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Turma: 1L2LRIT
Nome:
Laércio Mussosso Félix Chiguma – 2021281083.
Breve Historial.......................................................................................................................................3
Regionalização.......................................................................................................................................4
Blocos Regionais....................................................................................................................................5
Globalização...........................................................................................................................................9
Conclusão.............................................................................................................................................10
Referencias Bibliográficas....................................................................................................................11
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Introdução
As regiões internacionais são apresentadas neste artigo como objectos centrais para os estudos com
enfoque internacional, representando uma escala elástica que aborda desde micro espaços de
aglomeração local e regional de atores subnacionais com projecção nas relações internacionais por
meio de acções para diplomáticas até macro espaços regionais conformados por arranjos contínuos ou
mesmo descontínuos entre Estados Nacionais, constituídos por meio de negociações diplomáticas de
natureza cooperativa e integrativa. Os novos espaços regionais internacionais que têm surgido no
sistema internacional apresentam semelhanças aos territórios antigos dos Estados Nacionais devido ao
continuum histórico de transformações incrementais, mas um olhar mais apurado sobre os mesmos
revela uma escala diferente e repleta de novas complexidades, haja vista que as políticas identificadas
pelas estratégias de regionalismo fechado ou aberto buscam consolidar processos de cooperação e
integração regional, muito embora, seja frequente a difusão de efeitos colaterais adversos aos
objectivos iniciais, próprios de fragmentação regional. Fundamentando-se em um procedimento e
explicativo quanto aos fins que visou apresentar uma revisão sobre o papel da dinâmica regional nas
relações internacionais.
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Breve Historial
Os blocos Regionais surgiram em um contexto amplo de difusão da globalização, a qual faz com que
as economias do mundo todo se conectem, transformando o planeta em uma grande rede de trocas
comerciais, culturais, políticas, sociais e várias outras possíveis.
Esses blocos passaram a se formar com o intuito de diminuir as fronteiras impostas pelos países,
havendo trocas significativas, como mão-de-obra, serviços, capitais e fluxo de mercadorias. Além
disso, também é um objectivo aumentar o Produto Interno Bruto (PIB), o lucro das empresas e,
consequentemente, os empregos nos países envolvidos.
O contexto histórico no final do século XX foi marcado pela crise que foi estabelecido no pós-guerra,
por uma constante ebulição. Apesar das tentativas de governança global, pela acção dos Estados
Unidos como manter segurança mundial, houve o aumento das crises e da instabilidade. O movimento
de mundialização, longe de promover a reestruturação do sistema capitalista através de uma ordem
neoliberal, tem aumentado de maneira exponencial os riscos políticos, sociais e económicos. Nesse
contexto, a crise dos Estados nacionais faz emergir novas construções espaciais, tais como os blocos
económicos, a exemplo da União Europeia. A perspectiva de uma comunidade supranacional é um
elemento desafiador na actualidade, em especial por estar em constante mutação, em uma experiência
ainda inacabada. Os processos de integração regional são estimulados pelos Estados e fazem parte da
sua actuação estratégica; no entanto, existem outros atores que impulsionam a integração, como
empresas multinacionais. À medida que evolui a cooperação inter-regional ou transnacional, gera-se
uma cadeia de impactos em diferentes segmentos, influenciando o conjunto da sociedade e,
notadamente, as unidades subnacionais, como as prefeituras ou poderes locais e os governos estaduais
regionais.
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Regionalização
O processo de regionalização do mundo é um conceito muito amplo e discutido na ciência geográfica.
Regionalizar significa dividir o espaço geográfico, a fim de um melhor entendimento dos fenómenos
físicos, sociais, políticos e naturais.
Compreende-se a ideia de diferenciação de áreas no contexto geral e de aproximação dessas áreas por
meio de suas características comuns. Uma região configura-se como uma área delimitada, definida por
suas características comuns, por exemplo: um bioma, o Cerrado, que é uma região do planeta Terra
com semelhanças nos seus aspectos naturais. Nesse caso, considera-se o elemento natural, como
critério para a criação de uma região.
As regionalizações mundiais são variadas, como os continentes: Antártida, América, Ásia, África,
Europa, Oceânia. Os continentes são regionalizações que abarcam as áreas de países mais próximos
levando em consideração suas localizações geográficas.
Outra maneira de regionalizar o mundo, utilizada a partir da década de 1960, no contexto da Guerra
Fria, foi a regionalização dos países em primeiro, segundo e terceiro mundos. Esse critério levava em
consideração:
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Blocos Regionais
São associações de países que estabelecem relações económicas privilegiadas entre si. São
classificados da seguinte forma: União Aduaneira - além de permitir a livre circulação interna de
mercadorias e serviços, também regulamenta o comércio de seus membros com países externos ao
bloco.
O termo região comporta diferentes significados nas relações internacionais, podendo exprimir o
enfoque estático de áreas espaciais homogéneas ou heterogéneas de contiguidade continental, ou,
ainda o enfoque dinâmico, seja de espaços intranacionais de conglomeração onde são projectadas
redes internacionais de produção integrada, seja de macro concepções espaciais onde são
institucionalizados blocos regionais e complexos regionais de segurança. De um lado, o enfoque
estático de apreensão de regiões no sistema internacional trata-se de um formato analítico clássico que
se desenvolveu em função de estudos geopolíticos, justamente com a finalidade de fornecer subsídios
instrumentais para planejar a projecção das acções internacionais dos Estados Nacionais em um
contexto claramente permeado por tensionamentos de uma agenda nacionalrealista.
De outro lado, o enfoque dinâmico de estudo sobre as regiões nas relações internacionais, por sua vez
traz a identificação de, tanto, padrões espaciais gerais de envolvimento entre Estados Nacionais por
meio de negociações diplomáticas que dão origem a acordos multitemáticos de cooperação e
integração regional, quanto, padrões específicos de conglomeração intranacional por meio de cluster,
arranjos produtivos locais e distritos industriais que acabam se manifestando internacionalmente por
meio de acções para diplomáticas normalmente de natureza económica. Como os enfoques estático e
dinâmico de análise internacional permitem identificar as regiões como escalas intranacionais e
internacionais que impactam distintamente na arquitectura das negociações e na dinâmica das relações
internacionais, faz-se necessário compreender os seis conceitos basilares de sua instrumentalização:
regionalismo; bloco regional; regionalismo internacional, cooperação, integração e fragmentação
regional:
Regionalismo exprime a natureza política presente na manifestação espacial de uma região, sendo
considerada toda acção ou negociação voluntária compartilhada com o objectivo fundamental de
promover acordos de cooperação e/ou integração regional;
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Integração regional corresponde a uma estratégia institucional formalizada e compartilhada
entre Estados Nacionais com o objectivo de se avançar em interesses comuns segundo um
formato de integração profunda de acções, recursos e compromissos de longo prazo;
Fragmentação regional representa toda dimensão de materialização das agendas antes da
cooperação e/ou integração, cujo resultado se caracteriza por efeitos colaterais ou indesejáveis
aos planejados;
Regionalização internacional caracteriza-se como o fenómeno relacional que materializa os
tensionamentos dos vectores de cooperação e integração regional vis-à-vis aos vectores de
fragmentação existentes dentro de um bloco regional.
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Organização dos Blocos
Não há consenso entre os historiadores sobre uma data ou evento preciso que seja apontado como
determinante do início da Guerra Fria. Não obstante, o fato é que, após a Segunda Guerra Mundial, os
Estados Unidos e a União Soviética, que haviam aliado se para enfrentar a ameaça de domínio
representada pelo niponazifascismo, emergiram como os Estados mais poderosos do sistema
internacional.
A partir de então, esses dois Estados colocaram em prática uma política expansionista, visando a
ampliação de suas respectivas zonas de influência. A União Soviética manteve um rígido controlo
sobre os países socialistas do Leste Europeu e fomentou processos revolucionários em todos os
continentes, com objectivo de expandir o comunismo pelo mundo. Os Estados Unidos, por outro lado,
reagiram com uma política de contenção do avanço soviético e ampliação de sua respectiva zona de
controlo e influência sobre os países capitalistas. Por razões geográficas, a Europa foi a zona central da
divisão das respectivas esferas de influência e do embate entre os dois Estados.
A União Soviética, por sua vez, criou o Comecom (Conselho para Assistência Económica Mútua), em
1949, organização que coordenou a política de colaboração e integração económica entre os países
socialistas do Leste europeu. E, em 1955, os soviéticos promoveram a criação do Pacto de Varsóvia,
que representou a organização militar dos países socialistas do Leste europeu.
No transcurso da Guerra Fria, a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial foi uma ameaça real.
Mas o equilíbrio de poder (balance of power) proporcionado pela existência das armas nucleares, e
com elas a garantia da destruição mútua assegurada, evitou que os Estados oponentes declarassem
formalmente guerra um ao outro.
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Estrutura dos Blocos
Os Blocos podem ser concebidos como "subsistemas", porque funcionam com base em regras distintas
das prevalecentes no sistema internacional. Os Blocos se sustentam por meio de uma estrutura
hierárquica entre os Estados membros, com a proeminência de um Estado líder, que é aceito por todos
os outros Estados membros em razão de sua superioridade militar e econômica, além de outros
aspectos.
A ordem hierárquica que sustenta os Blocos deixa transparecer, porém, uma condição de subordinação
(ou dominação) devido à superioridade do Estado que ocupa a liderança. Por esse motivo, os Blocos
enfrentaram tentativas declaradas, por parte de certos Estados membros, de "subversão" ou abandono
dos compromissos firmados.
O exemplo mais notório envolveu a França, que, a partir da década de 1960, por influência do
gaullismo (política concebida pelo presidente Charles de Gaulle) adoptou uma política externa
independente; ou seja, de não-alinhamento a nenhum dos Blocos.
Neste caso em particular, a França permaneceu como Estado membro da OTAN. Mas, evidentemente,
quando se tratou de Estados fracos, que não pertenciam ao Bloco Ocidental mas eram considerados
aliados, os Estados Unidos enfrentaram as ameaças de subversão promovendo golpes e o
estabelecimento de regimes autoritários ou ditatoriais, civis e militares.
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Globalização
A globalização expressa novo ciclo de expansão do capitalismo, como forma de produção e processo
de alcance mundial. É processo de amplas proporções, envolvendo nações e supranacionalidades,
regimes políticos e projectos nacionais, grupos e classes sociais, economias e sociedades, culturas e
civilizações. De maneira lenta e imperceptível desaparecem as fronteiras, modificam-se os
significados das noções de países centrais e periféricos, de norte a sul, industrializados e agrários,
modernos e arcaicos, ocidentais e orientais. Literalmente, o mapa do mundo vem sendo embaralhado,
pondo em causa blocos e alianças.
A globalização pode ser definida como um conjunto de transformações na ordem política e económica
mundial que vem acontecendo em grande escala nos últimos anos. O foco da mudança é a integração
dos mercados, com os Estados abandonando, de forma gradativa, as barreiras comerciais. Do ponto de
vista económico, a globalização funda-se em variados processos interligados, como a formação de
mercados de capital, de câmbio e de títulos de valores globais, a formação de mercados regionais
unificados, a formação de uma nova divisão internacional do trabalho baseada em uma
desconcentração industrial e a formação de espaços onde se processa uma produção globalizada.
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Conclusão
As regiões internacionais se referem a uma nova representação do espaço com efeitos específicos
sobre as práticas espaciais de construção das acções nacionais. Com a consolidação de diferentes
esquemas de regionalização, em suas distintas modalidades como macroprocessos ou macroprocessos,
transformações políticas e económicas no sistema internacional surgiram e passaram a atingir os
Estados Nacionais e os atores descentralizados subnacionais em seus processos de desenvolvimento e
de tomada de decisões. Sob o prisma diplomático, a macro regionalização internacional pode ser
entendida como o processo social pelo qual os agentes políticos de várias áreas nacionais procuram
transferir as suas lealdades, expectativas e actividades políticas para um centro novo e mais
abrangente, cujas instituições possuem ou pretendem jurisdição sobre os preexistentes Estados
Nacionais (HAAS, 1958.
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Referencias Bibliográficas
CARVALHO, P. N. SENHORAS, E. M. “As negociações inter-regionais entre Europa, América
Latina e Mercosul”. Revista Intellector, vol. 5, n. 9, 2008.
CORREA, R.L. Região e organização espacial. São Paulo. São Paulo: editora Atica, 1986