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UNIVERSIDADE ABERTA UNISCED

Disciplina de Direito Constituicional

Tema: Fiscalizacao da Constituicionalidade e de Legalidade


Curso de Direito, I Ano . Bloco III

Discente: Alexandre Joaquim Omar

Pemba, 2022
UNIVERSIDADE ABERTA UNISCED

Disciplina de Direito Constituicional

Tema: Fiscalizacao da Constituicionalidade e de Legalidade


Curso de Direito, I Ano . Bloco III.

O Presente trabalba é de carácter


avaliativo a ser entregue no departamento
de Direito, recomendado pelo Docente da
Cadeira de Direito Constituicional.

Discente: Alexandre Joaquim Omar

Pemba, 2022
INDICE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................2
SENTIDO E NATUREZA.........................................................................................................................3
FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E LEGALIDADE..............................................4
ORIGEM DA FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E DA LEGALIDADE..............5
TIPOS DE FISCALIZAÇÃO....................................................................................................................5
EFEITOS DA CONSTITUCIONALIDADE............................................................................................6
OS VÍCIOS GERADORES DE INCONSTITUCIONALIDADE...........................................................7
A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL.........................................................................................8
OBJECTO DE FISCALIZAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE E DA LEGALIDADE:..............9
ACTOS NORMATIVOS...........................................................................................................................9
ACTOS ADMINISTRATIVOS E DECISÕES JURISDICIONAIS.......................................................9
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS.................................10
CONCLUSÃO..........................................................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................13
INTRODUÇÃO

O presente trabalho é da disciplina de Direito Constituicional, com vista a aborda e desenvolver o


tema. Fiscalização da Constituicionalidade e de Legalidade tâm a finalidade de garantir que
normas já aprovadas possam ser submetidas ao crivo da constituição. Por um lado a Constituição
é a lei básica do país e que toda a ordem jurídica deve ser conforme à ela.

Porém mereceu muita atenção a definição dos termos no seu significado geral por forma a melhor
familiarização com teor do presente tema em abordagem.

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SENTIDO E NATUREZA

Nos termos que nos antecedem e para a melhor abordagem do tema supra, importa ter a minima
ideia do que que é a constituiãço no seu geral, Constituição é a lei básica do país e que toda a
ordem jurídica deve ser conforme à ela. Ela é corolário da consideração da Constituição como
realidade normativa, isto é, como lei fundamental da ordem jurídica.
A constituição como norma suprema do ordenamento jurídico não tem valor enquanto não houver
entidades com poderes para fazer valer essa qualidade de norma suprema do ordenamento
jurídico. É justamente por esse facto que a própria constituição estabelece várias formas
destinadas a garantir que seja salvaguardada a sua supremacia, fixando bases que garantam o
cumprimento das suas normas, incluindo no processo de feitura das normas ordinárias que devem
obediência à Constituição. Juntamente com essas bases, também foram estabelecidas várias
formas de fiscalização da constitucionalidade para garantir que normas já aprovadas possam ser
submetidas ao crivo da constituição.

Portanto, sempre que se entender que uma norma é contrária à Constituição, seguindo os mais
restritos procedimentos de acesso à justiça constitucional, pode ser feito o pedido de fiscalização
da constitucionalidade, nas suas várias vertentes, entre as quais, no que interessa para o presente
caso, a fiscalização sucessiva concreta e/ou fiscalização sucessiva abstracta da
constitucionalidade (apenas a fiscalização sucessiva, seja abstracta ou concreta, é que interessa
para o presente artigo, visto que para os casos de fiscalização preventiva a actividade de
fiscalização é feita antes de a norma entrar em vigor no ordenamento jurídico, o que retira a
possibilidade de na pendência da fiscalização seja revogada ou derrogada a norma em escrutínio,
por ser impossível derrogar ou revogar uma norma que ainda não está em vigor). Nesse âmbito,
várias situações podem justificar que no momento da apreciação sucessiva concreta e fiscalização
sucessiva abstracta da constitucionalidade e da legalidade, – a Lei, o regime jurídico ou as
próprias disposições legais, – objecto da fiscalização, sofram alteração, revogação, derrogação,
reforma ou alteração.

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FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E LEGALIDADE

A fiscalização da constitucionalidade traduz-se, assim, na garantia do respeito pela hierarquia


superior da Constituição. Ora, se a Constituição é a norma suprema do país, logo, todas as demais
normas a devem respeitar.
Inconstitucionalidade é a desconformidade de normas infraconstitucionais com normas
constitucionais que lhes servem de fundamento, sendo a ilegalidade a desconformidade de
normas infralegais com normas legais.

Não cabem nos conceitos de inconstitucionalidade e de ilegalidade, as situações tanto de


contradições de normas situadas no mesmo grau hierárquico como as de simples obscuridade de
normas jurídicas .

As contradições endógenas de normas constitucionais não se resolvem, por via da fiscalização da


constitucionalidade, sabido que esta visa o controlo da conformidade de actos
infraconstitucionais com as normas constitucionais. Resolvem-se com recurso à aplicação do
princípio hermenêutico da concordância prática ou da harmonização, o que exige do intérprete e
aplicador da Constituição a coordenação e a combinação dos bens jurídicos em conflito de forma
a evitar o sacrifício de uns em relação a outros.

Discussão

Segundo Jorge Bacelar Gouveia, “a fiscalização da constitucionalidade é a adopção de


instrumentos funcionalmente aptos à verificação das situações de violação da Constituição,
levados a cabo no âmbito de competências específicas que apenas têm esse fito, é o sinal mais
forte da confirmação do objectivo de defesa da Ordem Constitucional, o que vem a acontecer
com a fiscalização da constitucionalidade”.

Parafraseando Gomes Canotilho, o aperfeiçoamento da aplicação concreta e exteriorização


material do Direito Constitucional está muitas vezes dependente de uma boa actividade de
interpretação da Lei pelas instituições jurídicas – desde o próprio parlamento, cuja actividade
legislativa encontra limites na Constituição, até aos tribunais, cuja actividade de aplicação da lei
aos casos concretos também não deve ofender a Constituição – o que exige, em toda a extensão

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da actuação dessas instituições, a necessidade de sempre tomar como base, na sua orientação e
limite, a Constituição da República, enquanto lei suprema do ordenamento jurídico.

ORIGEM DA FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E DA LEGALIDADE

A fiscalização da constitucionalidade surgiu nos Estados Unidos, sob uma Constituição que não o
previa expressamente. Todavia, pôde Marshall, em decisão célebre, deduzir de seu sistema esse
controlo e reconhecer pertencer ele ao judiciário, incumbido de aplicar a lei contenciosamente.

No caso Marbury versus Madison, esse Juiz demonstrou que, se a Constituição americana era a
base do Direito e imutável por meios ordinários, as leis comuns que a contradissessem não eram
verdadeiramente leis, não eram Direitos. Assim essas leis seriam nulas, não obrigando os
particulares. Demonstrou mais que, cabendo ao judiciário dizer o que é Direito, é a ele que
compete indagar da constitucionalidade de uma lei, de facto, se duas leis entrarem em conflito,
deve o juíz decidir qual aplicará. Ora, se uma lei entrar em conflito com a Constituição, é ao juiz
que caberá decidir se aplicará a lei, violando a Constituição, ou, como é lógico, se aplicará a
Constituição, recusando a lei.

TIPOS DE FISCALIZAÇÃO

A fiscalização dos actos normativos violadores das normas e princípios constitucionais reconduz-
se à fiscalização da inconstitucionalidade por acção que é a fiscalização típica exercida pelos
órgãos de fiscalização.

Ao lado desta, existe a inconstitucionalidade por omissão, não muito frequente no plano
comparativo constitucional.

 Fiscalização por Acção – pode ser fiscalização abstracta ou fiscalização concreta.


 Fiscalização Abstracta – significa que a impugnação da constitucionalidade da norma
é feita independentemente de qualquer litígio concreto. Visa sobretudo a defesa da

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Constituição e do princípio da constitucionalidade através da eliminação de actos
normativos contrários à Constituição. A fiscalização abstracta pode fazer-se antes de
as normas entrarem em vigor Fiscalização Preventiva -, ou depois de as normas serem
plenamente válidas e eficazes –Fiscalização Sucessiva.
 o Fiscalização Preventiva - como o nome indica é uma fiscalização anterior a própria
introdução das normas na ordem jurídica, ou seja, tem por objecto normas imperfeitas.
É por natureza um controlo abstracto e, no caso de juízo de inconstitucionalidade, as
respectivas normas não podem entrar na ordem jurídica.

A fiscalização preventiva desempenha duas funções bem distintas. Por um lado, impedir a
entrada em vigor de normas presumivelmente inconstitucionais, evitando assim a produção de
efeitos, por outro lado, afastar ou diminuir as reservas que tenham sido levantadas ou que
presumivelmente viriam a ser levantadas quanto à constitucionalidade do diploma e que
poderiam enfraquecer a sua legitimidade e, até, a sua eficácia.

 o A fiscalização Sucessiva - Tem por objecto normas já pertencentes à ordem jurídica e a


sua função é eliminá-las, ou pelo menos, afastar a sua aplicação.

 A fiscalização Concreta Difusa - traduz a consagração do Direito (e dever) de


fiscalização dos juízes relativamente a normas a aplicar a um caso concreto.

Uma norma em desconformidade material, formal ou procedimental com a Constituição é nula,


devendo o juíz, antes de decidir qualquer caso concreto de acordo com esta norma, examinar se
ela viola as normas e princípios da Constituição.

 Fiscalização por Omissão – destina-se a verificar a inexistência de medidas legislativas


necessárias para tornar exequíveis certos preceitos constitucionais. Trata-se, pois, de uma
pretensão que assenta não na existência de normas jurídicas inconstitucionais, mas na
violação da lei constitucional pelo silêncio legislativo.

EFEITOS DA CONSTITUCIONALIDADE

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 As decisões do CC são de cumprimento obrigatório, não sãopassíveis de recurso e
prevalecem sobre outras decisões. Em caso de incumprimento, o infractor incorre no
cometimento de crime de desobediência, se crime mais grave não couber.
 Na Fiscalização Sucessiva a declaração da inconstitucionalidade ou da ilegalidade com
força obrigatória geral produz os seus efeitos desde a entrada em vigor da norma
declarada
inconstitucional ou ilegal e determina a repristinação das normas que ela, eventualmente,
haja revogado. Tratando-se, porém de inconstitucionalidade ou de ilegalidade por
infracção de uma norma constitucional ou legal posterior, a declaração só produz efeitos
desde a entrada em vigor da norma posterior. Contudo ficam ressalvados os casos
julgados, salvo decisão em contrário do CC, quando a norma respeitar a matéria penal ou
disciplinar e for de conteúdo menos favorável.
 Quando a segurança jurídica, razões de equidade ou de interesse público de excepcional
relevo, que deve ser fundamentado, o exigirem, pode o CC, fixar os efeitos da
inconstitucionalidade ou da ilegalidade com alcance mais

OS VÍCIOS GERADORES DE INCONSTITUCIONALIDADE

A desconformidade dos actos normativos com o parâmetro constitucional dá origem a


inconstitucionalidade. A inconstitucionalidade não é um vício do acto normativo: o que há são
vários vícios que dão lugar à inconstitucionalidade . A doutrinacostuma distinguir entre vícios
formais, vícios materiais e vícios procedimentais;

Vícios formais - incidem sobre o acto normativo como tal, independentemente do seu conteúdo e
tendo em conta apenas à forma da sua exteriorização; na hipótese de inconstitucionalidade
formal, viciado é o acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na sua forma
final;

Vícios materiais - respeitam ao conteúdo do acto, derivado do contraste existente entre os


princípios incorporados no acto e as normas ou princípios da Constituição, no caso de

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inconstitucionalidade material, substancial ou doutrinária (como também se chama) viciadas são
as disposições ou normas singularmente consideradas;

Vícios de procedimento - autonomizados pela doutrina mais recente (mas englobados nos vícios
formais pela doutrina clássica) são os que dizem respeito ao procedimento de formação,
juridicamente regulado, dos actos normativos.

Os vícios formais são, consequentemente vícios do acto, os vícios materiais são vícios das
disposições ou das normas constantes do acto;

os vícios de procedimento são vícios relativos ao complexo de actos necessários para a produção
final do acto normativo. Daqui se conclui que, havendo um vício formal em regra fica afectado o
texto constitucional na sua integralidade, pois o acto é considerado formalmente como uma
unidade; nas hipóteses de vícios materiais, só se consideram viciadas as normas, podendo
continuar válidas as restantes normas constantes do acto que não se considerem afectadas de
irregularidade constitucional.

A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL

Nem sempre a contradição entre o acto normativo e o parâmetro constitucional é uma contradição
total. Poderá acontecer que só uma norma ou algumas normas constantes dos actos normativos
estejam em desconformidade com as normas superiores da Constituição.

Nestes casos, a semelhança do que acontece com a nulidade parcial dos negócios jurídicos em
Direito privado e com a nulidade parcial dos administrativos, a inconstitucionalidade de uma
norma não conduz automaticamente à declaração da nulidade das restantes
normas(incomunicação da nulidade). Fala-se aqui de nulidade parcial dos actos normativos.
Haverá casos, porém, em que a nulidade parcial implicará a nulidade total. A nulidade parcial
implicará a nulidade total quando, em consequência da declaração de inconstitucionalidade de
uma norma, se reconheça que as normas restantes, conformes a Constituição, deixam de ter
qualquer significado autónomo (critério da dependência). Além disso, haverá uma nulidade total
quando o preceito inconstitucional fazia parte de uma regulamentação global à qual emprestava

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sentido e justificação. Não são de afastar as hipóteses de inconstitucionalidade limitada a um
determinado lapso de tempo.

OBJECTO DE FISCALIZAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE E DA LEGALIDADE:

ACTOS NORMATIVOS
O artigo 241 da Constituição define o Conselho Constitucional como órgão de soberania, ao qual
compete especialmente administrar a justiça em matérias de natureza jurídico constitucional.
Pareceria, em princípio, caber ao CC o conhecimento de todas matérias ligadas a violação da
Constituição.

Contudo, o artigo 241 limita-se a definir a natureza deste órgão de soberania, e, em termos
genéricos, a sua área de competência em razão da matéria, não sendo legítimo, ainda que a sua
letra pudesse, erradamente, induzir a tal, dele derivar directamente atribuições ou competências
específicas. Com efeito, é no artigo, 244 que se definem especificamente as competências do
Conselho Constitucional, estabelecendo na alínea a) do seu n. º 1, a de apreciar e declarar a
inconstitucionalidade das leis e a ilegalidade dos actos normativos dos órgãos do Estado.

Esta disposição delimita, no que diz respeito à fiscalização de constitucionalidade, o poder de


cognição do CC, referindo expressamente as leis e aos actos normativos dos órgãos do Estado.

ACTOS ADMINISTRATIVOS E DECISÕES JURISDICIONAIS

Das considerações antecedentes verifica-se a exclusão da fiscalização da constitucionalidade, de


actos jurídicos públicos não reentrantes no conceito de acto normativo. No entanto a teoria
clássica da garantia da Constituição preocupava-se apenas com os atentados à Constituição
emergentes de actos legislativos criadores de Direito mas parecia deixar em relativa
tranquilidade, sob o ponto de vista de fiscalização da constitucionalidade, quer os actos de
publicação do Direito praticados pelo executivo quer os actos de realização praticados pelo
judiciário. As eventuais agressões a Constituição produzidas pelos actos administrativos – actos
administrativos inconstitucionais – ou eram remediadas através de instrumentos de controlo não
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jurisdicionais (tutela administrativa, controlo parlamentar, responsabilidade da administração) ou
eram atacadas perante as jurisdições ordinárias ou administrativas de acordo com as regras
processuais e a doutrina dos vícios dos actos administrativos. Esta relativa “tolerância” em
relação a actos administrativos inconstitucionais radicava na ideia de os actos aplicativos do
Direito deixarem imperturbada a unidade da ordem jurídica em virtude de não transportarem
qualquer conteúdo normativo. O acto controlo judicial autónomo, diverso do controlo da
constitucionalidade dos actos normativos.

ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS

A fiscalização da constitucionalidade das leis pode ser feita por órgão político ou por um órgão
jurisdicional. Em qualquer dos casos pode a fiscalização ser confiada a um órgão comum ou a um
especial.

Órgão político comum é o próprio órgão legislativo: segundo a doutrina francesa clássica só o
parlamento, como representante da nação soberana, pode pronunciar-se sobre a validade de uma
lei visto esta ser a da vontade geral,

O órgão político especial é aquele que, embora pela sua composição e funções seja político,
todavia recebe a missão especial de examinar a constitucionalidade das leis e de anular as que
considerem inconstitucionais como sucedia com o senado Conservador instituído pela
Constituição francesa do ano VIII e com o senado do 2.º Império.

A criação de um órgão político funda-se principalmente na alegação de que a interpretação da


Constituição deve ser reservada a órgãos com sensibilidade política, porque a Constituição, mais
do que uma simples lei, é um plano de vida cujo sentido não permanece estático e nem pode ser
hieraticamente considerado. Ademais o controlo judiciário atentaria contra o princípio da
separação de poderes, já que daria aos juízes o poder de anular as decisões do legislativo e do
executivo. Na verdade a experiência tem mostrado que esse controlo é ineficaz. De facto, esses
órgãos, onde previstos, têm apreciado as questões a eles submetidos pelo critério de conveniência

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do que pela sua concordância com a Constituição. Assim estes órgãos vêm a ser redundantes,
pois se tornam outro legislativo, ou outro órgão governamental.

Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado com o propósito de conhecer das decisões
relativas à constitucionalidade das leis (tribunal constitucional na Áustria, na República Italiana e
na Alemanha); Órgão jurisdicional comum é qualquer tribunal ordinário da ordem judicial
(sistema norte americano e português).

Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado com o propósito de conhecer das decisões
relativas à constitucionalidade das leis

CONCLUSÃO
No presente trabalho de campo, o autor deste, conclui que a fiscalizacao eoda
constituicionalidade e da legalidade deve ser entendida como acto indispensável uma vez que a
Constituição contém leis básicas do país e que toda a ordem jurídica deve ser conforme à ela. Ela
é corolário da consideração da Constituição como realidade normativa, isto é, como lei
fundamental da ordem jurídica.

A fiscalização da constitucionalidade traduz-se, assim, na garantia do respeito pela hierarquia


superior da Constituição. Ora, se a Constituição é a norma suprema do país, logo, todas as demais
normas a devem respeitar.

Inconstitucionalidade é a desconformidade de normas infraconstitucionais com normas


constitucionais que lhes servem de fundamento, sendo a ilegalidade a desconformidade de
normas infralegais com normas legais.

A fiscalização da constitucionalidade surgiu nos Estados Unidos, sob uma Constituição que não o
previa expressamente. Todavia, pôde Marshall, em decisão célebre, deduzir de seu sistema esse
controlo e reconhecer pertencer ele ao judiciário, incumbido de aplicar a lei contenciosamente.

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A fiscalização dos actos normativos violadores das normas e princípios constitucionais reconduz-
se à fiscalização da inconstitucionalidade por acção que é a fiscalização típica exercida pelos
órgãos de fiscalização.

A desconformidade dos actos normativos com o parâmetro constitucional dá origem a


inconstitucionalidade. A inconstitucionalidade não é um vício do acto normativo: o que há são
vários vícios que dão lugar à inconstitucionalidade . A doutrina costuma distinguir entre vícios
formais, vícios materiais e vícios procedimentais.

A fiscalização da constitucionalidade das leis pode ser feita por órgão político ou por um órgão
jurisdicional. Em qualquer dos casos pode a fiscalização ser confiada a um órgão comum ou a um
especial. Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado com o propósito de conhecer das
decisões relativas à constitucionalidade das lei. Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado
com o propósito de conhecer das decisões relativas à constitucionalidade das leis.

A demais o nosso Pais ora Moçambique, existem órgãos com bastantes semelhanças com os
Tribunais Constitucionais dos paises a citar : Grécia, França, Bélgica.

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BIBLIOGRAFIA
https:// www.portal.asg.co.mz>fiscalização. Acesso em 11/08/2022, As 10h 32 min.

https://portaldo. governo.gov.mz. Acesso em 11/08/2022, As 12h 54 min.

https://apostilas 1.tempsite.ws>direito constituicional. Acesso em 11/08/2022, As 14h59 min.

ISCED. Manual de Direito Constituicional:Curso de Licenciatura em Ciencia Politica e


Relação Internacional. 1º Ano, Beira.

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