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Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos:...................................................................................................................4
1.2. Metodologia.................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................10
Referencias Bibliograficas........................................................................................................11
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1. Introdução
Neste trabalho far-se-á uma breve reflexão sobre esta matéria, por isso, o trabalho apresenta
como objectivosl
1.1. Objectivos:
Geral:
Específicos:
1.2. Metodologia
Portanto, sendo um estudo de natureza investigativo, para a realização do presente trabalho
recorreu-se a consulta de diferentes fontes bibliográficas fazendo uma abordagem geral sobre
inconstitucionalidade. Conforme Lakatos e Marconi (2007), este tipo de pesquisa tem como
finalidade colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou
filmado sobre determinado assunto. E, no entanto, Martins (2001) afirma que a pesquisa
bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas publicadas
em livros, revistas, periódicos e outros. Busca também, conhecer e analisar conteúdos
científicos sobre determinado tema.
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2. A inconstitucionalidade da Lei em Moçambique
2.1. Conceito de inconstitucionalidade
Para Bittencourt (1997), "a inconstitucionalidade é um estado – estado de conflito entre uma
lei e a Constituição". José Afonso da Silva, a respeito da inconstitucionalidade, fala-nos sobre
"conformidade com os ditames constitucionais", a qual "não se satisfaz apenas com a
actuação positiva de acordo com a Constituição",
Chamussola (s/d, p.117 -118) refere que, a doutrina costuma distinguir entre vícios formais,
vícios materiais e vícios procedimentais:
Vícios formais - incidem sobre o acto normativo como tal, independentemente do seu
conteúdo e tendo em conta apenas à forma da sua exteriorização; na hipótese de
inconstitucionalidade formal, viciado é o acto, nos seus pressupostos, no seu
procedimento de formação, na sua forma final;
Vícios materiais - respeitam ao conteúdo do acto, derivado do contraste existente
entre os princípios incorporados no acto e as normas ou princípios da Constituição, no
caso de inconstitucionalidade material, substancial ou doutrinária (como também se
chama) viciadas são as disposições ou normas singularmente consideradas;
Vícios de procedimento - autonomizados pela doutrina mais recente (mas englobados
nos vícios formais pela doutrina clássica) são os que dizem respeito ao procedimento
de formação, juridicamente regulado, dos actos normativos.
Os vícios formais são, consequentemente vícios do acto, os vícios materiais são vícios das
disposições ou das normas constantes do acto; os vícios de procedimento são vícios relativos
ao complexo de actos necessários para a produção final do acto normativo. Daqui se conclui
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que, havendo um vício formal em regra fica afectado o texto constitucional na sua
integralidade, pois o acto é considerado formalmente como uma unidade; nas hipóteses de
vícios materiais, só se consideram viciadas as normas, podendo continuar válidas as restantes
normas constantes do acto que não se considerem afectadas de irregularidade constitucional.
(Chamussola, s/d, p.119)
Nos sistemas de controlo judiciário distinguem-se o controle difuso, em que vários órgãos
realizam esse controlo e o controlo concentrado, em que um ou poucos órgãos têm
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competências relativas à constitucionalidade dos actos. Moçambique segue o modelo do
controlo concentrado. Quanto ao momento de controlo, este pode ser preventivo, quando se
pretende evitar que determinada norma inconstitucional entre para o ordenamento jurídico, e
repressivo, quando se pretende verificar se uma norma, já em vigor, está ou não de acordo
com a Constituição.
De acordo com Macuáuca (2022, p.), refer que, podem solicitar ao Conselho Constitucional a
declaração de inconstitucionalidade das leis ou de ilegalidade dos actos normativos dos
órgãos do Estado:
a) O Presidente da República;
b) O Presidente da Assembleia da República;
c) Um terço, pelo menos, dos deputados da Assembleia da República;
d) O Primeiro-Ministro;
e) O Procurador-Geral da República;
f) O Provedor de Justiça;
g) Dois mil cidadãos.
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“A regra geral estabelecida no nº 1 do artigo 66 da Lei nº 6/2006 de 2 de Agosto (Lei
Orgânica do Conselho constitucional) é que a declaração de inconstitucionalidade ou
ilegalidade produz efeitos desde a entrada em vigor da norma declarada
inconstitucional ou ilegal e determina a repristinação das normas revogadas...”
A aprovação dessa Lei foi feita por apenas 154 deputados e não por 2/3 dos
deputados da Assembleia da República, como, em sua opinião, exigem as
disposições combinadas do nº 2 do artigo 300 e nº 1 do artigo 295 da CRM. O
Conselho Constitucional, através do Acórdão nº 1/CC/2006 de 1 de Junho, decidiu
não dar provimento ao pedido de declaração de inconstitucionalidade, por ter
considerado: Que das três funções tradicionalmente atribuídas à moeda (meio de
pagamento, unidade de conta e reserva de valor), é apenas sobre a função de conta
ou medida de valor que versa a Lei nº 7/2005. (Caldeira, 2010)
Que a redução de três dígitos e a designação transitória de Metical da Nova Família não
implicam a criação de uma moeda com nova designação
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assim como restrições aos direitos dos estrangeiros por via de um Decreto do
Conselho de Ministros, enquanto se trata de matéria da competência da Assembleia
da República.”
Há uma violação do nº 3 do artigo 212 da CRM que estabelece que só por Lei podem ser
definidos mecanismos institucionais e processuais de articulação. A competência atribuída ao
CCLJ de avaliar o estado do cumprimento da legalidade viola os artigos 212, 236 e nº 3 do
239 da CRM.
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Conclusão
Toda inconstitucionalidade deve ser excluída do ordenamento jurídico, porque representa uma
negação dele; e quando é necessária para o ordenamento é sinal de que não é inconstitucional.
Desse modo, a construção que afirma a possibilidade do reconhecimento da
inconstitucionalidade sem decretação de nulidade, perplexidade que levou à elaboração do
presente estudo, é um equívoco.
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Referencias Bibliograficas
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