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Introdução
Assim, o presente trabalho tem como objectivo principal analisar a presença dos princípios e
conceitos geográficos nos Projectos Pedagógicos dos cursos de formação inicial, mais
precisamente os cursos de licenciatura em Geografia das Instituições de Ensino Superior
públicas existentes no Estado do Paraná. Os objectivos que nos levam ao principal são
apresentar as públicas que ofertam o curso de licenciatura em Geografia; Apresentar as
principais definições referentes aos princípios geográficos da Analogia, Actividade,
Causalidade, Conexidade e Extensão; as principais definições referentes aos conceitos
geográficos (Espaço, Lugar, Paisagem, Região e Território); e apresentar como são os
Projetos Pedagógicos dos cursos de licenciatura em Geografia. O mesmo apresenta noções
básicas sobre os princípios básicos da geografia regional e sobre a relação da geografia
regional com outras áreas a fins.
1.1.3. Metodologias
Para a elaboração deste trabalho bem como para o alcance dos objectivos preconizados,
recorreu se a pesquisa bibliográfica na leitura de livros, monografias, artigos publicados, tese,
dissertações, estudos diversos artigos na Internet.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Assim, o princípio da Extensão, formulado por Friedrich Ratzel , busca “delimitar o fato a ser
estudado, localizando-o na superfície terrestre. Procura responder à pergunta onde?”
(Nogueira; Carneiro, 2009, p. 29-30).
O princípio da Analogia, proposto por Karl Ritter e Paul Vidal de La Blache , busca
“comparar o fato ou área estudada com outros fatos ou áreas da superfície terrestre, buscando
as semelhanças e diferenças existentes as diferenças são analisadas, compreendidas e
explicadas a partir de comparações” (Nogueira; Carneiro, 2009, p.30-32).
Friedrich Ratzel (1844-1904): foi um geógrafo alemão, considerado como um dos principais
teóricos clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo Geográfico.
A Conexidade, princípio apresentado por Jean Brunhes , onde “os fatos não estão isolados,
mas ao contrário, inseridos em um sistema de relações, tanto locais como interlocais. Por isso,
é preciso identificar esses elos. Considera as relações locais globais e vice-versa” (Nogueira;
Carneiro, 2009, p.30-32).
E por fim, princípio da Actividade, também apresentado por Brunhes, o qual “implica
conhecer o passado para entender o presente e prever sua evolução. diz respeito às dinâmicas
no espaço geográfico e, nesse sentido, destaca-se a questão da temporalidade. A pergunta
quando? remete às temporalidades” (Nogueira; Carneiro, 2009, p.30-32).
Nesta perspectiva, o espaço é um conjunto de formas e conteúdo, posto que cada forma
contém fracções da sociedade em movimento e a sociedade embutida nas formas e
transformada em espaço constitui o conteúdo do espaço geográfico.
Para o conceito de lugar, partimos do geógrafo chinês Yi Fu Tuan (1983), que interpreta o
lugar como segurança e perecimento, onde o homem, inserido no plano Jean Brunhes (1869-
1930): geógrafo francês nascido em Toulouse, em 1892 torna-se professor de História e
Geografia. Sua maior obra - Geografia Humana - foi publicada em 1910. Milton Almeida dos
Santos (1926-2001): geógrafo brasileiro, nascido em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia.
Graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 1948. Para Santos (1996), o
lugar é compreendido como ponto da rede formada pela conjugação da horizontalidade e da
verticalidade.
Em meados da década de 1960, Pierre George, em sua obra Sociologia e Geografia, situava a
geografia como a disciplina que transitaria pelas outras a fim de promover a integração desses
conhecimentos. Neste sentido, a geografia possuiria uma dimensão horizontal, daí sua
originalidade, enquanto as outras ciências, como a sociologia, por desenvolver pesquisas
especializadas, teriam uma dimensão vertical: George, comparando a geografia e a sociologia,
para quem não haveria sociologia científica sem o conhecimento da sociedade como um todo,
evidencia o problema metodológico na geografia que não possibilitaria uma interacção mais
eficiente entre as disciplinas, implicando em uma dispersão do conteúdo: “A pesquisa
geográfica é induzida por dispersão essencial. Esta dispersão é responsável por seu
esfacelamento, porque não há mais unidade de método entre os diversos campos de estudo a
que conduz esta dispersão” (George, 1969, p. 18).
Segundo Luís (2009) a geografia depende muito de outras áreas do conhecimento, para obter
informações básicas, especialmente em alguns ramos especializados.
Lugar é uma porção ou parte do espaço onde há uma interação entre o nosso dia-a-dia e uma
paisagem.
Os elementos Naturais são representados pelos aspectos construídos pela natureza: relevo,
hidrografia, climas e vegetação. Onde existem poucos elementos humanos, a transformação
humana é mínima ou nenhuma. Ex. Regiões polares, trechos de florestas de difícil acesso,
altas montanhas ou o fundo dos oceanos.
Os elementos culturais ou humanizados são ruas, prédios, pontes, escolas, lavouras, represas,
etc. São resultantes da transformação da natureza pelo trabalho humano e são importantes
para a compreensão do mundo e do lugar onde vivemos.
Exploração dos solos: o desmatamento para as áreas agrícolas transforma o meio ambiente, o
uso de fertilizantes e agros tóxicos de maneira errada poluem a água e os solos, erosão.
Uso de rios e oceanos: transportes aquáticos e represas de hidroeléctricas além da mudança
dos cursos de água também causam impactos no meio ambiente mudando a vegetação ciliar, a
transpiração e evaporação, além da temperatura próxima dos lagos.
Atualmente, não nos satisfazemos com um conhecimento geográfico limitado a área que
circunda nossas casas. Hoje, nem mesmo basta às pessoas conhecer as terras e
os mares próximos, como acontecia na época do império Romano. Para satisfazer nossas
necessidades, precisamos saber um pouco da geografia da Terra inteira.
Tal como afirma Santos (1978) a geografia pode ser considerada como uma ciência
humana, por estudar as relações do homem em sociedade e com a natureza, e também como
uma ciência natural, por estudar as características naturais da Terra.
Por meio dessa pesquisa foi possível concluir que Geografia Regional é o estudo das regiões
ao redor do mundo na busca de compreender e definir as características únicas de uma região
em particular, que consistem de elementos naturais e humanos. É dada atenção também
à regionalização que cobre as técnicas de delineação do espaço em regiões. Uma das questões
mais debatidas ao longo da história da geografia são as relações entre a geografia regional e a
geografia geral, sendo que cada uma das grandes correntes de pensamento geográfico
(tradicional, quantitativa, humanista e crítica) apresentaram propostas diferentes acerca das
contribuições que cada um desses ramos deveria dar à produção de conhecimento geográfico
O paradigma da geografia regional teve impacto em muitas das ciências geográficas (como
a geografia econômica regional ou a geomorfologia regional).
Foi possível concluir também que a Geografia foi capaz de promover a interdisciplinaridade,
e o que dizer da interdisciplinaridade? Inicialmente é preciso considerar que não há um tudo
ou nada de interdisciplinaridade, esta de certa forma sempre esteve presente nas disciplinas, a
exemplo de estudos sobre a escala cartográfica, a dinâmica das massas de ar ou a segregação
sócio espacial, nos quais são necessários para as suas abordagens os conhecimentos de mais
de uma disciplina.
4.Referências Bibliográficas
Casanova, Pablo G. (2006). As novas ciências e as humanidades: da academia à
política. São Paulo: Boitempo.
George, Pierre. (1969). Sociologia e geografia. Rio de Janeiro: Cia. Editora Forense,
Hartshorne, Richard. Propósitos e natureza da geografia. São Paulo: Hucitec, 1978.
Luis Lopes Diniz Filho. (2009). Fundamentos epistemológicos da geografia.
Curitiba: IBPEX, (Metodologia do Ensino de História e Geografia, 6)
Nogueira, V.; Carneiro, S. M. M. 2009. Educação Geográfica e formação da
consciência espacial-cidadã: contribuições dos princípios geográficos. Boletim de
Geografia, p. 25-37, 6
Santos, Milton. (1978). Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec,
Santos, M. (1996). A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São
Paulo: Hucitec,
Índice pags
1. Introdução...............................................................................................................................1
2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................2
2.1.1.2.Espaço Geográfico..........................................................................................................8
3. Conclusão..............................................................................................................................11
4.Referências Bibliográficas.....................................................................................................12
Universidade Católica de Moçambique
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