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Alterações celulares reativas


Alterações celulares reativas infecciosos podem levar a uma reação
inflamatória aguda ou crônica.
→ Qualquer componente do trato
genital feminino pode ser afetado por um
processo inflamatório; certos agentes
podem favorecer um tipo de tecido para
outro.

Alterações celulares reativas


Inflamação

Informes clínicos:

• Tipo de secreção: Amarelada,


esverdeada, odor, leite coagulado.
• Usuária de DIU
• Achados colposcópios: pontilhados,
hiperemia.
→ Aspectos citológicos
observados no citoplasma:

• Perda de definição da borda:


Geralmente acontece em agrupamentos -
bordas parcialmente ou totalmente
indistintas.
• Vacuolização: Nas células
escamosas podem indicar principalmente
degeneração celular.
• Policromasia ou metacromasia:
Dupla tonalidade de cores na célula, ou
seja, a mesma célula se cora em tons
cianofílicos e eosinofílicos.
→ Independentemente da via ou do
• Pseudoeosinofilia: Células que se
organismo causador, todos os processos
coram em cianofilia passam a corar-se em
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eosinofilia (células intermediárias Anfofilia ou metacromasia


principalmente).
• Halo perinuclear: Halo em volta do
núcleo que não se cora ou cora
fracamente.
• Grânulos citoplasmáticos:
Começam a surgir grânulos de querato
hialina.
• Queratinização: O citoplasma da
célula fica fortemente corado em tons de
laranja ou amarelo devido a presença de Caracterizado por uma dupla tonalidade
queratina. de cores da célula. Uma célula comumente
cianófila corar-se á em verde ou azul na
periferia e será eosinófila na parte central.
O oposto também pode acontecer.

Pseudoeosinofilia

Algumas vezes células que se coram


normalmente em cianofilia aparecem no
esfregaço do trato genital feminino como
eosinofílicas. Esse fenômero é chamado
pseudo-eosinofilia.

Halos perinucleares

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Halos perinucleares núcleo aumenta concomitante com


conteúdo de cromatina – sem critério de
malignidade.
• Bi ou multinucleação: Núcleos de
aspecto benigno – distribuição regular de
cromatina.
• Irregularidades e espessamento
leve da membrana: Sinal de degeneração
– espessamento uniforme por toda
membrana (início do processo de picnose)
irregularidade leve. Contorno nuclear liso,
Grânulos citoplasmáticos arredondado, uniforme: Sinal de
benignidade.

Hipocromasia

Células escamosas intermediárias


apresentando grânulos querato-hialinos
citoplasmáticos notórios, um precursor da
queratinização completa.

Queratinização

→ Aspectos citológicos
observados no núcleo:

• Hipo ou hipercromasia: Núcleo


com aspecto “fosco” ou mais intensamente
corado.
• Cariomegalia: 1 ½ a 2 x área do
núcleo da célula intermediária normal –
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Hipercromasia/Cariomegalia Alterações celulares reativas


Inflamação

→ Podemos também observar


presença de infiltrado inflamatório com a
presença de elementos epiteliais no
esfregaço:
Processos inflamatórios agudos: predomínio
de leucócitos polimorfonucleares
(neutrófilos);

Binucleação Binucleação/Picnose

Processos inflamatórios crônicos:


predomínio de linfócitos e histiócitos.

Cariorrexe

A cromatina condensa-se em várias


partículas e a ausência ou interrupção da
membrana nuclear indica que o núcleo
está fragmentado. Esse fenômeno é
interpretado como uma das últimas fases
da desintegração nuclear.
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Variações celulares não neoplásicas

Variações celulares não neoplásicas


Alterações queratóticas

Normalmente o colo do útero tem um PARACERATOSE: formação de


epitélio estratificado não queratinizado. múltiplas camadas de células escamosas
pequenas (“células superficiais em
As alterações queratóticas miniatura”);
geralmente ocorrem como um fenômeno
reativo protetor ou em associação com EVIDÊNCIA CLÍNICA: Às vezes
alterações celulares induzidas por HPV. leucoplasia;

Ambos os processos levam à EVIDÊNCIA CITOLÓGICA:


hipermaturação do epitélio escamoso Paraceratose.
nativo, aproximando-se mais da aparência
normal da pele.

Representa uma tentativa abortiva de


ceratinização.

• Células em miniaturas;
• Citoplasma Orangeofílico;
• Células isoladas ou agrupadas;
• Formações concêntricas:
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Pérolas córneas

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Células escamosas intermediárias


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: apresentando grânulos queratohialinos
citoplasmáticos, um precursor da
pseudo-paraceratose queratinização completa.
• Em esfregaços atróficos: células
profundas orangiófilas com núcleo
picnótico (necrose coagulativa).
• Uso prolongado de ACO: células
endocervicais degeneradas- HIPERPLASIA
MICROGANDULAR.

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HIPERCERATOSE: desenvolvimento
das camadas granular e córnea –
hiperdiferenciação;
EVIDÊNCIA CLÍNICA: Leucoplasia
(“placa branca”);
EVIDÊNCIA CITOLÓGICA: Escama
Córnea.

• Células poligonais anucleadas.


• Muitas vezes associadas a células
maduras com grânulos de queratohialina.
• Espaços vazios onde seria o núcleo:
“núcleos fantasmas.

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• Irritação crônica:
• Prolapso uterino.
• Inflamação.
• Traumatismos.

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