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EEEM INÁCIO MOURA Componente Curricular: Língua Portuguesa

Professor(a): Ana Telma Araújo Série: 3 Ano Turma:

A textualidade é o estudo dos elementos,


semânticos ou pragmáticos, que caracterizam um
texto e garantem o seu reconhecimento como tal.

Um texto se constitui de ideias, de argumentos firmados


por parte de quem o escreve, concorda? Sim, fato
indiscutível, contudo, somente elencá-las não é o suficiente,
haja vista que precisam, antes de tudo, estar bem
ordenadas, articuladas. Fato esse que somente se
materializa se os parágrafos se apresentarem bem
construídos, ordenados. Quando assim se apresentam, logo afirmamos que se trata de um texto que
possui coesão, e se ela se faz evidente, afirmamos também que ele está coerente, pois ambos os
aspectos “trilham” (ou pelo menos devem trilhar) juntos o mesmo caminho.

Partindo então de tais princípios, cabe ressaltar que essa articulação, uma vez manifestada, pode se
dar tanto no nível das frases quanto no nível do próprio texto, por meio dos articuladores lógicos do
texto e dos próprios conectivos.

A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem
ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.

Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se
repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia
apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e
outros. Como exemplo, verifique:

A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o
poder de transformar e de conscientizar.

Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.

Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto
abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da
mensagem.

Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas técnicas vão sendo
aprendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.

Elementos de fator semântico, destacam-se:

coerência: elemento responsável por garantir a fluência, clareza e não contradição das ideias,
foca-se no texto em seu aspecto semântico;

coesão: elemento responsável por garantir a amarração entre as ideias do texto, evidenciando as
relações estabelecidas e servindo para associar, retomar e conectar as partes do texto.

No que tange aos elementos de fator pragmático, apresenta-se um número maior de elementos,
alguns considerados os principais, por serem mais reconhecidos e consagrados, e outros que são
novas propostas para ampliar os estudos.

Intencionalidade: refere-se ao modo ou à forma como o autor constrói o texto para alcançar
determinada intenção. Nesse sentido, cabem principalmente os textos publicitários, nos quais a
linguagem e o texto se moldam para convencer o consumidor.

Informatividade: refere-se aos dados que o texto apresenta, se são informações novas ou
conhecidas. Para que o texto tenha fluência, é importante que ele balanceie os dois tipos de
informação. Se o texto só apresentar informações conhecidas, pode ser redundante; se apresentar
só informações novas, pode ser incompreensível.

Intertextualidade: refere-se às relações discursivas entre diferentes textos. Mesmo que não haja
uma intertextualidade explícita no texto, ele precisa considerar informações prévias à sua produção,
desse modo, todo texto carrega outros textos em sua composição."

Gênero textual argumentativo

1.Carta de leitor: Tem como objetivo expressar opiniões que confrontam ou confirmam algo
anteriormente apresentado.
Estrutura da carta de leitor
Como podemos perceber, apesar dos diferentes posicionamentos expressos nos textos acima, eles
apresentam uma estrutura textual semelhante, não é mesmo? Os elementos que o compõem são:
● Local e data;
● Cumprimento formal (vocativo, com formas de tratamento adequadas);
● Introdução com menção à matéria (texto, reportagem etc.) publicada com o objetivo de
contextualizar até mesmo quem não tenha tido contato com o texto ao qual nos
referimos, dando importância à crítica que fazemos;
● Desenvolvimento com fundamentação da opinião por meio do uso de dados e
informações apresentados no texto ao qual se refere;
● Conclusão retomando a opinião expressa e expressão cortês de despedida;
● Uso de linguagem formal.

2. Artigo de opinião visa a defesa de uma ideia,


sendo, portanto, necessária a construção de uma tese
sustentada por argumentos que podem gerar uma
conclusão a respeito do assunto de maneira propositiva
ou sintética, na maioria das vezes.

Para escrever um bom texto, o(a) autor(a) deve


antecipar-se quanto aos possíveis posicionamentos
contrários de seu interlocutor, utilizando-se da
contra-argumentação. Portanto, é essencial estudar
bastante o assunto antes da produção do texto, para
que o discurso não se limite ao senso comum e seja,
sobretudo, convincente.

Durante a construção do projeto de texto, lembre-se de


que:

O artigo de opinião, por tratar de temas da atualidade,


polêmicos e até mesmo provocativos, exigirá do(a)
autor(a) competência para a seleção dos melhores
argumentos sem desrespeitar o interlocutor ou
subestimar posições alheias.

● É um texto a ser publicado em veículos de comunicação que podem ter leitores de


diferentes perfis. Nesse sentido, é fundamental adequar a linguagem, prevendo as
características do público que acessa aquele determinado meio.
● O título deve ser atrativo, convidativo. Nesse momento, com criatividade, já é possível a
adesão do leitor às ideias a serem defendidas no artigo.
● É permitido flexionar verbos e pronomes na 1ª pessoa do singular, ou seja, embora seja
essencial a fundamentação das opiniões apresentadas, elas podem ser construídas de
forma subjetiva. Contudo muitos articulistas optam pela 3ª pessoa do discurso.
● Considerando as características dos veículos de publicação, o artigo de opinião é um
texto geralmente curto, com linguagem direta, objetiva, simples e harmônica.
3. Resenha é uma modalidade textual em que o autor (resenhista) descreve ou emite opinião sobre
um determinado filme, álbum musical, romance e demais produções culturais. Ela tem como objetivo
influenciar o seu leitor a acessar o material ou a evitá-lo.

Atualmente, é possível encontrar nas redes sociais e na mídia em geral textos e conteúdo
audiovisual de análise, descrição, enumeração e recomendação (ou não) de objetos consumidos
pela sociedade. Assim, é comum que as pessoas, antes de adquirirem um novo celular ou assistirem
a uma estreia nos cinemas, procurem resenhas sobre aquele

● A resenha é um gênero textual que consiste em um comentário, descrição ou


enumeração de um objeto a fim de fornecer embasamento para que o leitor se sinta
convencido em conhecê-lo ou evitá-lo.
● O gênero resenha pode ser dividido em resenha descritiva (de caráter expositivo) e
resenha crítica (de caráter expositivo-argumentativo).
● Uma boa resenha compreende um estudo sistemático do objeto resenhado,
conhecimento acerca do público-alvo e domínio desse gênero textual.
● A principal diferença entre o resumo e a resenha é que aquele faz uma síntese (redução)
do texto original, sendo que esta faz uma relação das propriedades de um objeto,
citando as circunstâncias que o envolvem.

Elabore uma resenha crítica sobre um filme


que você assistiu durante suas férias escolares, qual
a lição que a história deixou para você?

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