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PROFª SÔNIA REGIS

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1. REDAÇÕES, VARIAÇÕES LINGUISTICAS E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ........ 3


2. TEMA –TESE – ARGUMENTO – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............... 5

3. MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA REDAÇÃO ................................................ 5


4. ESQUEMA SIMPLIFICADO ............................................................................. 6
5. RESUMINDO O QUE VOCÊ APRENDEU ....................................................... 7
5.1. Mapa mental 1 ............................................................................................ 8
5.2. Mapa mental 2 ............................................................................................ 9
5.3. Mapa mental 3 .......................................................................................... 10
5.4. Mapa mental 4 .......................................................................................... 11
5.5. Gancho de redação ................................................................................... 12
6. TEXTO DISSERTATIVO EXPOSITIVO .......................................................... 13
6.1. Mapa mental 6 .......................................................................................... 14
6.2. Mapa mental 7 .......................................................................................... 15
7. TEXTO INJUNTIVO OU INSTRUCIONAL ..................................................... 16
7.1. Mapa mental 8 .......................................................................................... 17
8. TEXTO PRESCRITIVO .................................................................................. 18
9. COESÃO E COERÊNCIA .............................................................................. 18
9.1. Mapa mental 9 .......................................................................................... 27
9.2. Exercícios com gabarito sobre coesão e coerência .................................. 28
10. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ 30

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Autora: Sônia Regis


Colaboração: Jhennyfer Cavalcante
Capa: Clodoaldo Santos

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REDAÇÃO – ELEMENTOS ESTRUTURAIS DOTEXTO – VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS –
INTEPRETAÇÃO TEXTUAL

Tipos textuais: Refere às estruturas linguísticas dos textos, ou seja, definem a predominância
de expressões e estruturas sintáticas presentes, os elementos que caracterizam e
permanecem em cada tipo, além de indicar o objetivo comunicativo de cada um. Os tipos
textuais mais conhecidos são:

· Narrativo

· Descritivo

· Dissertativo

· Expositivo

· Injuntivo

Texto narrativo

É aquele que se propõe a relatar acontecimentos e situações, verídicos ou fictícios. Para


apresentar a história, utiliza personagens de determinado tempo e espaço, que são os
“atores” dos fatos. Geralmente são usados na estrutura romances, novelas, contos, etc. Há
um elemento importante para os textos do tipo narrativo: o narrador. O narrador é o ponto de
vista pelo qual a história é contada, por isso não é o mesmo que o autor. O narrador divide-
se em:
1ª pessoa: quem narra é quem vive os fatos; 3ª pessoa: quem narra assiste de fora os fatos.

Texto descritivo
É aquele que se caracteriza por expor as características ou propriedades de algum objeto,
seja ele material (como uma paisagem, um produto físico etc.), seja imaterial ( uma sensação,
um serviço, um produto digital etc.). O propósito da descrição é fornecer uma apresentação
consistente, de modo que o leitor ou ouvinte possa ter uma visualização mental do objeto

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apresentado.

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Texto dissertativo-argumentativo
É aquele em que o autor se propõe a apresentar um determinado tema ou assunto,
posicionando-se sobre ele, baseado em uma argumentação consistente, com avaliações,
justificativas, conceitos e exemplos. O autor emite seu ponto de vista, todavia deve manter-se
impessoal, sem usar nunca a primeira pessoa do discurso. Vamos ater-nos primordialmente, a
esta composição específica e suas modalidades, por ser ela preferencialmente, a mais
cobrada nos certa mês e concursos públicos. A redação dissertativa e argumentativa tem, em
regra, a seguinte estrutura:

· Introdução (tese); é a ideia principal, ou tópico frasal arespeito de um tema e


apoiada em argumentos ao longo daredação.

· Desenvolvimento (argumentos); é a justificativa para convencer o interlocutor a


concordar com a tese defendida. Cada argumento deve responder à pergunta “Por quê?” em
relação à tese defendida. O desenvolvimento da redação deve ser constituído de dois ou três
parágrafos. A partir de um tópico frasal ( frase-síntese), deve-se conduzir o discurso de maneira
objetiva,clara e convincente.

· Estratégias argumentativas; São recursos utilizados para desenvolver os


argumentos, de modo que convença o interlocutor de sua tese, de seu ponto de vista por
meio de exemplos; dados estatísticos, pesquisas, fatos comprováveis, citações ou
depoimentos de pessoas especializadas no assunto. Lembrando que, se dissertar é expor
determinado assunto, argumentar é expor com a intenção de persuadir, de convencer o outro
do nosso ponto de vista, de nossa tese.

· Conclusão (deve conter proposta de intervenção que respeite os direitos humanos). A


conclusão retoma a ideia central, encerrando a linha de raciocínio desenvolvida ao longo do texto
dissertativo-argumentativo, sempre com proposta de intervenção. Corresponde a um único
parágrafo, deve ser sucintas em , no entanto destoar muito dos demais parágrafos. Vale lembrar
que, os parágrafos devem ser simétricos, ou seja, devem ter mais ou menos o mesmo tamanho –
algo em torno de cinco linhas. No parágrafo de conclusão a ideia inicial (ideia central) deve ser
retomada, esse procedimento é imprescindível para que não haja dúvidas quanto ao ponto de
vista desenvolvido ao longo de todo o texto. Não acrescente informações novas na conclusão. O
uso de conectivos enriquece a conclusão. Conjunções, como “por isso”, “portanto”, “então”,
“logo”, são fundamentais no fechamento do texto. Evite construções do tipo “conclui-se que”,

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“pode-se concluir”, “concluindo”, pois torna o discurso redundante. Nunca termine com perguntas
T
reflexivas ou reticências. A conclusão deve confirmar a tese, sem margens para
questionamentos.

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TEMA – TESE – ARGUMENTOS - PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

DICA! Seis passos para escrever uma redação nota 1.000:

1. Ler a proposta;

2. Construir a tese;

3. Organizar as ideias;

4. Selecionar os argumentos;

5. Estruturar o texto;
6. Revisar a redação;

TEXTO BOLA CHEIA: autonomia, coesão, coerência, clareza, simplicidade.


TEXTO BOLA MURCHA: fuga ao tema, troca do tipo textual, oralidade, rebuscamento,
erros de português, emprego de clichês e provérbios, panfletagem, radicalismos,
citações inadequadas, redundância.

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA REDAÇÃO:

1. Domínio da modalidade escrita formal–ausência de marcas de oralidade e de registro


informal. Precisão vocabular. Obediência às regras de concordância nominal e verbal, regência
nominal e verbal. Pontuação. Flexão de nomes e verbos. Colocação adequadados pronomes
oblíquos ( átonos e tônicos). Grafia das palavras (acentuação gráfica e emprego de letras
maiúsculas e minúsculas), divisão silábica na mudança de linha (translineação).
2. Compreensão da proposta de redação–Leia com atenção a proposta e os textos
motivadores para compreender bem o que está sendo solicitado. Evite ficar preso às ideias
dos textos motivadores, pois foram usados apenas para despertar uma reflexão sobre o
tema. Não copie trechos dos textos motivadores. Reúna todas as ideias sobre o tema,
organize-as em uma estrutura coerente para usá-las no seu texto. Utilize informações de
várias áreas do conhecimento e desenvolva o tema de forma consistente. Cada parágrafo
deve desenvolver um tópico frasal. Examine com atenção a introdução e a conclusão para
ver se há coerência entre início e fim. Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto.

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar - Apresentação clara da tese e


seleção dos argumentos que asustentam. Encadeamento das ideias, sem repetições ou
saltos temáticos. Relação entre as informações do texto e a realidade, precisão vocabular.

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4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a
construção da argumentação–substituição determos ou expressões por pronomes,
advérbios, artigos, sinônimos, antônimos, substantivos,verbos, expressões que resumam e
retomem o que já foi dito, etc.
5. Elaboração da proposta de intervenção para o problema abordado–Ela esta dentro do

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parágrafo da conclusão e aponta possíveis soluções para o tema , alternativas viáveis,concretas e
criativas.

· DICA! Para evitar a fuga ao tema no texto dissertativo-argumentativo:


a. Apresente uma tese, desenvolva justificativas para

Comprovar essa tese (argumentos) e uma conclusão que dê um fecho à discussão elaborada no
texto, compondo o processo argumentativo;
b. Utilize estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os
argumentos.

ESQUEMA SIMPLIFICADO–FÓRMULA BÁSICA PARA ELABORAÇÃO DE TEXTOS


DISSERTATIVOS–ARGUMENTATIVOS:
INTRODUÇÃO: 1º parágrafo= tese ou tema + ideia - núcleo ou ideia-síntese ou tópico frasal + 2
ou 3 argumentos que sustentam a ideia-núcleo.
DESENVOLVIMENTO: 2º parágrafo = composto por 3 argumentos bem desenvolvidos, onde
deve ser explicado o “porquê” date se, detalhando, exemplificando, apresentando dados de
pesquisas, domínio sobre o assunto , etc.

CONCLUSÃO: 3º parágrafo = composta de 3 a 4 argumentos em um único parágrafo, cujo no


primeiro argumento deve–se retomar a ideia-núcleo ou tópico frasal, encerrando a linha do
raciocínio desenvolvido ao longo do texto. Apresentação da proposta de intervenção, que se
refere a uma solução criativa e original, que não fira os direitos humanos. E principalmente,
sugerida pelo candidato. Devem ser apontadas também, outras alternativas para a resolução do
problema. Considerações finais devem ser feitas,amarradas com o uso de conectivos de
expressões de síntese e finalização do texto.

DICAS PARA SURGIMENTO DE IDEIAS E ARGUMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO TEXTO


DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO:
·Introdução: Tema– (pergunte ao tema–o que penso sobre isso?)

·Desenvolvimento: (como posso provar isso? – argumentos, exemplificações; quais as causas


disso? Quais as consequências disso? De que forma posso realizar isso?)
·Conclusão:( Que lição pode ser tirada disso? Que soluções posso apontar para a resolução
desse problema do tema ou tese?)
·IPC! A partir dessas respostas, é que você candidato, vai organizar a sua redação.
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·RESUMINDO O QUE VOCÊ APRENDEU!

·A verdadeira razão de ser do seu texto está no conteúdo;

·A introdução serve para você construir sua tese e montar os três argumentos, que serão
explicados no desenvolvimento;
·No desenvolvimento, faça parágrafos com tamanhos parecidos e explique o que foi prometido na
introdução;
·A conclusão deve retomar o que foi dito na introdução e argumentado no desenvolvimento;

·Se a banca examinadora te der uma estrutura de tópicos, responda a esta estrutura na
ordem pedida pela banca;
·Defenda-se dos mitos sobre redação, principalmente dos seguintes: “ Escrever bem significa
escrever palavras difíceis” , “rascunho é perda de tempo”.

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O TEXTO DISSERTATIVO - EXPOSITIVO

· Tem como objetivo informar e esclarecer o leitor através da exposição de um determinado


assunto ou tema. Neste tipo de texto, não há a necessidade de convencer o leitor, apenas de
trazer informações, expor conhecimentos, a cerca de determinado assunto;

· O autor deve dominar totalmente o assunto, não pode haver qualquer tipo de incorreção;

· O assunto deve ser exposto de forma clara, por menorizada e objetiva;

· Texto utilizado em livros, aulas, resumos escolares, textos científicos, verbetes de


dicionários,etc;

· Especifica conceitos, exemplifica, e numera, detalha as definições;

· Pode ser construído através da estrutura textual de introdução, desenvolvimento e


conclusão, porém não é regra exigível;

· Neste texto não é feito julgamento de valor, ou seja, não há colocação de ponto de vista sobre o
assunto;
·Texto sucinto, objetivo e com o máximo de considerações informativas;

· Não é necessário comprovação de tese, apenas exposição impessoal do assunto;

· Não é necessário o parágrafo de introdução, uma vez que esse texto se trata de uma
exposição de conteúdos;

· A conclusão também é dispensável, tendo em vista ser um texto de caráter expositivo;

· A linguagem utilizada é a culta formal, observando a coesão e coerência textual dos períodos.

EXEMPLO DO TEXTO ARGUMENTATIVO–EXPOSITIVO:

“Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam com um adjetivo,
caracterizando um substantivo. A maior parte das locuções adjetivas é forma da pela preposição e
mais um substantivo. Há, no entanto, locuções adjetivas formadas por advérbios e pelas
preposições: “sem, com, em”. Algumas locuções adjetivas se encontram diretamente relacionadas
com um adjetivo, outras não. Assim é possível a substituição da locução adjetiva por um adjetivo,
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em outros não. A utilização de locuções adjetivas, permite uma maior diversidade vocabular e
enriquecimento textual. Exemplos: Qual é o seu escalão de idade?/Qual seu escalão etário?

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TEXTOS INJUNTIVOS OU INSTRUCIONAL

· Instrui o leitor a cerca de um procedimento;

· Induz o leitor a proceder de uma determinada forma;

· Permite a liberdade de atuação ao leitor;

· Utiliza linguagem objetiva e simples;

· Utiliza predominantemente verbos no infinitivo, imperativo ou presente do indicativo.

· Exemplo: Receita culinária, bula de remédio, manual de instrução livros de auto ajuda, etc.
Veja:

“Derreta uma colher de sopa de manteiga numa panela em fogo médio. Acrescente uma lata de leite
condensado, em seguida , junte quatro colheres de sopa de chocolate em pó, mexa suavemente,
sem parar, até desgrudar do fundo da panela. Despeje a mistura em um recipiente previamente
untado e deixe esfriar. Depois, com a ajuda de uma colher de sobremesa, faça pequenas bolas com
as mãos e passe-as no chocolate granulado.

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TEXTO PREESCRITIVO

· Instrui o leitor a cerca de um procedimento;

· Exige que o leitor proceda de uma determinada forma;

· Não permite a liberdade de atuação ao leitor;

· Apresenta caráter coercitivo;

· Utiliza verbos no infinitivo, imperativo ou presente do indicativo;

·Exemplos: cláusulas contratuais, leis, códigos, constituição, edital de concursos públicos, regras de
trânsito etc.

Veja:

"O pedido de isenção deverá ser solicitado, das 12 horas do dia 22 de abril de 2020 até as 16 horas
do dia 4 de maio de 2020. Esta solicitação deverá ser caracterizada no requerimento de inscrição,
em campo próprio, devendo o candidato informar os números de identificação social – NIS, atribuído
pela cadastro único – ( Edital nº 101/2020 –Universidade Federal Fluminense)."

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

São dois elementos que fazem com que um texto cumpra sua função comunicacional. E isso
serve para todos os tiposde produção textual, seja uma dissertação, um e-mail, uma poesia ou
uma carta. Apesar de trabalhar em juntas, elas não são a mesma coisa.

CoesãoTextual:

É o uso de estruturas gramaticais que garantem a linearidade do texto, facilitam a leitura e


constroem um sentido interno ao texto. Sem o domínio dos elementos de coesão, o texto não
estará harmônico para ser bem compreendido pelo leitor. Isso quer dizer que, em um nível
intratextual (nível interno do texto), as partes do texto (frases, períodos, parágrafos etc.), devem
ser afins entre si, isto é, estarem integradas, para assim, se chegar ao significado global do

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texto. As noções de integração e de coerência estão diretamente interligadas.
Para tal, o escritor vai precisar usar os chamados elementos de referência que podem ser:

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· Endofóricos e Exofóricos. Entenda:

1. Elementos endofóricos: (Anáfora e Catáfora).

Estessão os elementos responsáveis pela ligação entre tudo que está dentro do texto. Eles são:
anafóricos (quando se referem a um termo já citado) e catafóricos (quando se referem a um
termo posterior). Observe o exemplo:
Rex e Lulu são animais de estimação. Eles foram adotados por Júlia e agora ambos vivem no
apartamento dela.

O pronome “eles” se refere à Rex e Lulu, é um elemento anafórico, porque o nome dos dois já
havia sido mencionado, da mesma forma que o pronome“ambos”.
Observe um exemplo de uma frase com um elemento catafórico:

Ela encantava a todos com seus movimentos precisos e delicados, a dançarina mascarada.
O pronome “ela” aparece antes da informação de quem faz movimentos precisos e delicados,
ou seja, a dançarina mascarada. Por isso, tem uma função catafórica.

2. Elementos exofóricos: (os pronomes demonstrativos substituem o substantivo).


Esses elementos apontam para fora do texto, precisam ser contextualizados — apenas por
meio do contexto é possível aferir de quem ou do que se fala.
Para esta função, são bastante utilizados os pronomes demonstrativos, veja os exemplos:
Naquela parede nós colocaremos um quadro.

Esta blusa é mais bonita que aquela.

Além de entender a importância da coesão e como ela influência na coerência, é necessário


conhecer os recursos e tipos de coesão textual.
·Ordenação correta das palavras nos períodos;

·Utilização correta das flexões nominais, como a flexão de gênero e número;


·Uso adequado das flexões verbais, como a flexão de: número, pessoa, modo e tempo;
·Uso correto das preposições e conjunções.

De modo geral, toda palavra que tem função de conectivo pode ser considerada como um
elemento de coesão. Alguns deles são: conjunções que são responsáveis por organizar ideias
opostas ou complementares; pronomes que retomam partes anteriores ou que serão
mencionadas a seguir e advérbios.
Exemplos:

Maria saiu de casa para ir ao supermercado, mas (conjunção) estava chovendo, então
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(conjunção conclusiva) retornou ao seu (pronome) quarto para (locução prepositiva de
finalidade) pegar o guarda-chuva, o qual (pronome relativo) estava na gaveta.
Percebeu a variedade de conectivos que um período pode ter? São eles os responsáveis por
estabelecer as inter-relações entre os termos, frases, orações e parágrafos.

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Veja a seguir os principais conectivos, também chamados de palavras de transição. Memorizá-
los é importante pois evitará um texto repetitivo.
Conectivos de prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em
princípio, primeiramente, acima de tudo, principalmente, primordialmente, sobretudo, apriori,
aposteriori, etc.
·Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então, enfim,
logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco
depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente,
hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente,
sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo,
nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde
que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nembem.
·Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma forma, assim também, do
mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica,
de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual,
tanto quanto, como, assim como, com o se , bem como, etc.

·Condição, hipótese: se, caso, eventualmente, desde que, ainda que, etc.
·Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por
outro lado, também, e, nem, não só … mas também, não só… como também, não apenas … como
também, não só … bem como, com, ou (quando não for excludente).
·Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que,
etc.
·Certeza: ênfase de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem
dúvida, inegavelmente, com certeza, etc.
·Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, desúbito, subitamente, de repente,
imprevistamente, surpreendentemente
·Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer
dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás, etc.
·Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de,
com o intuito de, para que, a fim de que, para, como, etc.
·Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a/ de, junto a/de, dentro, fora, mais adiante,
aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, etc.
·Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo,
portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte,

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destarte, assim sendo, etc.
·Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguinte, com o resultado, por
isso, por causa de, na medida em que, em virtude de, de fato, com efeito, tão (tanto,tamanho)… que,
porque, porquanto, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), logo, que (= porque), de tal
sorte que, de tal forma que, haja vista, pois (ante posto ao verbo).

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·Contraste, oposição, restrição: ressalva pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos,
mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
·Ressalva: embora, apesar de, ainda que, mesmo que, postoque, posto, conquanto, se bem que,
por mais que, por menos que, só que, ao passo que, etc.
·Ideias alternativas: Ou, ou… ou, quer… quer, ora… ora, seja…seja, já…já, nem…nem, etc.
·Proporcionalidade: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos,
etc.
Alguns mecanismos de coesão textual, eles são classificados em cinco tipos:

1. Referencial;
2. Por substituição;
3. Por elipse;
4. Por conjunção;
5. Lexical.

1. Coesão por referência:


Este tipo de coesão textual é usado para evitar a repetição dos termos dentro do que está
sendo escrito.
Dessa forma, ela “faz referência”, ou seja, aponta para outros elementos que já foram citados no
texto e para acrescentar novas informações sobre algo que já foi mencionado.
Exemplo:

Leonardo da Vincie e Michel angelo são artistas. Eles são uns dos nomes mais famosos da
história da arte.
A coesão por referência pode ser elaborada por meio de três modos básicos:

a. Pessoal: Júlia e Alice eram amigas desde a infância. Mas elas não sabiam que isso estava
prestes a mudar. O pronome "elas" faz referência aos termos anteriores "Júlia" e "Alice".
(referência pessoal anafórica);
b. Demonstrativa: A dor é parte da vida, esse é um fato que não se pode escapar. A palavra
"esse" faz referência à informação dada anteriormente. (referência demonstrativa anafórica);
c. Comparativa: O resultado de 2+2 é o mesmo que 1+3. O conectivo "mesmo" faz referência a
uma equivalência ou igualdade em uma comparação entre os termos "2+2" e "1+3". (referência
comparativa endofórica).

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2. Coesão por substituição:


É realizada quando se usa um termo no lugar de outro que tenha o mesmo valor e facilita a
construção da coesão, e impede a repetição dos termos ao longo do texto. Pode ser feito por

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meio da relação entre nomes, como mostrado noite anterior, como referência pessoal anafórica,
mas também pode ser:
a. Verbal: Lorraine estudou para o vestibular. Jonas fez o mesmo. A ação de “estudar” é
realizada por ambas as pessoas, contudo, na segunda oração, o verbo “fazer” é utilizado com
o substituto do verbo “estudar”;
b. Frasal: Eduardo tem duas irmãs. Marcos também. O termo "também" substitui "tem duas
irmãs”.

3. Coesão por eclipse:


Esse tipo de coesão se trata de figura sintática que é usada como propósito de evitar a
repetição de um termo (anafórico). Diferentemente da substituição, o termo da elipse é suprimidos
em que o sentido da frase ou períodos e perca. A elipse pode ser pessoal, verbal ou frasal.
Pessoal: Gabriel perdeu as chaves da casa e ficou preocupado. Gabriel perdeu as chaves de
casa e (ele) ficou preocupado. Foi feita a elipse do pronome pessoal "ele";
a. Verbal: Adriana foi para Miami e depois para Nova York. Adriana foi para Miami e depois (foi)
para Nova York. Ocorreu a elipse do verbo "ir";
b. Frasal: Na Páscoa a demanda por chocolates é grande e no Dia dos Namorados também. Na
Páscoa a demanda por chocolates é grande e no Dia dos Namorados (a demanda por
chocolates é grande) também. Pode-se observar a elipse da frase "a demanda por chocolates é
grande".

4. Coesão por conjunção:


No caso das conjunções sua função é conectar e estabelecer relações entre orações ou
palavras, mantendo a conexão entre as partes do texto e, portanto, é um elemento de coesão.
Dos vários tipos de conjunções existentes, podem ser divididos em dois grupos:
a. Conjunções coordenativas: aditivas, adversativas, causais, temporais e continuativas.
Exemplos:

Mariana é uma pessoa forte e honesta. (aditiva);

Tudo vale a pena, se a alma não é pequena – Fernando Pessoa. (adversativa);


b. Conjunções subordinativas: integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais,
conformativas, consecutiva, temporais, finais e proporcionais.

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Exemplos:

·Se você não for, eu não vou. (condicional);

·Tão logo cheguei em casa, começou a chover. (temporal)

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5. Coesão lexical:

Trata-se da repetição (reiteração) ou substituição de um termo por outro que tenha sentido
semelhante. Para ter este efeito são usados estes recursos:
Reiteração: consiste na repetição do mesmo vocábulo ou na substituição por outro de mesmo
valor semântico.
Exemplo: Imaginar que o racismo no Brasil não existe é não querer aceitar a realidade dos fatos.
Trata-se, na verdade, do pior tipo de racismo, além de perverso, pois não se manifesta muito
abertamente.
Substituição lexical: consiste na substituição de uma unidade lexical por outra que, com ela,
mantém a mesma ideia de sentido. Pode ocorrer por meio de:
Pronomes: O Papa Francisco foi nomeado em 2013. Vossa Santidade se tornou muito popular
por meio das redes sociais. (O pronome de tratamento substitui o nome do líder da Igreja
Católica);
Sinônimos: se trata da substituição de um vocábulo por outro de mesmo sentido.
Exemplo: Houve época, nas tradições hebraicas, em que se associava a figura do juiz à do
criador do universo, quando o magistrado obrava, fosse por uma hora, com inteireza sua
sentença. (magistrado sinônimo de juiz);
Quase Sinônimo: é realizado por meio da substituição de um vocábulo por outro que, embora
não possua o mesmo sentido, de acordo com o contexto retoma o vocábulo anterior.
Exemplo:Os jornalistas protestaram após a decisão do STF quanto à não necessidade de
diploma para o exercício daprofissão. Segundo o sindicado da categoria, essa decisão é afronta
à prática de um jornalismo profissional e eficiente. (Categoria substitui jornalista, que nesse
contexto tem um valor de sinônimo);

Hiperônimo e Hipônimo: trata-se da relação que existe entre um vocábulo de sentido genérico
(hiperônimo) e outro de sentido específico (hipônimo).
Exemplo:De todos os répteis, o mais violento é, sem dúvidas, o jacaré. (A palavra jacaré é hipônima
de répteis e répteis é o hiperônimo de jacaré).
Coerência Textual:

O objetivo da coerência é preservar o sentido (nexo) do texto e assegurar que a intenção do


escritor possa ser recebida e compreendida pelo leitor. Ou seja, diz respeito à visão total do
texto, ao contrário da coesão que trata da estrutura interna dos elementos que compõem o
texto. Para que esse objetivo seja alcançado, o escritor precisa garantir que estejam presentes no
seu texto critérios (lógicos) que vão dar sentido a ele em relação ao mundo (externo ao texto).
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O sentido de um texto e a coerência, estão relacionados aos conhecimentos prévios (anteriores a
leitura) que eles ativam.

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Princípios da coerência textual:

Princípio da não contradição: O texto não deve possuir contradições de ideias internas entre
diferentes partes dele.
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose.
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose.
Justificativa: A segunda frase apresenta erro de incoerência (não faz sentido), porque quem é
intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca.
Princípio da não tautologia: Mesmo que sejam usadas palavras diferentes, o texto e as ideias
dentro dele não devem se repetir. A repetição pode comprometer a compreensão da mensagem
do texto e causar redundância (tautologia).

Coerência correta:Visitei a Torre Eiffelh á um ano.

Erro de coerência: Visitei a Torre Eiffel há um ano atrás.

Justificativa: o uso do verbo haver na sua forma "há" já indica que esta é uma ação que
ocorreu no passado. Então ao colocar a palavra "atrás", que também indica que a ação ocorreu
no passado, não acrescenta nenhum valor e apenas faz com que ela se torne repetitiva.
Princípio da relevância: a organização do texto deve seguiruma sequência lógica de eventos
relacionados entre si, as ideias não devem ser fragmentada se necessárias ao sentido da
mensagem. Caso a ordem das ideias esteja incorreta, mesmo que isoladamente elas
apresentem sentido, o entendimento do texto como um todo é comprometido.

Coerência correta: O dia estava muito frio, nevava muito. Então o homem decidiu usar seu casaco
marrom para ir ao trabalho.
Erro de coerência: O dia estava muito frio, nevava muito. Então o homem decidiu usar uma roupa
de praia para ir ao trabalho.
Justificativa: Note que, embora as frases façam sentido isoladamente, a ordem de
apresentação da informação torna a mensagem confusa. Uma vez que está nevando muito,
usar uma roupa de praia na rua é um risco para a saúde do nosso personagem.
Continuidade temática: Esse conceito é importante para assegurar que o texto mantenha a
sequência dentro de um mesmo assunto. Quando este conceito não é respeitado, a pessoa que
lê a mensagem fica com a sensação de que o assunto foi mudado repentinamente.

Coerência correta: Meu hobby nos finais de semana é cuidar do jardim, gosto de plantar flores,
rosas e pequenos arbustos. Ainda pretendo investir no cultivo de hortaliças.
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Erro de coerência: Meu hobby nos finais de semana é cuidar do jardim, gosto de plantar flores, rosas
e pequenos arbustos. Mas ainda pretendo investir na bolsa de valores.
Justificativa: Repare que no segundo exemplo, o narrador acaba fazendo uma mudança súbita
de assunto, apesar do uso adequado do sentido de investir, o tema a que ele se refere nada

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tem a ver com o que estava sendo dito anteriormente.
Progressão semântica: o cumprimento desse conceito garante a inserção de novas
informações no texto, dando seguimento no assunto e finalizando a proposta comunicativa.
Quando isso é aplicado, a leitura pode se tornar longa e arrastada e que nunca alcança seu
objetivo final.
Coerência correta: Os amigos estavam passeando pela mata e decidiram parar um pouco
para recuperar o fôlego. Durante o repouso ouviram um barulho, como passadas se
aproximando delas, de repente foram surpreendidos por um animal selvagem.
Erro de coerência: Os amigos estavam passeando pela mata e decidiram parar um pouco para
recuperar o fôlego. Durante o repouso ouviram um barulho, como passadas se aproximando
deles, a cada nova respiração, o barulho se aproximava mais um pouco e mais um pouco.
Aumentando o suspense no ar, os corações acelerados, o corpo tenso.
Justificativa: Apesar das frases fazer em sentido e respeitar em uma sequência narrativa
lógica, a segunda prolonga demais os detalhes da cena que acabam por atrapalhar o leitor a
acompanhar a história e o desfecho é embromado.
Recomendações: como criar coerência textual?

· Antes de fazer um texto, procure estruturar previamente a ideia principal e as ideias


secundárias nas quais o conteúdo estará baseado. Durante o processo de produção, escreva de
forma simples, objetiva e concisa, definindo uma linha de raciocínio e pensamento lógico,
cruzando ideias e fatos de forma harmônica;
·Distribua as informações importantes do texto sem deixar de enfatizá-las, exponha informações
suficientes sobre o assunto e prove que tem domínio do assunto que está sendo apresentado;
·Deve ser evitado o uso de palavras desnecessárias e repetitivas, ideias redundantes e
contraditórias, informações e fatos isolados que não encadeiam com as ideias apresentadas
anterior e posteriormente;
·É recomendado que se evite o uso de frases muitos longas ou frases prontas, como clichês,
jargões e estrangeirismos. Em suma, tenha cuidado para não utilizar recursos que desfavoreçam ou
enfraqueçam seu discurso.

Fatores de Coerência:

1. Conhecimento de Mundo;

Conjunto de saberes adquiridos e acumulados ao longo das experiências de vida. Eles são
chamados de frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina alimentar: café

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da manhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como estabelecer metas),
scripts (roteiros, tal como se portar numa entrevista de emprego).
Exemplo: Peru, Panetone, ovos de chocolate, frutas e nozes. Tudo apostos para a Festa Junina!
Uma questão cultural nos leva a deduzir que a frase acima é incoerente. Visto que “peru, panetone,

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ovos de chocolate, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à outras celebrações
nacionais e não à festa junina.(saber fazer associações corretas).

2. Inferências;

Por meio das inferências,que também pode ser chamado de deduções, as informações que
estão sendo apresentadas no texto podem ser simplificadas.
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são veganos. (Ou seja, em princípio,
esses convidados não comem produtos de origem animal).
3. Fatores de contextualização;

Existem fatores e informações que inserem e situam o interlocutor (leitor) na mensagem,


assegurando o entendimento do texto, como os títulos de uma notícia ou a data de uma
mensagem ou fato histórico.
Exemplo: O uso das ombreiras era uma moda muito comum na década de 80.
4. Informatividade;

Este elemento, especialmente, garante que os eu texto tenha mais credibilidade e seja mais
interessante. Mas cuidado! O uso de uma informação isolada e reforçá-las em um contexto ou
desenvolvimento pode desvalorizar o texto.
Exemplo: Marrocos foi colonizada pela França.

Diferença entre coesão e coerência:

A coesão é responsável pelas estruturas que organizam a superfície dos textos e que levam à
construção da coerência, do sentido do que está sendo escrito. Ao mesmo tempo a coerência,
que é o conteúdo e a intenção do texto, precisa estar explícita de uma forma coesa.
Conclui-se que coesão e coerência são complementares e estão relacionadas às regras
essenciais para a produção de bons textos, apesar de suas diferenças e especificidades. E vale
lembrar, que apesar de um texto ser coeso ele pode ser incoerente ao mesmo tempo. Com o
propósito de delimitar os domínios de cada um desses elementos textuais, observe algumas
diferenças elementares entre eles.

O ponto fundamental da coesão textual está ligado às regras gramaticais, em outras palavras,
tem a ver com a articulação interna dos termos. Já a coerência textual, do contrário, se ocupa
da articulação externa e mais profundada do texto, que é o seu conteúdo.

Quando se trata de coesão, faz referência a estrutura de como um texto é organizado. Para
atingir este objetivo, todas as partes que o constituem precisam estar ligadas entre si por meio

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de elementos conectivos. Ao passo que a coerência está relacionada à articulação lógica de
ideias e ao sentido interno e externo a mensagem construída.
A coerência é o elemento responsável pelo sentido (conteúdo e significado) do texto. É
indispensável que ele tenha sentido para quem envia a mensagem (emissor–quem escreve/cria) e
para quem a recebe (receptor–quem lê e ouve).

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EXERCÍCIOS COM GABARITO SOBRE COESÃO E COERÊNCIA:

1. (Enem2011) Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o


risco de infarto,mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter
uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as
chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão
arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e
aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se,
nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.
(ATALIA,M. Nossa vida. Época. 23mar. 2009).

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção


do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que:

a) A expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) O conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c)O termo “como”, em“ como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
O termo “Também” exprime uma justificativa.
e) O termo “fatores” retoma coesivamente“ níveis de colesterol e de glicose no sangue”.

2. (Simulado INEP) Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo.


O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e
das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode
afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça,
mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais,
quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis
na agricultura de vários países.(O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32).

O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir
dessa perspectiva, conclui-se que:

a) A palavra “mas”, na linha 2, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.


b)A palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no
restante do texto.
c) As expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 6,
reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.

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d)O uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto,
uma vez que se fala em “estudo” no título do texto.
e) A palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2,
reforçando a ideia de catástrofe.

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3. (Enem 2013) Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma
série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela
Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês
gripe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência
dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é,
“agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado. (RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov.2011).

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a
ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela
retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão
por elipse do sujeito é:

a) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
“Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe[…]”.
c)“O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influênciados
astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper[…]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”

Gabarito:
A
C
E

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BIBLIOGRAFIA

Textos adaptados pela professora Sônia Regis.


Mapas mentais criados e elaborados pela professora Sônia Regis.
Professora de Língua Portuguesa e Literaturas, aposentada desde fevereiro de 2020, pela secretaria
de Estado e Educação do Distrito Federal.

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