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Como ciência social a geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no
entanto, é objetivada via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de
parentesco: paisagem, região, espaço, lugar e território.
HARTSHORNE (1939), por sua vez, admite que conceitos espaciais são de
fundamental importância para a geografia.
O espaço na visão hartshorniana é o espaço absoluto, isto é, um conjunto de pontos
que tem existência em si, sendo independente de qualquer coisa.
CLAVAL (1987), por sua vez admite que o espaço tem se constituído em tema
central para os geógrafos neomarxistas.
SANTOS (1977) afirma não ser possível conceber uma determinada formação
socioeconômica sem se recorrer ao espaço. Segundo ele, modo de produção,
formação socioeconômica e espaço são categorias interdependentes.
Não há assim como se falar em sociedade e espaço como se fossem separadas,
que nós reuniríamos a priori, mas sim de formação socioeconômica.
O lugar para TUAN (1979) por outro lado, tem um outro significado, possui um
espirito, uma personalidade.
AS PRATICAS ESPACIAIS
As praticas espaciais são ações que contribuem para garantir os diversos projetos.
O conceito de região natural nasce, pois desta ideia de que o ambiente tem certo
domínio sobre a orientação do desenvolvimento da sociedade.
São assim as formas de civilização, a ação humana, os gêneros de vida, que devem
ser interrogados para compreendermos uma determinada região.
Neste plano se deve começar pela descrição das características físicas seguida da
descrição da estrutura da população e de suas atividades econômicas. O objetivo
final é encontrar para cada região uma personalidade, uma forma de ser diferente e
particular.
Para Hettner, a geografia era uma ciência ideográfica, visto que ela estudava o
espaço terrestre e este é diferenciado, não regular e único em cada paisagem.
Regionalizar passa a ser a tarefa de dividir o espaço segundo diferentes critérios que
são devidamente explicitados e que variam segundo as intenções explicativas de
cada trabalho.
A partir dos anos setenta uma grande onda crítica se fez presente, arguindo e,
sobretudo o caráter ideológico deste tipo de perspectiva amparada nos modelos
econômicos neoclássicos.