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Unidade de Aprendizagem 6
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Leitura e Produção de Textos: Comunicação e Expressão Unidade de Aprendizagem 6
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Othon M, Garcia considera que dissertação e argumentação são dois tipos textuais diferentes,
pois apresentam características próprias. Para fins didáticos, no entanto, no presente trabalho,
consideramos que a argumentação é uma dissertação.
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com a língua escrita, porque muitos deles têm dificuldade de lançar mão
desses mecanismos.
As sentenças abaixo ilustram isso.
Os jogadores chegaram há dois dias. Ele deverá treinar ainda amanhã.
Os jogadores chegaram há dois dias. Esse atleta deverá treinar ainda
amanhã.
Os jogadores chegaram há dois dias. Deverá treinar ainda amanhã.
As duas primeiras sequências de frases são malformadas porque não
ocorreu concordância entre o termo da primeira sentença que é
retomado na segunda. Na terceira sequência, em que a coesão textual se
faz por elipse [ ausência], o verbo deveria concordar com os jogadores.
Há casos, entretanto, em que o elemento que promove a coesão, pode
retomar, na segunda sentença, apenas parte da referência contida no
termo da primeira. É o que acontece, por exemplo, em:
Comprei dois velocípedes para as crianças. O do Roberto é o mais
bonito.
Organizar duas viagens - a do chanceler Eduard Shevardnadze ao
Brasil, no começo do ano, e depois a do presidente Sarney à União
Soviética - são as duas primeiras tarefas que esperam o novo embaixador
soviético no Brasil. (Revista Veja, 946.)
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A Vaguidão Específica
"As mulheres têm uma maneira de falar que eu chamo de vago-específica."
(Richard Gehman)
- Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte.
- Junto com as outras?
- Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer
coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia.
- Sim senhora. Olha, o homem está aí.
- Aquele de quando choveu?
- Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo.
- Que é que você disse a ele?
- Eu disse pra ele continuar.
- Ele já começou?
- Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse.
- É bom?
- Mais ou menos. O outro parece mais capaz.
- Você trouxe tudo pra cima?
- Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora
recomendou para deixar até a véspera.
- Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão
atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite.
- Está bem, vou ver como.
Claramente entendemos que há uma coerência interna que permite a
comunicação entre as pessoas.
Um elemento fundamental de coerência são os mecanismos de
coesão. Como o próprio nome indica, a coesão tem a função de unir, conectar
as diversas partes do texto. Para tanto, utiliza, basicamente,
conectivos/conjunções e/ ou expressões que visem a recuperar as informações
que já foram previamente apresentadas.
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In: www.atelierderedacao.com.br/downloads/quadro-de-conectivos.doc
EVITE:
a. Frases intricadas e desconexas;
b. gírias, chavões ou neologismos;
c. expressões vulgares;
d. vícios de linguagem;
e. repetições desnecessárias.
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Segue abaixo texto do professor Othon M. Garcia para tornar o assunto ainda
mais claro.
ARGUMENTAÇÃO FORMAL
A argumentação formal exige alguns cuidados.
1. Proposição
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vezes iminentes mas não declaradas, elas acabem impondo-se por si mesmas:
esse é o momento de enunciá-las. Mas deve lembrar--se da paciência e da
resistência da atenção do leitor para não cansá-lo nem exasperá-lo, mantendo-
o por tempo demasiado na expectativa da conclusão.
1.3 Conclusão
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1. Proposição
(afirmativa suficientemente definida e limitada; não deve conter em si mesma
nenhum argumento, isto é, prova ou razões)
2. Análise da proposição
4. Conclusão
BIBLIOGRAFIA
ABREU, Antonio Suárez. Curso de redação. Rio de Janeiro. Editora Ática,
2001.
AQUINO, Renato Monteiro de. Redação para concursos: Renato Aquino.
Niterói. Rio de Janeiro. Impetus, 2001.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever,
aprendendo a pensar. 27. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV,2010.
SOARES, Magda Becker [e] CAMPOS, Edson Nascimento. Técnicas de
redação: as articulações linguísticas como técnicas de pensamento. 14. Ed, 8.
reemp. Rio de Janeiro. Ao Livro Técnico, 1987.
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