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Sergio

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Aula 00 –00Orientação, Localização e Cartografia.

11. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR.

11.1. AS CATEGORIAS DE ANÁLISES NA GEOGRAFIA

 Dentro da ciência geográfica, os conceitos (ou também chamados de categorias de análises)


são pontos importantes para entendermos as transformações ocorridas na natureza feita pelo
homem.
 Espaço Geográfico:objeto de estudo e conceito mais importante para a Geografia.
 Podemos considerar o espaço geográfico como o resultado da relação entre a sociedade e a
natureza mediada pelo trabalho humano. Ou seja, o espaço geográfico é constituído
historicamente pela ação humana.
 O homem é o agente por excelência do espaço geográfico.
 O espaço somente passa a existir quando se verifica interação entre o homem e o meio em
que vive, do qual retira o que lhe é necessário para a sobrevivência, promovendo alterações de
suas características originais.
 Os principais conceitos são: espaço, região, paisagem, território, territorialidade, redes e
escalas geográficas.
Território
 A compreensão do termo território não se restringe a sua situação de conceito geográfico, mas
também faz parte do uso corrente de outras ciências, em que é adotado com significados
diferentes.
 Etimologicamente a palavra território, “territorium” em latim, é derivada do vocábulo terra e é
compreendido como o pedaço de terra apropriado, dentro dos limites de uma jurisdição
político-administrativa.
 Sendo um conceito, ele foi elaborado a partir de um correlato empírico, sistematizado na
Geografia, de forma particular na Geografia Política, inicialmente por Friedrich Ratzel (1844-
1904)
 Ratzel: compreendeu o território como o espaço sobre o qual se exerce a soberania do Estado.
 Ao longo do século XX e XXI, a Geografia construiu modificações em seus conceitos,
atualizando-os de modo a incorporar outros aspectos além das perspectivas políticas,
institucionais e ideológicas do território, tais como aspectos econômicos, culturais e/ou sociais
do termo, dando maior complexidade em sua definição.
 Indissociável da noção de poder.

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 O poder não é uma categoria espacial, nem temporal, porém “está presente em toda produção
que se apoia no espaço e no tempo”. (RAFFESTIN, 1993, p. 5-6)
 Por uma Geografia do poder, Claude Raffestin (1993): na obra, a concepção de uma
abordagem relacional do território, a qual ele é indissociável do poder, conduz ao princípio de
que toda relação de poder desempenhada por um sujeito no espaço produz um território.
 Haesbaert (2004): aborda o território com diferentes enfoques, apresentando uma
classificação em que se verificam três tipos básicos: a) jurídico-político; b) cultural e c)
econômico
 Santos (2005): compreende sob a perspectiva do uso. Argumenta que o território em si não é
um conceito, ele só se torna um conceito quando o consideramos na perspectiva do seu uso.
Tem como preocupação principal a ação e a utilização desempenhada pelos seres humanos na
produção do espaço.
 Andrade (1995): explica que o conceito de território não deve ser confundido com o de espaço
ou de lugar, estando muito ligado à ideia de domínio ou de gestão de uma determinada área.
O território está associado à ideia de poder, de controle, quer se faça referência ao poder
público estatal, quer ao poder das grandes empresas que estendem os seus tentáculos por
grandes áreas territoriais, ignorando as fronteiras políticas
 Raffestin apud Saquet (2004), aponta que o território é objetivado por relações sociais
concretas e abstratas, de poder e dominação, o que implica a cristalização de uma
territorialidade. Em Raffestin o espaço é anterior ao território. O território se forma a partir do
espaço, sendo o resultado de uma ação conduzida.
 Outra contribuição importante de Raffestin está relacionada ao processo TDR (territorialização,
desterritorialização e reterritorialização) relacionado às ações econômicas e culturais. É
considerado um “processo de relações sociais, de perda e reconstrução de relações” (SAQUET,
2004, p. 126). O território também apresenta caráter político, é um espaço modificado pelo
trabalho e apresenta relações de poder.
 O conceito de paisagem foi sendo construído de maneira diferenciada, sendo a sua análise
apoiada em diferentes correntes epistemológicas, gerando uma diversidade de abordagens,
cada uma, enquadrada dentro de seu tempo específico.
Paisagem
 Geógrafos geralmente compreendem a paisagem como a expressão materializada das relações
do homem com a natureza. Para alguns o limite da paisagem é o que a visão alcança, para
outros é algo além do visível, resultado da articulação entre os elementos constituintes e deve
ser estudada a partir da sua morfologia, estrutura e divisão (SUERTEGARAY, 2001).
 Suertegaray (2001, p. 5) entende paisagem como um conceito operacional “[...] um conceito
que nos permite analisar o espaço geográfico sob uma dimensão, qual seja o da conjunção de
elementos naturais e tecnificados, socioeconômicos e culturais”.
 A paisagem pode ser analisada como a materialização das condições sociais, podendo persistir
elementos naturais, embora já transfigurados pela ação humana.

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 Na Alemanha do século XVIII: Humboldt fez referência à paisagem demonstrando seu interesse
pela fisionomia e aspecto da vegetação, pelo clima, sua influência sobre os seres e o aspecto
geral da paisagem, variável conforme a natureza do solo e sua cobertura vegetal.
 Nos fins do século XIX, Ratzel influenciou o conhecimento das paisagens, com sua linha de
pensamento sobre as relações causais existentes na natureza.
 Desde a metade do século XIX, aproximadamente, geógrafos franceses, em especial Paul Vidal
de La Blache, desenvolveram análises que permitiram a elaboração de conhecimento sobre
paisagens. Na França, o termo paisagem foi substituído por “região” e “gênero de vida”, que
são mais ligados à história do que aos elementos naturais
 Em Santos (1986), encontramos que a paisagem é tudo o que é visível, o que a visão alcança,
que a vista abarca. É a materializado de um instante da sociedade.
 A paisagem também é analisada sobre a perspectiva da fenomenologia, apresentando
características subjetivas, como é o caso da interpretação de Corrêa (2003), que compreende
como um produto da ação do homem ao longo do tempo constituída de valores, crenças e
uma dimensão simbólica.
 Atualmente, observamos na geografia duas correntes principais preocupadas com o estudo da
paisagem. Uma enfatiza as múltiplas relações entre os elementos naturais (clima, relevo, solo,
vegetação, geologia e hidrografia) mais a ação antrópica como os fatores responsáveis pela
morfologia da paisagem, foi denominada de sistêmica ou geossistêmica. A outra corrente
prioriza a cultura humana e foi denominada paisagem cultural.
Região
 O conceito de região geográfica passou por vários momentos de discussão no interior da
Geografia desde sua gênese, em que seu significado foi sendo alterado de acordo com o
direcionamento científico.
 As alterações referentes ao conceito de região se verificam devido a mudanças dentro da
própria Geografia. Foi desenvolvido e trabalhado pela escola francesa e está associado à noção
de diferenciação de áreas. O conceito vai assumindo características distintas conforme os
paradigmas da geografia.
 Tradicionalmente, a aplicação do conceito de região se dá através da ação ‘regionalizadora’
atribuindo critérios comuns que se identificam através das unidades de análise.
 A região se realiza com base em uma homogeneidade evocada pelo pesquisador, a região,
assim, é considerada como uma abstração, fruto de uma ação administrativa e burocrática,
conforme regionalização feita pelo IBGE das regiões do Brasil.
 Milton Santos destaca a universalidade do fenômeno da região afirmando que “nenhum
subespaço do planeta pode escapar ao processo conjunto de globalização e fragmentação, isto
é, individualização e regionalização”. As regiões são entendidas como o suporte e a condição
das relações globais, sem o qual estas não se realizam.
 Para Corrêa essa tendência geográfica considera a região como uma das dimensões espaciais
do processo desigual e combinado do capitalismo. Nesse sentido o regional deveria ser

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analisado a partir da caracterização desse processo. Para o autor, o conceito de região é


considerado à luz do materialismo histórico, ou seja, “[...] como um instrumento de ação e
controle dentro de uma sociedade de classes” (Idem).
 O conceito de região foi amplamente difundido na geografia, sendo considerado por alguns
pesquisadores, como é o caso de Hartshorne, um método para o estudo da geografia. No
entanto, na última década no Brasil, o conceito tem ficado em segundo plano nas discussões.
Maior ênfase passou a ser dada aos conceitos paisagem, território e lugar. Mesmo assim, os
estudos regionais ainda estão inseridos em um considerável número de pesquisas que
contribuem para o desenvolvimento do pensamento geográfico.
Lugar
 O conceito de lugar, dentro da geografia tradicional, foi definido de acordo com as
características naturais e culturais próprias de uma determinada área. Estava ligado à noção de
localização e à individualidade das parcelas do espaço.
 De acordo com Cavalcanti (1998), na perspectiva da geografia humanística o lugar é o conceito
chave, compreendido com o espaço vivido. É onde a vida se realiza, está carregado de
afetividade e significado.
 A perspectiva humanística é desenvolvida sobre as bases teóricas da fenomenologia, que tem
na percepção do sujeito sobre o objeto a principal referência. Assim, o lugar é estudado a
partir das relações e ligações subjetivas estabelecidas entre o sujeito e o espaço.
 A concepção de lugar, dentro da geografia crítica, passou a valorizar mais as questões políticas
e econômicas. É analisado como campo de embate, arena de combate entre as classes socias.
O lugar é o espaço do particular, estando presentes os elementos históricos, culturais e a
identidade; revelando as especificidades. É no lugar que se materializam as contradições da
globalização, conforme suas particularidades e suas possibilidades (CAVALCANTE, 1998).
 Na visão crítica existe uma inter-relação dinâmica entre as escalas: local, regional, nacional e
global. Com a expansão das relações capitalistas de produção não é mais possível estudar o
lugar sem uma preocupação efetiva com suas conexões com o global através das redes e
fluxos.
 Mesmo com a globalização, as especificidades do lugar não desaparecem. Pelo contrário, as
características próprias e peculiares conseguem coexistir, contraditoriamente a tendência de
homogeneização imposta pelo capital internacional.
 Para compreensão deste conceito evoca-se a “valorização das relações de afetividade
desenvolvidas pelos indivíduos em relação ao seu ambiente”. O lugar significa muito mais do
que simplesmente uma localização geográfica, ele está relacionado aos diversos tipos de
experiência e envolvimento com o mundo.
 Além disso, o lugar também se associa ao sentimento de pertencer a determinado espaço, de
identificação pessoal com uma dada área. Dessa forma, o lugar garante a manutenção interna
da situação de singularidade.
 O lugar possui também íntima relação com os aspectos culturais que marcam cada sociedade.

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 Para Tuan (1980), segundo o materialismo histórico, o lugar é entendido como uma expressão
geográfica da singularidade. Já a corrente humanística percebe o lugar como uma porção do
espaço em relação ao qual se desenvolvem afetos a partir da experiência individual ou grupos
sociais.
 “Lugar é uma mistura singular de vistas, sons e cheiros, uma harmonia ímpar de ritmos
naturais e artificiais (…) Sentir um lugar é registrar pelos nossos músculos e ossos” (TUAN,
1983, p. 203)

11.2. MOVIMENTOS DA TERRA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

 Movimentos da Terra e suas consequências: O Sol ocupa a posição central do sistema solar,
sendo orbitado pelos demais corpos (planetas, satélites, asteroides e cometas) em um plano
que denominamos eclíptica. Neste plano estão assentadas, com pequenas inclinações, as
órbitas de todos os planetas. Os dois principais movimentos que a Terra faz são os de rotação
(mudança dos dias) e translação (mudança das estações ao longo dos anos).
 O Norte geográfico não coincide com o Norte magnético: O Norte geográfico é como se fosse
perpendicular ao plano da eclíptica, e o Norte magnético, é para onde aponta a bússola,
coincide com a inclinação terrestre de 23°27’. O Norte geográfico resulta do movimento de
rotação da Terra, enquanto o Norte magnético é o resultado do campo magnético da Terra.
 Distribuição desigual da luz na superfície: A orientação do hemisfério Norte e do hemisfério
Sul faz com que diferentes áreas recebam radiação solar com intensidades diferentes a cada
quatro meses de acordo com o movimento de translação da Terra. Isso alterna a duração do
dia e da noite nos dois hemisférios.
 Estações do ano: Os solstícios definem verão e inverno nos hemisférios respectivamente, e os
equinócios são períodos de equiparidade de radiação, o que chamamos de outono e
primavera, as “meias estações”.
 Rotação: A Terra faz um movimento rotacional em torno do seu próprio eixo a cada 23 horas,
56 minutos, 4 segundos e 0,9 décimos. Esse movimento de rotação marca os dias e noites em
cada grau longitudinal dando origem ao sistema de fuso horário. O movimento rotacional de
Leste à Oeste faz com que as duas faces do globo estejam voltadas para o Sol sucessivamente
delineando os períodos de dia e noite. Movimento aparente do Sol: o Sol é uma estrela
estática que é orbitado pelos planetas do sistema solar fazendo movimentos rotacionais e
translacionais ao seu redor. Esses movimentos sugerem que o Sol nasce e se põe, mas no caso
são os movimentos da própria Terra em torno do seu eixo.
 Translação: É o movimento elíptico da Terra em torno do Sol com duração aproximada de 365
dias e 6 horas. A contagem anual é feita a partir do movimento translacional. Órbita elíptica: a
Terra e os demais planetas executam um movimento ao longo de uma órbita elíptica em torno
do Sol com uma pequena excentricidade. Solstícios: são os períodos de alternância de radiação
entre os hemisférios. Quando no hemisfério Sul é inverno no hemisfério Norte é verão e vice-
e-versa.

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 Equinócio: quando a radiação solar incide igualmente no hemisfério Norte e no hemisfério Sul.
Quando é outono no Norte é primavera no Sul e vice e versa. Os dias e as noites têm a mesma
duração.

11.3. O ESPAÇO NATURAL E ECONÔMICO: ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO

 O sistema de coordenadas: Expressa a posição de pontos sobre uma superfície. Tem a


finalidade de determinar a localização precisa de qualquer ponto e orientar a confecção de
mapas.
 Coordenadas geográficas: Definem num plano retangular os eixos horizontais e verticais (x,y) e
por meio destes encontram qualquer ponto desejado na superfície cruzando os eixos.
 Paralelos: São linhas horizontais que dividem o globo em dois hemisférios: Norte e Sul. São
círculos paralelos ao Equador e definem as latitudes.
 Meridianos: São linhas verticais que dividem o globo em Leste e Oeste a partir de um
meridiano central Greenwich, o que define os fuso horários.
 Pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O) são os quatro pontos cardeais. Entre
eles ainda temos os pontos colaterais que são: Sudeste (entre Sul e Leste - SE), Nordeste (entre
Norte e Leste - NE), Noroeste (entre Norte e Oeste - NO) e Sudoeste (entre Sul e Oeste - SO).
 Fuso horário: são intervalos correspondentes as 24 divisões verticais em que o globo foi
fracionado a partir do meridiano central (Meridiano de Greenwich). A Terra é dividida então
em 24 fusos.

11.4. CARTOGRAFIA

 Conceito de cartografia: conjunto de técnicas matemáticas e artísticas cujo objetivo é a


representação da Terra num espaço plano.
 Histórico da cartografia: primeiros mapas surgiram antes mesmo da escrita pela necessidade
de locomoção, localização e registro de recursos. Eram representações que tinham grande
influência da mentalidade da época em que foram confeccionadas.
 No Brasil os primeiros registros cartográficos foram feitos pelos militares, sendo que
atualmente o IBGE é o responsável por coletar, processar e dar publicidade aos dados
referentes à população em relação ao território brasileiro.
 Forma da Terra: é um geoide (superfície irregular complexa), entretanto para possibilitar a
realização de cálculos de distância e área, por exemplo, utiliza-se o elipsoide (círculo com os
polos achatados).

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11.5. ESCALAS

 Escalas: Utilizadas para indicar a proporção de redução das distâncias representadas no mapa
em relação às distâncias reais da superfície terrestre. Podem ser numéricas (1:100.000, 1
centímetro medido no mapa representa uma distância de 100.000 centímetros, por exemplo)
ou gráficas (linha reta graduada). Escalas grandes, são escalas que apresentam um grande
nível de detalhes (1:10, 1:1.000, 1:10.000, por exemplo), escalas pequenas apresentam pouco
nível de detalhes (1:100.000, 1:250.000, 1:1.000.000, por exemplo).
 Calcular distância real no terreno: D = N x d(D = distância real no terreno, N = denominador da
escala (1:N), d = distância medida no mapa).
 Calcular escala: E = d / D(E = Escala, d = distância medida no mapa, D = distância real no
terreno).

11.6. TIPOS DE PROJEÇÕES

 Projeções cartográficas: são representações do elipsoide (tridimensional) em uma superfície


plana (bidimensional), por isso apresenta deformações. Podem ser planas, cônicas ou
cilíndricas. Apresentam propriedades que visam minimizar as deformações ocorridas pela
planificação no que diz respeito às áreas (projeção equivalente), aos ângulos (projeção
conforme) ou distâncias (projeção equidistante).
 Projeções mais utilizadas no mundo:
 Projeção cilíndrica conforme de Mercator: Mantém as formas dos continentes mas não
respeita as proporções reais (regiões polares exageradas); favorece as desigualdades
econômicas, pois amplia de maneira desigual aumentando o hemisfério Norte (países
desenvolvidos economicamente); excelente para a navegação pois é quase perfeita nos
ângulos e formas; coloca a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).
 Projeção cilíndrica equivalente de Peters: Altera as formas para manter as proporções reais
dos continentes; destaca o continente africano no centro do mapa; valorização do mundo
subdesenvolvido, mostrando sua área real.
 Mapas Temáticos: principal objetivo é apresentar um tema especifico, com as informações
representadas na base cartográfica escolhida (tipos de solos, geologia, uso do solo urbano e
rural, etc.). Sendo representações em dimensões reduzidas, necessitam de associação dos
elementos representados à símbolos, denominados convenções cartográficas. Estes símbolos
nos permitem identificar os rios, localidades, vias, etc., além de características do relevo por
meio das curvas de nível (quanto mais próximas, maior desnível no terreno). Os mapas
temáticos podem ainda não apresentar escala cartográfica, associando a forma ao evento
apresentado (anamorfose geográfica).

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11.7. TECNOLOGIAS APLICADAS À CARTOGRAFIA

 GPS: posicionamento na superfície terrestre por meio de coordenadas geográficas fornecidas


por satélites. Utilizado para levantamentos topográficos, monitoramento e áreas e veículos,
dentre outras aplicações;
 Aerofotogrametria: fotografias da superfície terrestre por meio de câmera acoplada à uma
aeronave, utilizando fotografias com certo grau de sobreposição para a cobertura do terreno;
 Sensoriamento remoto: obtenção de informações da superfície por meio de radiação
eletromagnética, gerada por fontes naturais (sensor passivo), como o Sol, ou por fontes
artificiais (sensor ativo), como o radar. Fornece imagens para mapeamentos, dados
meteorológicos, avaliação de impactos ambientais, entre outros.

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11. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR.

 A estrutura interna da Terra:possui um núcleo interno sólido, um núcleo externo líquido, um


amplo manto composto por magma líquido (mesosfera), sendo que sobre a sua parte
superior (astenosfera), é onde se encontra a crosta terrestre (litosfera).
 A crosta terrestre:é fragmentada em 12 placas tectônicas, que um dia já estiveram
agrupadas, formando um megacontinente chamado Pangea, e que até hoje estão se
movendo lentamente. O movimento destas placas pode ocorrer de três maneiras:
convergente (Choque entre placas), divergente (separação das placas), transformante
(choque lateral entre placas em sentidos diferentes).
 O relevo terrestre:é formado pela interação entre os agentes internos estruturadores do
relevo (agentes endógenos) e os agentes externos modeladores do relevo (agentes
exógenos). Os agentes endógenosestão relacionados com as forças vindas do centro da
Terra, ou seja, fenômenos relacionados ao vulcanismo (extravasamento do magma do manto
para a superfície), tectonismo (surgimento de cadeias montanhosas, falhas e expansão da
Dorçal Meso-Oceânica) e sismicidade (propagação de vibrações pela superfície terrestre
originadas de atividades tectônicas).
 Os agentes exógenos:estão relacionados com os agentes climáticos, ou seja, intemperismo
físico (desagregação das partículas das rochas pelo impacto das gotas de chuva, expansão da
água congelada ou força do vento), intemperismo químico(desagregação das partículas das
rochas pela reação provocada pela acidez da água),intemperismo biológico(desagregação
das partículas das rochas pela influência de raízes, microrganismos e outros animais) e erosão
pluvial(retirada e transporte de partículas pela ação da água da chuva), erosão
fluvial(retirada e transporte de partículas pela ação dos rios), erosão marinha(retirada e
transporte de partículas pela ação dos mares) e erosão eólica(retirada e transporte de
partículas pela ação do vento).
 Principais formas de relevo:
o Planícies: são morfoestruturas exógenas caracterizadas por possuir paisagens
geralmente planas, pouco acidentadas e localizadas em regiões com baixas altitudes,
estando, quase sempre, próximas ao nível do mar;
o Planaltos: são planos mais altos que as planícies localizadas em regiões de altitudes
elevadas geralmente acima de 300 metros do nível do mar;

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o Depressões: são formas de relevo rebaixadas em relação às áreas que as limitam,


podendo ser encontradas também abaixo do nível do mar;
o Montanhas: terrenos altos e fortemente dissecados, com topos angulosos, com
altura em relação à base maior que 300 metros, vertentes de inclinação acentuada
(maiores que 15%). São morfoesculturas de origem endógenas. No Brasil não existem
montanhas, pois são dobramentos com mais de 3000 metros de altura.
 O relevo no Brasil: é caracterizado por baixas e médias altitudes onde predominam os
planaltos e depressões de formações cristalina e sedimentar. As principais formas de relevos
encontradas no território são os planaltos e depressões, que ocupam 95% do território e as
planícies de origem sedimentar, que ocupam os outros 5% do território.
 A estrutura geológica e o relevo Amazônico: a Amazônia possui uma vasta diversidade
topográfica, que vai desde as maiores altitudes do país, em Roraima, até as planícies da
grande calha do rio Amazonas, como também uma grande diversidade de unidades de relevo,
incluindo planícies de inundação, depressões e bacias sedimentares. Ao norte, faz limite com
o escudo cristalino das Guianas e, ao sul, com o escudo cristalino brasileiro; ao longo da
borda oeste, com a Cordilheira dos Andes. Como se localiza às bordas de dois escudos
cristalinos, conta com uma enorme depressão preenchida por uma cobertura sedimentar de
caráter fluvial e lacustre. Todas estas e outras formações geológicas datam de milhões de
anos.
 Compartimentos Gerais do Relevo Brasileiro:
o Depressões:no Brasil, as depressões são processos erosivos nas bordas das bacias
sedimentares. Podem ser classificadas como:
o periféricas: localizam-se em áreas de contato entre bacias sedimentares e núcleos
cristalinos. Normalmente apresentam formato alongado. Exemplo: Depressão
Periférica Paulista, no estado de São Paulo;
o marginais:situam-se em áreas de origem sedimentar. Exemplo: Depressão Sul-
Amazônica;
o interplanálticas: localizam-se em altitudes mais baixas que os planaltos que estão ao
seu redor. Exemplo: Depressão Sertaneja e do São Francisco;
o relativas:são consideradas relativas as áreas de depressão que possuem nível
altimétrico maior que o nível do mar, mas com altitudes inferiores às das áreas que
as circundam. Exemplos: Depressão Cuiabana, localizada no Brasil;

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o absolutas: são consideradas depressões absolutas as áreas que apresentam altitudes


mais baixas que o nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes
europeu e asiático;
o Planaltos: podem ter estruturas geológicas diferentes, sendo planaltos cristalinos:
formados por rochas ígneas intrusivas e metamórficas. São encontrados nos escudos
cristalinos, estruturas antigas caracterizadas como áreas mais resistentes e onde há
exploração de recursos minerais (um exemplo,Planalto das Guianas,localizado no
norte do Brasil que é uma das formações geológicas mais antigas do mundo). E
planaltos sedimentares: resultantes do soerguimento de regiões de bacias
sedimentares, caracterizados pela presença de serras e morros em um de seus lados.
(Como é o caso do Planalto/Chapada da Bacia do Paraná);
o Planícies: ocupam 5% do território, são pouco acidentadas com níveis altimétricos
próximo ao nível do mar, podendo ser classificadas em: aluviais:transporte de
sedimentos feito pelos rios; costeiras: o transporte de sedimentos é feito por águas
marinhas; lacustres: forma-se a planície lacustre quando há soterramento de um
lago. As principais planícies brasileiras são: Amazônica: Possui a maior área de terras
baixas no Brasil. As formas mais recorrentes são a região de várzeas, terraços fluviais
(tesos) e baixo planalto; do Pantanal: Localizada nos estados no Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, a planície do pantanal é um terreno propenso às inundações. É
marcado por diversas regiões pantanosas. O Pantanal é a maior planície inundável do
mundo; e Litorânea: É uma faixa de terra situada na região costeira do litoral
brasileiro, que possui aproximadamente 600 km.
 Horizontes do solo:
o O: horizonte orgânico, superficial;
o A: Horizonte arável, camada subsuperficial;
o B: Horizonte abaixo do A, concentra minerais e compostos de ferro e argilo-minerais;
o C: Horizonte de solo ainda não consolidado;
o D ou R: Horizonte rochoso, constitui o material de origem do solo.

 Profundidade dos solos: Os solos mais jovens, ou menos desenvolvidos, são aqueles de áreas
que sofreram menos ação dos agentes formadores do solo (Neossolos, Cambissolos). Em
áreas tropicais, onde há elevada temperatura e pluviosidade, os solos tendem a ser
profundos, com horizontes bem desenvolvidos (Latossolos, Argissolos).
 Fertilidade dos solos: os macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) assim como os
micronutrientes (B, Zn, Cu, Fe, Mo, Cl e Mn) necessários para o desenvolvimento agrícola,
podem ser afetados pela falta de manejo adequado, tornando o solo ácido e improdutivo. A
calagem equilibra a acidez do solo, tornando os nutrientes disponíveis para as plantas.

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Aula 01 –01Geologia, Relevo, Solos e Hidrografia.

 Preservação dossolos: diversas técnicas de manejo do solo podem ser associadas à


agricultura, preservado o solo e evitando que ele seja transportado para lagos e rios,
assoreando-os. São elas: Práticas vegetativas: Cobertura verde e morta; Cordão vegetado;
Plantio em Faixas; Consórcio de culturas; Capina reduzida; Quebra vento; Práticas edáficas:
Correção e manutenção da fertilidade do solo; Preparo do solo e plantio em curva de nível;
Utilização do Sistema Plantio Direto; Adubação verde; Rotação de culturas; Compostagem;
Controle de queimadas; e Práticas mecânicas: Terraceamento; Bacias de retenção;
Barraginhas; Valetas ou canaletas; Cordão de pedras; Paliçadas (sacos de terra e/ou madeira);
Escadas de dissipação; Locação de estradas e caminhos rurais (de terra).
 Problemas relacionados aos solos: Lixiviação(lavagem do solo); Laterização (formação de
crosta ferruginosa, chamada laterita); Erosão (retirada e transporte das partículas do solo);
Voçorocamento (abertura de grandes fendas na superfície causada pela erosão concentrada
do solo); Desertificação (degradação do solo pelo clima seco com evaporação maior que a
precipitação); Salinização(alta concentração de sais minerais em solos de clima seco);
Arenização (ocorre em solos naturalmente arenosos com ausência de vegetação nativa e
utilização intensivamente pela agricultura); Savanização (transformação de florestas em
campos devido à influência climática e pressão antrópica).
 Rios intermitentes: fluxo ausente na estação seca. Rios perenes: fluxo constante durante o
ano todo. Drenagem exorreica: rio corre para o mar. Drenagem endorreica: rio corre para o
interior do continente.
 Tipos de foz: Delta: possui várias saídas; Estuário: única saída;
 Águas subterrâneas no Brasil: dois aquíferos maiores do mundo: Aquífero Guarani (Bacia
Sedimentar do Paraná, região Sudeste) e Alter do Chão (Bacia Sedimentar Amazônica, região
Norte).
 Bacias hidrográficas: região para onde flui toda a água que escoa pelas vertentes(inclinação
onde escoa a água) dos interflúvios (área mais elevada, divisor de águas) que a limitam.
Formada por diversos afluentes que deságuam em um curso d’água principal (composto pelo
leito de vazante, leito menor e leito maior por onde a água extravasa quando há um aumento
no volume do rio) que fui rebaixando o talvegue, escavando a planície de inundação em
direção ao único ponto de saída da bacia, o exutório.
o Bacia Amazônica: É a bacia hidrográfica mais extensa e volumosa do planeta,
contando com 6,5 milhões de km2 de área. Abrange 6 estados brasileirosalém de
outros 6 países vizinhos;
o Bacia do Rio Paraná: 2ª maior do Brasil, abastece o reservatório de Itaipu, deságua
na Argentina e contém a principal hidrovia brasileira, a Tietê-Paraná;
o Bacia do Rio São Francisco: A bacia do São Francisco tem como protagonista o Rio
São Francisco que nasce em Minas gerais na Serra da Canastra e atravessa 5 estados
brasileiros rumo ao nordeste do país recebendo seus afluentes. É um importante rio,
fornecendo o segundo maior potencial hidrelétrico do país além de abastecer
importantes centros do agronegócio;

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Aula 01 –01Geologia, Relevo, Solos e Hidrografia.

o A transposição do São Francisco: A transposição do Rio São Francisco é um projeto


de 1985, adaptado em 1999 e iniciado em 2005. Tem como função abastecer 390
municípios em 4 estados nordestinos, fornecer água para mais 4 pequenos rios da
região, 3 sub-bacias e dois açudes. O desvio do curso do curso do São Francisco é um
tema muito polêmico entreambientalistas que questionam os impactos de uma obra
desse porte, além das críticas à obra em si e todo o aporte para condutas
questionáveis;
o Bacia do Atlântico Sul: localizada na Região Sul do Brasil, tem alta demanda para a
agricultura de arroz, nela ainda ocorre poluição por esgotos domésticos e efluentes
da suinocultura;
o Bacia do Atlântico Leste: localizada nos estados de MG, BA, SE e ES, apresenta
períodos críticos de estiagem e conflitos pelo uso da água principalmente nas áreas
de rios intermitentes;
o Atlântico Nordeste Ocidental: 84% da extensão de seus rios em situação satisfatória,
sendo que os principais problemas dessa região estão relacionados com a criticidade
hídrica em áreas de rios intermitentes, saneamento ambiental e desmatamento e
assoreamento;
o Bacia do Atlântico Nordeste Oriental: localizada na região do semiárido nordestino,
apresenta estiagem prolongada, sendo que 97,5% da extensão dos seus principais
rios são classificados com situação “muito crítica”, “crítica” ou “preocupante”.

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Aula
Aula 02 -02
Clima e Vegetação.

apresentam tronco fino e raízes aéreas. É um ecossistema costeiro de transição entre os biomas
terrestre e marinho. Caracterizado principalmente por abranger diversas vegetações, ocorrendo
em áreas baixas e, portanto, sujeito à ação das marés. Estão bastante ameaçados devido à
poluição, pois os litorais brasileiros são densamente povoados. Caracterizam-se por plantas:

 Halófitas(ou Halófila): Adaptadas à salinidade do mar (lembre-se de que, em geral, as


plantas são prejudicadas pelo sal e poucas são as espécies adaptadas à salinidade).
 Pneumatóforas: Raízes aéreas.

4. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

 A Atmosfera é formada pela camada gasosa que envolve a Terra, atua protegendo a
superfície do planeta contra impactos maciços de meteoros e mantém a amplitude térmica
estável proporcionando condições de vida favoráveis ao desenvolvimento e à manutenção
da biodiversidade.
 O clima é a sucessão habitual dos diferentes tipos de tempo.
Tempo são as condições meteorológicas do dia.
 Os Fatores Estáticos que influenciam no clima são:
 Latitude é a distância em graus, medido apartir do meridiano zero, que é a linha do
Equador. Quanto menor a latitude maior a temperatura, sendo que a temperatura diminui
gradativamente com o aumento da latitude (em direção aos polos).
 Quanto maior a altitude, menor a temperatura. Quanto mais alto se está, maior a
velocidade dos ventos que dissipam o calor.

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Aula 02 -02
Clima e Vegetação.

 A água ganha e perde temperatura lentamente, proporcionando também maior umidade


relativa do ar. Regiões vastas com características homogêneas em toda a sua extensão,
como os oceanos, transferem suas propriedades uniformes às linhas de contato (litoral, por
exemplo). Esse fenômeno é conhecidocomo maritimidade. O continente, por sua vez,
aquece-se e se resfria mais rapidamente, e há menos umidade relativa no ar. Esse
fenômeno é conhecido como continentalidade.
 O relevo facilita ou dificulta a passagem das massas de ar, bem como dos ventos e da chuva.
 Os Fatores Dinâmicos que influenciam no clima são:

o Umidade é a quantidade de vapor d´água disponível e é o fator que controla a


temperatura no ambiente, pois o vapor d’água é responsável pela absorção de calor;
o Apressão atmosférica é a força exercida pela atmosfera sobre a superfície terrestre. O
ar se acumular nas camadas mais baixas, criando zonas de alta pressão atmosférica.
Com o peso das camadas superiores, o ar se comprime e fica mais denso. Quanto menor
a temperatura e menor a altitude, maior a pressão;
o A radiação solar é a energia protagonista do desenvolvimento e manutenção dos
ecossistemas terrestres. Parte dessa radiação é absorvida e parte é refletida pela
superfície terrestre. É essencial para a manutenção do ciclo da água por meio da
evaporação, vital para a sobrevivência das diferentes formas de vida no planeta;
o As massas de ar são grandes volumes de ar definidas pela sua temperatura e teor de
vapor d’água influenciadas pela região onde são formadas, pois sua região de origem irá
definir suas características. Uma massa de ar que se forma sobre uma superfície gelada,
como a Antártida, apresenta características típicas dessa região, ou seja, temperatura
baixa, alta pressão e pouca umidade.
o As correntes marítimas são deslocamentos de grandes massas de água oceânicas
geradas pela inércia de rotação do planeta e pelos ventos. As correntes se
movimentam pelos oceanos, transportando calor.
 Aschuvas podem ser:
o Convectivas: É o tipo de chuva mais comum, provocada pelo próprio ciclo da água. O ar
quente é menos denso e sobe, e o frio desce. Essa circulação permite que a água em
vapor suba até os extratos mais elevados da atmosfera, condense em forma de nuvens
carregadas e precipite em forma de chuva. São as típicas chuvas de verão.
o Frontais: Quando duas massas de ar, quente e fria se chocam, provocando instabilidade,
fazendo com que o vapor d’água se condense e precipite. Quando são duas massas de
ar secas, ocorrem apenas vendavais. Geralmente são chuvas fortes.

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Aula 02 -02
Clima e Vegetação.

o Orográficas: são as chuvas condicionadas pelas formas de relevo. Uma massa de ar


carregada de umidade ascende ao se deparar com determinada elevação do relevo,
como uma montanha, por exemplo. O ar mais quente é empurrado para cima. Com a
queda de temperatura, o vapor se condensa, provocando chuva nessa vertente de
contato. Os ventos que alcançam o lado da vertente oposta são secos, sem umidade.
 As massas de ar cobrem de centenas a milhares de quilômetros quadrados e dinamizam o
clima de uma região, podendo ser classificadas em relação à temperatura, quentes ou frias,
e em relação à umidade, continentais ou marítimas.
o Massa Equatorial Continental (mEc):Quente e úmida originada na Amazônia;
o Massa Equatorial Atlântica (mEa):Tem origem no Oceano Atlântico e é quente e úmida;
o Massa Tropical Continental (mTc):Origina-se na árida depressão do Chaco, entre
Paraguai, Bolívia e Argentina e é uma massa de ar quente e seca;
o Massa Tropical Atlântica (mTa):É uma massa quente e úmida, originária do Atlântico Sul
e responsável pela formação dos ventos alísios do Sudeste.
o Massa Polar Atlântica (mPa):Originária do extremo Sul da Argentina. É fria e úmida.
 Os ventossão o deslocamento do ar atmosférico provocado pelo movimento rotacional da
terra. Podem ser classificados como ventos constantes: Osalísios são ventos úmidos que
sopram dos trópicos para o Equador. E os contra-alísios são ventos secos que sopram do
Equador para os trópicos.
 Eventos periódicos:Asmonçõessão os ventos de verão, sendo que as monções
marítimassopram do Oceano Índico para a Ásia provocando chuvas extremas na Ásia
Meridional; e as monções continentaissopram do continente para o Oceano Índico,
provocando seca no Sul da Ásia. As brisassão ventos da beira mar. Há ainda ventos locais e
variáveis, que são ventos que se deslocam em determinados lugares e em determinadas
épocas específicas. São classificados como ventos perigosos os Ciclones(regiões tropicais e
subtropicais com rotação maior que 50 km/h),Furacões(medem de 200 a 400 km de
diâmetro com rotação maior que 119 km/h),Tufões(ocorrem no Sul asiático entre julho e
outubro), Tornados (formam-se rapidamente, de 10 a 30 minutos, e têm alto poder de
destruição, com ventos atingindo até 490 km/h), Vendavais(ventos de longa duração,
podendo atingir até 150 km/h) eWilly-Willy (denominação de ciclones nos países do Sul da
Oceania).
 O El Ninõ, ou fenômeno enso, constitui-se no aquecimento anormal das águas do Oceano
Pacífico, o que altera os ventos e consequentemente o regime das chuvas refletindo no
clima mundial.

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Clima e Vegetação.

 Os climas podem ser quentes: como o Equatorial:Clima tropical de floresta, com média de
250 C e alta pluviosidade durante todo o ano;Tropical Úmido:Alta temperatura e umidade,
com inverno menos úmido e temperatura média de 200 C, e verão muito úmido com
temperatura média de 400 C;Tropical Seco: Temperaturas elevadas e período seco mais
longo que o úmido (de 3 a 4 meses úmidos); e Desértico: Chuva escassa e grande amplitude
térmica.
 Os climas podem ser frios:como o Polar: Alta amplitude térmica tanto anual quanto diária e
média de temperatura muito baixa (-300 C); Subártico:Alta latitude, baixa temperatura e
umidade; eContinental:Interior do continente, commédia entre 100 C no verão e -30 C no
inverno.
 Há ainda climas Temperados como o Marítimo: Clima litorâneo de latitudes médias com
chuvas abundantes; Subtropical Úmido: Clima continental de latitudes médias com verão
úmido e inverno mais seco; eMediterrâneo: com verões quentes e secos e invernos frios e
chuvosos, com temperaturas médias anuais de 180 C. E climas de Altitude, como o Tropical
de Altitude: ocorre em áreas de altitude elevadas com baixa amplitude térmica.
 O Brasil apresenta 6 tipos de climas:
o Tropical: Alta média térmica, baixa amplitude térmica, período de chuvas concentrado
no verão (tropical típico) ou no inverno (tropical úmido);
o Tropical Úmido e Seco: Temperaturas elevadas, estação seca de maio a setembro e
chuvosa de outubro a abril com temperatura média anual entre 18° C e 28° C;
o Tropical Atlântico: Clima das regiões litorâneas do Sudeste, bastante quente e úmido,
com duas estações bem definidas;
o Tropical Equatorial: As altas temperaturas provocam altos índices
de evapotranspiração da floresta, o que garante elevada umidade continuamente, o que
ocorre na região Amazônica;
o Tropical de Altitude: Presente em zonas acima dos 800 metros em relação ao nível do
mar, temperaturas não ultrapassam os 30° C e a umidade sofre interferências do relevo
com invernos apresentando temperaturas médias inferiores a 18° C.
o Tropical Semiárido: Clima do nordeste brasileiro. Apresenta regime pluviométrico
irregular e mal distribuído com altas médias térmicas.
o Temperado Subtropical: Clima do Sul do Brasil. Possui 4 estações bem definidas e
médias térmicas amenas. Tem uma amplitude térmica maior que o restante do país com
chuvas bem distribuídas por todo o ano.

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Clima e Vegetação.

 O tipo de vegetação de determinada região é produto do seu tipo de clima; assim como
também influencia no clima local. Os Domínios vegetais do Brasil podem ser divididos em:
Domínios florestais:
 Como aFloresta Tropical Equatorial (Amazônia): Possui clima Equatorial e abriga a maior
biodiversidade do planeta. Pode ser estratificada em floresta de terra firme (áreas não
alagáveis com árvores de grande porte), floresta de várzea (áreas alagadas durante o
período de cheia dos rios, com árvores de porte médio) e floresta de igapó (áreas
constantemente alagadas com vegetação hidrófila);
 A Floresta Tropical (Mata Atlântica): Este bioma acompanha quase todo o litoral brasileiro.
É uma vegetação tropical bem parecida com a vegetação da floresta Amazônica, porém,
menos densa e com períodos secos (o que não ocorre na Amazônia);
 E a Floresta ou Mata das Araucárias: É uma vegetação característica do Sul do Brasil de
clima Subtropical. Tem uma biodiversidade menor, uma pluviosidade que é menor, mas
bem distribuída ao longo do ano e espécies vegetais como Araucárias e Pinheiros.
 E também podem ser divididos em Domínios Arbóreo-Arbustivos:
 Como o Cerrado:É um berçário de rios na porção central do Brasil. São florestas secas com
árvores baixas e esparsas, com raízes profundas e bastante resilientes aqueimadas;
 A Caatinga: Localiza-se na região semiárida no Nordeste brasileiro. Possui umacobertura
vegetal aberta e de pequeno porte. É um bioma exclusivamente Brasileiro adaptado a
longos períodos de seca;
 Os Campos: Também conhecido como Pampa Gaúcho, é formado por gramíneas e
pouquíssimas árvores, estabelecidas sobre um solo naturalmente fértil. Caracteriza- se por
seus pastos naturais;
 O Pantanal: Ocupa o território do Centro-Oeste brasileiro ao longo da Bacia do Rio Paraguai.
Passa um período do ano alagado e o outro seco. As plantas e animais que lá se encontram
são comuns em outros biomas brasileiros (baixo endemismo);
 Temos ainda as faixas de Transição: Que possuem as características dos domínios vizinhos
combinadas. Por isso são chamadas áreas de transição, como a Mata dos Cocais:
Ecossistema secundário (plantado) brasileiro situado no Nordeste do país entre os biomas
da Amazônia a Oeste, a Caatinga a Leste e Cerrado ao Sul, combinando características
desses biomas. Presença de muitos cocais que são espécies de palmeiras como a carnaúba,
o babaçu, o buriti e a buritirana.

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Aula 02 -02
Clima e Vegetação.

 E os Mangues: Formações vegetais litorâneas que se estabelecem em regiões alagadiças, de


climas tropicais e subtropicais do Brasil. É um ecossistema costeiro de transição entre os
biomas terrestre e marinho.

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Aula 03 –03Impactos Ambientais.

11. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

 Os impactos ambientaissão indicativos de desequilíbrio do meio ambiente oriundos do


massivo processo de urbanização. Os fatores são múltiplos e afetam a qualidade da água, do
ar e o clima.
 O efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento da Terra, essencial para manter a
temperatura do planeta em condições ideais para a sobrevivência dos seres vivos. No
entanto, é intensificado pela poluição, aquecendo o planeta em níveis prejudiciais para os
ecossistemas terrestres.
 Os gases de efeito estufa(GEE) funcionam basicamente como isolantes, absorvendo parte da
energia irradiada pela superfície da Terra, mantendo uma temperatura média de 140 C. Sem
eles, a temperatura média do planeta seria de -180 C.
 Os principais GEEsão: o dióxido de carbono (CO2) obtido do uso de combustíveis fósseis; o gás
metano (CH4) produzido pela decomposição de matéria orgânica; o óxido nitroso (N 2O) do
uso de fertilizantes e de alguns processos industriais; o hexafluoreto de enxofre (SF 6),
utilizado principalmente como isolante térmico e condutor de calor; os hidrofluorcarbonos
(HFCs) utilizados em aerossóis e refrigeradores; e os perfluorcarbonos (PFCs) utilizados em
solventes, propulsores, espuma e afins.
 O planeta está agora quase um grau mais quente do que estava antes do processo de
industrialização. O aumento da temperatura globalnas áreas continentais é mais alto do que
o aumento da temperatura média Terra; enquanto nosso planeta está cerca de 1°C mais
quente, nos continentes onde os humanos vivem o aumento é meio grau mais elevado.
 As projeções do efeito estufapreveem um aumento do nível médio das águas do mar de até
88 cm em 2100; aumento da amplitude do fenômeno El Niño; derretimento das geleiras na
Groenlândia e de lagos congelados.
 No Brasil, o Decreto Federal nº7.390/2010, que regulamenta a Lei da Política Nacional sobre
Mudança do Clima (PNMC), define o compromisso nacional voluntário brasileiro em reduzir
as emissões de GEE projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%.
 Os impactos das mudanças climáticas no Brasilpodem ser: savanização da floresta
Amazônica; aumento do nível do mar; aumento de chuvas e de temperatura nas regiões Sul e
Sudeste; diminuição da vazão dos rios devido à evaporação; chuvas fortes e inundações;
aumento das doenças infecciosas transmissíveis, como dengue e afins.

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Aula 03 –03Impactos Ambientais.

 A chuva ácida ocorre pelo acúmulo de poluentes como o CO2 no ar, que reagem com o vapor
d’água. Esse fenômeno pode provocar graves problemas ambientais e danos à saúde dos
seres vivos.
 A inversão térmicaocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma
camada de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura. O
agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica retida nas regiões próximas à
superfície terrestre devido à grande concentração de poluentes.
 As ilhas de calorsão consideradas microclimas urbanos. Devido à supressão da vegetação,
verticalização das construções e alta taxa de impermeabilização, o calor do dia todo é
absorvido, podendo ser disperso à noite. As áreas mais edificadas apresentam maiores
temperaturas que áreas rurais.
 A desertificação é caracterizada como o processo de degradação da terra nas zonas áridas,
resultantes das atividades humanas ou de fatores naturais (variações climáticas) e tem a seca
como um dos fatores principais. Atinge a região Nordeste além de parte do Tocantins e Mato
Grosso.
 A arenização consiste formação de bancos de areia em solos predispostos para essa
ocorrência, que ocasiona o esgotamento das áreas agricultáveis e a consequente perda da
vegetação e de nutrientes. Com o desmatamento das áreas para a agricultura, os solos
ficaram mais expostos à ação das chuvas, que auxiliam na sedimentação e movimentação dos
sedimentos, que, por sua vez, dão origem aos areais que recobrem os solos e torna a
paisagem, em muitos casos, semelhante a áreas de deserto.
 Os sedimentos são transportados pela chuva em direção aos rios e lagos, onde são
depositados, o que denominamos assoreamento. Os rios perdem a capacidade de
navegação, diminuem a velocidade da vazão e podem até desviar seu curso conforme
encontre obstáculos, atingindo espaços onde não existiam cursos d'água, incluindo ruas e
casas, causando, portanto, as enchentes urbanas.
 O uso indiscriminado de agrotóxicosna agricultura pode trazer diversos danos ambientais e à
saúde humana. Estima-se que mais de 64% dos alimentos brasileiros são contaminados por
agrotóxicos. O Brasil está na sétima posição no ranking do uso de agrotóxico por área
cultivada. Cada brasileiro consume cerca 5,2 litros de agrotóxico por ano. Com o aumento de
262 novos tipos de pesticidas no ano de 2019 a tendência é que essa situação se agrave. A
agricultura familiar, a agricultura orgânicae a agroecologia são formas de cultivar que não
utilizam pesticidas no plantio e que garantem a segurança alimentar.
 O lixo urbanojá é um problema tão intrínseco à sociedade atual que, além de contaminar as
águas muitas vezes utilizadas para o abastecimento urbano, em alguns locais a sedimentação

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Aula 03 –03Impactos Ambientais.

do solo já acoplou depósitos de diferentes materiais, causando riscos de desabamento em


áreas ocupadas devido ao vazamento de gases.
 As ecobarreiras são uma opção para solucionar o problema de lixo em recursos hídricos,
consistem em instalar em trechos próximos à foz, estruturas flutuantes feitas de materiais
reciclados, para conter os resíduos despejados nos rios e encaminhá-los para centros de
reciclagem, devolvendo as características naturais do rio, recuperando a harmonia
paisagística, a flora e a fauna do corpo d´água.
 Parte da água da chuva se infiltra no solo chegando ao lençol freático. Os aterros sanitários,
os agrotóxicos que escoam das áreas plantadas, as embalagens dos produtos químicos
descartadas indevidamente, além de cemitérios e posto de gasolina são todos potenciais
contaminantes dos lençóis freáticos.
 A precariedade do sistema de esgoto sanitário é um problema nacional e está ligado ao
crescimento desordenado dos centros urbanos. Apenas 46% dos esgotos do país são
tratados. 57 milhões de residências no país não têm acesso à rede de esgoto, 24 milhões não
têm água encanada e 15 milhões não possuem coleta de lixo, assumindo caráter de problema
de saúde pública que ainda assola uma parte significante da população brasileira.

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