Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
URBANO E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
• O planejamento urbano.
O ENFOQUE REGIONAL
No atual contexto do processo de desenvolvimento
assumem relevância os estudos que buscam desenvolver
uma abordagem mesológica do desenvolvimento,
orientados na perspectiva da compreensão das
transformações do espaço regional contemporâneo. O
esforço de crítica exige a superação do debate clássico
sobre o desenvolvimento, que contrapõem as
abordagens macrossociais e as microssociais.
A análise da globalização, impõe uma reflexão sobre a
dialética global/local como ponto de partida para
definição de propostas metodológicas. Ao invés de uma
homogeneização dos espaços produtivos em nível
mundial, o processo de mundialização, significa uma
reordenação dos espaços produtivos (DOWBOR, 1997) e
a requalificação das diferenças regionais.
Para SARACENO (1998), o percurso do
desenvolvimento econômico até os anos 60 foi
percebido como um processo linear. As diversidades
territoriais eram concebidas como disparidades do
desenvolvimento.
Assim sendo, qualquer que fosse o tipo de espaço,
apresentaria estágios semelhantes de
desenvolvimento. Neste esquema, as diferenças entre
zonas desenvolvidas e não desenvolvidas não é
significativo, sendo que as políticas de
desenvolvimento poderiam ser idênticas para áreas
distintas.
Como conseqüência, as abordagens de desenvolvimento
vertical
Outras atividades econômicas tem fortes relações
com a utilização da terra no espaço rural. A função
primordial da agricultura segue sendo a produção de
alimentos e outros produtos básicos. Entretanto, gera
uma gama de produtos e serviços não primários, que
condicionam o ambiente, afetam os sistemas sociais e
culturais, contribuindo com o crescimento
econômico.
Segundo SARACENO (1998), países europeus, tais
como Portugal, Espanha, Grécia, Alemanha, Suíça e a
Áustria, não possuem políticas setoriais autônomas
na sua tradição administrativa, mas sim políticas
regionais que interagem.
Assim sendo, a noção de rural deveria ser
estritamente territorial ou espacial, não podendo ser
identificada por setores de atividades. As
transformações ocorridas no meio rural implicam o
fato de que elas têm necessidades novas, típicas de
uma sociedade urbana moderna. Cita-se como
exemplo, o zoneamento para definir áreas industriais
e de moradia, áreas de preservação ambiental.
O espaço regional é o local do encontro entre esses dois
mundos. Porém, nele as particularidades não são anuladas,
ao contrário são fontes de integração e de cooperação. O que
resulta desta aproximação não é a diluição de um dos pólos
do “continuum”, mas a configuração de uma rede de relações
recíprocas, em múltiplos planos, sob muitos aspectos, que
reitera e viabiliza as particularidades (WANDERLEY, 1999).
Um enfoque integrado de gestão ambiental exige a
ordenamento territorial.
Dois instrumentos e políticas podem ser destacadas nesta temática
O PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
Segundo NOGUEIRA(1994), as regiões estão sujeitas a determinados processos
espontâneos e característicos que se manifestam em três níveis:
Nível da cidades
• Critérios de Homogeneidade e
É um sistema econômico espacial, composto
por uma área metropolitana, por uma periferia
inter-metropolitana, por centros
metropolitanos e por um conjunto de eixos de
comunicações e desenvolvimento unindo os
centros e a área.
Juridicamente afirma-se que:
Uma região metropolitana consiste
numa realidade urbano-regional que
se estende por um espaço geográfico
dentro do qual se distinguem várias
jurisdições políticos-territoriais,
contíguas ou superpostas entre si,
segundo o nível de competência, seja
local ou regional, formando uma
mesma unidade sócio-econômica.
ASPECTOS JURÍDICOS DE REGIONALIZAÇÃO
A União, mediante Lei Complementar, poderá
estabelecer regiões metropolitanas, constituídas por
municípios que independentemente de sua
vinculação administrativa, integrem a mesma
comunidade sócio econômica, visando à realização de
interesse comum.
Região Integrada de
Desenvolvimento do
DF 19/02/1998 21 Brasília
Distrito Federal e Entorno
(RIDE)
MG
RM do Norte/Nordeste
06/01/1998 20 Joinville
Catarinense
SC
Total 26 413
A Constituição Estadual de 1989 dedica o
Capítulo II à organização regional,
apresentando como um dos seus objetivos, no
art. 152, "o planejamento regional para o
desenvolvimento sócio-econômico e melhoria
da qualidade de vida", e definindo no parágrafo
único deste mesmo artigo que os planos e
sistemas de caráter regional serão coordenados
e compatibilizados pelo Poder Executivo
Estadual. A definição para região metropolitana
encontra-se no art. 153 §1º, transcrito a seguir:
Considera-se região metropolitana o
agrupamento de Municípios limítrofes que
assuma destacada expressão nacional, em
razão de elevada densidade demográfica,
significativa conurbação e de funções
urbanas e regionais com alto grau de
diversidade, especialização e integração
sócio-econômica, exigindo planejamento
integrado e ação conjunta permanente dos
entes públicos nela atuantes.
.
O sistema de gestão é tratado no art. 154,
ficando estabelecido a criação de um Conselho
normativo e deliberativo, com participação
paritária do conjunto dos municípios com
relação ao Estado. Através do §1º fica
estabelecido a vinculação a este conselho de
uma entidade executora, e o §2º assegura a
participação da população no processo de
planejamento, na tomada de decisões e na
fiscalização da realização dos serviços ou
funções públicas em nível regional.
O Estado de São Paulo possui atualmente
três Regiões Metropolitanas: a de São
Paulo, a da Baixada Santista e a de
Campinas, cujas localizações podem ser
visualizadas. Juntas concentram 58,6% da
população do Estado e 12% do País.
A gestão metropolitana no Estado de São
Paulo encontra-se vinculada a três
entidades: Empresa Paulista de
Planejamento Metropolitana S.A.
(EMPLASA), Agência Metropolitana da
Baixada Santista (AGEM) e Secretaria de
Estado dos Transportes Metropolitanos.
Um outro processo urbano ocorre
atualmente no Estado de São Paulo, que
apresenta uma sub-região a qual vem
sendo denominada Complexo
Metropolitano Expandido (CME)
A RMBS está inserida no espaço envolvido,
localizado num raio aproximado de 150km
a partir da cidade de São Paulo. As diversas
áreas que integram o CME compõem um
dos principais eixos econômicos do Estado,
constituindo-se numa região com forte
poder atrativo de investimentos, e
apresentando um alto potencial de
crescimento.
Lencioni (2003) analisa este aglomerado
metropolitano como o anúncio de uma
megalópole em formação, acrescentando que
constitui a área metropolitana mais
importante do país. Megalópole formada mais
por áreas urbanas contínuas do que
descontínuas, e onde se verifica a adoção da
prática de morar e trabalhar em cidades
distintas. Este é um assunto complexo e
merecedor de pesquisa própria, somente
inserido neste trabalho com o objetivo de
registrar um processo em andamento e que
engloba o espaço referencial de estudo.
O Estatuto da Cidade considera o
planejamento das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões
como um dos instrumentos da política
urbana. Porém, o texto aprovado não
dedicou um capítulo específico a este
tema. Encontram-se mais duas referências
no referido documento:
1) art. 41 § II, que estabelece a
obrigatoriedade do Plano Diretor para
as cidades integrantes de regiões
metropolitanas e aglomerações
urbanas; e,