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REDAÇÃO – ELEMENTOS ESTRUTURAIS DOTEXTO – VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS –
INTEPRETAÇÃO TEXTUAL
Tipos textuais: Refere às estruturas linguísticas dos textos, ou seja, definem a predominância
de expressões e estruturas sintáticas presentes, os elementos que caracterizam e
permanecem em cada tipo, além de indicar o objetivo comunicativo de cada um. Os tipos
textuais mais conhecidos são:
· Narrativo
· Descritivo
· Dissertativo
· Expositivo
· Injuntivo
Texto narrativo
Texto descritivo
É aquele que se caracteriza por expor as características ou propriedades de algum objeto,
seja ele material (como uma paisagem, um produto físico etc.), seja imaterial ( uma sensação,
um serviço, um produto digital etc.). O propósito da descrição é fornecer uma apresentação
consistente, de modo que o leitor ou ouvinte possa ter uma visualização mental do objeto
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apresentado.
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Texto dissertativo-argumentativo
É aquele em que o autor se propõe a apresentar um determinado tema ou assunto,
posicionando-se sobre ele, baseado em uma argumentação consistente, com avaliações,
justificativas, conceitos e exemplos. O autor emite seu ponto de vista, todavia deve manter-se
impessoal, sem usar nunca a primeira pessoa do discurso. Vamos ater-nos primordialmente, a
esta composição específica e suas modalidades, por ser ela preferencialmente, a mais
cobrada nos certa mês e concursos públicos. A redação dissertativa e argumentativa tem, em
regra, a seguinte estrutura:
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“pode-se concluir”, “concluindo”, pois torna o discurso redundante. Nunca termine com perguntas
T
reflexivas ou reticências. A conclusão deve confirmar a tese, sem margens para
questionamentos.
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TEMA – TESE – ARGUMENTOS - PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
1. Ler a proposta;
2. Construir a tese;
3. Organizar as ideias;
4. Selecionar os argumentos;
5. Estruturar o texto;
6. Revisar a redação;
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4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a
construção da argumentação–substituição determos ou expressões por pronomes,
advérbios, artigos, sinônimos, antônimos, substantivos,verbos, expressões que resumam e
retomem o que já foi dito, etc.
5. Elaboração da proposta de intervenção para o problema abordado–Ela esta dentro do
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parágrafo da conclusão e aponta possíveis soluções para o tema , alternativas viáveis,concretas e
criativas.
Comprovar essa tese (argumentos) e uma conclusão que dê um fecho à discussão elaborada no
texto, compondo o processo argumentativo;
b. Utilize estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os
argumentos.
·A introdução serve para você construir sua tese e montar os três argumentos, que serão
explicados no desenvolvimento;
·No desenvolvimento, faça parágrafos com tamanhos parecidos e explique o que foi prometido na
introdução;
·A conclusão deve retomar o que foi dito na introdução e argumentado no desenvolvimento;
·Se a banca examinadora te der uma estrutura de tópicos, responda a esta estrutura na
ordem pedida pela banca;
·Defenda-se dos mitos sobre redação, principalmente dos seguintes: “ Escrever bem significa
escrever palavras difíceis” , “rascunho é perda de tempo”.
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O TEXTO DISSERTATIVO - EXPOSITIVO
· O autor deve dominar totalmente o assunto, não pode haver qualquer tipo de incorreção;
· Neste texto não é feito julgamento de valor, ou seja, não há colocação de ponto de vista sobre o
assunto;
·Texto sucinto, objetivo e com o máximo de considerações informativas;
· Não é necessário o parágrafo de introdução, uma vez que esse texto se trata de uma
exposição de conteúdos;
· A linguagem utilizada é a culta formal, observando a coesão e coerência textual dos períodos.
“Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam com um adjetivo,
caracterizando um substantivo. A maior parte das locuções adjetivas é forma da pela preposição e
mais um substantivo. Há, no entanto, locuções adjetivas formadas por advérbios e pelas
preposições: “sem, com, em”. Algumas locuções adjetivas se encontram diretamente relacionadas
com um adjetivo, outras não. Assim é possível a substituição da locução adjetiva por um adjetivo,
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em outros não. A utilização de locuções adjetivas, permite uma maior diversidade vocabular e
enriquecimento textual. Exemplos: Qual é o seu escalão de idade?/Qual seu escalão etário?
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TEXTOS INJUNTIVOS OU INSTRUCIONAL
· Exemplo: Receita culinária, bula de remédio, manual de instrução livros de auto ajuda, etc.
Veja:
“Derreta uma colher de sopa de manteiga numa panela em fogo médio. Acrescente uma lata de leite
condensado, em seguida , junte quatro colheres de sopa de chocolate em pó, mexa suavemente,
sem parar, até desgrudar do fundo da panela. Despeje a mistura em um recipiente previamente
untado e deixe esfriar. Depois, com a ajuda de uma colher de sobremesa, faça pequenas bolas com
as mãos e passe-as no chocolate granulado.
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TEXTO PREESCRITIVO
·Exemplos: cláusulas contratuais, leis, códigos, constituição, edital de concursos públicos, regras de
trânsito etc.
Veja:
"O pedido de isenção deverá ser solicitado, das 12 horas do dia 22 de abril de 2020 até as 16 horas
do dia 4 de maio de 2020. Esta solicitação deverá ser caracterizada no requerimento de inscrição,
em campo próprio, devendo o candidato informar os números de identificação social – NIS, atribuído
pela cadastro único – ( Edital nº 101/2020 –Universidade Federal Fluminense)."
São dois elementos que fazem com que um texto cumpra sua função comunicacional. E isso
serve para todos os tiposde produção textual, seja uma dissertação, um e-mail, uma poesia ou
uma carta. Apesar de trabalhar em juntas, elas não são a mesma coisa.
CoesãoTextual:
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texto. As noções de integração e de coerência estão diretamente interligadas.
Para tal, o escritor vai precisar usar os chamados elementos de referência que podem ser:
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Estessão os elementos responsáveis pela ligação entre tudo que está dentro do texto. Eles são:
anafóricos (quando se referem a um termo já citado) e catafóricos (quando se referem a um
termo posterior). Observe o exemplo:
Rex e Lulu são animais de estimação. Eles foram adotados por Júlia e agora ambos vivem no
apartamento dela.
O pronome “eles” se refere à Rex e Lulu, é um elemento anafórico, porque o nome dos dois já
havia sido mencionado, da mesma forma que o pronome“ambos”.
Observe um exemplo de uma frase com um elemento catafórico:
Ela encantava a todos com seus movimentos precisos e delicados, a dançarina mascarada.
O pronome “ela” aparece antes da informação de quem faz movimentos precisos e delicados,
ou seja, a dançarina mascarada. Por isso, tem uma função catafórica.
De modo geral, toda palavra que tem função de conectivo pode ser considerada como um
elemento de coesão. Alguns deles são: conjunções que são responsáveis por organizar ideias
opostas ou complementares; pronomes que retomam partes anteriores ou que serão
mencionadas a seguir e advérbios.
Exemplos:
Maria saiu de casa para ir ao supermercado, mas (conjunção) estava chovendo, então
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(conjunção conclusiva) retornou ao seu (pronome) quarto para (locução prepositiva de
finalidade) pegar o guarda-chuva, o qual (pronome relativo) estava na gaveta.
Percebeu a variedade de conectivos que um período pode ter? São eles os responsáveis por
estabelecer as inter-relações entre os termos, frases, orações e parágrafos.
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Veja a seguir os principais conectivos, também chamados de palavras de transição. Memorizá-
los é importante pois evitará um texto repetitivo.
Conectivos de prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em
princípio, primeiramente, acima de tudo, principalmente, primordialmente, sobretudo, apriori,
aposteriori, etc.
·Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então, enfim,
logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco
depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente,
hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente,
sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo,
nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde
que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nembem.
·Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma forma, assim também, do
mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica,
de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual,
tanto quanto, como, assim como, com o se , bem como, etc.
·Condição, hipótese: se, caso, eventualmente, desde que, ainda que, etc.
·Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por
outro lado, também, e, nem, não só … mas também, não só… como também, não apenas … como
também, não só … bem como, com, ou (quando não for excludente).
·Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que,
etc.
·Certeza: ênfase de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem
dúvida, inegavelmente, com certeza, etc.
·Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, desúbito, subitamente, de repente,
imprevistamente, surpreendentemente
·Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer
dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás, etc.
·Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de,
com o intuito de, para que, a fim de que, para, como, etc.
·Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a/ de, junto a/de, dentro, fora, mais adiante,
aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, etc.
·Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo,
portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte,
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destarte, assim sendo, etc.
·Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguinte, com o resultado, por
isso, por causa de, na medida em que, em virtude de, de fato, com efeito, tão (tanto,tamanho)… que,
porque, porquanto, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), logo, que (= porque), de tal
sorte que, de tal forma que, haja vista, pois (ante posto ao verbo).
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·Contraste, oposição, restrição: ressalva pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos,
mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
·Ressalva: embora, apesar de, ainda que, mesmo que, postoque, posto, conquanto, se bem que,
por mais que, por menos que, só que, ao passo que, etc.
·Ideias alternativas: Ou, ou… ou, quer… quer, ora… ora, seja…seja, já…já, nem…nem, etc.
·Proporcionalidade: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos,
etc.
Alguns mecanismos de coesão textual, eles são classificados em cinco tipos:
1. Referencial;
2. Por substituição;
3. Por elipse;
4. Por conjunção;
5. Lexical.
Leonardo da Vincie e Michel angelo são artistas. Eles são uns dos nomes mais famosos da
história da arte.
A coesão por referência pode ser elaborada por meio de três modos básicos:
a. Pessoal: Júlia e Alice eram amigas desde a infância. Mas elas não sabiam que isso estava
prestes a mudar. O pronome "elas" faz referência aos termos anteriores "Júlia" e "Alice".
(referência pessoal anafórica);
b. Demonstrativa: A dor é parte da vida, esse é um fato que não se pode escapar. A palavra
"esse" faz referência à informação dada anteriormente. (referência demonstrativa anafórica);
c. Comparativa: O resultado de 2+2 é o mesmo que 1+3. O conectivo "mesmo" faz referência a
uma equivalência ou igualdade em uma comparação entre os termos "2+2" e "1+3". (referência
comparativa endofórica).
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meio da relação entre nomes, como mostrado noite anterior, como referência pessoal anafórica,
mas também pode ser:
a. Verbal: Lorraine estudou para o vestibular. Jonas fez o mesmo. A ação de “estudar” é
realizada por ambas as pessoas, contudo, na segunda oração, o verbo “fazer” é utilizado com
o substituto do verbo “estudar”;
b. Frasal: Eduardo tem duas irmãs. Marcos também. O termo "também" substitui "tem duas
irmãs”.
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Exemplos:
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5. Coesão lexical:
Trata-se da repetição (reiteração) ou substituição de um termo por outro que tenha sentido
semelhante. Para ter este efeito são usados estes recursos:
Reiteração: consiste na repetição do mesmo vocábulo ou na substituição por outro de mesmo
valor semântico.
Exemplo: Imaginar que o racismo no Brasil não existe é não querer aceitar a realidade dos fatos.
Trata-se, na verdade, do pior tipo de racismo, além de perverso, pois não se manifesta muito
abertamente.
Substituição lexical: consiste na substituição de uma unidade lexical por outra que, com ela,
mantém a mesma ideia de sentido. Pode ocorrer por meio de:
Pronomes: O Papa Francisco foi nomeado em 2013. Vossa Santidade se tornou muito popular
por meio das redes sociais. (O pronome de tratamento substitui o nome do líder da Igreja
Católica);
Sinônimos: se trata da substituição de um vocábulo por outro de mesmo sentido.
Exemplo: Houve época, nas tradições hebraicas, em que se associava a figura do juiz à do
criador do universo, quando o magistrado obrava, fosse por uma hora, com inteireza sua
sentença. (magistrado sinônimo de juiz);
Quase Sinônimo: é realizado por meio da substituição de um vocábulo por outro que, embora
não possua o mesmo sentido, de acordo com o contexto retoma o vocábulo anterior.
Exemplo:Os jornalistas protestaram após a decisão do STF quanto à não necessidade de
diploma para o exercício daprofissão. Segundo o sindicado da categoria, essa decisão é afronta
à prática de um jornalismo profissional e eficiente. (Categoria substitui jornalista, que nesse
contexto tem um valor de sinônimo);
Hiperônimo e Hipônimo: trata-se da relação que existe entre um vocábulo de sentido genérico
(hiperônimo) e outro de sentido específico (hipônimo).
Exemplo:De todos os répteis, o mais violento é, sem dúvidas, o jacaré. (A palavra jacaré é hipônima
de répteis e répteis é o hiperônimo de jacaré).
Coerência Textual:
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Princípios da coerência textual:
Princípio da não contradição: O texto não deve possuir contradições de ideias internas entre
diferentes partes dele.
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose.
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose.
Justificativa: A segunda frase apresenta erro de incoerência (não faz sentido), porque quem é
intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca.
Princípio da não tautologia: Mesmo que sejam usadas palavras diferentes, o texto e as ideias
dentro dele não devem se repetir. A repetição pode comprometer a compreensão da mensagem
do texto e causar redundância (tautologia).
Justificativa: o uso do verbo haver na sua forma "há" já indica que esta é uma ação que
ocorreu no passado. Então ao colocar a palavra "atrás", que também indica que a ação ocorreu
no passado, não acrescenta nenhum valor e apenas faz com que ela se torne repetitiva.
Princípio da relevância: a organização do texto deve seguiruma sequência lógica de eventos
relacionados entre si, as ideias não devem ser fragmentada se necessárias ao sentido da
mensagem. Caso a ordem das ideias esteja incorreta, mesmo que isoladamente elas
apresentem sentido, o entendimento do texto como um todo é comprometido.
Coerência correta: O dia estava muito frio, nevava muito. Então o homem decidiu usar seu casaco
marrom para ir ao trabalho.
Erro de coerência: O dia estava muito frio, nevava muito. Então o homem decidiu usar uma roupa
de praia para ir ao trabalho.
Justificativa: Note que, embora as frases façam sentido isoladamente, a ordem de
apresentação da informação torna a mensagem confusa. Uma vez que está nevando muito,
usar uma roupa de praia na rua é um risco para a saúde do nosso personagem.
Continuidade temática: Esse conceito é importante para assegurar que o texto mantenha a
sequência dentro de um mesmo assunto. Quando este conceito não é respeitado, a pessoa que
lê a mensagem fica com a sensação de que o assunto foi mudado repentinamente.
Coerência correta: Meu hobby nos finais de semana é cuidar do jardim, gosto de plantar flores,
rosas e pequenos arbustos. Ainda pretendo investir no cultivo de hortaliças.
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Erro de coerência: Meu hobby nos finais de semana é cuidar do jardim, gosto de plantar flores, rosas
e pequenos arbustos. Mas ainda pretendo investir na bolsa de valores.
Justificativa: Repare que no segundo exemplo, o narrador acaba fazendo uma mudança súbita
de assunto, apesar do uso adequado do sentido de investir, o tema a que ele se refere nada
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tem a ver com o que estava sendo dito anteriormente.
Progressão semântica: o cumprimento desse conceito garante a inserção de novas
informações no texto, dando seguimento no assunto e finalizando a proposta comunicativa.
Quando isso é aplicado, a leitura pode se tornar longa e arrastada e que nunca alcança seu
objetivo final.
Coerência correta: Os amigos estavam passeando pela mata e decidiram parar um pouco
para recuperar o fôlego. Durante o repouso ouviram um barulho, como passadas se
aproximando delas, de repente foram surpreendidos por um animal selvagem.
Erro de coerência: Os amigos estavam passeando pela mata e decidiram parar um pouco para
recuperar o fôlego. Durante o repouso ouviram um barulho, como passadas se aproximando
deles, a cada nova respiração, o barulho se aproximava mais um pouco e mais um pouco.
Aumentando o suspense no ar, os corações acelerados, o corpo tenso.
Justificativa: Apesar das frases fazer em sentido e respeitar em uma sequência narrativa
lógica, a segunda prolonga demais os detalhes da cena que acabam por atrapalhar o leitor a
acompanhar a história e o desfecho é embromado.
Recomendações: como criar coerência textual?
Fatores de Coerência:
1. Conhecimento de Mundo;
Conjunto de saberes adquiridos e acumulados ao longo das experiências de vida. Eles são
chamados de frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina alimentar: café
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da manhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como estabelecer metas),
scripts (roteiros, tal como se portar numa entrevista de emprego).
Exemplo: Peru, Panetone, ovos de chocolate, frutas e nozes. Tudo apostos para a Festa Junina!
Uma questão cultural nos leva a deduzir que a frase acima é incoerente. Visto que “peru, panetone,
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ovos de chocolate, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à outras celebrações
nacionais e não à festa junina.(saber fazer associações corretas).
2. Inferências;
Por meio das inferências,que também pode ser chamado de deduções, as informações que
estão sendo apresentadas no texto podem ser simplificadas.
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são veganos. (Ou seja, em princípio,
esses convidados não comem produtos de origem animal).
3. Fatores de contextualização;
Este elemento, especialmente, garante que os eu texto tenha mais credibilidade e seja mais
interessante. Mas cuidado! O uso de uma informação isolada e reforçá-las em um contexto ou
desenvolvimento pode desvalorizar o texto.
Exemplo: Marrocos foi colonizada pela França.
A coesão é responsável pelas estruturas que organizam a superfície dos textos e que levam à
construção da coerência, do sentido do que está sendo escrito. Ao mesmo tempo a coerência,
que é o conteúdo e a intenção do texto, precisa estar explícita de uma forma coesa.
Conclui-se que coesão e coerência são complementares e estão relacionadas às regras
essenciais para a produção de bons textos, apesar de suas diferenças e especificidades. E vale
lembrar, que apesar de um texto ser coeso ele pode ser incoerente ao mesmo tempo. Com o
propósito de delimitar os domínios de cada um desses elementos textuais, observe algumas
diferenças elementares entre eles.
O ponto fundamental da coesão textual está ligado às regras gramaticais, em outras palavras,
tem a ver com a articulação interna dos termos. Já a coerência textual, do contrário, se ocupa
da articulação externa e mais profundada do texto, que é o seu conteúdo.
Quando se trata de coesão, faz referência a estrutura de como um texto é organizado. Para
atingir este objetivo, todas as partes que o constituem precisam estar ligadas entre si por meio
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de elementos conectivos. Ao passo que a coerência está relacionada à articulação lógica de
ideias e ao sentido interno e externo a mensagem construída.
A coerência é o elemento responsável pelo sentido (conteúdo e significado) do texto. É
indispensável que ele tenha sentido para quem envia a mensagem (emissor–quem escreve/cria) e
para quem a recebe (receptor–quem lê e ouve).
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EXERCÍCIOS COM GABARITO SOBRE COESÃO E COERÊNCIA:
O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir
dessa perspectiva, conclui-se que:
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d)O uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto,
uma vez que se fala em “estudo” no título do texto.
e) A palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2,
reforçando a ideia de catástrofe.
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3. (Enem 2013) Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma
série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela
Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês
gripe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência
dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é,
“agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado. (RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov.2011).
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a
ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela
retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão
por elipse do sujeito é:
a) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
“Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe[…]”.
c)“O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influênciados
astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper[…]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”
Gabarito:
A
C
E
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BIBLIOGRAFIA
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