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Bento Alves Araújo Jayme Fleury Curado

Apostila de Redação
Concurso Estadual da Educação 2022

2022
Assuntos importantes para se ter conhecimento (ler a respeito)

• Os 200 anos da Independência do Brasil


• Os 100 anos da Semana de Arte Moderna
• Os 90 anos do voto feminino no Brasil (1932)
• Os 80 anos do Batismo Cultural de Goiânia
• Os 300 anos da chegada dos Bandeirantes a Goiás
• O papel decisivo da ciência para salvação da humanidade
• O sesquicentenário de nascimento de Osvaldo Cruz e a questão das
vacinas
• Centenário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana
• 90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932
• 40 anos da abertura democrática no Brasil
• Sesquicentenário do fim da Guerra do Paraguai (1872)
• 50 anos da inauguração da Rodovia Transamazônica (1972)
• 30 anos do impeachment do Presidente Collor (1992)
• 80 anos da criação da moeda Cruzeiro, por Getúlio Vargas (1942)
1- Como deverá ser a Redação

A redação deverá ser estruturada na forma de texto em prosa do tipo


dissertativo-argumentativo, a partir da proposta de um tema de ordem social,
científica, cultural ou política.

I. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita.

II. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das


várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos
limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações,


fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos


necessários para a construção da argumentação.

V. Elaborar proposta de solução para o problema abordado,


mostrando respeito aos valores humanos e considerando a
diversidade sociocultural.

Na competência I, espera-se que o participante escolha o registro


adequado a uma situação formal de produção de texto escrito. Na avaliação,
serão considerados os fundamentos gramaticais do texto escrito, refletidos na
utilização da norma culta em aspectos como: sintaxe de concordância,
regência e colocação; pontuação; flexão; ortografia; e adequação de registro
demonstrada, no desempenho lingüístico, de acordo com a situação formal de
produção exigida.
O eixo da competência II reside na compreensão do tema que
instaura uma problemática a respeito da qual se pede um texto escrito, em
prosa, do tipo dissertativo-argumentativo. Por meio desse tipo de texto,
analisam-se, interpretam-se e relacionam-se dados, informações e conceitos
amplos, tendo-se em vista a construção de uma argumentação, em defesa de
um ponto de vista.
Na competência III, procura-se avaliar como o participante, em
uma situação formal de interlocução, seleciona, organiza, relaciona e
interpreta os dados, informações e conceitos necessários para defender sua
perspectiva sobre o tema proposto.
Na competência IV, avalia-se a utilização de recursos coesivos da
modalidade escrita, com vistas à adequada articulação dos argumentos, fatos
e opiniões selecionados para a defesa de um ponto de vista sobre o tema
proposto. Serão considerados os mecanismos lingüísticos responsáveis pela
construção da argumentação na superfície textual, tais como: coesão
referencial; coesão lexical e coesão gramatical.
Na competência V, verifica-se como o participante indicará as
possíveis variáveis para solucionar a problemática desenvolvida, quais
propostas de intervenção apresentou, qual a relação destas com o projeto
desenvolvido sobre o tema proposto e a qualidade destas propostas, mais
genéricas ou específicas, tendo por base a solidariedade humana e o respeito
à diversidade de pontos de vista, eixos de uma sociedade democrática.

2- O texto dissertativo:

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,


discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos
expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o
texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não
está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de
conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade
principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do
assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e
modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.
O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional,
formada por três partes essenciais.

Introdução

Que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se


posicionar, o autor formula uma tese ou a idéia principal do texto.

Desenvolvimento

Formado pelos parágrafos que fundamentam a tese.


Normalmente, em cada parágrafo, é apresentado e desenvolvido um
argumento. Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou
comparações entre situações, épocas e lugares diferentes, pode também se
apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto
abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas.

Conclusão
Que geralmente retoma a tese, sintetizando as idéias gerais do texto ou
propondo soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão
pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa.
No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido
respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma
citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em
uma idéia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê
Atenção: a linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma
ser impessoal, objetiva e denotativa. Mais raramente, entretanto, há a
combinação da objetividade com recursos poéticos, como metáforas e
alegorias. Predominam formas verbais no presente do indicativo e emprega-
se o padrão culto e formal da língua.

O Parágrafo

Além da estrutura global do texto dissertativo-argumentativo, é


importante conhecer a estrutura de uma de suas unidades básicas: o
parágrafo.
Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma idéia-
núcleo, que é desenvolvida por idéias secundárias. O parágrafo pode ser
formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados
com a tese ou idéia principal do texto, geralmente apresentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os
textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam
uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a idéia-núcleo,
as idéias secundárias (que desenvolvem a idéia-núcleo), a conclusão. Em
parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
ESTRUTURA TEXTUAL DISSERTATIVA

1. Bases Conceituais

PARTE I – O conteúdo da redação

a) Apresentação Textual

Legibilidade e erro: escreva sempre com letra legível. Prefira a letra


cursiva. A letra de imprensa poderá ser usada desde que se distinga bem as
iniciais maiúsculas e minúsculas. No caso de erro, risque com um traço
simples, o trecho ou o sinal gráfico e escreva o respectivo substituto.
Atenção: não use parênteses para esse fim.

- Respeito às margens e indicação dos parágrafos;

Para dar início aos parágrafos, o espaço de mais ou menos dois


centímetros é suficiente. Observe as margens esquerda e direita na folha para
o texto definitivo. Não crie outras. Não deixe “buracos” no texto. Na
translineação, obedeça às regras de divisão silábica.

- Limite máximo de linhas;

Além de escrever seu texto em local devido (folha definitiva), respeite o limite
máximo de linhas destinadas a cada parte da prova, conforme orientação da
banca. As linhas que ultrapassarem o limite máximo serão desconsideradas ou
qualquer texto que ultrapassar a extensão máxima será totalmente
desconsiderado.

-Eliminação do candidato;

Seu texto poderá ser desconsiderado nas seguintes situações:

- Ultrapassagem do limite máximo de linhas.

- Fuga total ao tema: analise cuidadosamente a proposta apresentada.


Estruture seu texto em conformidade com as orientações explicitadas no
caderno da prova discursiva.
- Registros indevidos: anotações do tipo “fim”, “the end”, “O senhor é meu
pastor, nada me faltará”, “Deus é fiel” ou recados ao examinador, rubricas e
desenhos.

Estrutura clássica do texto dissertativo

b.1) Introdução adequada ao tema / posicionamento

Apresenta a idéia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe
à introdução situar o leitor a respeito da postura ideológica de quem o redige
acerca de determinado assunto. Deve conter a tese e as generalidades que
serão aprofundadas ao longo do desenvolvimento do texto. O importante é
que a sua introdução seja completa e esteja em consonância com os critérios
de paragrafação. Não misture idéias.
b.2) Desenvolvimento

Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando


detidamente as idéias e exemplificando de maneira rica e suficiente o
pensamento. Nele, organizamos o pensamento em favor da tese. Cada
parágrafo (e o texto) pode ser organizado de diferentes maneiras:

• Estabelecimento das relações de causa e efeito: motivos, razões,


fundamentos, alicerces, os porquês/ conseqüências, efeitos,
repercussões, reflexos;
• Estabelecimento de comparações e contrastes: diferenças e
semelhanças entre elementos – de um lado, de outro lado, em contraste,
ao contrário;
• Enumerações e exemplificações: indicação de fatores, funções ou
elementos que esclarecem ou reforçam uma afirmação.

b.3) Fechamento do texto de forma coerente

Retoma ou reafirma todas as idéias apresentadas e discutidas no


desenvolvimento, tomando uma posição acerca do problema, da tese. É
também um momento de expansão, desde que se mantenha uma conexão
lógica entre as idéias.

c) Desenvolvimento do Tema

c.1) Estabelecimento de conexões lógicas entre os argumentos.


Apresentação dos argumentos de forma ordenada, com análise
detida das idéias e exemplificação de maneira rica e suficiente do pensamento.
Para garantir as devidas conexões entre períodos, parágrafos e argumentos,
empregar os elementos responsáveis pela coerência e unicidade, tais
como operadores de sequenciação, conectores, pronomes. Procurar garantir a
unidade temática.

c.2) Objetividade de argumentação frente ao tema / posicionamento

O texto precisa ser articulado com base nas informações essenciais


que desenvolverão o tema proposto.
Dispensar as idéias excessivas e periféricas. Planejar previamente a
redação definindo antecipadamente o que deve ser feito.
Recorrer ao banco de idéias é um passo importante. Listar as idéias
que lhe vier à cabeça sobre o tema.
Estabelecer a tese que será defendida. Selecionar cuidadosamente
entre as idéias listadas, aquelas que delimitarão o tema e defenderão o
seu posicionamento.

c.3) Estabelecimento de uma progressividade textual em relação à


seqüência lógica do pensamento.

O texto deve apresentar coerência seqüencial satisfatória. Quando


se proceder à seleção dos argumentos no banco de idéias, deve-se classificá-
los segundo a força para convencer o leitor, partindo dos menos fortes parta
os mais fortes.
4 - Carta argumentativa

(Texto Argumentativo /Persuasivo)

Características do texto argumentativo/persuasivo

Além de uma dissertação, a prova de Redação do Vestibular


Unicamp propõe também uma carta argumentativa. O que diferencia a
proposta da carta argumentativa da proposta de dissertação é o tipo de
argumentação que caracteriza cada um desses tipos de texto.
O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal.
Por outro lado, a proposta de carta argumentativa pressupõe um interlocutor
específico para quem a argumentação deverá estar orientada. Essa diferença
de interlocutores deve necessariamente levar a uma organização
argumentativa diferente, nos dois casos.
Até porque, na carta argumentativa, a intenção é freqüentemente a
de persuadir um interlocutor específico (convencê-lo do ponto de vista
defendido por quem escreve a carta ou demovê-lo do ponto de vista por ele
defendido e que o autor da carta considera equivocado).
É importante justificar por que se solicita que a argumentação seja
feita em forma de carta. Acredite, essa é uma opção estratégica feita em seu
próprio benefício. O pressuposto é o de que, se é definido previamente quem
é seu interlocutor sobre um determinado assunto, você tem melhores
condições de fundamentar sua argumentação.
Vamos tentar exemplificar, mais ou menos concretamente, algumas
situações argumentativas diferentes, para que fique claro que tipo de
fundamento está por trás desta proposta da Unicamp. Imagine-se um defensor
ardoroso da legalização do aborto. Perceba que sua estratégia argumentativa
seria necessariamente diferente se fosse solicitado a:

• Escrever uma dissertação sobre o assunto, portanto, escrever para o


nosso "leitor universal";
• Escrever ao Papa, para demonstrar a necessidade de a Igreja Católica,
em alguns casos, rever sua postura frente ao aborto;
• Escrever a um congressista procurando persuadi-lo a apresentar um
anteprojeto para a legalização do aborto no Brasil;
• Escrever ao Roberto Carlos procurando persuadi-lo a incluir, em seu
LP de final de ano, uma música em favor da descriminação do aborto.
• Embora o foco desta proposta seja um determinado tipo de
argumentação, o fato de que o contexto criado para este exercício é o
de uma carta implica também algumas expectativas quanto à forma do
seu texto.

Por exemplo, é necessário estabelecer e manter a interlocução, usar


uma linguagem compatível com o interlocutor (por exemplo, não se dirigir ao
Papa com um jovial E aí, Santidade, tudo em cima?, muito menos despedir-
se de tão beatífica figura com Pô, cara, tu é do mal!). Mas que fique bem
claro: no cumprimento da proposta em que é exigida uma carta argumentativa,
não basta dar ao texto a organização de uma carta, mesmo que a interlocução
seja natural e coerentemente mantida; é necessário argumentar.

4.1. A estrutura de uma carta argumentativa


Início: identifica o interlocutor. A forma de tratá-lo vai depender do
grau de intimidade existente. A língua portuguesa dispõe dos pronomes de
tratamento para estabelecer esse tipo de relação entre interlocutores.
O essencial é mostrar respeito pelo interlocutor, seja ele quem for.
Na falta de um pronome ou expressão específica para dirigir-se a ele, recorra
ao tradicional "senhor" "senhora" ou Vossa Senhoria.
O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal.
A proposta de carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para
quem a argumentação deverá estar orientada. Essa diferença de interlocutores
deve necessariamente levar a uma organização argumentativa diferente, nos
dois casos. Até porque, na carta argumentativa, a intenção é freqüentemente a
de persuadir um interlocutor específico (convencê-lo do ponto de vista
defendido por quem escreve a carta ou demovê-lo do ponto de vista por ele
defendido e que o autor da carta considera equivocado).
Mas que fique bem claro: no cumprimento da proposta em que é
exigida uma carta argumentativa, não basta dar ao texto a organização de uma
carta, mesmo que a interlocução seja natural e coerentemente mantida; é
necessário argumentar.

2 – Possíveis temas

• Cidadania e participação social no âmbito da escola.


• Os direitos das crianças e dos adolescentes no contexto social
• Preservação ambiental: Como conciliar os interesses em conflito?
• O direito de votar e como esse ato promove as transformações
sociais que o Brasil precisa
• A violência na sociedade brasileira: As mudanças dessa regra cruel
no jogo da vida
• A liberdade de informação e os abusos dos meios de comunicação
• Trabalho infantil, retrocessos e avanços no Brasil do século XXI
• O poder de informação da leitura e suas modificações ideológicas
• Diversidade cultural no ambiente da escola
• A preservação do Bioma Cerrado no universo geográfico goiano
• O indivíduo frente à ética nacional
• O preconceito racial está chegando ao fim?
• A solidão coletiva. Geografia da solidão nos grandes centros
• Aumento da violência contra a mulher
• Amar pode levar ao crime ou quem ama não mata?
• O que você acha do ensino nas escolas do Brasil?
• O fumo deve ser proibido em todos os lugares?
• O famoso conflito de gerações ainda existe hoje?
• Favela e cidade: as distâncias sociais desapareceram?
• Gravidez fora de hora: adolescência em crise.
• Fomos dominados pelas máquinas que inventamos?
• Quais as condições necessárias para se atingir o sucesso
profissional?
• Leis e penas mais duras - a única solução para o trânsito brasileiro?
• Um cachorro vale mais do que um ser humano? Doce vida de cão.
• A gramática facilita ou dificulta a comunicação?
• A reforma ortográfica facilita ou não?
• Por que as pessoas mentem pela internet?
• A energia nuclear é uma boa solução para o Brasil?
• Nacional ou importada: qual a cara do Brasil?
• O homem e o tempo
• O homem – o inimigo do planeta
• Jovens e a internet
• Pedofilia
• Covid 19, uma epidemia que passou?
• As crises da saúde no Brasil
• A questão da Dengue – um vai e volta sem fim.
• Por que o brasileiro admira a cultura do besteirol?
• Brasil, um país sem memória.
• A infância esquecida no Brasil.
• O que é ser mulher no Brasil hoje
• O nosso sistema carcerário atualmente
• Os índios brasileiros – duas visões de um mito
• Prostituição infantil brasileira – um marco da miséria.
• Nunca se publicou tanto livro e nunca se leu tão pouco.
• Comunicação virtual – novo paradigma da convivência humana
• Violência dentro da escola. O que fazer?
• Explosão do comércio popular – as cidades são grandes
camelódromos.
• O desumano transporte coletivo.
• A pobreza intelectual da televisão brasileira.
• Câmeras nas ruas – a perda da privacidade ou segurança?
• Segurança pública no Brasil – um tema polêmico.
• Brasil: um país de contrastes
• O bullyng na convivência dos jovens.
• Os 200 anos da Independência do Brasil – Visão crítica
• O centenário da Semana de Arte Moderna - Avanços culturais?
• 90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932
• 90 anos do Direito de voto da mulher brasileira
• 80 anos do Batismo Cultural de Goiânia
• Educação e as novas tecnologias
• Formação profissional no campo educacional
• Educação e inclusão – paradigmas de um novo tempo
• O papel da ciência no mundo atual
• Educação e políticas públicas
• Os conflitos mundiais e suas repercussões no contexto atual
• Novas (?) visões de mundo pós-pandemia
• O confinamento da pandemia e suas repercussões no contexto
psicológico do homem
• Educação e ética

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