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Redação do Zero
Prof. Márcio Tadeu
Como estudar ?
Texto dissertativo-argumentativo
O texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo persuadir e convencer, ou
seja, levar o leitor a concordar com a tese defendida. É expressa uma opinião crítica
acerca de um assunto, sendo defendida uma tese sobre esse assunto através de uma
argumentação clara e objetiva, fundamentada em fatos verídicos e dados concretos.
Gêneros Textuais
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Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. Sua
estrutura é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns
exemplos de gêneros textuais narrativos:
✓ Romance
✓ Novela
✓ Crônica
✓ Contos de Fada
✓ Fábula
✓ Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto,
lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos os quais descrevem
ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). São
exemplos de gêneros textuais descritivos:
✓ Diário
✓ Relatos (viagens, históricos, etc.)
✓ Biografia e autobiografia
✓ Notícia
✓ Currículo
✓ Lista de compras
✓ Cardápio
✓ Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por
meio de argumentações; são marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo
tempo que tenta persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese
(apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de
gêneros textuais dissertativos:
✓ Dissertação de Concurso Público
✓ Editorial Jornalístico
✓ Carta de opinião
✓ Resenha
✓ Artigo
✓ Ensaio
✓ Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
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Primeiro Parágrafo
Introdução
Desenvolvimento
Quinto Parágrafo
Conclusão
Obs:
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Coerência e coesão
O que é Coerência:
Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto
de ideias apresenta nexo e uniformidade. Para que algo tenha coerência, este objeto
precisa apresentar uma sequência que dê um sentido geral e lógico ao receptor, de forma
que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto. A origem da palavra “coerência”
está no latim cohaerentia, que significa “conexão” ou “coesão”. Ver também o significado
de nexo.
Coerência textual
Na gramática, a coerência textual é responsável por dar um sentido lógico ao texto.
Para que um texto seja compreensível e faça sentido para quem está lendo, este precisa
apresentar uma continuação lógica das ideias que são apresentadas ao longo da
narrativa. Cada palavra tem um significado individual, porém quando estão juntas em
uma frase ou texto, formam um significado diferente. Se a construção das palavras não
forem feitas de modo correto, o sentido geral da oração fica incompreensível.
A coerência textual consiste justamente no modo como aplicar cada palavra em
um texto para que este tenha a intencionalidade pretendida. Quando um texto apresenta
erros na sua coerência textual, o sentido da frase não tem lógica.
Exemplo: “Estava muito calor que até começou a nevar” / “A parede estava
sentada” / “Eu odeio comer carne, por isso vou pedir um bife mal passado”.
Tipos de coerências
Para que uma redação tenha coerência textual, o cumprimento de algumas regras
são necessárias, como a coerência sintática, temática, semântica, pragmática, genérica
e estilística.
Coerência textual
Importante elemento para a compreensão de um texto, a coerência textual é
construída através dos conhecimentos sociocognitivos de cada leitor. Quando você se
propõe a escrever um texto, certamente se lembra de quem vai ler, não é verdade?
Provavelmente, você também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-se compreendido, você
estabelece alguns padrões mentais que diferem o que é coerente daquilo que não faz o
menor sentido, certo?
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio básico para uma boa
redação, chamado de coerência textual. Você pode até não conhecer a exata definição
desse elemento da linguística textual, mas possivelmente evita construções ininteligíveis
em sua redação e recorre aos seus conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma
conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão, portanto,
podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das
ideias. Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não
pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do
texto.
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Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas
técnicas vão sendo apreendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.
⇒ Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem
que isso comprometa a clareza de ideias da oração:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
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Este tipo de introdução traz o ponto de vista a ser defendido, ou seja, a tese que se
pretende provar durante o desenvolvimento. Evidentemente a tese será retomada – e
não copiada - na conclusão.
Vejamos um exemplo para o mesmo tema:
A questão da violência contra o menor tem origem na miséria - a principal
responsável pela desagregação familiar.
O principal risco desse tipo de introdução é não comprovar a tese apresentada.
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4 – Introdução Histórica
Trata-se de contar um pequeno fato de relevância como ponto de partida para a análise
do tema.
Sentar numa frigideira com óleo quente foi o castigo imposto ao pequeno D., de um
ano e meio, pelo pai, alcoólatra. Temendo ser preso, ele levou a criança a um hospital
uma semana depois. A mulher, também vítima de espancamentos, o denunciou à polícia.
O agressor fugiu.
Cuidado, ao fazer este tipo de introdução, para não cometer o erro de contar um fato
sem relevância, ou transformar toda sua dissertação em uma narrativa ou notícia.
Lembre-se de que se desviar do gênero pedido na proposta é um erro muito grave.
7 – Introdução Mista
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✓ fatos comprovados;
✓ conhecimentos consensuais;
✓ dados estatísticos;
✓ pesquisas e estudos;
✓ citações de autores renomados;
✓ depoimentos de personalidades renomadas;
✓ alusões históricas;
✓ fatores sociais, culturais e econômicos.
Argumentar é defender uma ideia ou opinião alegando uma série de razões que as
apoiem. O propósito de quem argumenta é convencer seus interlocutores da validade de
uma posição ou persuadi-los a adotar um determinado comportamento.
Na argumentação, é possível distinguir duas dimensões: uma lógica, na medida
em que se apontam razões, e outra prática, visto que o principal objetivo é conseguir a
adesão do receptor. A argumentação tem uma grande importância na vida social, porque
é a ela que se recorre para justificar certos comportamentos ou para influenciar o
comportamento de outras pessoas. Eis um exemplo de argumentação:
A violência é uma conduta aprendida, e nossa cultura é uma eficiente professora.
Um dado aterrador em mais de 15% dos vídeos musicais dirigidos a crianças e
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Os argumentos
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Todo texto argumentativo tem por natureza o emprego da persuasão, uma vez
que seu principal objetivo é convencer, induzir, aconselhar e modificar um determinado
comportamento. Predominam fundamentalmente na argumentação a defesa de uma tese
e a tentativa de validar a ideia defendida e refutar posicionamento contrários.
Há, na tradição escolar ligeira confusão entre os conceitos de texto argumentativo
e texto dissertativo. A dissertação é um texto de cunho explicativo, cuja intenção é
abordar e analisar um determinado tema ou assunto. Nela não há, necessariamente, a
intenção de modificar o ponto de vista do interlocutor. Ainda que os exames vestibulares
apresentem, na maioria das vezes, suas propostas como dissertativas, espera-se do
vestibulando, nestas provas, posicionamento crítico e defesa de um determinado ponto
de vista em relação a uma situação-problema apresentada. Pode-se dizer que as
redações solicitadas nesses concursos são dissertações argumentativas, pois exigem o
emprego da persuasão.
No entanto, a argumentação não está restritas às ‘ dissertações escolares ‘, uma
vez que em quase todo o processo de comunicação há o desejo implícito de convencer o
interlocutor daquilo que se diz. Propagandas, discursos amorosos, editoriais e resenhas
são alguns exemplos de textos argumentativos e, cada um à sua maneira, empregam a
persuasão como eixo básico do processo discursivo.
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‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que
as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças menores de 12 anos. Elas
representam 43% dos 1.926 casos de violência sexual atendidos pelo Programa Bem-
Me-Quer, do Hospital Pérola Byington.’’
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Síntese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto com a retomada de
tudo o que foi exposto ao longo da argumentação. Recurso seguro e convincente para
arrematar o processo discursivo. ‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que
não é o ideal, mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento. O aspecto mais polêmico
era a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A lei eliminou o veto federal, mas não
exclui que os organizadores precisem negociar a permissão em alguns Estados, como
São Paulo.’’
Conclusão
incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligência, para ter certeza daquilo que
será incluso em sua dissertação. Só depois disso, use estas frases:
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