Você está na página 1de 4

Resumo Espaços Regionais

Índice
Pensando o(s) espaço(S): conceções e implicações.....................................................................1
Introdução às conceções de espaço e lugar.............................................................................1
(Re)configurações dos espaços sociais.....................................................................................1
Os espaços constitutivos e as suas marginalizações.................................................................1
Regiões e regionalismos...............................................................................................................1
Discussão sobre as diferentes leituras teóricas, políticas, económicas e/ou geoestratégicas
de região no internacional.......................................................................................................1
Pequenos resumos dos textos selecionados........................................................................1

Pensando o(s) espaço(S): conceções e implicações

Introdução às conceções de espaço e lugar


As conceções de espaço e lugar são fundamentais para entender as relações internacionais e
como elas se desenvolvem.

Espaço é entendido como um conjunto de possibilidades que se apresentam para ação


humana. É um lugar onde as pessoas podem se mover e agir, e é influenciado por fatores
como a geografia, as relações políticas e econômicas e as fronteiras nacionais. O espaço pode
ser dividido em diferentes categorias, como espaço global, regional e local.

Já o lugar é um espaço específico que é definido pelas atividades e relações que ocorrem nele.
É um lugar onde as pessoas vivem, trabalham e se relacionam com os outros. O lugar é
influenciado pelas tradições, cultura e história da região.

No contexto das relações internacionais, o espaço e o lugar são importantes porque


influenciam as relações entre países e regiões. Por exemplo, a geografia de uma região pode
afetar sua economia e acesso a recursos naturais, enquanto as relações políticas e econômicas
podem afetar a forma como os países se relacionam uns com os outros. Além disso, as
fronteiras nacionais podem criar barreiras para a circulação de pessoas e mercadorias, o que
pode afetar as relações internacionais de uma região.

Por outro lado, o lugar também é importante nas relações internacionais porque as tradições,
cultura e história de uma região podem afetar suas relações com outros países e regiões. Por
exemplo, uma região com uma história de conflito com outra pode ter relações mais difíceis
com essa região, enquanto uma região com uma cultura semelhante pode ter relações mais
próximas.

Em resumo, as conceções de espaço e lugar são fundamentais para entender as relações


internacionais porque influenciam as possibilidades de ação e relação entre países e regiões, e
são influenciadas pelos fatores geográficos, políticos e econômicos, bem como pelas tradições,
cultura e história dessas regiões.

(Re)configurações dos espaços sociais


As reconfigurações e configurações dos espaços sociais são mudanças nas relações e
atividades que ocorrem em um determinado lugar ou região. No contexto das relações
internacionais, essas mudanças podem ser influenciadas por diversos fatores, como a
globalização, a urbanização e as transformações políticas e econômicas.

A globalização é um processo de crescente integração e interdependência entre as economias,


os mercados, as culturas e os sistemas políticos ao redor do mundo. Isso tem sido
acompanhado por mudanças nos espaços sociais, como o surgimento de novos centros de
poder econômico e a mudança nas relações de trabalho.

A urbanização é o processo de crescimento das cidades e a concentração de população em


áreas urbanas. Isso tem sido acompanhado por mudanças nos espaços sociais, como o
surgimento de novas oportunidades de trabalho e a mudança nas relações sociais.

As transformações políticas e econômicas também podem levar a mudanças nos espaços


sociais. Por exemplo, a transição de uma economia planificada para uma economia de
mercado pode levar a mudanças nas relações de trabalho e nas estruturas de poder.

Essas reconfigurações e configurações dos espaços sociais podem ter impactos significativos
nas relações internacionais, pois podem alterar as relações de poder entre países e regiões e
afetar a forma como as pessoas se relacionam uns com os outros. Além disso, essas mudanças
podem criar novas oportunidades ou ameaças para os países e regiões envolvidos, o que pode
afetar suas relações internacionais.

Os espaços constitutivos e as suas marginalizações


A temática dos espaços constitutivos e das suas marginalizações se refere às diferentes formas
como os espaços são criados, utilizados e influenciam as relações sociais e políticas. Nos
espaços constitutivos, as pessoas e as instituições podem participar ativamente na criação e
manutenção das regras e normas que regem as relações sociais e políticas. Já nas suas
marginalizações, as pessoas e as instituições são excluídas desses processos de participação e
têm menos poder e influência nas decisões que afetam suas vidas.

No contexto das relações internacionais, os espaços constitutivos podem incluir instituições


como a ONU, a União Europeia e outras organizações internacionais que são criadas para
promover a cooperação e o diálogo entre os países. Essas instituições podem ser importantes
porque permitem que os países participem ativamente nas decisões que afetam suas relações
internacionais e podem ajudar a promover a paz e a estabilidade internacional.

Por outro lado, as marginalizações podem ocorrer quando os países ou regiões são excluídos
desses espaços constitutivos ou não têm o mesmo nível de influência e poder. Isso pode ser
visto em situações em que países ou regiões são excluídos de negociações internacionais ou
têm menos acesso a recursos e oportunidades do que outros países. As marginalizações
também podem ser vistas em situações em que países ou regiões são sujeitos a sanções
internacionais ou a medidas de coerção, o que pode afetar sua capacidade de participar
ativamente nas relações internacionais.

Em resumo, a temática dos espaços constitutivos e das suas marginalizações é importante nas
relações internacionais porque reflete as formas como os países e regiões participam e são
influenciados pelos processos de tomada de decisão internacional. Quando os países ou
regiões são excluídos ou marginalizados, isso pode ter impactos significativos em suas relações
internacionais e na forma como são tratados pelos outros países.

Regiões e regionalismos

Discussão sobre as diferentes leituras teóricas, políticas, económicas e/ou


geoestratégicas de região no internacional

Pequenos resumos dos textos selecionados

New consolidated regional geographic


A geografia regional e territorial é uma área de estudo que examina as mudanças nas relações
e atividades que ocorrem em um determinado lugar ou região. A geografia regional é uma
disciplina antiga, que teve seus fundamentos na exploração colonial e na exploração dos
interiores continentais, pois a obtenção de conhecimento geográfico regional específico era
fundamental para entender como as nações imperiais e os comerciantes poderiam estabelecer
e proteger seus interesses comerciais e políticos. No entanto, com o declínio do império e o
fim do determinismo ambiental no início do século XX, a geografia perdeu espaço para
disciplinas emergentes, como a economia, a sociologia e a meteorologia. No entanto, nos
últimos anos, a geografia regional tem sido revisada e expandida, considerando não apenas os
aspectos geográficos, mas também os políticos, econômicos e culturais que influenciam as
relações e atividades em uma região. Além disso, a geografia regional tem se concentrado em
estudar as marginais e exclusões, examinando como as pessoas e instituições são excluídas de
processos de participação e têm menos poder e influência nas decisões que afetam suas vidas.

Neste excerto, os termos "região" e "território" são discutidos em relação às suas diferenças
conceptuais e à forma como são utilizados na linguagem académica e quotidiana. De acordo
com Foucault, território é um conceito jurídico e político enquanto a região é uma noção fiscal,
administrativa e militar. Robert David Sack sugere que todos os territórios são regiões, mas
nem todas as regiões são territórios, e que uma região se torna um território quando os seus
limites são utilizados para controlar o acesso. Paasi e Zimmerbauer argumentam que as
fronteiras das regiões devem ser vistas como fenómenos espaço temporais que podem ser
abertos ou fechados, dependendo das práticas sociais e dos discursos. Elden sugere que o
território está relacionado com a governação estatal e consiste em relações político-
económicas e político-estratégicas, bem como elementos político-jurídicos e político-técnicos.
A definição de território de Hassner inclui o seu papel na identidade, autoridade e função, e
sugere que é um compromisso entre um aspeto mítico e um pragmático. O excerto aborda
também a importância crescente da região e do território no mundo globalizado e em rede e o
papel das fronteiras nos debates contemporâneos sobre espaços relacionais e fronteiras
abertas.

Bordering space
Neste excerto, a perspetiva proposta sugere que cada sujeito está constantemente
regionalizando o mundo através de suas ações. Todas as atividades se referem a algum
mundo, seja a realidade das ações do dia a dia, modelos científicos, ficções ou sonhos, e
estabelecem relações com as entidades que habitam esses mundos, localizando-as de acordo
com quadros ou referências específicas. Uma representação geográfica moderna do mundo
tem que levar em consideração o sujeito, estudando como os sujeitos vivem e realizam o
mundo, particularmente o seu mundo, e não apenas vivem em um mundo. O espaço,
portanto, é um elemento nos processos de vinculação ao mundo e não constitutivo do mundo
social (ao menos não de forma determinista). Ele é, na verdade, constituído dependendo do
tipo de ação a ser realizada. Essa mudança na compreensão do espaço é o resultado de uma
mudança de perspetiva. É a implicação de uma visão construtivista, que entende o espaço não
como uma folha em branco, na qual os processos sociais inscrevem suas marcas. Se uma
distinção clara é feita entre espaço e materialidade, então as marcas são materiais, mas o
espaço não é. Uma das consequências mais importantes da minha proposta é a transformação
da tarefa da pesquisa geográfica de um projeto centrado no espaço para a análise de práticas
de produção geográfica, especialmente os processos econômicos, políticos e culturais de
vinculação ao mundo. Nesta perspetiva, a globalização é interpretada como um conjunto
particular de regionalizações, e não se assume nenhuma diferença categorial entre
globalização e regionalização. As formas de vida são globalmente regionalizadas, não dentro
de um espaço predado, mas de acordo com a variedade de esquemas de referência que
estabelecem dimensão para localizar entidades, bem como distinções que permitem a
“delimitação de espaços" e fornecem orientação para todas as regionalizações do dia a dia dos
sujeitos. Perspetivas como essa podem reivindicar evitar qualquer tipo de espacialização vulgar
de culturas e problemas sociais.

Você também pode gostar