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Já foi respondida anteriormente, mas pode-se destacar que Horacio Sormani enfatiza a
importância da abordagem interdisciplinar e da análise das relações sociais e econômicas na
compreensão da região. Ele destaca que "a região é o resultado de um processo histórico,
social e econômico em que o homem é o principal agente, em constante interação com a
natureza" (Estudo sobre o conceito de região). Além disso, ele propõe uma abordagem
dialética, que busca compreender as contradições e conflitos presentes na região.
24. Identificar o avanço, dado pelo Alain Lipietz, ao estudo da região e evidencie-o através de
uma/s citação/ões da sua palavra.
R: Alain Lipietz é um dos autores mais importantes no campo da geografia econômica e do
desenvolvimento regional, e seu trabalho tem contribuído para o avanço do estudo da região.
Uma de suas contribuições mais significativas foi o desenvolvimento do conceito de "sistema
produtivo local", que se refere a um conjunto de empresas, fornecedores, prestadores de
serviços e instituições de apoio que se concentram em uma área geográfica e estão
conectados por relações de cooperação e interdependência. Uma citação de Lipietz que
evidencia essa contribuição é: "Os sistemas produtivos locais são a base material da
economia local e são fundamentais para entender as relações entre produção, inovação e
território" (Lipietz, 1997). Com essa perspectiva, Lipietz enfatiza a importância da análise do
papel do território na produção econômica e na inovação tecnológica, destacando a interação
entre a atividade econômica e a configuração espacial.
Resumindo o autor Alain Lipietz trouxe um avanço ao estudo da região ao propor a
abordagem da "ecologia industrial", que considera as interações entre as empresas em uma
região e a utilização eficiente dos recursos naturais. Lipietz destaca a importância da
cooperação entre as empresas em uma região para a redução do impacto ambiental e o
aumento da eficiência econômica. Uma citação que evidencia esse avanço é: "A ecologia
industrial pretende ser um modelo para a reorganização do conjunto dos sistemas produtivos
em escala territorial, a fim de que haja uma gestão mais racional das matérias-primas, da
energia e do meio ambiente, e para que a lógica da eficácia econômica possa ser conciliada
com a exigência da preservação da qualidade de vida" (Estudo sobre o conceito de região).
25. Debata a letra a seguir no contexto do objecto de estudo da geografia “Ao produzir seus
meios de vida, os seres humanos o homem estão condicionado/s por sua organização física, o
que torna explícita a existência de uma conexão entre a organização social e os seus
condicionantes materiais. A produção tem, pois, uma dimensão material que lhe é inerente; é
através dela que os seres humanos os homens estabelecem uma íntima conexão com a
natureza. Na atividade produtiva humana no trabalho, está expresso em sua mais pura
asseveração do intercâmbio entre o homem a sociedade e natureza”.
R: Essa letra destaca a interação entre o homem, a sociedade e a natureza através da atividade
produtiva e do trabalho humano. Ela aponta que a produção tem uma dimensão material que é
inerente à natureza humana e que está diretamente relacionada à organização social e aos
condicionantes materiais que a cercam. Assim, o trabalho humano é uma atividade que
estabelece uma íntima conexão entre a sociedade e a natureza, permitindo a produção de
meios de vida e o desenvolvimento das sociedades. Na geografia, essa conexão é
fundamental para entender como as atividades humanas moldam e são moldadas pelo espaço
geográfico, evidenciando a relação dialética entre a sociedade e a natureza.
26. Mostrar a conceção da região como criação para o desenvolvimento e identifique, alem da
geografia, outras ciências espaciais que o utiliza.
R: A concepção da região como criação para o desenvolvimento está relacionada à ideia de
que as regiões não são entidades naturais ou pré-existentes, mas sim construções sociais e
políticas que podem ser moldadas e transformadas para atender aos objetivos de
desenvolvimento de uma determinada sociedade.
Essa concepção é comum em várias ciências espaciais, além da geografia, como a economia
regional, a sociologia urbana e regional, a planejamento regional e urbano, entre outras. Cada
uma dessas disciplinas oferece uma perspectiva específica sobre o processo de
desenvolvimento regional e as formas como as regiões são criadas e transformadas para
atender às demandas socioeconômicas e políticas.
A economia regional, por exemplo, enfatiza a importância da especialização produtiva e da
integração econômica regional para o desenvolvimento. A sociologia urbana e regional, por
sua vez, se concentra nas relações sociais e políticas que moldam a organização territorial e a
construção da identidade regional. Já o planejamento regional e urbano, tem como objetivo a
gestão do espaço para garantir o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida das
populações.
Em resumo, a concepção da região como criação para o desenvolvimento implica reconhecer
que as regiões são dinâmicas e podem ser transformadas para atender às demandas de uma
sociedade em constante evolução. Essa concepção é compartilhada por várias ciências
espaciais, que oferecem diferentes perspectivas sobre o processo de desenvolvimento
regional.
27. Distinguir, brevemente, as diferenças e semelhanças, do dizer sobre a região, como facto
e conceito, de vonThünen e os outros autores citados no livro Estudo sobre o conceito de
região.
R: Von Thünen, em sua obra clássica "O Isolamento Espacial da Agricultura" (1826), utiliza
a região como um fato empírico e delimita as diferentes regiões agrícolas em torno de uma
cidade central, levando em consideração a distância e o custo do transporte dos produtos
agrícolas.
Já os outros autores citados no livro Estudo sobre o conceito de região, como Milton Santos e
Horacio Capel, utilizam a região como um conceito construído socialmente e relacionado
com as dinâmicas socioeconômicas e culturais de um determinado território. Esses autores
enfatizam a importância de analisar a região em termos de processos históricos e geográficos,
considerando a influência das relações de poder e das transformações tecnológicas e
econômicas.
Dessa forma, enquanto von Thünen utiliza a região como um fato objetivo e delimitado
geograficamente, os outros autores a veem como um conceito construído socialmente,
relacionado às relações sociais e econômicas em um determinado território.
Resumindo o autor von Thünen, em sua obra "O Isolamento nas Terras", apresenta a região
como uma unidade geográfica delimitada pela influência dos centros urbanos, na qual os
produtos agrícolas produzidos são direcionados para a cidade, levando em consideração a
distância e o custo de transporte. Já outros autores, como Boudeville, Sormani, Rofman e
Lipietz, apresentam a região como um conceito mais amplo, que vai além da produção
agrícola e considera aspectos sociais, políticos e econômicos, além de levar em conta a
influência dos processos globais na sua formação e transformação. Apesar das diferenças de
abordagem, tanto von Thünen como os outros autores reconhecem a importância da
delimitação espacial na compreensão dos fenômenos econômicos e sociais.
28. Comente as circunstancias e situações, que segundo Engels, acontecerem através do
trabalho para dar lugar à transformação do macaco em ser humano.
R: Segundo Engels, a transformação do macaco em ser humano foi resultado de um longo
processo histórico de trabalho. Ele argumenta que o trabalho levou os seres humanos a se
levantar e a se tornarem bípedes, a desenvolverem as mãos e o cérebro, a produzirem
ferramentas e a se organizarem socialmente. Engels afirma que "A mão é não apenas o órgão
do trabalho, é também produto do trabalho. Somente o trabalho pode ter criado,
gradualmente, a mão humana, tal como agora é".
De acordo com Engels, a transformação do macaco em ser humano foi um processo lento e
gradual, que ocorreu ao longo de milhões de anos através da evolução do trabalho e da
produção. Ele acredita que o trabalho é a atividade que define a humanidade e que é através
dele que os seres humanos se desenvolveram e se transformaram em seres sociais e
inteligentes.
Resumindo o filósofo e sociólogo Friedrich Engels argumenta que o trabalho é um processo
fundamental que transformou o ser humano a partir de seus antepassados primatas. Segundo
Engels, ao produzir seus meios de vida, os seres humanos foram condicionados por sua
organização física, o que evidencia a conexão entre a organização social e os condicionantes
materiais. Para ele, o trabalho é a atividade humana que estabelece uma íntima conexão com
a natureza, onde através dele, ocorre o intercâmbio entre o homem, a sociedade e a natureza.
Engels acreditava que a evolução do trabalho transformou o macaco em ser humano, pois
através dele o homem aprendeu a dominar a natureza, a transformá-la e a se adaptar às
diferentes condições geográficas e climáticas.
29. Realizar uma breve síntese do Capitulo 3 “A Região: Formulações Avançadas” do livro
Estudo da Região e, identificar o campo conceitual examinado nele.
R: O Capítulo 3 do livro "Estudo da Região" aborda formulações avançadas sobre o conceito
de região. O autor inicia o capítulo com uma análise crítica das teorias anteriores sobre a
região e propõe uma nova abordagem, enfatizando a importância do processo de produção no
desenvolvimento regional. Em seguida, são apresentados os conceitos de região funcional e
região sistêmica, que consideram as interações entre as diferentes atividades econômicas e os
fluxos de bens e serviços. O autor também discute a relação entre região e política,
enfatizando a necessidade de uma abordagem integrada e participativa na formulação de
políticas regionais. O campo conceitual examinado neste capítulo é o estudo da região como
um sistema econômico e social em constante evolução.
30. Comente a ideia central do texto “A região como problema para Milton Santos” de Ina
Elias de Castro e indique o marco conceitual utilizado.
R: O texto "A região como problema para Milton Santos" de Ina Elias de Castro aborda a
concepção de região na obra de Milton Santos, destacando a sua importância como problema
e desafio para a geografia crítica. A ideia central do texto é que, para Milton Santos, a região
é entendida como uma construção social e histórica, resultado de um conjunto de relações
econômicas, políticas e culturais, que se manifestam de forma desigual e contraditória no
espaço. Nesse sentido, a região é vista como um objeto de análise privilegiado para a
compreensão da realidade social e das transformações espaciais.
O marco conceitual utilizado no texto é a perspectiva crítica da geografia, que busca
compreender as relações sociais e espaciais a partir da análise das contradições e conflitos
que marcam a organização do espaço geográfico. Além disso, são explorados conceitos-
chave da obra de Milton Santos, como território, lugar, globalização e desenvolvimento
desigual.
31. Fazer uma breve síntese das “Considerações finais” do livro Estudo sobre o conceito de
região e constatar o campo conceitual exposto nelas.
R: No capítulo de "Considerações Finais" do livro "Estudo sobre o conceito de região", os
autores realizam uma síntese dos principais temas e ideias apresentados nos capítulos
anteriores. Eles destacam a importância da compreensão da região como um conceito em
constante transformação e construção social, além de ressaltar a necessidade de abordar a
região em sua complexidade e diversidade.
Os autores também enfatizam a importância da interdisciplinaridade no estudo da região,
ressaltando que várias áreas do conhecimento, como a economia, a sociologia, a antropologia,
a história e a ecologia, contribuem para a compreensão desse objeto de estudo.
Por fim, os autores destacam a necessidade de incorporar perspectivas críticas e reflexivas no
estudo da região, levando em consideração as relações de poder e as desigualdades que estão
presentes na construção e uso do conceito de região.
O campo conceitual exposto nas Considerações Finais é a compreensão da região como um
objeto de estudo interdisciplinar e em constante transformação, que deve ser abordado de
forma crítica e reflexiva, levando em consideração as relações de poder e as desigualdades
presentes na sua construção e uso.
32. O que lhe sugere a afirmação de Engels sobre que “a cabeça que planejava o trabalho já
era capaz de obrigar mãos alheias a realizar o trabalho projetado por ela? O que etapa se
começa a vislumbrar da sociedade humana.
R: A afirmação de Engels sugere que o trabalho é uma atividade socialmente construída,
onde a organização do trabalho é resultado da capacidade humana de planejar e coordenar
ações, bem como de impor essas ações a outros indivíduos. Isso significa que a divisão social
do trabalho é uma condição necessária para a existência da sociedade humana, e que essa
divisão é determinada pelas relações sociais que existem entre os indivíduos.
A etapa que começa a vislumbrar da sociedade humana, a partir dessa afirmação, é a
organização social e a estruturação das classes sociais. O planejamento do trabalho, a divisão
social do trabalho e a capacidade de obrigar outros a realizá-lo revelam a emergência de uma
sociedade na qual as relações de poder se tornam mais complexas e sofisticadas. Isso
significa que a sociedade começa a se estruturar em torno de grupos sociais que exercem
diferentes papéis no processo de produção, e que essa divisão do trabalho começa a gerar
desigualdades e conflitos entre os grupos sociais.
33. Como interpreta a asseveração que se pode ler a continuação? “O espaço é social, porque
nele se desdobram relações sociais que estão explícitas ou implicitamente presentes em todas
as áreas conhecidas pelo homem pelos seres humanos” (Estudo sobre o conceito de região).
R: Essa asserção sugere que o espaço geográfico não é apenas um ambiente físico, mas
também é um produto social. Isso significa que o espaço é moldado pelas atividades humanas
e pelas relações sociais que ocorrem nele. As atividades humanas e as relações sociais
desdobradas no espaço geográfico são influenciadas por vários fatores, como cultura, história,
economia e políticas. Em outras palavras, o espaço geográfico é socialmente construído e está
em constante evolução. Portanto, entender as relações sociais e as atividades humanas que
ocorrem em um determinado espaço geográfico é essencial para entender como esse espaço é
utilizado e como ele evolui ao longo do tempo.
34. Comente o capitulo intitulado: “Os limites de um conceito de região na vertente marxista”
do artigo de Elias de Castro,
R: O capítulo "Os limites de um conceito de região na vertente marxista" do artigo de Elias
de Castro discute a problemática da aplicação do conceito de região na perspectiva marxista.
O autor argumenta que, apesar da importância deste conceito para a análise geográfica, sua
utilização deve ser feita com cautela, pois ele pode ser limitante e obscurecer as dinâmicas
sociais e econômicas que permeiam as áreas estudadas.
Castro enfatiza que, na tradição marxista, o conceito de região está muitas vezes associado a
uma análise espacial baseada na divisão do trabalho, o que pode levar a uma visão estática e
homogênea do território. Segundo ele, essa abordagem negligencia as relações sociais de
produção e as contradições que atravessam as diferentes áreas geográficas.
O autor sugere que a análise das regiões deve considerar as dinâmicas socioeconômicas em
jogo, levando em conta não apenas as relações de produção, mas também as lutas políticas e
os conflitos que ocorrem dentro e entre as regiões. Além disso, ele destaca a importância de
considerar a dimensão temporal das mudanças territoriais e as interações entre diferentes
escalas de análise.
Em suma, o capítulo de Elias de Castro contribui para o debate sobre o conceito de região na
vertente marxista, destacando a necessidade de uma abordagem mais crítica e dinâmica desse
tema. O autor aponta para a importância de se considerar as contradições e lutas que
atravessam as diferentes áreas geográficas, enfatizando que a análise das regiões deve ser
situada em um contexto mais amplo de mudanças socioeconômicas e políticas.
Resumindo o capítulo "Os limites de um conceito de região na vertente marxista" do artigo
de Elias de Castro discute a limitação do uso do conceito de região na perspectiva marxista.
O autor argumenta que o conceito pode ser limitante e obscurecer as dinâmicas sociais e
econômicas que permeiam as áreas estudadas, especialmente se a análise se basear apenas na
divisão do trabalho. Castro sugere que a análise das regiões deve considerar as dinâmicas
socioeconômicas em jogo, levando em conta não apenas as relações de produção, mas
também as lutas políticas e os conflitos que ocorrem dentro e entre as regiões. O autor
enfatiza a importância de considerar a dimensão temporal das mudanças territoriais e as
interações entre diferentes escalas de análise. Em resumo, Castro defende uma abordagem
mais crítica e dinâmica do conceito de região na vertente marxista.
35. O que representa, para você, o dizer dos autores citados no livro Estudo sobre a região.
“O modo como os homens os seres humanos produzem os seus meios de vida depende, em
primeiro lugar, da natureza dos próprios meios de vida encontrados e a reproduzir. (...) como
exprimem a sua vida, assim os indivíduos são. Aquilo que eles são coincide, portanto, com a
sua produção, com o que produzem e também com o como produzem. Aquilo que os
indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua produção (Marx e Engels,
1984, p.14-5)”.
R: Esse trecho citado dos autores Marx e Engels enfatiza a importância das condições
materiais de produção na formação e desenvolvimento dos seres humanos. De acordo com
essa visão, a forma como as pessoas produzem os meios de vida é fundamental para a
construção de sua identidade e forma de vida.
Essa perspectiva está intimamente ligada à teoria do materialismo histórico, que sustenta que
as condições materiais e econômicas de uma sociedade são determinantes para o seu
desenvolvimento e evolução. De acordo com essa teoria, a produção de bens materiais é a
base da vida humana e, portanto, influencia diretamente a organização social e política das
sociedades.
Assim, os autores citados acreditam que a maneira como as pessoas produzem seus meios de
vida é um reflexo da sua identidade e cultura, e que essas condições materiais são
determinantes para a sua forma de vida. Portanto, é possível entender que, para Marx e
Engels, as condições de produção são fundamentais para o entendimento da história e da
sociedade humana.
Resumindo o trecho citado dos autores Marx e Engels enfatiza a importância das condições
materiais de produção na formação e desenvolvimento dos seres humanos. Segundo eles, a
forma como as pessoas produzem os meios de vida é fundamental para a construção de sua
identidade e forma de vida. Isso está relacionado à teoria do materialismo histórico, que
defende que as condições materiais e econômicas de uma sociedade influenciam diretamente
a sua organização social e política. Assim, as condições de produção são consideradas
fundamentais para entender a história e a sociedade humana.
36. Assinale e discuta as diferentes interpretações sobre o conceito de região que é observado
no livro Estudo sobre o conceito de região.
R: O conceito de região é um tema bastante discutido e polêmico no campo da geografia e
em outras áreas do conhecimento. O livro "Estudo sobre o conceito de região" de Milton
Santos, publicado originalmente em 1978, é uma importante obra que aborda as diferentes
interpretações desse conceito.
Uma das interpretações mais comuns é a ideia de que a região é um espaço geográfico
delimitado por fronteiras naturais ou artificiais, com características próprias e homogêneas
em termos de paisagem, clima, economia, cultura, entre outros aspectos. Essa concepção é
conhecida como regionalismo e enfatiza a ideia de que a região é um espaço fechado e
autônomo, com relativa independência em relação a outros espaços.
Outra interpretação, que se contrapõe à anterior, é a ideia de que a região não é um espaço
fechado e homogêneo, mas sim um espaço dinâmico e complexo, influenciado por diversos
fatores, como a globalização, a tecnologia, as migrações, entre outros. Essa concepção é
conhecida como regionalização e enfatiza a ideia de que a região é um espaço aberto e em
constante transformação, com interações e relações com outros espaços.
Além dessas duas interpretações, o livro de Milton Santos apresenta outras perspectivas sobre
o conceito de região, como a ideia de que a região é um produto da ação humana sobre o
espaço, a ideia de que a região é um espaço de poder e dominação, a ideia de que a região é
um espaço de identidade e pertencimento, entre outras.
Em resumo, o conceito de região é multifacetado e pode ser interpretado de diversas formas,
dependendo da perspectiva adotada. O livro de Milton Santos é uma importante contribuição
para o debate sobre esse tema e mostra a importância de se compreender as diferentes
interpretações e significados que o conceito de região pode assumir.
Resumindo o livro "Estudo sobre o conceito de região" de Milton Santos aborda as
diferentes interpretações do conceito de região na geografia e em outras áreas do
conhecimento. Duas interpretações comuns são o regionalismo, que enfatiza a ideia de que a
região é um espaço fechado e homogêneo, e a regionalização, que enfatiza a ideia de que a
região é um espaço aberto e em constante transformação, influenciado por diversos fatores. O
livro mostra que o conceito de região é multifacetado e pode ser interpretado de diversas
formas, dependendo da perspectiva adotada.
37. Realizar uma reflexão, sobre as ideias expostas, do conceito de região no texto de Thiago
Macedo Alves De Brito: Reflexões sobre a região.
R: No texto "Reflexões sobre a região" de Thiago Macedo Alves de Brito, o autor faz uma
reflexão sobre o conceito de região e como ele tem sido utilizado ao longo da história da
geografia.
Uma das principais ideias apresentadas pelo autor é que o conceito de região é um construto
social e histórico, ou seja, não existe uma região natural ou geográfica pré-determinada. As
regiões são criadas a partir das relações sociais, econômicas e políticas que se estabelecem
em determinado espaço.
Outra ideia importante é que o conceito de região não é estático e imutável, mas sim
dinâmico e mutável. As regiões podem mudar ao longo do tempo, de acordo com as
transformações econômicas, sociais e políticas que ocorrem no seu interior ou no contexto
mais amplo.
Além disso, o autor questiona a utilização do conceito de região como uma forma de
categorizar e hierarquizar os espaços. Ele argumenta que essa visão pode levar à valorização
de algumas regiões em detrimento de outras, o que pode gerar desigualdades regionais.
Diante dessas reflexões, podemos concluir que o conceito de região é uma construção social e
histórica que está em constante transformação. É importante ter em mente que as regiões não
são entidades fixas e imutáveis, mas sim espaços que são moldados pelas relações sociais,
econômicas e políticas que se estabelecem em seu interior. Além disso, é fundamental utilizar
o conceito de região de forma crítica, evitando sua utilização como forma de hierarquizar e
valorizar algumas regiões em detrimento de outras.
Resumindo o texto "Reflexões sobre a região" de Thiago Macedo Alves de Brito trata do
conceito de região e como ele é uma construção social e histórica que está em constante
transformação. O autor questiona a utilização do conceito de região como uma forma de
categorizar e hierarquizar os espaços, destacando que essa visão pode gerar desigualdades
regionais. Portanto, é importante utilizar o conceito de região de forma crítica e entender que
as regiões são espaços moldados pelas relações sociais, econômicas e políticas que se
estabelecem em seu interior.
38. Que relações conceituais se observam entre o trabalho, o espaço e a região no livro
Estudo sobre o conceito de região?
R: O livro "Estudo sobre o conceito de região", escrito por Milton Santos, discute a relação
entre trabalho, espaço e região em diversas dimensões.
Em primeiro lugar, Santos argumenta que a organização do espaço é influenciada pelo
trabalho e pelas formas de produção. Por exemplo, a localização de fábricas e indústrias, bem
como a disposição das estradas e redes de transporte, são determinadas pelo processo
produtivo. O espaço, portanto, é moldado pelas relações sociais e econômicas que se
desenvolvem em torno do trabalho.
Além disso, Santos discute como as relações de trabalho variam de acordo com a região. Ele
mostra que a divisão regional do trabalho e a especialização produtiva criam desigualdades
econômicas entre diferentes áreas geográficas. A região é, portanto, uma construção social
que reflete as relações de poder e as dinâmicas econômicas e políticas que caracterizam cada
lugar.
Por fim, Santos aborda a importância do espaço e da região na luta política e social. Ele
argumenta que a construção de identidades regionais e a mobilização política em torno de
questões locais são estratégias importantes para as populações que buscam melhorar suas
condições de vida. Assim, o espaço e a região são conceitos fundamentais para entender as
relações sociais e políticas que moldam a vida das pessoas em diferentes lugares.
Resumindo o livro "Estudo sobre o conceito de região" de Milton Santos mostra que o
trabalho é um fator importante na organização do espaço, influenciando a localização de
fábricas e redes de transporte. As relações de trabalho variam de acordo com a região,
criando desigualdades econômicas entre diferentes áreas geográficas. A região é uma
construção social que reflete as relações de poder e as dinâmicas econômicas e políticas de
cada lugar. Por fim, o espaço e a região são conceitos fundamentais para entender as relações
sociais e políticas que moldam a vida das pessoas em diferentes lugares.
39. Identifique os pressupostos conceituais da geografia crítica, segundo Elias de Castro.
R: Elias de Castro é um importante geógrafo brasileiro e um dos principais expoentes da
Geografia Crítica. Segundo ele, os pressupostos conceituais da Geografia Crítica podem ser
resumidos em quatro pontos principais:
Espaço como categoria fundamental: O espaço é o objeto de estudo central da
Geografia Crítica. Segundo Castro, o espaço é uma construção social e histórica, que
reflete as relações sociais, políticas e econômicas que se desenvolvem em torno dele.
Além disso, o espaço é visto como um campo de lutas, onde diferentes atores sociais
disputam o controle e a utilização dos recursos e do território.
Crítica ao positivismo: A Geografia Crítica critica o positivismo, que considera a
ciência como neutra e objetiva, sem levar em conta as relações de poder e as
diferentes perspectivas e interesses dos atores sociais. A Geografia Crítica defende
uma abordagem mais reflexiva e crítica, que leve em conta a dimensão subjetiva e
histórica do conhecimento geográfico.
Relação sociedade-natureza: A Geografia Crítica enfatiza a relação entre a sociedade
e a natureza, que são entendidas como dimensões inseparáveis do espaço. A relação
sociedade-natureza é vista como uma relação de interdependência e transformação
mútua, onde a natureza é moldada e transformada pelas atividades humanas, ao
mesmo tempo em que influencia e limita essas atividades.
Compromisso social: A Geografia Crítica tem um compromisso social, buscando
contribuir para a transformação da sociedade e a construção de um mundo mais justo
e igualitário. Isso implica uma postura crítica em relação às desigualdades sociais e
aos processos de exclusão e marginalização que caracterizam a sociedade
contemporânea.
Resumindo os pressupostos conceituais da Geografia Crítica, segundo Elias de Castro, são: a
centralidade do espaço como objeto de estudo, a crítica ao positivismo, a ênfase na relação
entre sociedade e natureza e o compromisso social. O espaço é visto como uma construção
social e histórica, campo de lutas entre diferentes atores sociais, enquanto a relação entre
sociedade e natureza é entendida como uma relação de interdependência e transformação
mútua. A Geografia Crítica tem um compromisso social e uma postura crítica em relação às
desigualdades e exclusão na sociedade contemporânea.