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TEMA:

ÂMBITO DA FISCALIZÇÃO

INTRODUÇÃO

A constituição como norma suprema do ordenamento jurídico não tem valor enquanto não houver entidades com poderes para fazer valer essa qualidade de

norma suprema do ordenamento jurídico. É justamente por esse facto que a própria constituição estabelece várias formas destinadas a garantir que seja

salvaguardada a sua supremacia, fixando bases que garantam o cumprimento das suas normas, incluindo no processo de feitura das normas ordinárias que

devem obediência à Constituição. Juntamente com essas bases, também foram estabelecidas várias formas de fiscalização da constitucionalidade para garantir

que normas já aprovadas possam ser submetidas ao crivo da constituição.

Portanto,sempre que se entender que uma norma é contrária à Constituição, seguindo os mais restritos procedimentos de acesso à justiça constitucional, pode

ser feito o pedido de fiscalização da constitucionalidade, nas suas várias vertentes, entre as quais, no que interessa para o presente caso, a fiscalização

sucessiva concreta e/ou fiscalização sucessiva abstracta da constitucionalidade (apenas a fiscalização sucessiva, seja abstracta ou concreta, é que interessa para

o presente artigo, visto que para os casos de fiscalização preventiva a actividade de fiscalização é feita antes de a norma entrar em vigor no ordenamento

jurídico, o que retira a possibilidade de na pendência da fiscalização seja revogada ou derrogada a norma em escrutínio, por ser impossível derrogar ou revogar

uma norma que ainda não está em vigor). Nesse âmbito, várias situações podem justificar que no momento da apreciação sucessiva concreta e fiscalização

sucessiva abstracta da constitucionalidade e da legalidade, – a Lei, o regime jurídico ou as próprias disposições legais, – objecto da fiscalização, sofram

alteração, revogação, derrogação, reforma ou alteração.

De acordo com dicionário de língua portuguesa, fiscalizar significa verificar se algo está em conformidade com o que fora previsto, Significa também vigiar,

observar atentamente, examinar e etc. Por outro lado, a Constituição é um conjunto de normas jurídicas que ocupa o todo da hierarquia do direito de um

Estado. Pode dizer-se também que a Constituição é constituída por leis fundamentais que regulam todos os elementos do Estado. Desde organização das

estruturas de Estado aos direitos e garantias do cidadão.

Sendo a Constituição da República a Lei Magna do Estado,todos devem subordinar-se a ela, incluindo o Estado que além de subordinar-se a ela , deve fazer

obedecer tudo o que está pautado na Constituição. Isso significa que as demais normas ou atos jurídicos devem estar em conformidade com o que está

pautado na Constituição, implica que todos os actos do Estado,os tratados , convenções e acordos internacionais,a revisão constitucinal, os referendos e todas

as normas do plano ordinário devem estar em total conformidade com a Constituição para que seja declarada constitucional, quando assim não acontece, a

norma é declarada inconstitucional.

Fiscalização é o mecanismo jurídico-constitucional que permite verificar possíveis violações à constituição e consequentemente na aplicação do direito.

Para isso existe um órgão do Estado que tem a função de guardião da constituição que é o Tribunal Constitucional, ele verifica a constitucionalidade das demais

normas do ordenamento jurídico angolano,

está verificação pode ser feita de forma preventiva, antes da promulgação da norma , ou a fiscalização em virtude da tutela dos direitos fundamentais dos

cidadãos , aprecia em recurso a constitucionalidade das decisões dos demais tribunais.

A fiscalização da constitucionalidade das normas é realizada pelo tribunal constitucional por três diferentes modos, a que correspondem outras tantas espécies

de processos.

O actual sistema de fiscalizai Angolana enquadra-se na terceira república, teve início com a aprovação da CRA em 2010, nasce assim a actual judicial review

Angolana, falamos que actual pois a ideia de judicial review foi implementada pela primeira vez na segunda República, através da lei de Revisão constitucional

n• 23/92 que fez publicar a LC, no art.153• da LC.

A fiscalização judicial da constitucionalidade das leis e dos demais actos normativos do Estado constitui nos modernos Estados constitucionais Democráticos,

um dos mais relevantes instrumentos de controlo do comprimento e observância das normas constitucionais. Pois é de vital importância a responsabilização

dos titulares dos cargos públicos e o controlo do exercício do poder por maiorias democráticas.

No presente trabalho abordaremos sobre, o pricncípio da constitucionalidade, os tipos de fiscalização , os seus efeitos, quem pode solicitar a fiscalização, o

tempo que demora o processo entre outros subtemas que julgamos importantes a saber a cerca da fiscalização da constitucionalidade, cingindo-nos mais no

ordenamento jurídico angolano.

A fiscalização da Constitucionalidade fundamenta-se em dois pressupostos:

 A supremacia

 A rigidez

A supremacia, é o pressuposto que reconhece a superioridade da constituição em relação a qualquer instrumento legal.

Na hierarquia das leis, a constituição ocupa o primeiro lugar, sendo entendido na doutrina como a principal fonte do direito, o Estado Angolano fundamenta-se

na constituição.
A rigidez, pressuposto que limitam o Estado de rever a constituição.

Apesar da constituição Angolana ser considerada rígida ou inalterável, não significa que o processo de revisão constitucional não tenha lugar, significa dizer,

que o processo de revisão constitucional deve obedecer os limites de revisão constitucional. Esses da limites que tornam rígida a constituição Angolana.

Angola adotou um sistema de fiscalizai mista, incluindo a fiscalização difusa e a fiscalização concentrada.

A fiscalização pode ver-se sob quatro panos de vistas: do sujeitos, do modo de fiscalizaçao, tempo de fiscalizaçao e pelos efeitos.

Quanto aos sujeitos, a fiscalização pode ser jurisdicional ou política. Ambos modelos de fiscalização têm a sua origem Baseada na separação dos poderes e

embora com argumentação diferentes.

Por cada país adopta assim um modelo que melhor lhe convém.

Adoptam primeiros modelos aqueles que sustentam a sua argumentação no princípio de que a pena os órgãos jurisdicionais (Tribunais), têm competência

para apreciar e requerer apreciçao de actos constitucionais. Já o segundo é dotado sob o argumento de que os actos de função política são apreciados por

órgãos políticos.

A jurisdicional, por sua vez adopta duas formas: Fiscalização jurisdicional difusa. (Estados Unidos da América em alguns países da Europa Ocidental)- Quando

cabe a qualquer Tribunal a competência e iniciativa para fiscalizar a constitucionalidade de certa norma.

A fiscalização jurisdicional concentrada- Quando existe um órgão próprio com competência para fiscalizar e declarar inconstitucionalidade de certa norma, o

Tribunal Constitucional.

A fiscalização política? Artigo 161º/1 a), meste tipo de fiscalização atribui-se aos órgãos de soberania a competência para requerer junto do órgão competente

a apreciação( declaração da constitucionalidade ou inconstitucionalidade) da norma em questão, para efeito, deverão estar em conformidade com o estipulado

nos artigosº 230/ 2 ),b), c) ,d ), e) e f) da CRA.

FORMAS DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE

Relativamente ao modo de fiscalização Destacam-se 2 duas formas:

Por via incidental ou por via concreta.

Quando em presença de eleição de um incidente ocorrido durante uma ação, ou seja, durante a resolução de um conflito nos Tribunais, surge o incidente,

(declarasse inconstitucional uma norma) e no mesmo Tribunal decorre o processo para apurar se a constitucionalidade da norma. Este modo de fiscalizaçao,

chama-se. Fiscalização por modo de controle por via incidental.

Fiscalização por via principal concreta verifica-se que o mesmo que acontecem na via incidental, ou seja, no decorrer de uma ação, dá-se um inciden(te recusa-

se a aplicação de uma norma alegando ser inconstitucional), porém diferi da incidental na medida em que o processo instaurado para averiguação da

inconstitucional é constitui. autonomamente pelo Tribunal Constitucional.

PROCESSOS DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE

1-Fiscalização preventiva

2-Fiscalização sucessiva abstrata

3-Fiscalização concreta

4-Fiscalização da inconstitucionalidade por omissão .

A FISCALIZAÇÃO PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

A fiscalização a bistriata preventiva da constitucionalidade. Aumento do controle. Este aspecto da fiscalização divide-se em 2 partes. Momento de controle ou

fiscalização preventiva é o processo de controle da constitucionalidade e da legalidade e que tem por objeto certas normas jurídicas a antes de. Concluída a sua

formação ou tendo um possível juízo de inconstitucionalidade da mesma. Azul tar a. Exclusão da respectiva existência jurídica. Isso é a norma em pouco nada

não pode ser aplicada porque ainda não está em vigor. Por outras palavras decorrentes da entrada em vigor da norma. Quanto aos sujeitos, este modo de

fiscalização tem um controlo político, pois são competentes para requerer a apreciação da norma ao Tribunal Constitucional, os órgãos do poder político, de

acordo com o artigo 229. Barra 12 e 4 da Constituição da República de Angola. Para o efeito estão regulados pela Constituição alguns prazos e procedimentos,

ou seja, primeiro deverá existir um projeto ou proposta de dinheiro em manado por um órgão com competência legislativa, que deverá ser remetida ao

Presidente da República. Parece um a promulgação ou veto? e este em posse do diploma e verificando honesto a possibilidade de uma numa lia requererá sua

apreciação ao tribunal Constitucional Órgão competente para declarar a inconstitucionalidade da norma, de acordo com artigo 180. Número 12 na linhas

ABCDE. Declarado inconstitucionalidade e constitui inconstitucional. Para o Tribunal, Constituição Constitucional. O diploma. Deverá ser reenviado ao

Presidente da República. Que vai tar ao mesmo e, por sua vez, remeterá ao órgão emissor. Este poderá confirmá-lo Hoje por Galo. Quando declarada

constitucional, o diploma remetido ao Presidente da República, de acordo com artigo 119, aliás, se este promulgou ou então exerce o seu direito de veto

promulgando o diploma é publicado.

Competencia: a competência para fiscalização preventiva da constitucionalidade pertence ao concelho constitucional. Artº228/1),2),3)-4).
Legitimidade: está constitucionalmente legitimado a requerer a fiscalização abstrata preventiva de projecto de normas conforme o exposto no artº229/1),2),3)-

4).

A fiscalização preventiva da constitucionalidade pode ser requerida pelo Presidente da República quando determinado diploma legal lhe tenha sido remetido

para a devida promulgação. Como sabemos, o Presidente da República promulga todas as leis, que derivam da Assembleia Nacional depois dos debates na

generalidade e na especialidade bem como a competente aprovação final do diploma. Este diploma deve obrigatoriamente ser remetido para o Presidente da

República, a fim de que o promulgue, só com a promulgação é que o diploma legal é submetido ao Jornal Oficial da República de Angola, que é denominado

Diário da República, para a sua devida publicação. Ora o Presidente da República, sempre que a recebe determinado acordo Internacional, para a assinatura ou

ainda determinado tratado Internacional para a devida ratificação, pode o Presidente da República não se conformando com alguma das normas constantes

destes diplomas, requerer a fiscalização preventiva da constitucionalidade por parte do Tribunal Constitucional.

Podem recorrer também a fiscalização preventiva da constitucionalidade por parte do tribunal constitucional 1/10 de Deputados em efetividade de funções,

nesses casos o Tribunal Constitucional dispõe de 20 dias a contar de recessão do diploma, para se pronunciar.

Para o caso do Presidente da República requerer a fiscalização preventiva da constitucionalidade, o Tribunal Constitucional deve se pronunciar no prazo de 45

dias. Ora, este prazo pode perfeitamente ser encurtado por motivos de urgência ou justa causa, a natureza do referido diploma e a pertinência que se impõe

para aprovação do referido diploma legal.

O controle de constitucionalidade pode ser realizado em dois momentos distintos, um deles antes do ingresso do ato normativo ou da lei no ordenamento

jurídico, ou seja, antes da conclusão de seu processo de elaboração, sendo o outro após sua incorporação ao ordenamento jurídico.

Em um primeiro momento tem-se a realização do controle preventivo, que busca impedir que o ato inconstitucional eivado de vício formal ou material passe a

ter vigência e eficácia no ordenamento jurídico. Posteriormente tem-se a incidência do controle repressivo, que tem por objetivo expurgar, retirar a norma

inconstitucional que efetivamente já ingressou no ordenamento jurídico.

OS EFEITOS QUE DECORREM DA A FISCALIZAÇÃO PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

. Não pode o Presidente da República promulgar uma lei ou ratificar um tratado Internacional ou ainda assinar um acordo Internacional que o Tribunal

Constitucional sobre eles não se pronunciou previamente.

. Uma outra consequência que resulta efetivamente do diploma legal, ser devolvido ao órgão que tivera elaborado, o Presidente da República vai vetar este

diploma legal e se vai remeter novamente ao órgão que o tivera aprovado. Ora, na eventualidade do órgão que o tiver aprovado, expurgar as irregularidades

constantes do referido diploma pode perfeitamente o Presidente da Republica ou ainda 1/10 de Deputados em efetividade de funções novamente solicitarem

a fiscalização preventiva da constitucionalidade das referidas normas.

Importa dizer que, o Tribunal Constitucional é o guardião da Constituição, é o garante, é o fiscalizador da constitucionalidade. Das normas, ora qualquer norma

que estiver em desconformidade com a Constituição não pode vincular o ordenamento jurídico nem tão pouco produzir os seus normais efeitos jurídicos. E é

nestes termos que o Presidente da Republica pode perfeitamente solicitar apreciação preventiva, requerer a apreciação preventiva dos diplomas .

FISCALIZAÇÃO SUCESSIVA ABSTRATA

Aqui é fundamental apontar o artigo 230º da Constituição da Republica de Angola, que consagra a fiscalização abstrata e sucessiva da constitucionalidade, onde

o Tribunal Constitucional aprecia e declara com força obrigatória geral a constitucionalidade de várias normas no ordenamento jurídico.

Em primeira mão, a Constituição, no artigo que nós fizemos referência, dispõe que o Presidente da República tem a legitimidade de requerer a fiscalização

abstrata e sucessiva da constitucionalidade e também 1/10 de Deputados em efetividade de funções, os grupos parlamentares que representam os diferentes

partidos políticos e coligações de partidos políticos com assento na casa das leis, o Provedor de Justiça, o Procurador Geral da Republica e a ordem dos

Advogados de Angola também ou têm esta competência e legitimidade de requerer a fiscalização abstracta sucessiva da constitucionalidade das normas.

OS EFEITOS DA FISCALIZAÇÃO ABSTRACTA SUCESSIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

O artigo 231º da nossa Constituição dispõe que a declaração de inconstitucionalidade por força obrigatória geral começa a produzir os seus efeitos, a partir da

entrada em vigor da norma declarada inconstitucional e determina a repristinação da norma que haja sido revogada. Ou seja a norma que anteriormente foi

objeto de revogação por uma norma declarada inconstitucional, é chamada novamente para vigorar no ordenamento jurídico por força desta declaração de

inconstitucionalidade por força obrigatória geral.

As normas que possam ser declaradas inconstitucionais a posterior e que começam então a produzir efeitos a declaração a partir do momento em que esta

última tenha sido revogada, há aqui, abrem-se algumas exceções, sobretudo respeitantes a casos julgados ou ainda salvo decisão contrária do Tribunal

Constitucional reportando-se a normas criminais e a normas disciplinares, ou ainda de mera ordenação social, ou ainda que o conteúdo, portanto, seja se

mostrem menos favorável para os arguidos, aqui é importante traçar um último cenário que, por razões de segurança jurídica, de equidade e de não menos

importante, a de interesse Público de excepcional relevo, o Tribunal Constitucional pode fixar um alcance mais restrito do que aquele consagrado número 1 e

no número 2 deste artigo 231º da CRA.


A FISCALIZAÇÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO

Modo de fiscalização da constitucionalidade desempenha 3 funções importantes e distintas.


1- Dificultar a entrada em vigor de normas eventualmente inconstitucionais, obviando factos consumados que só mais tarde podem ser eliminados.
2- Afastar ou reduzir as reservas da inconstitucionalidade que sobra as mesmas possam ser suscitada.
3- evitar que questão da inconstitucionalidade se apresente de forma mais complexa ou difícil no futuro.

A fiscalização abstrata vincula-se a um poder funcional de iniciativa e não direito de iniciativa, porque impede sobre certos órgãos ou frações de titulares de

órgãos do poder político no âmbito do sistema político global da Constituição, porque se reconduz a uma competência e porque é dominado exclusivamente

como uma perspetiva de interesse Público e objeto.

Autores como Rui Medeiros, que recusam a ideia de que, em matéria de fiscalização abstrata, Faculdade de iniciativa de fiscalização da constitucionalidade é de

exercício livre, sustentando para o caso específico do Presidente da República que este deverá sentir-se no dever de requerer a verificação prévia da

constitucionalidade sempre que tiver ante leis inconstitucionais.

No entanto, entre o carácter livre do exercício dessa faculdade activa, o Presidente da República, para propor a fiscalização abstracta preventiva deverá agir de

modo livre ou obrigatório. sem perder de vista o interesse Público a que se encontra vinculado.

PRINCÍPIO DA CONSTITUCIONALIDADE

PRINCÍPIO DA CONSTITUCIONALIDADE: exprime, em primeiro lugar, que o Estado democrático de Direito se funda na legitimidade de uma Constituição rígida,

emanada da vontade popular, que, dotada de supremacia, vincule todos os poderes e os atos deles provenientes, com as garantias de atuação livre da

jurisdição constitucional.

O artigo número 6 da constituição da República de Angola consagra que:

1-A constituição é a lei suprema da República de Angola

2- o Estado subordina-se à constituição e funda-se na legalidade, devendo respeitar e fazer respeitar as leis.

3- As leis, os tratados e demais actos do Estado, dos Órgãos do Poder Local e dos entes públicos em geral só são válidos se forem conformes à constituição .

A Constituição se coloca em relação às demais normas legais em posição proeminente, de supremacia, de sorte que todo o sistema jurídico há de estar com ela

conformado (princípio da supremacia da Constituição). Como requisitos fundamentais do controle de constitucionalidade é necessário uma Constituição rígida

(processo de alteração mais difícil que o da Lei ordinária) e a atribuição de controle a um órgão supremo. O controle (análise de compatibilidade vertical)

decorre, então, da rigidez e supremacia da Constituição, que pressupõe a noção de um escalonamento normativo onde a Constituição ocupa o topo da

pirâmide (Kelsen), sendo, por isso, fundamento de validade de todas as outras normas.

A inconstitucionalidade pode dar-se por ação quando há atos do Poder Público ou Leis em contraposição à Constituição. A inconstitucionalidade por ação pode

ser material (conteúdo do ato normativo é contrário à Constituição) ou formal (inobservância da competência legislativa, do processo legislativo). Dá-se, por

sua vez, a inconstitucionalidade por omissão quando há inércia legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada.

TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

Sistemas de fiscalização da constitucionalidade


1. O modelo Norte-Americano: Judicial Review of legislation
2. Modelo Austriaco: Verfassungsgerichtsbarkeit
3. Modelo françes :

TIPOS DE FISCALIZAÇÃO

A Constituição da Republica de Angola prevê, grosso modo, 2 tipos de fiscalização da constitucionalidade, nomeadamente:

1-Fiscalização Preventiva da Constitucionalidade pelo Tribunal Constitucional

2-Fiscalização Abstrata Sucessiva da constitucionalidade pelo Tribunal Constitucional.

A Constituição ainda fala da Incostitucionalidade por Omissão, e os efeitos que derivam dessa Inconstitucionalidade por Omissão é de salientar que o Tribunal

Constitucional da República tem de entre várias competências a de conhecer as matérias de natureza jurídico constitucional, nos termos da Constituição, seja o

Tribunal Constitucional é o guardião da Constituição, defende por excelência a legalidade, e opõe-se contra qualquer violação da Constituição a ser

protagonizada pelos poderes públicos, ou ainda por qualquer aplicação que possa realizar direitos, liberdades e garantias fundamentais.

Os recursos da inconstitucionalidade.

O recurso. Ordinário da inconstitucional. Tem uma dupla natureza. A primeira natureza objetiva. Que integra componente de defesa da primazia da

Constituição. E eu segundo. Natureza subjetiva. Que engloba a componente da para o Tribunal Constitucional. O recurso ordinário da inconstitucionalidade.

Tentação. Primeiro. 10 exões dos tribunais como os que recusem a aplicação de qualquer norma com fundamento em inconstitucionalidade. Segundo. Decisões

estas. Que se apliquem. Normais, cuja inconstitucionalidade. Têm sido suscitada durante o processo às decisões que apliquem norma já anteriormente julgada,
inconstitucional pelo Tribunal Constitucional. Terceiro. Dessa vez Hoje, que recusem a aplicação de normas com fundamento na violação pela norma de uma

Convenção Internacional. Diga Angola, faça a parte. Quarta. Decisoes que , apliquem normas constantes de convenções internacionais. Em 10 conforme idade

com acórdão proferido pelo Tribunal Constitucional.

O recurso ordinário da inconstitucionalidade. Tem natureza incidental e é restrito à questão da inconstitucionalidade suscitada no artigo 36 número 2. E Inter

posto a apenas a pois a sentença final proferida pelo Tribunal da causa. O recurso ordinário demonstra a vertente mista do sistema de fiscalização da

constitucionalidade, consagrado no ordenamento jurídico angolano e é de fuso pode ser feito por cada um dos tribunais. Incidental os cidadãos não podem

recorrer aos tribunais para empolgar narain diretamente uma norma com fundamento de inconstitucionalidade. A atuação do Tribunal Constitucional existe,

incide sobre a norma e não sobre as sentenças proferidas no caso. O extremo nais limitam-se a aplicar. Pode tida como inconstitucional no caso concreto. A

sério, julgado sem efeito sobre os demais processos. Nesta caso. Da fiscalização concreta, a apreciação incide. Sobe a decisão que tenha versado, expressa ou

implicitamente sobre a questão da inconstitucional. Qualidade e que até há julgado ou não inconstitucional. Têm legitimidade para a Interpol o recurso

ordinário de inconstitucionalidade. O Ministério Público e as pessoas que têm legitimidade para interpor o recurso ordinário, como desde que tenham

suscitado a inconstitucionalidade perante o Tribunal que proferiu a decisão. Recorrida. No entanto, o recurso ordinário de inconstitucionalidade. Pressupõem

uma ação. Principal obrigatório para o Ministério Público, de acordo com o artigo 21 da lei número 2 Barra 08, de 17 de Junho. Se o interposto pelo Ministério

Público. A aproveita a todos às partes no processo. Resulta da ideia do Ministério Público ser o guardião da legalidade. Oes prazos e transmite e tramitação.

Interposição do recurso é de 8 dias, contando a partir da data da notificação da sentença, de acordo com artigo 38 e li PC. A tramitação do. ROE para o Tribunal

Constitucional são subsidiariamente aplicáveis com a necessária adaptação às normas do. Se parece respeitante ao recurso de apelação. De acordo com artigo

39 da LPC. O Patrocínio judiciário obrigatório resulta da complexidade do regime do recurso em análise. É de caráter obrigatório. A Constituição da advogado

com inscrição em vigor na ordem dos Advogados de Angola, de acordo com o artigo 40 da LPC. Hoje é feito os da interposição e do tanto do recurso ordinário

da inconstitucionalidade. Dá Inter posição do artigo 44. Produz efeitos suspense Ivo sobe NOS. Próprios autos suspende os prazo dos demais recursos previstos

no CPC. Ou isso é feito Hoje da decisão proferida no recurso ordinário da inconstitucionalidade. Artigo 47 da LPC. Faz com que? O caso julgado no processo a

penas no processo em que foi levado. E quanto à questão da inconstitucionalidade suscitada? O Isau 2 baixam. Ao Tribunal de onde provieram? A fim de ter

esta reforma, a decisão, em conformidade com o julgamento sobre a questão da inconstitucionalidade. No caso de o juiz, dê constitucionalidade sobre a

norma. Que? A decisão recorrida tivera aplicado o que tiver recusado a aplicação se fundar em determinada interpretação da mesma norma. Essa deve ser a

aplicada com o tal interpretação no processo em causa. A atitude do Tribunal Constitucional quanto à concreta questão da inconstitucionalidade. 3 posições n

pode Tomar. A primeira. Conceder provimento ao recurso, revogando total ou parcialmente a decisão recorrida. Segundo negar, total ou parcialmente.

Provimento ao recurso ou não Tomar dele conhecimento caso julgado a decisão do Tribunal Constitucional. Até aceiro proferir um juízo de. Constitucionalidade

ou constitucionalidade? Fundando, fundando em determinada interpretação, ou seja, condiciona a questão da constitucionalidade ou inconstitucionalidade a

certa interpretação. Se a decisão do Tribunal Constitucional não produz efeito direto. Fora do processo. Em que? Proferida. O recurso extraordinário da

inconstitucionalidade. Além. Número 3 barra 08, consagrado consagrou. ORE aí artigo 49 a 53 a. Assim, o âmbito dos recursos são. Primeiro. Às decisões dos

demais tribunais. Aqui contenham fundamentos de direito. E decisões que contrariem. Princípios, direitos, liberdades e garantias previstos. Está Constituição

da República de Angola. Fagundo. O exato exato administrativos definitivos e executórios que contrariam princípios, direitos, liberdades e garantias

consagrados na CR a. OREI. Encontra-se regulado. Lado a lado com OROI. Sobe a comum qualificação. De fiscalização concreta. A pesar desta inclusão do

recurso extraordinário no âmbito da fiscalização concreta, o Rui e o Rei apresentam para lá de alguns traços com mões assinaláveis, diferenças tanto quanto o

abjeto. Tramitação e é feitos. Legitimidade de interposição artigo 50 e Lcp. Em relação às sentenças do Ministério Público e aos particulares que, NOS termos

da lei do processo em que a sentença foi proferida, têm legitimidade para interpor recurso ordinário. A tua está a dormir extrativo? Às passou, acho que

tiverem legitimidade para impugnar. Contenciosamente o ato no prazo da interposição. Em relações sem tensões 8 dias a contar da data da notificação da

sentença ou ex atos administrativos. São 60 dias a contar da data do conhecimento do ato objeto de impugnação em relação aos actos. Nada ministrada voz o

regime aplicável em relação às sentenças é o mesmo que é aplicado ao Roi.para os actos admistrativos,o regime aplicável é estabelecido no Decreto-lei 4A/96

de 5 de abril.

A competência-admissao : cabe ao presidente do tribunal constitucional, depois de deferido pelo tribunal a quo e da decisão que o indifere liminarmente cabe

recurso para o plenário do tribunal constitucional

Competência-apreciar/julgar

A competência para apreciar/julgar o recurso extraordinário de inconstitucionalidade é do plenário do tribunal constitucional. Tal como o recurso ordinário, o

recurso extraordinário também só pode caber de decisões judiciais finais e não de despachos interlocutórios.

A Teoria do controlo da constitucionalidade

A Teoria Constitucional distingue dois tipos de controlo ou fiscalização da constitucionalidade: o controlo dito político e o jurisdicional.
O controlo político é aquele que é exercido pelo próprio órgão criador da norma jurídica ou por outro órgão ad hoc, o qual não detém garantias de independência,
caracterizando-se como preventivo e discricionário.

Em contrapartida, o controlo jurisdicional é aquele exercido por órgãos detentores de garantias de independência, como o Poder Judiciário, os quais não
participam no processo de criação das normas jurídicas, agindo por provocação ou “ex lege”, de forma definitiva e com pouca 
discricionariedade.

Para melhor se entender a distinção entre estes dois sistemas de controlo, 


destacam-se os ensinamentos de José Afonso da Silva:

O controlo político é o que entrega a verificação da inconstitucionalidade a órgãos de natureza política. Pode ser de dois tipos:

a) O controlo político comum, quando um órgão político, como o próprio 


Poder Legislativo (solução predominante na Europa no século passado e que vigora em Angola e faz o controlo da constitucionalidade, além de exercer as suas
funções correntes;

b) O controlo jurisdicional, generalizado, hoje em dia (e denominado judicial review” nos Estados Unidos da América do Norte), é a faculdade que as
constituições outorgam ao Poder Judicial de declarar a inconstitucionalidade de lei e de outros actos do Poder Público que contrariem, formal ou materialmente,
preceitos ou princípios constitucionais.
Quando o controlo da constitucionalidade e da legalidade é feito por um tribunal que acumula essa função de controlo com a sua função corrente e essencial, que
é administrar ou fazer a justiça (como ainda acontece em Angola), está-se perante um controlo jurisdicional comum.
À luz do que acabamos de referir, o sistema Angolano de fiscalização da constitucionalidade é de natureza jurisdicional, pois que cabe Tribunal Constitucional
(cujas funções são assumidas transitoriamente pelo Supremo Tribunal de Justiça), Decidir a respeito da inconstitucionalidade 
das normas ou resoluções de conteúdo material normativo ou individual e 
concreto,que infrinjam o disposto na Constituição ou os princípios nela consignados.  

Conclusão

O Tribunal Constitucional da República de Angola tem um papel de elevado mérito na fiscalização da constitucionalidade das normas em todo o ordenamento

jurídico, opondo-se claramente a que as normas do plano Infraconstitucional. Violem de forma deliberada os princípios e valores constantes da nossa

Constituição e porque a Constituição é o documento que orienta o Estado, nem uma outra norma pode, portanto, violar os seus preceitos ou ainda os seus

elementos que lhe caracterizam.

São passíveis de fiscalização da constitucionalidade todos os actos que consubstabciam violações de princípios e normas constitucionais, nomeadamente:

 Os actos normativos

 A revisão constitucional

 Os tratados, convenções e acordos internacionais

 O referendo

Bibliografia

Revista jurídica digital (Data Venia). 2019, 10 de Dezembro.

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