEUMONIA ASPIRATIVA
É uma infecção no pulmão ocasionado pela inalação de de conteúdos estomacais,
secreções da boca, alimentos e etc, oque irá atrapalhar o funcionamento dos
pulmões afetados, e também dependendo do que for aspirado pode evoluir para
uma infecção bacteriana. Sendo na maioria das vezes causadas por enfermidades
como paralisia da laringe/faringe ou do megaesôfago, porém também pode ser
acusada por outros motivos, como alterações esofágicas, doenças
neuromusculares, refluxo, e dentre outros motivos. Além disso é importante
ressaltar os sintomas que um animal com essa enfermidade apresenta, como tosse,
angústia respiratória, apatia, dispneia, dificuldade de deglutição, letargia e dentre
outros sintomas. Para combater a infecção, devem ser utilizados antibióticos
recomendados por um veterinário competente. Os corticosteroides de ação curta
podem ser usados em dose única para combater a inflamação em casos
hiperagudos. Radiografias de tórax em série podem ser realizadas para monitorar a
condição.Após a morte do animal conseguimos observar algumas alterações, como
áreas consolidadas e enfisematosas nos bordos do pulmão, conteúdo ou secreções
nos alvéolos e traqueia, adelgamento e dilatação da parede do esôfago, aumento de
volume difuso do pulmão e dentre outros achados característicos da pneumonia
aspirativa.

PNEUMONIA HIPOSTÁTICA
A principal forma disso é a tentativa de fazer algum procedimento cirúrgico,
principalmente animais de grande porte. Quando o animal está em decúbito o
sangue fica na parte mais ventral, dependendo da situação e do animal, do tempo
de cirurgia, se a cirurgia for demorada o acúmulo de sangue faz com que as células
no pulmão comecem a morrer, devido à hipóxia/anóxia.
Essa pneumonia é provocada por infeção pelo Pneumocystis carinii que surge nos
indivíduos imunodeprimidos e se manifesta com febre ou com febrículas, grande
astenia, dispneia e cianose, ritmo cardíaco acelerado, não aguenta atividade,
Nas alterações pós morte do vírus o pulmão fica inchado, por isso existe a grande
dificuldade da respiração

PNEUMONIA LOBAR
É muito comum nos cães e gatos, processo infeccioso e inflamatório resultante de
invasão e crescimento excessivo de microrganismos, que se instalam e se replicam
no parênquima pulmonar, interferindo na defesa do organismo e provocando a
produção de secreções intra-alveolares. Os seus agentes causadores são
Parainfluenza canina e a bactéria Bordetella bronchiseptica
A manifestação da doença podem incluir tosse úmida ou produtiva, aumento da
frequência respiratória, secreção nasal e ocular, respiração ofegante, apatia, perda
de apetite e/ou perda de peso e febre.
Nas alterações pós morte pode-se encontrar grande quantidade de sangue na
cavidade oral; subcutâneo e a musculatura estavam intensa e difusamente
congestos.
PNEUMONIA TROMBOEMBÓLICA
O tromboembolismo consiste na obstrução da circulação sanguínea por um trombo,
que é formada por plaquetas e outros elementos sanguíneos, o qual se forma
localmente e que ao escapar do seu local de origem é denominado êmbolo. Este é
transportado pela corrente sanguínea e pode envolver aglomerações de tecidos,
células, bactérias, parasitas, corpos estranhos e coágulo sanguíneo.
A manifestação inclui dispneia, Hiperventilação Hipoxemia, sons pulmonares
anormais. Seus agentes causadores podem ser administração excessiva de
glicocorticoides exógenos, utilização de agentes citotóxicos, cirurgia recente ou
transfusão sanguínea. Nas alterações pós morte pode ser encontrada é a presença
de trombos

REFERÊNCIAS :
AUGUSTO, L. de S.F. et al. Endocardite infecciosa em cães: Revisão.
PUBVETv.13,n.6,a348,p.1-9,Jun.,2019.
JERICÓ, M.M. et al. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 2 v. 1ed. São
Paulo: Roca, 2015, 2464 p.

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-pulmonares/pneumonia/
pneumonite-e-pneumonia-por-aspiração

https://pebmed.com.br/pneumonia-aspirativa-o-que-ha-de-novo-na-abordagem-da-
doenca-parte-2/amp/

https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/lobar-pneumonia

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