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Introdução

O presente trabalho pretende fazer uma abordagem em torno do texto expositivo‒


argumentativo, um tipo de texto que se baseia nos argumentos (processo de raciocínio
que se recorre para provar ou refutar uma informação, esclarecendo razões para uma
determinada conclusão) com objectivo primordial de interferir ou transformar o ponto
de vista do leitor ou inter-locutor, relativamente ao mundo que o rodeia. Assim sendo, o
trabalho tem como objectivos:
Geral:

 Abordar sobre o texto expositivo-argumentativo.

Específico:
 Caracterizar o texto expositivo-argumentativo;
 Identificar os componentes pĺĺe os processos de exposição e de argumentação
assim como o tipo e função de linguagem;
 Descrever os tipos de discurso e enunciados pertencentes no texto, sua intenção
e finalidade.
Metodologia
Com relação à metodologia, o presente trabalho sustentou-se de um procedimento
exclusivamente teórico, compreendida como a junção, ou reunião, do que se tem falado
sobre o tema (bibliográfica), a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites.

Texto Expositivo-Argumentativo
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Segundo Cangomba (2015) texto expositivo-argumentativo é um tipo de texto que se


baseia-se, basicamente, nos argumentos. O objectivo primordial dessa tipologia textual
é interferir ou transformar o ponto de vista do leitor ou interlocutor, relativamente ao
mundo que o rodeia.
Tedo como partida o referenciado acima, o texto expositivo-argumentativo apresenta
um raciocínio segundo o qual se defende ou se refuta um ponto de vista. O autor
apresenta uma tese e, com base em argumentos, procura convencer, persuadir os
destinatários/auditório a aderirem ao seu ponto de vista, assim como Koch (1993)
afirma que como texto Expositivo-argumentativo costuma ser abordado sob dois
prismas diferentes. Ora ele éinerente a toda actividade linguística humana por carregar
sempre uma ideologia, ora a argumentação é vista como um dos modos de organização
do discurso.
Na mesma linha de pensamento, Módulo 4 de Português (s/d.), afirma que o texto
expositivo-argumentativo é aquele que apresenta um raciocínio, segundo o qual se
defende ou se refuta um ponto de vista (p. 5).
Com base nos argumentos, o autor (o articulista) procura convencer, persuadir os
destinatários a aderirem ao seu ponto de vista (ibd).

Estrutura do texto

O texto expositivo-argumentativo é constituído por uma tese geral e vários argumentos.


A tese é uma proposição, uma ideia que o autor do texto pretende defender. Um
discursoargumentativo pode conter, alem da tese principal, ideias secundárias,
subordinadas à principal. Assim, segundo Manema (2015), o texto estrutura-se, tal com
os outros, em Introdução, desenvolvimento e conclusão, onde:

1. Introdução (exposição da tese)


Tese é uma proposição, uma ideia que o autor do texto pretende defender (Módulo 4 de
Português (s/d. P. 5). É essa ideia principal (a tese) que se apresenta na introdução
como o problema que vai ser objecto do discurso, ontêm o ponto de vista ao qual o autor
do texto quer fazer aderir o leitor. Deve ser formulada de forma: bordar, clara e
objectiva, pois, de acordo com Garcia (1972, p. 69), o primeiro estágios como recurso
de organização do texto expositivo-argumentativo é formulação da tese que deve ser
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clara e inconfundível.

2. Desenvolvimento (argumentação)
Segundo Garcia (1972, p. 69), o segundo estágios como recurso de organização do texto
expositivo-argumentativo é a "análise da tese" que consiste no "estágio de maior
importância, por exigir um grande esforço por parte do enunciador para manter a
imparcialidade", formulando argumentos que constitui a argumentação propriamente
dita. Trata-se do estágio em que o autor apresenta as provas ou razões que sustentam a
tese, ou seja, é o suporte de suas idéias.
Apresentam-se os argumentos que se destinam a refutar (não favoráveis) ou apoiar
(favoráveis) a tese enunciada. Os argumentos devem manter entre si uma ordem e uma
coerência que permitam seguir com clareza o desenvolvimento do raciocínio do
argumentador.
De acordo com Nascimento e Pinto (2006) argumentar é reflectir, pesar os prós e os
contras de uma decisão; defender uma tese, uma ideia, um ponto devista, apresentando
as razões, refutar algo contrapondo argumentos.

Assim, se considera argumentar o acto de expressar uma convicção e uma explicação


para persuadir ou convencer o interlocutor a modificar o seu comportamento. Por essa
razão, por outro lado, Manema (2015), apresenta a estrutura lógica: de causa, efeitos e
consequência, para o texto.

3. Conclusão (síntese dos argumentos apresentados)


Garcia (1972, p. 69) considera a conclusão a síntese que resulta das provas ou razões
apresentadas em torno da tese que se procurou provar.

Características linguísticas
Para Serafini (2004) torna-se importante construir raciocínios corretos e, sobretudo,
envolver o leitor e persuadi-lo da exatidão da tese em questão, pois, se de um lado a
dissertação requer uso de bons raciocínios, estes não são

suficientes para construir um texto persuasivo. Garcia (1972) também entende dessa
forma, ao fazer distinção entre dissertação de argumentação. Para ele, a primeira tem
como propósito principal expor ou explanar, explicar ou interpretar as idéias; a segunda
visa, sobretudo convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. Na dissertação o
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enunciador expressa o que sabe ou acredita saber a respeito de determinado assunto;


externa sua opinião sobre o que é ou lhe parece ser; principalmente procura, na
argumentação, formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a
razão está com ele, de que seu ponto de vista está correto, é verdadeiro.

Serafini (2004) cita algumas condições básicas para se persuadir um leitor: a primeira é
despertar o interesse por meio de uma exposição concreta; a segunda é ganhar sua
simpatia e envolvê-lo, procurando fazer com que ele compartilhe do seu ponto de vista;
a terceira consiste em pôr em evidência os aspectos importantes da tese. Nessa mesma
direção Garcia (1972, p. 74) apresenta três condições:
 ser cooperativo com o leitor;
 evitar as generalizações apressadas ou juízos de simples inspeção;
 apresentar argumentos consistentes que apresentem evidências das provas,
conforme os princípios da lógica.
Sendo, o texto expositivo-argumentativo, aquele cujo objetivo é persuadir o destinatário
do ponto de vista que se tem sobre um assunto, ou para convencê-lo a aderir ao
pensamento expresso, os autores destacam as seguintes características linguístico-
discursivas:
 o uso do raciocínio argumentativo: citações, argumentos de autoridade, dados,
estatísticas, exemplos, analogias, experiência pessoal, ditados, provérbios,
generalizações;
 Predominância da função apelativa da linguagem, pois a intenção é persuadir e
convencer. Também a função referencial, pois transmite informação e a função
expressiva, de acordo com o maior ou menor grau de envolvimento na
apresentação do tema. Da mesma forma, a função poética costuma aparecer para
chamar a atenção, produzem estranheza nos receptores;
 Abordagem objetiva, dependendo;
 Possível presença de referências pessoais (1ª e 2ª pessoa): pronomes terminações
pessoais, possessivas e verbais;
 Verbos de opinião;
 Adjetivos subjetivos e avaliativo;
 Sintaxe elaborada, períodos longos e complexos Predominantemente
subordinados comparativo, condicional, causal e consecutivo. Também são
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comuns subseções com linhas ou parênteses (através dessas frases o autor dá sua
opinião, oferece uma explicação, faz um esclarecimento...);
 Uso de marcadores discursivos específicos;
 Modalidade de frase enunciativa se o emissor pretender mostrar certa
objetividade em suas abordagens, a fim de dar-lhes maior credibilidade.
Modalidade de frase exclamativa se for apresentada uma posição sobre o assunto
com alto grau de envolvimento, modalidade de frase interrogativa se o emissor
quiser atrair a atenção do receptor;
 Vocabulário abstrato e ideológico, como suporte para as ideias que são
defendidas ou ataque;
 Adaptação do léxico de acordo com o tipo de argumentação (culto, padrão,
coloquial);
 Uso de artifícios retóricos ou literários para convencer, especialmente figuras de
pensamento (paradoxo, ironia, antítese).

Conclusão
Texto Expositivo-argumentativo é o conteúdo de uma escritura cuja principal
característica se baseia na análise de ideias, ou seja, em um raciocínio construído a partir
de argumentos ditados de características propícias de persuasão. Os seu argumentos são
baseados em dados demonstráveis, apresentam uma dimensão objetiva. Nem todos os
argumentos possuem a mesma autenticidade. Vamos colocar dois exemplos opostos: um
argumento pode ser entendido como válido quando é utilizado por um indivíduo de
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grande autoridade, mas este mesmo tipo de argumento muitas vezes é discutido pelo
fato deste intelectual estar tremendamente equivocado. Por outro lado, existe o
argumento baseado em uma metodologia científica mais rigorosa e aceito pela
comunidade de cientistas. De qualquer forma, deve-se levar em conta que todos os
argumentos possuem contra-argumentos correspondentes. Portanto, os textos
expositivo-argumentativos pretendem que suas ideias sejam atrativas ou válidas para
uma pessoa. Em outras palavras, os argumentos têm o propósito de convencer alguém
sobre algo.

Referencia bibliográfica
Cangomba, R. (2015). Texto Expositivo-Argumentativo.
http://rosariogim.blogspot.com/2015/09/texto-expositivo-argumentativo.html?m=1.
Acessado aos 28 de Julho de 2022.

GARCIA, O. M. (1972). Comunicação em prosa moderna. 2 ed., Rio de Janeiro:


Fundação Getúlio Vargas;
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SERAFINI, M. T. (2004). Como escrever textos. 12 ed., São Paulo: Globo, .

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