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1.

Introdução

Os princípios considerados básicos na construção do saber geográfico são cinco: Analogia,


Actividade, Causalidade, Conexidade e Extensão, que também engloba a Delimitação e a
Localização. Consideramos como conceitos geográficos principais, importantes ferramentas
para entendermos como se constitui e se movimenta o espaço geográfico, cinco também:
Espaço, Lugar, Paisagem, Região e Território.

Assim, o presente trabalho tem como objectivo principal analisar a presença dos princípios e
conceitos geográficos nos Projectos Pedagógicos dos cursos de formação inicial, mais
precisamente os cursos de licenciatura em Geografia das Instituições de Ensino Superior
públicas existentes no Estado do Paraná. Os objectivos que nos levam ao principal são
apresentar as públicas que ofertam o curso de licenciatura em Geografia; Apresentar as
principais definições referentes aos princípios geográficos da Analogia, Actividade,
Causalidade, Conexidade e Extensão; as principais definições referentes aos conceitos
geográficos (Espaço, Lugar, Paisagem, Região e Território); e apresentar como são os
Projetos Pedagógicos dos cursos de licenciatura em Geografia. O mesmo apresenta noções
básicas sobre os princípios básicos da geografia regional e sobre a relação da geografia
regional com outras áreas a fins.

Para a efectividade dos objectivos deste trabalho recorreu se recorreu se a pesquisa


bibliográfica na leitura de livros, monografias, artigos publicados, tese, dissertações, estudos
diversos artigos.
1.1. Objectivos e metodologias

1.1.1. Objectivo Geral


 Conhecer a forma que o Homem modifica o espaço natural é fundamental no estudo
da Geografia

1.1.2. Objectivos Específicos

 Relacionar a geografia regional com outras áreas a fins;


 Identificar os princípios básicos da geografia regional;
 Estudar a relação entre o Homem e o seu espaço físico.

1.1.3. Metodologias

Para a elaboração deste trabalho bem como para o alcance dos objectivos preconizados,
recorreu se a pesquisa bibliográfica na leitura de livros, monografias, artigos publicados, tese,
dissertações, estudos diversos artigos na Internet.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.Princípios básicos da geografia regional


Para o desenvolvimento do trabalho, partiu se dos princípios considerados básicos na
construção do saber geográfico e dos principais conceitos geográficos. Onde citou se como
princípios básicos: Analogia, Actividade, Causalidade, Conexidade e Extensão, que também
engloba a Delimitação e a Localização; e os principais conceitos geográficos, para se entender
como se constitui e como se movimenta o espaço geográfico, também são cinco: Espaço,
Lugar, Paisagem, Região e Território, Acerca da definição dos princípios, temos como base
Nogueira e Carneiro (2009), onde além de abordarem a origem de cada princípio, também
apresentam o que cada um deles representa e a “questão” que cada um busca responder.

Assim, o princípio da Extensão, formulado por Friedrich Ratzel , busca “delimitar o fato a ser
estudado, localizando-o na superfície terrestre. Procura responder à pergunta onde?”
(Nogueira; Carneiro, 2009, p. 29-30).

O princípio da Causalidade, formulado por Alexander Vom Humboldt , “diz respeito à


necessidade de explicar, de dizer o porquê dos fatos remete às causas dos fenómenos, aos
porquês associados a ele”. Assim, busca responder à pergunta “por quê?” (Nogueira;
Carneiro, 2009, p.30).

O princípio da Analogia, proposto por Karl Ritter e Paul Vidal de La Blache , busca
“comparar o fato ou área estudada com outros fatos ou áreas da superfície terrestre, buscando
as semelhanças e diferenças existentes as diferenças são analisadas, compreendidas e
explicadas a partir de comparações” (Nogueira; Carneiro, 2009, p.30-32).

Friedrich Ratzel (1844-1904): foi um geógrafo alemão, considerado como um dos principais
teóricos clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo Geográfico.

Alexander Von Humboldt (1769-1859): foi um geógrafo, naturalista e explorador da


natureza, nascido na Prússia, atual Alemanha. É considerado o fundador da moderna
Geografia Física. 5 Karl Ritter (1779-1859): Carl Ritter foi um geógrafo e naturalista, nascido
em Quedlimburgo, pertencente à Prússia, atual Alemanha, fundamental para o posterior
surgimento da Geografia Humana. 6 Paul Vidal de La Blache (1845-1918): foi um geógrafo
francês e um dos nomes mais lembrados no que se refere à história do pensamento geográfico.
Sua obra é bastante reconhecida por ser fundadora da corrente de pensamento que veio a ser
denominada por Possibilismo, em oposição ao Determinismo Geográfico alemão.

A Conexidade, princípio apresentado por Jean Brunhes , onde “os fatos não estão isolados,
mas ao contrário, inseridos em um sistema de relações, tanto locais como interlocais. Por isso,
é preciso identificar esses elos. Considera as relações locais globais e vice-versa” (Nogueira;
Carneiro, 2009, p.30-32).

E por fim, princípio da Actividade, também apresentado por Brunhes, o qual “implica
conhecer o passado para entender o presente e prever sua evolução. diz respeito às dinâmicas
no espaço geográfico e, nesse sentido, destaca-se a questão da temporalidade. A pergunta
quando? remete às temporalidades” (Nogueira; Carneiro, 2009, p.30-32).

Sobre os conceitos geográficos, partimos do conceito de espaço geográfico a partir do que é


definido por Santos (2012), como produto e acção do movimento da sociedade. Nesse sentido,
“o espaço deve ser considerado como um conjunto indissociável, de que participam, de um
lado, certo arranjo de objectos geográficos, objectos naturais e objectos sociais e de outro, a
vida que os preenche e os anima, ou seja, a sociedade em movimento” (Santos, 2012, p. 30).

Nesta perspectiva, o espaço é um conjunto de formas e conteúdo, posto que cada forma
contém fracções da sociedade em movimento e a sociedade embutida nas formas e
transformada em espaço constitui o conteúdo do espaço geográfico.

Para o conceito de lugar, partimos do geógrafo chinês Yi Fu Tuan (1983), que interpreta o
lugar como segurança e perecimento, onde o homem, inserido no plano Jean Brunhes (1869-
1930): geógrafo francês nascido em Toulouse, em 1892 torna-se professor de História e
Geografia. Sua maior obra - Geografia Humana - foi publicada em 1910. Milton Almeida dos
Santos (1926-2001): geógrafo brasileiro, nascido em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia.
Graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 1948. Para Santos (1996), o
lugar é compreendido como ponto da rede formada pela conjugação da horizontalidade e da
verticalidade.

A paisagem na concepção do geógrafo francês Georges Bertrand (2004, p. 141) é, em uma


determinada porção do espaço, o resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de
elementos físicos, biológicos e atróficos que, reagindo dialecticamente uns sobre os outros,
fazem da paisagem um conjunto único e indissociável, em perpétua evolução. Do mesmo
modo, Santos (2008, p. 67-68) afirma que “o que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a
paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. É
formada não apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons ”.

A região trata-se de um conceito complexo na Ciência Geográfica devido a diversidade de


concepções existentes. Porém, o geógrafo brasileiro Roberto Lobato Corrêa11 (2014) defende
que de maneira geral o conceito de região está atrelado à noção de diferenciação de área, ou
seja, a ideia de que a superfície do Planeta é constituída por áreas diferentes entre si. O que
torna a região um conceito complexo são as diferentes abordagens paradigmáticas que serão
utilizadas para explicar a diferenciação de área, como por exemplo, a noção de região natural
construída pela abordagem determinista, e a região geográfica atrelada a corrente possibilista.
Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência;

O conceito de território se fortalece na Ciência Geográfica atrelado a noção de delimitação


político-administrativa, o território do Estado-Nação. Porém, para o geógrafo francês Claude
Raffestin (1993), o conceito de território, na actualidade, superou tal engessamento, ou seja, o
território delimitado político administrativamente é apenas uma de suas abordagens
conceituais. Desta forma, a construção do território revela relações marcadas pelo poder
exercida por pessoas ou grupos sem o qual não se define o território. Do mesmo modo, para o
brasileiro Marcelo José Lopes de Souza13 (2014), o conceito de território fundamenta-se num
espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder.

2.1.1.Relação da geografia regional com outras áreas a fins

Geografia Regional é o estudo das regiões ao redor do mundo na busca de compreender e


definir as características únicas de uma região em particular, que consistem de elementos
naturais e humanos Luis (2009). É dada atenção também à regionalização que cobre as
técnicas de delineação do espaço em regiões. Uma das questões mais debatidas ao longo da
história da geografia são as relações entre a geografia regional e a geografia geral, sendo que
cada uma das grandes correntes de pensamento geográfico (tradicional, quantitativa,
humanista e crítica) apresentaram propostas diferentes acerca das contribuições que cada um
desses ramos deveria dar à produção de conhecimento geográfico . A geografia é
uma ciência que estuda a relação entre a Terra e seus habitantes. Os geógrafos querem saber
onde vivem os homens, as plantas e os animais, onde se localizam os rios, os lagos,
as montanhas e as cidades. Estudam o porquê desses elementos se encontrarem onde estão e
como eles se relacionam.
 

 2.1.1.1.Ciências auxiliares da Geografia


A geografia, a sociologia, a economia, são interpretações complementares da realidade
humana” (Santos, 1978, p. 102). Trabalhamos aqui com a noção de interdisciplinaridade
como interacção dos diversos conteúdos das disciplinas visando a um conhecimento
integrado.

A Geografia preocupa se com os aspectos, não em si mesmos, mas na sua qualidade


de elementos de integração de áreas, não reconhecendo os dualismos como Geografia
Física e Humana, e sim estudos tópicos e regionais, que constituiriam métodos
distintos, mas não opostos. Todos os estudos em Geografia analisam as variações
espaciais e as conexões de fenómenos em integração. Não existe dicotomia ou
dualismo. Pelo contrário, verifica-se uma gradação ao longo de um continuem, desde
os estudos que analisam os complexos mais elementares em variação espacial através
do mundo, até os que analisam as mais complexas integrações em variação espacial
dentro de limites de áreas reduzidas (Hartshorne, 1978, p. 129).

Em meados da década de 1960, Pierre George, em sua obra Sociologia e Geografia, situava a
geografia como a disciplina que transitaria pelas outras a fim de promover a integração desses
conhecimentos. Neste sentido, a geografia possuiria uma dimensão horizontal, daí sua
originalidade, enquanto as outras ciências, como a sociologia, por desenvolver pesquisas
especializadas, teriam uma dimensão vertical: George, comparando a geografia e a sociologia,
para quem não haveria sociologia científica sem o conhecimento da sociedade como um todo,
evidencia o problema metodológico na geografia que não possibilitaria uma interacção mais
eficiente entre as disciplinas, implicando em uma dispersão do conteúdo: “A pesquisa
geográfica é induzida por dispersão essencial. Esta dispersão é responsável por seu
esfacelamento, porque não há mais unidade de método entre os diversos campos de estudo a
que conduz esta dispersão” (George, 1969, p. 18).

A integração dos diversos campos na geografia é fundamentada na interacção das forças


naturais, económicas e sociais que convergem para a constituição de uma situação geográfica,
superando a divisão entre a abstracção da teoria e a realidade: Se Pierre George segue a partir
daí o caminho de um método de análise no desenvolvimento de pesquisas pluridisciplinares,
Casanova (2006), falando especificamente da interdisciplinaridade, aponta para o caminho do
método de abordagem: A interdisciplinar, como relação entre várias disciplinas em que se
divide o saber-fazer humano, é uma das soluções que se oferecem a um problema muito mais
profundo, como a unidade do ser e do saber, o da unidade das ciências, das técnicas, das artes
e das humanidades com o conjunto cognoscível e constituível da vida e do universo
(Casanova, 2006, p. 13).

É importante situar a interdisciplinaridade em um contexto maior de fragmentação do


conhecimento científico, que se aprofunda a partir do século XIX com o positivismo, mas
como indicou Casanova, a fragmentação alcança a própria vida, pois a reprodução das
relações sociais ocorre de modo a cada vez mais fragmentado. Com efeito, à necessidade de
dividir e articular a pesquisa e o ensino do conhecimento sobre o mundo e as circunstâncias
em que alguém vive, luta e constrói, acrescenta-se a de compreender o “conjunto”, a
“totalidade” ou o “universo” em que se inserem as distintas disciplinas, especialidades ou
faculdades e seus esforços interdisciplinares (Casanova, 2006, p. 12).

Segundo Luís (2009) a geografia depende muito de outras áreas do conhecimento, para obter
informações básicas, especialmente em alguns ramos especializados.

Utiliza os dados da química, da geologia, da matemática, da história, da física, da astronomia,


da antropologia e da biologia e, principalmente, da ecologia, pois tanto a Ecologia como a
Geografia são estudos relacionados: ambos estão preocupados com as análises biológicas, de
factores geológicos e dos ciclos biogeoquímicos dos Ecossistemas, isto é, da relação entre os
seres vivos (inclusive os povos) e seu meio ambiente

 Geologia: estuda os minerais;


 Geomorfologia: estuda as formas do relevo;
 Hidrologia e oceanografia  estuda os rios as águas subterrâneas, os lagos e os oceanos;
 Climatologia: estuda os climas;
 História estuda as transformações das sociedades, ajudando a Geografia entender as
sociedades actuais (desenvolvimento, atraso etc.);
 Sociologia estuda a organização e o comportamento das sociedades;
 Economia: estuda o desenvolvimento e a produção económica de cada lugar;
 Estatística: Tabula e anota os dados referentes à população e a economia;
 Biogeografia: estuda os macros ecossistemas;
 Botânica: estuda os vegetais;
 2.1.1.2.Espaço Geográfico
Espaço Geográfico: é o conjunto integrado dos elementos naturais e dos elementos culturais
(humanos). Além dos aspectos físicos e humanos ainda temos os elementos invisíveis que
são: barulhos, odores, laços de amizade entre as pessoas etc;

O homem adequa o espaço físico de acordo com as necessidades de sobrevivência das


sociedades.

 Lugar é uma porção ou parte do espaço onde há uma interação entre o nosso dia-a-dia e uma
paisagem.

 O planeamento espacial é um método de regulação do uso do espaço no nível do solo, com


decisões tomadas nos níveis regional, nacional e internacional. O espaço geográfico também
impacta na cultura e comportamento humano, sendo um fator relevante na arquitetura, que por
sua vez tem impacto na construção de fazendas, edificações e outras estruturas.

Divide-se em: Espaço natural ou físico e espaço artificial ou humano.

Para a Geografia a paisagem é o conjunto formado peloso aspectos: Físico e Natural..

São os elementos Naturais e os elementos Artificiais.

Os elementos Naturais são representados pelos aspectos construídos pela natureza: relevo,
hidrografia, climas e vegetação. Onde existem poucos elementos humanos, a transformação
humana é mínima ou nenhuma. Ex. Regiões polares, trechos de florestas de difícil acesso,
altas montanhas ou o fundo dos oceanos.

 Os elementos culturais ou humanizados são ruas, prédios, pontes, escolas, lavouras, represas,
etc. São resultantes da transformação da natureza pelo trabalho humano e são importantes
para a compreensão do mundo e do lugar onde vivemos.

 São consequências das transformações do espaço Natural:

Desmatamento: Diminui a humidade do ar e as chuvas, migração dos animais, poluição do ar,


erosão assoreamento dos rios etc.

Exploração dos solos: o desmatamento para as áreas agrícolas transforma o meio ambiente, o
uso de fertilizantes e agros tóxicos de maneira errada poluem a água e os solos, erosão.
Uso de rios e oceanos: transportes aquáticos e represas de hidroeléctricas além da mudança
dos cursos de água também causam impactos no meio ambiente mudando a vegetação ciliar, a
transpiração e evaporação, além da temperatura próxima dos lagos.

Os geógrafos utilizam inúmeras técnicas, como viagens, leituras e estudo de estatísticas.


Os mapas são seu instrumento e meio de expressão mais importante. Além de estudar mapas,
os geógrafos os atualizam, graças às suas pesquisas especializadas, aumentando assim o nosso
conhecimento geográfico.

Como o conhecimento da geografia é útil às pessoas em sua vida cotidiana, o aprendizado da


geografia se inicia no jardim de infância ou no ensino fundamental e estende-se até
à universidade. O objetivo básico do estudo da geografia é o desenvolvimento do sentido
de direção, da capacidade de ler mapas, da compreensão das relações espaciais e do
conhecimento do tempo, do clima e dos recursos naturais.

O homem sempre precisou e utilizou o conhecimento geográfico. Os povos pré-


históricos tinham de encontrar cavernas e reservas regulares de água. Tinham também de
morar perto de um lugar onde pudessem caçar, Saber localizar rastros de animais e trilhas de
inimigos. Usavam carvão ou argila colorida para desenhar mapas primitivos de sua região nas
paredes das cavernas e em peles secas de animais. Com o tempo, o homem aprendeu a lavrar
a terra e a domesticar os animais. Essas atividades o forçaram a prestar mais atenção ao clima
e à localização dos pastos.

Atualmente, não nos satisfazemos com um conhecimento geográfico limitado a área que
circunda nossas casas. Hoje, nem mesmo basta às pessoas conhecer as terras e
os mares próximos, como acontecia na época do império Romano. Para satisfazer nossas
necessidades, precisamos saber um pouco da geografia da Terra inteira.

A geografia regional também é considerada uma abordagem do estudo das ciências


geográficas (de forma semelhante à geografia quantitativa ou às geografias críticas). Essa
abordagem era prevalescente durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do
século XX também conhecida como o período do paradigma geográfico regional, quando a
geografia regional tomou a posição central nas ciências geográficas. Foi posteriormente
criticada por sua descritividade e a falta de teoria (geografia regional como abordagem
empírica das ciências geográficas). Um criticismo massivo foi levantado contra essa
abordagem nos anos 50 e durante a revolução quantitativa (Santos, 1978).
O paradigma da geografia regional teve impacto em muitas das ciências geográficas (como
a geografia econômica regional ou a geomorfologia regional).

A Geografia oferece uma enorme possibilidade de integração. Um dos principais aspectos que


permitem o desenvolvimento de um intercâmbio entre a Geografia e as outras disciplinas é o
fato de a mesma ter como objecto de estudo o espaço geográfico, construído ou natural.
A geografia é a ciência que estuda o espaço geográfico, suas transformações e relação com o
ser humano, por isso, pode-se dizer que é a base também para o estudos das demais
ciências como exemplo a geomorfologia (estudo do relevo).

Tal como afirma Santos (1978) a geografia pode ser considerada como uma ciência
humana, por estudar as relações do homem em sociedade e com a natureza, e também como
uma ciência natural, por estudar as características naturais da Terra.

Por isso, outras ciências que estudam o planeta como exemplo a geomorfologia (estuda o


relevo) tem sua base nos estudos da Geografia e seguem uma área específica. Por isso, a
geografia apresenta uma relação primordial às ciências naturais e sobretudo aquelas que se
dedicam ao estudo do planeta.
3. Conclusão

Por meio dessa pesquisa foi possível concluir que Geografia Regional é o estudo das regiões
ao redor do mundo na busca de compreender e definir as características únicas de uma região
em particular, que consistem de elementos naturais e humanos. É dada atenção também
à regionalização que cobre as técnicas de delineação do espaço em regiões. Uma das questões
mais debatidas ao longo da história da geografia são as relações entre a geografia regional e a
geografia geral, sendo que cada uma das grandes correntes de pensamento geográfico
(tradicional, quantitativa, humanista e crítica) apresentaram propostas diferentes acerca das
contribuições que cada um desses ramos deveria dar à produção de conhecimento geográfico

O paradigma da geografia regional teve impacto em muitas das ciências geográficas (como
a geografia econômica regional ou a geomorfologia regional).

Foi possível concluir também que a Geografia foi capaz de promover a interdisciplinaridade,
e o que dizer da interdisciplinaridade? Inicialmente é preciso considerar que não há um tudo
ou nada de interdisciplinaridade, esta de certa forma sempre esteve presente nas disciplinas, a
exemplo de estudos sobre a escala cartográfica, a dinâmica das massas de ar ou a segregação
sócio espacial, nos quais são necessários para as suas abordagens os conhecimentos de mais
de uma disciplina.
4.Referências Bibliográficas
 Casanova, Pablo G. (2006). As novas ciências e as humanidades: da academia à
política. São Paulo: Boitempo.
 George, Pierre. (1969). Sociologia e geografia. Rio de Janeiro: Cia. Editora Forense,
 Hartshorne, Richard. Propósitos e natureza da geografia. São Paulo: Hucitec, 1978.
 Luis Lopes Diniz Filho. (2009). Fundamentos epistemológicos da geografia.
Curitiba: IBPEX, (Metodologia do Ensino de História e Geografia, 6)
 Nogueira, V.; Carneiro, S. M. M. 2009. Educação Geográfica e formação da
consciência espacial-cidadã: contribuições dos princípios geográficos. Boletim de
Geografia, p. 25-37, 6
 Santos, Milton. (1978). Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec,
 Santos, M. (1996). A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São
Paulo: Hucitec,

Índice pags
1. Introdução...............................................................................................................................1

1.1. Objectivos e metodologias...................................................................................................1

2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................2

2.1.Princípios básicos da geografia regional...............................................................................3

2.1.1.Relação da geografia regional com outras áreas a fins......................................................5

2.1.1.1.Ciências auxiliares da Geografia....................................................................................6

2.1.1.2.Espaço Geográfico..........................................................................................................8

3. Conclusão..............................................................................................................................11

4.Referências Bibliográficas.....................................................................................................12
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Princípios Básicos Da Geografia Regional

Nome do Estudante:

Código:

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia


Ano de frequência: 4o
Turma:
Disciplina: Geografia Regional
Primeiro: Trabalho de campo
Docente: Marcelino Rui José

Chimoio, Março, 2023

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