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Dimensão Política:
A dimensão política da Geografia Humana, de acordo com Soja (1989) e Thrift (2006),
vai além da análise das estruturas políticas para incorporar uma compreensão do espaço
como uma arena fundamental para a política e a governança. Soja (1989) propõe uma
abordagem espacial da teoria social crítica, argumentando que o espaço é uma dimensão
central das relações políticas e sociais. Ele destaca como as configurações espaciais
influenciam as práticas políticas e as lutas pelo poder, fornecendo uma base conceitual
para entender as geografias políticas contemporâneas. Thrift (2006) complementa essa
perspectiva ao examinar as interações entre política e espaço, destacando como o espaço
não é apenas um cenário passivo, mas uma força ativa que molda e é moldada por
processos políticos.
Esses autores destacam que a dimensão política da Geografia Humana é essencial para
compreender as dinâmicas de poder e governança em diferentes regiões. As fronteiras
políticas, as relações entre Estados e as organizações internacionais são moldadas por
considerações geográficas, como localização, acesso a recursos naturais e configurações
territoriais. Além disso, os conflitos geopolíticos muitas vezes têm raízes espaciais,
refletindo disputas por território, controle de recursos e influência regional.
Dimensão Cultural:
Esses autores destacam que a dimensão cultural da Geografia Humana concentra-se nas
interações entre sociedade e cultura, explorando como as práticas sociais, crenças e
valores são organizados e expressos no espaço. A distribuição geográfica das
populações humanas, os padrões de assentamento e a configuração das paisagens
refletem e reproduzem significados culturais, políticos e sociais. A cultura influencia
não apenas a forma como os espaços são percebidos e utilizados, mas também as
relações sociais e as identidades individuais e coletivas que se desenvolvem dentro
desses espaços.
Referências Bibliográficas
Para Gomes (1996) A observação direta é uma técnica de coleta de dados utilizada no
estudo da geografia humana, que envolve a análise e registro de fenômenos e
comportamentos humanos em tempo real, no ambiente natural em que ocorrem. (P. 23).
Anotações de Campo: O pesquisador faz anotações detalhadas sobre o que está sendo
observado, registando características físicas e sociais do ambiente, comportamentos
humanos, interacções e quaisquer outros elementos relevantes.
Referências:
Conforme destaca Sachs (2001), esses pólos são caracterizados pela presença de
indústrias, serviços, instituições de ensino e pesquisa, bem como por uma infra-estrutura
de transporte e comunicação eficiente.
Segundo Oliveira et al. (2019), essa área tem se destacado como um importante centro
logístico e industrial, impulsionando o desenvolvimento da região norte do país. Com
investimentos em infra-estrutura portuária, ferroviária e rodoviária, além de incentivos
fiscais e facilidades para investidores, a Zona Económica Especial de Nacala tem
atraído empresas nacionais e estrangeiras, gerando empregos e estimulando a
diversificação da economia local.
Conforme ressaltado por Loforte et al. (2018), a Beira possui uma localização
estratégica, próxima aos principais corredores de comércio e transporte do país. Além
disso, a cidade conta com um porto movimentado e uma infra-estrutura urbana
relativamente desenvolvida, o que tem atraído investimentos em diversos sectores,
como logística, indústria e serviços. Esses investimentos têm contribuído para o
crescimento económico da região e para a melhoria das condições de vida da população
local.
Referências Bibliográficas
Loforte, A. M., et al. (2018). "A Cidade da Beira, Moçambique, como Pólo de
Desenvolvimento Econômico e Territorial: Uma Análise a Partir das Transformações e
Desafios Recentes". Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 20(1), 185-202.