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2º Ano/ I - Semestre
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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO
2º Ano/I- Semestre
Discente:
Aida Lemos António Chalula
Domingos Esmael António
Albino Manuel Dramane
Florinda Isabel Castigo
1.1. Objectivos......................................................................................................................2
1.1.2. Específicos..................................................................................................................2
1.2. Metodologia...................................................................................................................2
2. Contextualização............................................................................................................3
3. Conclusão.......................................................................................................................9
4. Referência bibliográfica...............................................................................................10
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1. Introdução
O presente trabalho espelha em torno do ensino da Geografia no período colonial e pós colonial
em Moçambique, portanto as primeiras abordagens da Geografia no currículo escolar, a partir do
século XIX, foram desenvolvidas à volta da discussão do seu conteúdo e, actualmente, apesar de
ainda prevalecer essa discussão, as análises da aprendizagem geográfica centram-se na
preocupação do seu ensino, conforme está planeado e o modo como ela é ensinada, considerando
a qualificação de uma educação efectivamente geográfica.
É nesta perspectiva que se pretende descrever o caminho de uma evolução lenta na área do ensino
da disciplina de Geografia em Moçambique a partir dos aspectos mais marcantes do seu percurso,
que, de uma forma geral, acompanhou o processo de implementação dos sistemas de ensino
vigentes no país em vários momentos.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Conhecer ensino de Geografia no período colonial e pós-colonial
1.1.2. Específicos
Conceitualizar aspectos ligados a geografia;
Descrever as fases de Evolução da Geografia como ciência;
Descrever o Ensino da Geografia em Moçambique.
1.2. Metodologia
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2. Contextualização
2.1. Definição dos Conceitos
Geografia
Segundo Dias (2012, p.10), a palavra Geografia provem das palavras Gregas ´´Geo´´ e
´´Graphos´´ que significam Terra e Descrever respectivamente.
Ensino
De acordo com Pilett (2004, p.26), a palavra ensinar provem do latim signare, que signigica
colocar dentro, gravar no Espírito. De acordo com este contexto, ensinar é gravar ideias na
cabeça do aluno.
Porém, este contexto teve diversas críticas pois o aluno passa a ser um agente passivo. Contudo,
Ensino é o processo de instrução e mediação de conhecimentos.
Foi no século XIX, na Alemanha que a Geografia foi institucionalizada como ciência, com
contribuições de dois estudiosos germânicos Karl Ritter (1779-1859) e Alexander Von Humboldt
(1769-1859) o considerado pai da Geografia, por ter escrito um livro de 3 volumes intitulado
Quadros da Natureza e Cosmos, publicado no início do século XIX.
E neste período e nesta região onde surgiram as primeiras sociedades de Geografia (Paris 1821,
Berlim 1828, Londres 1830), e as primeiras cátedras de Geografia nas Universidades (Silva, Jesus
& Rodrigues, 2012, p.53).
Alguns historiadores desta ciência tomam como data importante o ano de 1871, quando foi
organizado o primeiro Congresso Internacional de Geografia, em Anvers (Bélgica).
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2.3. Fases de Evolução da Geografia como ciência
De acordo com (Silva, Jesus & Rodrigues, 2012, p.53), durante os séculos XIX e XX, a Ciência
da Geografia enquanto disciplina passou por quatro fases importantes:
Determinismo geográfico;
Geografia regional;
Revolução quantitativa e;
Geografia radical.
Esta fase tem como expoentes: Carl Ritter, Ellen Churchill Semple e Ellsworth Huntington.
Nesta fase eram comuns, hipóteses populares como “o calor torna os habitantes dos trópicos
preguiçosos” e “mudanças frequentes na pressão barométrica tornam os habitantes das latitudes
médias mais inteligentes”.
Suas bases filosóficas foram desenvolvidas por Vidal de La Blache e Richard Hartshorne.
A Geografia Radical surgiu como uma crítica ao positivismo. O primeiro sinal do surgimento da
Geografia Radical foi a Geografia Humanista. Mais influente foi a Geografia Marxista, que
aplicou as teorias sociais de Karl Marx e de seus seguidores aos fenómenos geográficos.
Sabe-se que com a sistematização da geografia como ciência esta foi institucionalizada em
diversos cantos do mundo, porem em momentos distintos. Aliando se a isto, não faria nenhum
sentido, sendo Moçambicano falar da evolução e institucionalização da Geografia no mundo sem
invocar a institucionalização da geografia em Moçambique, bem como sua evolução.
Para se compreender a Geografia hoje é preciso saber um pouco de sua história, desde o início da
ocupação humana na Terra (Boudou & Jean, 2012, p.2).
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Segundo Januário (p.106), A evolução da Geografia e seu ensino no contexto Moçambicano,
encontra-se em dois períodos, a saber:
Período Colonial;
Período Pós-colonial.
No período colonial, o principal objectivo do Ensino secundário era o de desvio geográfico, isto
é, desvirtuar a atenção para as belezas de Portugal e da Europa, apresentando-o como continente
de maravilhas (Januário p.106).
Para Araújo e Raimundo (2002), a Geografia em Moçambique iniciou, nesta altura, com as duas
geógrafas, vindo da Universidade de Lisboa, a saber: Maria Eugénia Correia e Celeste Coelho,
as quais depois se juntou Clara Mendes. Geógrafas formadas em Portugal nos anos de 1960,
tempo em que a Geografia na Europa, particularmente em Portugal, estava marcada pela Escola
da Geografia Regional de Vidal de La Blache, que tinha seu principal precursor em Orlando
Ribeiro.
Portanto, não se pode falar das origens da Geografia em Moçambique sem se ter em consideração
o trabalho empreendido por estes dois geógrafos (La Blache e Ribeiro).
Como visto acima a geografia teve seu percurso até chegar se aos momentos actuais, porem com
objectivos e desafios distintos.
Como frisa Santos e Anusse (2016, p.8), torna-se importante mencionar os actuais desafios desta
vasta ciência designada Geografia, a saber:
O mundo tem mudado rapidamente e com ele devem mudar também o ensino que nela se
faz. O contexto cultural do mundo audiovisual na era da informática, da electrónica e dos
meios de comunicação, leva a uma profunda reflexão educacional;
Os alunos devem adotar uma postura cívica, encarar, analisar, pensar e agir como se
vivessem de facto em uma sociedade democrática que lhes desse oportunidade do
exercício político de sua condição de cidadão;
Ao professor de Geografia, cabe a tarefa de desenvolver uma prática que seja aberta a
possibilidade de questionar o que se faz, de incorporar de facto os interesses dos alunos, e
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de ser capaz de produzir a capacidade de pensar, agindo com criatividade e autoria do seu
pensamento, etc.
De acordo com Sotaria et al. (2019, p.210), a geografia contribui na melhoria do ensino, pois:
A Geografia escolar permite a relação entre os diversos saberes e em diferentes escalas: do local
ao global, pois o seu objecto de estudo constitui a superfície terrestre, na qual ocorrem fenómenos
multidimensionais: físico-naturais, socioeconómicos e socioculturais. Conteúdos abordados na
Geografia escolar como erosão costeira, poluição do ar, conservação e defesa dos recursos
florestais e faunísticos e saúde e higiene e resíduos sólidos são problemáticas em Moçambique,
sendo um aspecto importante na aproximação entre o conteúdo programático e
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3. Conclusão
Num período caracterizado ainda pelo sistema colonial, a matéria de ensino de geografia, incluía
“Noções de Geografia de Portugal” até a 4ª classe, e os conteúdos mais gerais, tais como Noções
de Cosmografia; Estudo de Continentes e Oceanos, Noções de Geografia Física e Económica e
Geografia Regional e mais alguns aspectos de estudo seleccionado de países e monografias sobre
produtos do Ultramar.
Constatou-se também que os desafios do ensino desta ciência em diversos estágios da sua
institucionalização em Moçambique eram divergentes, e actualmente faz parte de um dos
desafios desta ciência, a aproximação total e completa do educando á realidade e contexto actual.
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4. Referência bibliográfica.
Anusse, R. & Santos, A. (2016). Desafios da Geografia Escolar em Moçambique e o seu
Curriculum Nacional. Moçambique, Nampula.
Boudou, C. & Jean, C. (2012). Aula 3: História da Geografia. Brasil.
Langa, J. M. C. (2014). Iniciando um Estudo sobre Geografia de Moçambique. VII
Congresso Brasileiro de Geógrafos.
Língua, J. (2006). O Nexo entre concepções e Práticas de Ensino de Geografia em
Moçambique: Estudo de caso. São Paulo.
Piletti, C. (2004). Didáctica Geral (23a ed.). Editora Ática, São Paulo.
Silva, J. A. B., Jesus, A.S. & Rodrigues, A.J. Uma Breve História da Formação da Ciência
Geográfica.
Sotaria, et al. (2019). Contribuição da Geografia Escolar na Percepção dos Problemas
Ambientais Urbanos: Um Estudo Exploratório na Cidade da Beira, Moçambique. UP,
Moçambique.
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