Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pg 96 – a área de um espaço aberto numa cidade deveria ser reduzida a menor qualidade
e menor quantidade? Uma cidade inteira deveria se tornar área de proteção a natureza?
Todos os espaços abertos disponíveis deveriam ser desenvolvidos para atividades
industriais e comerciais? Quem deveria decidir essas questões? Quais são os
questionamentos daquele espaço?
Partindo do suposto que é importante das condições as pessoas que moram naquele
espaço, também é necessário prever as condições ambientais e de preservação do
mesmo, já que as pessoas que moram lá serão diretamente impactadas.
A baixa qualidade ambiental de vida nas cidades tem sido agravada ainda mais pela
diversidade de formas de poluição resultantes especialmente da produção industrial e do
sistema dominante de transporte por automóveis. Dentre muitos outros problemas
socioambientais existentes nas cidades, também devem ser mencionados os serviços
públicos insuficientes, a distribuição desigual de equipamentos urbanos e comunitários,
a falta de áreas verdes, os padrões inadequados de uso do solo e a baixa qualidade
técnica das construções.
Pg 110 – dentre outras implicações, uma tal discussão requer uma avaliação crítica
sobre o tipo de planejamento urbano e ambiental que tem sido feito no Brasil. Gostaria
de colocar duas ideias para reflexão: o planejamento seria mais efetivo se, ao invés de
partir de cenários ideias e negar os conflitos existentes, partisse do reconhecimento dos
conflitos, sobretudo dos conflitos de direito de propriedade, inclusive de forma a inserir
uma dimensão fundiária entre as variáveis utilizadas para a determinação das ações e
regras urbanísticas e ambientais, bem como uma avaliação do impacto de tais políticas e
regras nos mercados de terras e na utilização dos recursos naturais. A outra questão é:
como garantir que a participação de todos os interesses envolvidos se dê não só na
gestão, mas também no próprio planejamento? Participação da população – para
preservar.
Dados existentes revelam que, na falta de opções adequadas e acessíveis, entre 40% e
80% da população brasileira estão vivendo ilegalmente em áreas urbanas, se
consideradas condições de acesso ao solo e de produção de moradia.
Pg 116: Ilegalidade: o lugar dos pobres na cidade tem sido as áreas inadequadas para a
ocupação humana e, com frequência cada vez maior, áreas públicas e de preservação
ambiental.
Acirramento de um conflito entre valores ambientais e sociais (onde a natureza luta para
permanecer e a sociedade luta para possuir condições mínimas de moradias e
sobrevivencia) e, especialmente, de um conflito entre preservação ambiental e direito de
moradia, sobretudo no contexto dos programas de regularização fundiária de favelas e
loteamentos clandestinos que tem sido formulados pelos governos municipais de
algumas cidades.
Pg 117 - mas será que existe mesmo um conflito entre preservação ambiental e direito
de moradia? Afinal, ambos são direitos sociais reconhecidos na Constituição e nos
tratados internacionais, por exemplo, na Agenda 21 e na Agenda Habitat, e ambos são
materializações do essencial direito à vida. Mais ainda, o Direito Ambiental e o Direito
Urbanístico tem a mesma origem, qual seja, o princípio da função social da propriedade.
E entre valores sociais e ambientais, ou seja, talvez não o cenário ideal, certamente não
um cenário inadmissível, mas seguramente um cenário possível.
Pg 120 - mas somente na 1988 encontrou uma fórmula consistente, que pode ser assim
sintetizada: o direito de propriedade imobiliária urbana é assegurado desde que
cumprida sua função social, que por sua vez é aquela determinada pela legislação
ambiental e urbanística, sobretudo no contexto municipal.
Teorias espaciais contemporâneas: o conceito de competitividad sistêmica e o
paradigma da sustentabilidade ambiental - Luis Lopes Diniz Filho / Yara Vicentin
Pg. 170 – isso implica a necessidade da multiplicação de práticas sociais pautadas pela
ampliação do direito à informação e de educação ambiental numa perspectiva
integradora. As pessoas devem possuir conhecimento para preservar.
Riscos: Cotidianamente a população, em geral a de mais baixa renda, está sujeita aos
riscos das enchentes, escorregamentos de encostas, contaminação do solo e das águas
pela disposição clandestina de resíduos tóxicos industriais, acidentes com cargas
perigosas, vazamentos em postos de gasolina, convivência perigosa com mineradores,
por meio do ultralançamento de fragmentos rochosos e vibrações provenientes da
detonação, etc.
Não há como negar a estreita relação entre riscos urbanos e a questão do uso do solo e
ocupação do solo, que entre as questões determinantes das condições ambientais da
cidade, é aquela onde se delineiam os problemas ambientais de maior dificuldade de
enfrentamento e, contraditoriamente, onde mais se identificam competências de âmbito
municipal. Mas a população dever dar o retorno também, através de práticas do
cotidiano que envolve a preservação do meio onde vivem – respeitando os espaços de
preservação, conservando os rios e destinando os resíduos sólidos de forma correta, por
exemplo.
PROBLEMÁTICAS:
Pg 177 – provocada pela ocupação irregular, por transações clandestinas de terras, pelo
lançamento maciço de esgoto, pela destruição de matas ciliares, pelo assoreamento e
pelo lançamento de lixo.
Pg. 178 – a principal fonte da poluição dos cursos de água são os esgotos domésticos,
responsáveis pó 2/3 da contaminação.
Pg 185/186 - A cidade, aspecto mais eloquente da referida imagem, não é somente uma
construção urbana, ela é esta construção somada a todo o suporte que a precedeu –
natureza – mais as atividades humanas. Da interação entre estas dimensões da realidade
produzem-se ambientes aprazíveis e com ótimas condições para o desenvolvimento da
vida do homem, porém, em grande parte, ambientes desagradáveis, degradados e
altamente problemáticos são também produzidos. Uma quantidade de seres humanos
vivem nestes últimos e é preciso buscar formas de melhorá-las.
b) ...] a noção de meio ambiente não recobre somente a natureza, ainda menos a fauna e
flora sozinhas. Este termo designa as relações de interdependência que existe entre o
homem, as sociedades e os componentes físicos, químicos, bióticos do meio integrando
também seus aspectos econômicos, sociais e culturais (VEYRET, 2001).
Pg 189 – torna-se muito difícil defender a natureza em seu estado natural na cidade,
assim como também acreditar que um determinado contexto urbano apresentaria boas
condições de vida destituído de elementos naturais na sua formação. A história das
cidades, exemplifica, de maneira clara, a necessária e rica imbricação e completaridade
entre natural e o artefato humano na composição dos mais diversos entre o natural e o
artefato humano na composição dos mais diversos ambientes urbanos do planeta
(MUNFORD, 1998).
Del lado del ambientalismo lós primeros intentos de definir al medio ambiente urbano
partieron de las características próprias de lós ecosistemas naturales. Por supuesto a esta
interpretación se presentó rapidamente, primero porque La ciudad es obviamente um
producto social (etimológicamente, ciudad tiene La misma raiz latina que civilización);
segundo porque el ser humano no tiene um nicho ecológico (y la ciudad no lo es), por
cuanto su presencia em el ciclo de vida no es sólo adaptativa y evolutiva, sino
substancialmente transformadora; y, tercero, porque se dejaban de lado lãs recíprocas
determinaciones de ló natura y ló social (PNUD/UNOPS, 1997, P. 59-60)
PG 204 – O termo socioambiental passou a ser empregado para evidenciar que alguns
problemas ambientais têm forte conotação social, e que devem, portanto, serem tratados
levando-se em consideração tanto os elementos naturais quanto os sociais que os
constituem.
Os problemas ambientais que ocorrem nas cidades são, por princípio, problemas
socioambientais, pois a cidade é o mais claro exemplo de espaço onde a interação
Natureza e a Sociedade se concretizam.
Pg 205 – eles são muito mais marcantes e expressivos que naqueles dos países ricos
- redução da vazão dos cursos de água nos períodos de estiagem, em função da redução
da infiltração de água no solo;
- Presença de lixo lançado diretamente nos cursos de água ou carreado pelos sistemas de
captação de águas pluviais
Presença de esgotos, oriundos das redes de coleta de esgotos, dos lançamentos em valas
a céu aberto que desembocam nos cursos de água e dos lançamentos irregulares nos
sistemas de drenagem de águas pluviais;
Mas é importante salientar que a área de estudo teve uma expansão urbana intensa e
sem qualquer infraestrutura, ocupação do espaço em área frágil, a ocupação em espaços
desse tipo são muito mais marcantes e expressivas.