Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pemba, 2022
UNIVERSIDADE ABERTA UNISCED
Pemba, 2022
INDICE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................2
SENTIDO E NATUREZA.........................................................................................................................3
FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E LEGALIDADE..............................................4
ORIGEM DA FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E DA LEGALIDADE..............5
TIPOS DE FISCALIZAÇÃO....................................................................................................................5
EFEITOS DA CONSTITUCIONALIDADE............................................................................................6
OS VÍCIOS GERADORES DE INCONSTITUCIONALIDADE...........................................................7
A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL.........................................................................................8
OBJECTO DE FISCALIZAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE E DA LEGALIDADE:..............9
ACTOS NORMATIVOS...........................................................................................................................9
ACTOS ADMINISTRATIVOS E DECISÕES JURISDICIONAIS.......................................................9
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS.................................10
CONCLUSÃO..........................................................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................13
INTRODUÇÃO
Porém mereceu muita atenção a definição dos termos no seu significado geral por forma a melhor
familiarização com teor do presente tema em abordagem.
2
SENTIDO E NATUREZA
Nos termos que nos antecedem e para a melhor abordagem do tema supra, importa ter a minima
ideia do que que é a constituiãço no seu geral, Constituição é a lei básica do país e que toda a
ordem jurídica deve ser conforme à ela. Ela é corolário da consideração da Constituição como
realidade normativa, isto é, como lei fundamental da ordem jurídica.
A constituição como norma suprema do ordenamento jurídico não tem valor enquanto não houver
entidades com poderes para fazer valer essa qualidade de norma suprema do ordenamento
jurídico. É justamente por esse facto que a própria constituição estabelece várias formas
destinadas a garantir que seja salvaguardada a sua supremacia, fixando bases que garantam o
cumprimento das suas normas, incluindo no processo de feitura das normas ordinárias que devem
obediência à Constituição. Juntamente com essas bases, também foram estabelecidas várias
formas de fiscalização da constitucionalidade para garantir que normas já aprovadas possam ser
submetidas ao crivo da constituição.
Portanto, sempre que se entender que uma norma é contrária à Constituição, seguindo os mais
restritos procedimentos de acesso à justiça constitucional, pode ser feito o pedido de fiscalização
da constitucionalidade, nas suas várias vertentes, entre as quais, no que interessa para o presente
caso, a fiscalização sucessiva concreta e/ou fiscalização sucessiva abstracta da
constitucionalidade (apenas a fiscalização sucessiva, seja abstracta ou concreta, é que interessa
para o presente artigo, visto que para os casos de fiscalização preventiva a actividade de
fiscalização é feita antes de a norma entrar em vigor no ordenamento jurídico, o que retira a
possibilidade de na pendência da fiscalização seja revogada ou derrogada a norma em escrutínio,
por ser impossível derrogar ou revogar uma norma que ainda não está em vigor). Nesse âmbito,
várias situações podem justificar que no momento da apreciação sucessiva concreta e fiscalização
sucessiva abstracta da constitucionalidade e da legalidade, – a Lei, o regime jurídico ou as
próprias disposições legais, – objecto da fiscalização, sofram alteração, revogação, derrogação,
reforma ou alteração.
3
FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUICIONALIDADE E LEGALIDADE
Discussão
4
da actuação dessas instituições, a necessidade de sempre tomar como base, na sua orientação e
limite, a Constituição da República, enquanto lei suprema do ordenamento jurídico.
A fiscalização da constitucionalidade surgiu nos Estados Unidos, sob uma Constituição que não o
previa expressamente. Todavia, pôde Marshall, em decisão célebre, deduzir de seu sistema esse
controlo e reconhecer pertencer ele ao judiciário, incumbido de aplicar a lei contenciosamente.
No caso Marbury versus Madison, esse Juiz demonstrou que, se a Constituição americana era a
base do Direito e imutável por meios ordinários, as leis comuns que a contradissessem não eram
verdadeiramente leis, não eram Direitos. Assim essas leis seriam nulas, não obrigando os
particulares. Demonstrou mais que, cabendo ao judiciário dizer o que é Direito, é a ele que
compete indagar da constitucionalidade de uma lei, de facto, se duas leis entrarem em conflito,
deve o juíz decidir qual aplicará. Ora, se uma lei entrar em conflito com a Constituição, é ao juiz
que caberá decidir se aplicará a lei, violando a Constituição, ou, como é lógico, se aplicará a
Constituição, recusando a lei.
TIPOS DE FISCALIZAÇÃO
A fiscalização dos actos normativos violadores das normas e princípios constitucionais reconduz-
se à fiscalização da inconstitucionalidade por acção que é a fiscalização típica exercida pelos
órgãos de fiscalização.
Ao lado desta, existe a inconstitucionalidade por omissão, não muito frequente no plano
comparativo constitucional.
5
Constituição e do princípio da constitucionalidade através da eliminação de actos
normativos contrários à Constituição. A fiscalização abstracta pode fazer-se antes de
as normas entrarem em vigor Fiscalização Preventiva -, ou depois de as normas serem
plenamente válidas e eficazes –Fiscalização Sucessiva.
o Fiscalização Preventiva - como o nome indica é uma fiscalização anterior a própria
introdução das normas na ordem jurídica, ou seja, tem por objecto normas imperfeitas.
É por natureza um controlo abstracto e, no caso de juízo de inconstitucionalidade, as
respectivas normas não podem entrar na ordem jurídica.
A fiscalização preventiva desempenha duas funções bem distintas. Por um lado, impedir a
entrada em vigor de normas presumivelmente inconstitucionais, evitando assim a produção de
efeitos, por outro lado, afastar ou diminuir as reservas que tenham sido levantadas ou que
presumivelmente viriam a ser levantadas quanto à constitucionalidade do diploma e que
poderiam enfraquecer a sua legitimidade e, até, a sua eficácia.
EFEITOS DA CONSTITUCIONALIDADE
6
As decisões do CC são de cumprimento obrigatório, não sãopassíveis de recurso e
prevalecem sobre outras decisões. Em caso de incumprimento, o infractor incorre no
cometimento de crime de desobediência, se crime mais grave não couber.
Na Fiscalização Sucessiva a declaração da inconstitucionalidade ou da ilegalidade com
força obrigatória geral produz os seus efeitos desde a entrada em vigor da norma
declarada
inconstitucional ou ilegal e determina a repristinação das normas que ela, eventualmente,
haja revogado. Tratando-se, porém de inconstitucionalidade ou de ilegalidade por
infracção de uma norma constitucional ou legal posterior, a declaração só produz efeitos
desde a entrada em vigor da norma posterior. Contudo ficam ressalvados os casos
julgados, salvo decisão em contrário do CC, quando a norma respeitar a matéria penal ou
disciplinar e for de conteúdo menos favorável.
Quando a segurança jurídica, razões de equidade ou de interesse público de excepcional
relevo, que deve ser fundamentado, o exigirem, pode o CC, fixar os efeitos da
inconstitucionalidade ou da ilegalidade com alcance mais
Vícios formais - incidem sobre o acto normativo como tal, independentemente do seu conteúdo e
tendo em conta apenas à forma da sua exteriorização; na hipótese de inconstitucionalidade
formal, viciado é o acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na sua forma
final;
7
inconstitucionalidade material, substancial ou doutrinária (como também se chama) viciadas são
as disposições ou normas singularmente consideradas;
Vícios de procedimento - autonomizados pela doutrina mais recente (mas englobados nos vícios
formais pela doutrina clássica) são os que dizem respeito ao procedimento de formação,
juridicamente regulado, dos actos normativos.
Os vícios formais são, consequentemente vícios do acto, os vícios materiais são vícios das
disposições ou das normas constantes do acto;
os vícios de procedimento são vícios relativos ao complexo de actos necessários para a produção
final do acto normativo. Daqui se conclui que, havendo um vício formal em regra fica afectado o
texto constitucional na sua integralidade, pois o acto é considerado formalmente como uma
unidade; nas hipóteses de vícios materiais, só se consideram viciadas as normas, podendo
continuar válidas as restantes normas constantes do acto que não se considerem afectadas de
irregularidade constitucional.
A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL
Nem sempre a contradição entre o acto normativo e o parâmetro constitucional é uma contradição
total. Poderá acontecer que só uma norma ou algumas normas constantes dos actos normativos
estejam em desconformidade com as normas superiores da Constituição.
Nestes casos, a semelhança do que acontece com a nulidade parcial dos negócios jurídicos em
Direito privado e com a nulidade parcial dos administrativos, a inconstitucionalidade de uma
norma não conduz automaticamente à declaração da nulidade das restantes
normas(incomunicação da nulidade). Fala-se aqui de nulidade parcial dos actos normativos.
Haverá casos, porém, em que a nulidade parcial implicará a nulidade total. A nulidade parcial
implicará a nulidade total quando, em consequência da declaração de inconstitucionalidade de
uma norma, se reconheça que as normas restantes, conformes a Constituição, deixam de ter
qualquer significado autónomo (critério da dependência). Além disso, haverá uma nulidade total
quando o preceito inconstitucional fazia parte de uma regulamentação global à qual emprestava
8
sentido e justificação. Não são de afastar as hipóteses de inconstitucionalidade limitada a um
determinado lapso de tempo.
ACTOS NORMATIVOS
O artigo 241 da Constituição define o Conselho Constitucional como órgão de soberania, ao qual
compete especialmente administrar a justiça em matérias de natureza jurídico constitucional.
Pareceria, em princípio, caber ao CC o conhecimento de todas matérias ligadas a violação da
Constituição.
Contudo, o artigo 241 limita-se a definir a natureza deste órgão de soberania, e, em termos
genéricos, a sua área de competência em razão da matéria, não sendo legítimo, ainda que a sua
letra pudesse, erradamente, induzir a tal, dele derivar directamente atribuições ou competências
específicas. Com efeito, é no artigo, 244 que se definem especificamente as competências do
Conselho Constitucional, estabelecendo na alínea a) do seu n. º 1, a de apreciar e declarar a
inconstitucionalidade das leis e a ilegalidade dos actos normativos dos órgãos do Estado.
A fiscalização da constitucionalidade das leis pode ser feita por órgão político ou por um órgão
jurisdicional. Em qualquer dos casos pode a fiscalização ser confiada a um órgão comum ou a um
especial.
Órgão político comum é o próprio órgão legislativo: segundo a doutrina francesa clássica só o
parlamento, como representante da nação soberana, pode pronunciar-se sobre a validade de uma
lei visto esta ser a da vontade geral,
O órgão político especial é aquele que, embora pela sua composição e funções seja político,
todavia recebe a missão especial de examinar a constitucionalidade das leis e de anular as que
considerem inconstitucionais como sucedia com o senado Conservador instituído pela
Constituição francesa do ano VIII e com o senado do 2.º Império.
10
do que pela sua concordância com a Constituição. Assim estes órgãos vêm a ser redundantes,
pois se tornam outro legislativo, ou outro órgão governamental.
Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado com o propósito de conhecer das decisões
relativas à constitucionalidade das leis (tribunal constitucional na Áustria, na República Italiana e
na Alemanha); Órgão jurisdicional comum é qualquer tribunal ordinário da ordem judicial
(sistema norte americano e português).
Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado com o propósito de conhecer das decisões
relativas à constitucionalidade das leis
CONCLUSÃO
No presente trabalho de campo, o autor deste, conclui que a fiscalizacao eoda
constituicionalidade e da legalidade deve ser entendida como acto indispensável uma vez que a
Constituição contém leis básicas do país e que toda a ordem jurídica deve ser conforme à ela. Ela
é corolário da consideração da Constituição como realidade normativa, isto é, como lei
fundamental da ordem jurídica.
A fiscalização da constitucionalidade surgiu nos Estados Unidos, sob uma Constituição que não o
previa expressamente. Todavia, pôde Marshall, em decisão célebre, deduzir de seu sistema esse
controlo e reconhecer pertencer ele ao judiciário, incumbido de aplicar a lei contenciosamente.
11
A fiscalização dos actos normativos violadores das normas e princípios constitucionais reconduz-
se à fiscalização da inconstitucionalidade por acção que é a fiscalização típica exercida pelos
órgãos de fiscalização.
A fiscalização da constitucionalidade das leis pode ser feita por órgão político ou por um órgão
jurisdicional. Em qualquer dos casos pode a fiscalização ser confiada a um órgão comum ou a um
especial. Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado com o propósito de conhecer das
decisões relativas à constitucionalidade das lei. Órgão jurisdicional especial é um tribunal criado
com o propósito de conhecer das decisões relativas à constitucionalidade das leis.
A demais o nosso Pais ora Moçambique, existem órgãos com bastantes semelhanças com os
Tribunais Constitucionais dos paises a citar : Grécia, França, Bélgica.
12
BIBLIOGRAFIA
https:// www.portal.asg.co.mz>fiscalização. Acesso em 11/08/2022, As 10h 32 min.
13