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Índice
Pensando o(s) espaço(S): conceções e implicações.....................................................................1
Introdução às conceções de espaço e lugar.............................................................................1
(Re)configurações dos espaços sociais.....................................................................................1
Os espaços constitutivos e as suas marginalizações.................................................................1
Regiões e regionalismos...............................................................................................................1
Discussão sobre as diferentes leituras teóricas, políticas, económicas e/ou geoestratégicas
de região no internacional.......................................................................................................1
Pequenos resumos dos textos selecionados........................................................................1
Já o lugar é um espaço específico que é definido pelas atividades e relações que ocorrem nele.
É um lugar onde as pessoas vivem, trabalham e se relacionam com os outros. O lugar é
influenciado pelas tradições, cultura e história da região.
Por outro lado, o lugar também é importante nas relações internacionais porque as tradições,
cultura e história de uma região podem afetar suas relações com outros países e regiões. Por
exemplo, uma região com uma história de conflito com outra pode ter relações mais difíceis
com essa região, enquanto uma região com uma cultura semelhante pode ter relações mais
próximas.
Essas reconfigurações e configurações dos espaços sociais podem ter impactos significativos
nas relações internacionais, pois podem alterar as relações de poder entre países e regiões e
afetar a forma como as pessoas se relacionam uns com os outros. Além disso, essas mudanças
podem criar novas oportunidades ou ameaças para os países e regiões envolvidos, o que pode
afetar suas relações internacionais.
Por outro lado, as marginalizações podem ocorrer quando os países ou regiões são excluídos
desses espaços constitutivos ou não têm o mesmo nível de influência e poder. Isso pode ser
visto em situações em que países ou regiões são excluídos de negociações internacionais ou
têm menos acesso a recursos e oportunidades do que outros países. As marginalizações
também podem ser vistas em situações em que países ou regiões são sujeitos a sanções
internacionais ou a medidas de coerção, o que pode afetar sua capacidade de participar
ativamente nas relações internacionais.
Em resumo, a temática dos espaços constitutivos e das suas marginalizações é importante nas
relações internacionais porque reflete as formas como os países e regiões participam e são
influenciados pelos processos de tomada de decisão internacional. Quando os países ou
regiões são excluídos ou marginalizados, isso pode ter impactos significativos em suas relações
internacionais e na forma como são tratados pelos outros países.
Regiões e regionalismos
Neste excerto, os termos "região" e "território" são discutidos em relação às suas diferenças
conceptuais e à forma como são utilizados na linguagem académica e quotidiana. De acordo
com Foucault, território é um conceito jurídico e político enquanto a região é uma noção fiscal,
administrativa e militar. Robert David Sack sugere que todos os territórios são regiões, mas
nem todas as regiões são territórios, e que uma região se torna um território quando os seus
limites são utilizados para controlar o acesso. Paasi e Zimmerbauer argumentam que as
fronteiras das regiões devem ser vistas como fenómenos espaço temporais que podem ser
abertos ou fechados, dependendo das práticas sociais e dos discursos. Elden sugere que o
território está relacionado com a governação estatal e consiste em relações político-
económicas e político-estratégicas, bem como elementos político-jurídicos e político-técnicos.
A definição de território de Hassner inclui o seu papel na identidade, autoridade e função, e
sugere que é um compromisso entre um aspeto mítico e um pragmático. O excerto aborda
também a importância crescente da região e do território no mundo globalizado e em rede e o
papel das fronteiras nos debates contemporâneos sobre espaços relacionais e fronteiras
abertas.
Bordering space
Neste excerto, a perspetiva proposta sugere que cada sujeito está constantemente
regionalizando o mundo através de suas ações. Todas as atividades se referem a algum
mundo, seja a realidade das ações do dia a dia, modelos científicos, ficções ou sonhos, e
estabelecem relações com as entidades que habitam esses mundos, localizando-as de acordo
com quadros ou referências específicas. Uma representação geográfica moderna do mundo
tem que levar em consideração o sujeito, estudando como os sujeitos vivem e realizam o
mundo, particularmente o seu mundo, e não apenas vivem em um mundo. O espaço,
portanto, é um elemento nos processos de vinculação ao mundo e não constitutivo do mundo
social (ao menos não de forma determinista). Ele é, na verdade, constituído dependendo do
tipo de ação a ser realizada. Essa mudança na compreensão do espaço é o resultado de uma
mudança de perspetiva. É a implicação de uma visão construtivista, que entende o espaço não
como uma folha em branco, na qual os processos sociais inscrevem suas marcas. Se uma
distinção clara é feita entre espaço e materialidade, então as marcas são materiais, mas o
espaço não é. Uma das consequências mais importantes da minha proposta é a transformação
da tarefa da pesquisa geográfica de um projeto centrado no espaço para a análise de práticas
de produção geográfica, especialmente os processos econômicos, políticos e culturais de
vinculação ao mundo. Nesta perspetiva, a globalização é interpretada como um conjunto
particular de regionalizações, e não se assume nenhuma diferença categorial entre
globalização e regionalização. As formas de vida são globalmente regionalizadas, não dentro
de um espaço predado, mas de acordo com a variedade de esquemas de referência que
estabelecem dimensão para localizar entidades, bem como distinções que permitem a
“delimitação de espaços" e fornecem orientação para todas as regionalizações do dia a dia dos
sujeitos. Perspetivas como essa podem reivindicar evitar qualquer tipo de espacialização vulgar
de culturas e problemas sociais.