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BRONQUIECTASIA

Profª Neuma Bastos


Bronquiectasia

 Dilatação anormal e irreversível de um ou vários


segmentos brônquicos, e pode ser localizada ou
difusa.

 Sua origem e o dano causado à árvore brônquica


podem ser explicados pela agressão inicial à via
aérea inferior causada por infecção microbiana e a
obstrução brônquica, levando a diminuição do
clearance mucociliar e a resposta inflamatória local.
Bronquiectasia
Bronquiectasia
Bronquiectasia – origem
 Episódios de bronquite ocorridos na infância,
durante uma infecção viral ou bacteriana, ou
também, pode estar associada a condições que
propiciam as infecções, como fibrose cística ou
discinesia ciliar.

 As pequenas vias brônquicas laterais ficam


obstruídas, levando as vias brônquicas maiores
permeáveis, a se dilatarem.
Bronquiectasia – origem

 A continuação do processo inflamatório, em parte mediado por


citocinas, com liberação de produtos derivados especialmente
de neutrófilos, somada à reparação e fibrose, tornam as
dilatações definitivas, levando a manifestações clínicas:
 Tosse
 Expectoração purulenta
 Hemoptises

 Facilidade para a retenção de secreções com infecção


secundária e o surgimento de exuberante circulação nas
paredes dos brônquios dilatados, formando a bronquiectasia.
Fisiopatologia
Fisiopatologia
 A dilatação, associada à inflamação e ao enfraquecimento
da parede brônquica, causa distorções nos brônquios e
cicatrização, o que, a longo prazo, prejudica os
mecanismos de defesa e a depuração mucociliar,
promovendo acúmulo de secreção no trato respiratório.

 O acúmulo de secreção, por sua vez, propicia a instalação


de colônias de bactérias e a infecção do trato respiratório,
que pioram ainda mais a depuração mucociliar, gerando,
assim, dano ao epitélio das vias aéreas e o ciclo vicioso da
infecção que podem conduzir, mais tardiamente, à
insuficiência respiratória.
Fisiopatologia

 Três mecanismos sugeridos para explicar a


bronquiectasia:
 O aumento de tração peribrônquica, como ocorre na
atelectasia;
 O aumento da pressão endobrônquica, como acontece na
retenção de secreções;
 A diminuição da resistência da parede brônquica, como se
verifica na bronquite obliterante.
Patogênese
 Infecção
 Obstrução das vias respiratórias
 Fibrose peribrônquica.

 Embora o processo envolva primariamente as vias


aéreas, o parênquima pulmonar pode ser
comprometido também por inflamação, edema e
fibrose, com distorção da arquitetura alveolar
causada por pneumonias recorrentes.
Bronquiectasia – localização

 Frequentemente afeta os lobos inferiores


bilateralmente.

 Envolvimento unilateral - é encontrada nos


brônquios e bronquíolos terminais, com predomínio
à esquerda, na língula e lobo médio.
Manifestações clínicas

 Tosse crônica
 Febre
 Expectoração volumosa
 Purulenta, com odor fétido.
 Hemoptise
 Emagrecimento
 Inapetência
 Halitose
 Letargia
 Prostração
Manifestações clínicas

 Musculatura acessória hipertrofiada


 Dispneia
 Dor torácica
 Fadiga
 Ausculta pulmonar
 Estertores crepitantes inspiratórios e sibilos.
Classificação radiológica
 Cilíndricas
 O brônquio encontra-se dilatado uniformemente, terminando de
forma abrupta e geralmente encontra-se preservado o número
de gerações brônquicas, mas a via lateral não aparece na
broncografia.
 Císticas
 As dilatações brônquicas aumentam progressivamente em
direção à periferia do pulmão. São envolvidas 3 ou 4 gerações e
a árvore brônquica termina em fundo de saco, muito próxima da
superfície pleural.
 Varicosas
 Os brônquios dilatados não têm tamanho e forma regulares; são
deformados por constricções em vários locais e
caracteristicamente apresentam dilatação terminal.
Natureza

 Congênita

 Adquirida
 Decorrente de uma infecção com ou sem obstrução
de brônquio ou defeito anatômico ou imunológico.
Diagnóstico

 Achados clínicos

 Radiografia simples de tórax

 Broncografia

 Tomografia computadorizada de alta resolução


do pulmão.
Broncografia
Tomografia Computadorizada

 Substitui a broncografia

 Qualidade da resolução

 Consegue demonstrar a presença de pequenas


dilatações, com aumento da secção transversa
de brônquios mesmo com paredes espessas.
Tomografia Computadorizada
Tomografia Computadorizada
Tomografia Computadorizada
Bronquiectasia – prognóstico*
 Na secreção de pacientes com bronquiectasia,
existem quatro bactérias mais comumente
identificadas, são elas:
 Haemophillus influenzae;
 Streptococcus pneumoniae;
 Moraxella catarrhalis;
 Pseudomonas aeruginosa.

 Prognóstico
 Significativa morbidade
 Infecções recorrentes ou crônicas do trato respiratório.
Fisioterapia – objetivos
 Aumento da permeabilidade das vias aéreas;
 Prevenção do acúmulo de secreções brônquica;

 Remoção de secreções das vias aéreas:


 Redução da obstrução brônquica
 Redução da resistência das vias aéreas
 Facilitar as trocas gasosas
 Reduzir o trabalho respiratório.

 Prevenção da instalação de infecções respiratórias


 Promoção e tratamento adequado para evitar outras
complicações
Fisioterapia – técnicas e manobras

 Terapia de Higiene Brônquica


 Tosse
 Flutter ou Shaker
 Tapotagem
 Vibrocompressão
 Drenagem postural
 Drenagem autógena
Bronquiectasia
Bronquiectasia

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