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Discente: Docenteꓽ
O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma simples e passageira interjeição
como Olá até uma mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos eram apenas
orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo, os textos ganharam formas de organização
distintas, com propósitos nitidamente distintos também. As principais formas de organização
textual registadas na humanidade são, assim:
Narrativa: aquela que compreende textos que contam uma história, relatam um
acontecimento.
Argumentativa: a que visa ao convencimento do interlocutor.
Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou metaforicamente uma dada descrição.
Cada uma dessas formas de organização textual desdobra-se em inúmeros gêneros textuais
distintos, que nada mais são do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos
textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos para se narrar: fábula, conto de
fadas, romance, conto, notícia, fofoca, etc
Objectivos
Geral
Específico
Metodologia
Para tanto, a escola em busca de cumprir um dos seus papeis que é o de transmitir
conhecimentos acerca da linguagem escrita. Especialmente no que concerne o estudo do texto,
a escola segue as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio pelo
Ministério da Educação (PCNEM), segundo o qual a escola deve propor
Acreditamos, no entanto, que a abordagem feita pela escola acerca do estudo do texto em
relação à linguagem argumentativa ocupa um lugar muito aquém do desejado nas práticas de
sala de aula; quando muito esta abordagem é feita nas últimas series do ensino fundamental e
do ensino médio. Haja vista os baixos resultados de desempenho dos alunos com textos
argumentativos nas propostas de leitura e escrita das avaliações do ENEM (Exame Nacional
do Ensino Médio) e dos vestibulares.
Para efeitos da presente investigação, as questões centrais da argumentação são como tornar
reconciliados os pontos de vista opostos, através do uso da linguagem persuasiva; como a
audiência pode ser trazida na retórica livre e conscientemente; e como aproximar racionalmente
e de forma ideal os intervenientes de uma audiência, sobretudo em contexto de oposição (Grice,
1990), sendo como ponto de interesse e a motivação para o nosso trabalho.
Toulmin (1958) teorizou, sem olhar mesmo para as consequências do contexto, que o
argumento pode ser visto como algo que expressa uma reivindicação e resposta a certas
questões típicas. Mas, toda a instrução deve ser a de adequação dos argumentos aos contextos.
Para efeitos da presente investigação, ‘funcionalizar e contextualizar argumentos’ na produção
escrita implica por parte dos seus produtores ter procedimentos correctos na utilização dos
operadores argumentativos (Flower, 1994).
TEXTO ARGUMENTATIVO
Nos gêneros argumentativos escritos, sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de
maneira clara, logo de início e que, depois, através duma argumentação objetiva e de
diversidade lexical seja sustentada/defendida, com vistas ao mencionado convencimento.
A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de introdução, desenvolvimento e
conclusão, nesta ordem. Cada uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da
composição do texto:
Assim, refleti sobre a argumentação na perspectiva da linguagem que se apoia no sujeito que
age e constrói seus discursos. Esses discursos são marcados por um modo de dizer e pela
relação que se estabelece entre os interlocutores e também entre leitor e texto. Desse modo, nos
valemos da linguagem não só para transmitir informações ou ideias, mas também para
convencer, firmar exemplos, almejar efeitos, provocar mudanças, modificar comportamentos,
reforçar valores, despertar desejos e sensações, construir imagens, isto é, a linguagem verbal
não é apenas um fazer saber, mas também um fazer crer, convencer, persuadir.
A linguagem é, portanto, um instrumento de ação sobre o outro. Nesse sentido, podemos dizer
que a linguagem é, além de argumentativa, subjetiva, no sentido de que ela põe em jogo
subjetividades que desejam fazer valer seus pontos de vista.
Assim, o discurso publicitário tem o objetivo fundamental de incitar de forma persuasiva seus
leitores/enunciadores, mesmo quando ele informa. E a persuasão é possível ser observada,
pelas escolhas das marcas linguísticas deixadas no discurso.
KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2001. ______. As marcas de
articulação na progressão textual. In: ______. As tramas do texto. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2008. ______. Argumentação e linguagem.7. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2002.