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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
1. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico...................5
1.1. Argumentação..............................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................12
Referencia Bibliográfica...........................................................................................................13
1. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico
1.1. Argumentação
Num outro desenvolvimento, Nascimento e Pinto (2006) apresentam aquilo que entendem ser
a estrutura do texto expositivo argumentativo constituída por três partes, nomeadamente: “a
colocação da questão, o desenvolvimento da questão e a conclusão da questão. A colocação
da questão refere-se ao estabelecimento da tese. O desenvolvimento, refere-se à concretização
do que foi anunciado na tese do texto ou tópico frasal do parágrafo. Por último, a conclusão
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da questão diz respeito à síntese do que se disse anteriormente, não havendo lugar a
informação nova nesta fase.”
Koch (2006, p. 17) afirma que “a interação social por intermédio da língua caracteriza-se
fundamentalmente pela argumentatividade.” Para ela, uma vez dotado de razão e vontade, o
homem julga e forma juízos de valor, ao mesmo tempo, em que, por meio do seu discurso,
tenta influir sobre o comportamento do outro, persuadindo-o a compartilhar de determinadas
de suas opiniões.
Encontramos Golder apud Souza (2003, p. 72) afirmando que “toda ação de linguagem é
potencialmente argumentativa, porque o locutor, [...] seleciona o modelo do discurso que quer
adotar, conforme seu objetivo”.
Numa perspectiva semelhante, Gregolin (1993) observa que “a argumentação não é [..]
entendida como um acessório que auxilia na transmissão de informações, mas como ‘ato
linguístico fundamental’, inerente a todo e qualquer texto[...]”.(p.28)
Breton (2003), em sua abordagem, nos diz que a argumentação se estabeleceu como um saber
sistemático no século V antes de Cristo com o nome de retórica e “durante dois mil e
quinhentos anos, até a explosão das disciplinas do fim do século XIX, a retórica foi o centro
de todo o ensino” ( p. 24).
Segundo esse mesmo pesquisador, “o estudo da argumentação como parte da antiga retórica,
foi feito durante muito tempo por filósofos por um lado, e por especialistas literários da
linguagem por outro lado” (Breton, 2003, p. 14). De acordo com esse estudioso, os filósofos
situavam a argumentação de forma ambígua, já que se perguntavam se nela havia
procedimentos que pudessem nos permitir chegar à verdade de algo ou provar a falsidade.
Para Breton, considerando-se que, no âmbito da comunicação, cada mensagem é vista como
uma opinião que pode ser argumentada, a questão levantada pelos filósofos deixava de ser
relevante, já que não se busca com a argumentação uma verdade ou um erro.
Preuss ( 2017, p.75 ), afirma que, “um texto argumentativo visa defender um ponto de vista
ou persuadir o interlocutor, através de argumentos a favor ou contra.” E de acordo com a
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mesma autora, afirma que, o texto argumentativo tem como funções persuadir, refutar,
comprovar e/ou debater uma causa.
E a mesma autora afirma que, o texto argumentativo pode ser encontrado no discurso político
ou religioso, no debate, nas discussões, nas críticas, nos conselhos, na publicidade e no texto
de opinião. Ao construir um texto argumentativo é preciso ter cautela quanto ao uso de
argumentos falsos, ilógicos, raciocínios infundados que prejudicam a argumentação.
Desenvolvimento precisa:
- Persuadir;
- Desenvolver o tema valendo-se da argumentação
por citação, comprovação ou raciocínio lógico;
- O escritor precisa tomar posição sobre o que escreve.
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Conclusão precisa ser:
- Resumo forte e breve de tudo o que já foi escrito;
- Responder à questão proposta na introdução:
- Expor uma avaliação _nal do assunto.
Com respeito à propaganda e sua relação com língua, vale ressaltar o postulado de Koch
(2002), sobre a linguagem em geral, mas que se faz pertinente especialmente quando tratamos
de linguagem publicitária. Segundo Koch, (2002, p.15), “a linguagem é uma forma de ação,
ação sobre o mundo, dotada de intencionalidade, veiculadora de ideologias, caracterizando-se,
portanto, pela argumentatividade”.
Refletindo sobre a afirmação de Koch (2001), pensamos que é por meio da linguagem que o
sujeito realiza intencionalmente algo para si e para o mundo em que vive, propagando pela
argumentação, de forma explicita ou implícita, suas ideologias inscritas na própria utilização
da língua.
Tomando como verdadeira essa afirmativa, pode-se dizer que o uso da linguagem é
constituído de argumentatividade, independente do gênero textual utilizado; isso porque
mesmo a aparente impressão de neutralidade já é uma escolha subjetiva que orienta
argumentativamente o interlocutor para a conclusão que se pretende.
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Desse modo, nos valemos da linguagem não só para transmitir informações ou ideias, mas
também para convencer, firmar exemplos, almejar efeitos, provocar mudanças, modificar
comportamentos, reforçar valores, despertar desejos e sensações, construir imagens, isto é, a
linguagem verbal não é apenas um fazer saber, mas também um fazer crer, convencer,
persuadir. A linguagem é, portanto, um instrumento de ação sobre o outro.
Nesse sentido, podemos dizer que a linguagem é, além de argumentativa, subjetiva, no sentido
de que ela põe em jogo subjetividades que desejam fazer valer seus pontos de vista. Vale
relembrar a afirmação de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005, p. 4) para quem “[...] a teoria
da argumentação é o estudo das técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a
adesão das mentes”.
Assim, o discurso publicitário tem o objetivo fundamental de incitar de forma persuasiva seus
leitores/enunciadores, mesmo quando ele informa. E a persuasão é possível ser observada,
pelas escolhas das marcas linguísticas deixadas no discurso.
Conforme o estudo de Koch (2001), existem operadores que somam argumentos a favor de
uma mesma conclusão, como por exemplo e, também, ainda, nem, não só... mas também,
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tanto...como, além de, entre outros. Há operadores que introduzem uma justificativa ou
explicação relativa ao enunciado anterior, como porque, que, já que, pois, por isso; há
operadores cuja função é introduzir no enunciado conteúdosbpressupostos como já , ainda,
agora etc.
A produção de argumentos depende dos usos que fazemos da linguagem. De acordo com
Koch (2002) a argumentação se concretiza nas diversas práticas sociais de interação; assim,
entendemos que argumentar é convencer, isto é, vencer por meio das ideias, e persuadir, ou
seja, fazer agir por meio das emoções.
Além disso, há os argumentos que indicam as ligações de coexistência entre as coisas, ou seja,
indicam as relações de característica com a essência; são chamados de argumento da essência.
Para a realização do argumento de essência utilizamos o argumento de pessoas o qual se firma
em vínculos entre a pessoa e suas atitudes; esse argumento de pessoas se subdivide em
argumento de autoridade, isto é, a técnica que buscamos justificar na pessoa de reconhecido
valor pelos seus atos, por meio da moral,ou pelos seu conhecimento. A contradição do
argumento de autoridade indica a segunda subdivisão do argumento de pessoa para o qual
chamamos de argumento ad hominem.
Para Maingueneau (2004) o ethos se configura no discurso, é a palavra que constrói uma
tonicidade, isso porque a palavra é carregada de sentidos: discursivos, ideológicos e sociais
logo, constrói sua imagem; é pela interação que a cenografia criada permite instituir como
sujeito, buscando revelar os co-enunciadores (nós) sujeitos empíricos participantes da
enunciação.
Assim entende-se, ethos como caráter moral; é a imagem que o enunciador revela como um
ser do discurso; ao se manifestar, o enunciador se investe de uma imagem de honestidade, de
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sinceridade ou não, em busca da verossimilhança, conforme seu auditório. Para Maingueneau
(1997), o caráter moral é moldado espontaneamente em função de um modo de dizer. O que
se pretende é impressionar pelo apelo ao conhecimento de mundo que se tem e no qual se vai
revelar “o caráter”. A figura do enunciador que se manifesta traz marcadamente o
envolvimento com o outro; o modo de dizer é adaptado, nesta interação.
Para Walton (1992) as abordagens teóricas recentes sobre a argumentação, nas áreas mais
diversas do conhecimento, devem-se à ideia pragmática de que o argumento é algo que pode
ser usado de forma adequada ou inadequada, nas conversações do dia a dia. Assim, e face à
pletora de estudos de orientações diversas provenientes de correntes disciplinares com
interesses heurísticos e propósitos práticos distintos, cingimo-nos àquelas reflexões nesta área
do conhecimento com significado para a nossa investigação e que são, pela sua ordem de
apresentação, o esquema argumentativo de Toulmin (1958, 2003), a nova retórica de
Perelman e Olbrechts-Tyteca (1958, 1983), a teoria pragmadialéctica (van Eemeren &
Grootendorst, 2004) e a teoria dialógica (Walton, 1992).
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Conclusão
A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico for o
assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer desde o
início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis e
desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão.
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Referencia Bibliográfica
.Koch, I.( 2002). Argumentação e linguagem.(7. ed.) São Paulo: Cortez Editora.
Preuss L. J.(2017). Língua Portuguesa (1ª ed.), Universidade Federal de Santa Maria Santa
Maria, RS.NTE
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Walton, D. N. (1992). Plausible argument in everyday conversation. Albany, NY: State
University of New York Press.
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