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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Tema: ECONOMIA NOS PAÍSES DO 3º MUNDO

Discente: Docente:
Nilza Armindo Ngoca dr. BRUJANE, Baridjane

Codigo:708204246

Curso: Gestão Ambiental

Cadeira: Desenvolvimento dos Países de 3º mundo

Ano de frequência: 2º ano

Quelimane, Julho, 2021

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2.OBJECTIVOS............................................................................................................3

2.1.Objectivo Geral........................................................................................................3

2.2.Objectivo específico................................................................................................3

3. METODOLOGIA......................................................................................................3

4.ECONOMIA NOS PAÍSES DO 3º MUNDO............................................................4

4.1.Origem.....................................................................................................................4

4.2.Teoria dos mundos...................................................................................................5

4.3.Globalização económica e o direito internacional...................................................5

4.3.Terceiro mundo – Economias Periféricas................................................................7

5.ETNODESENVOLVIMENTO, MEDIAÇÃO POLITICO-CULTURAL NO


TERCEIRO MUNDO....................................................................................................8

5.1.O etnodesenvolvimento local...................................................................................8

5.1.1.Economia Frágil....................................................................................................8

6.CONCLUSÃO............................................................................................................9

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................10

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1.INTRODUÇÃO

As globalizações, de maneira indiscutível, proporcionam inúmeros avanços nos campos


da tecnologia, comunicação, fluxo de conhecimento e de pessoas. Seus desdobramentos,
porém, não ficam restritos somente aos benefícios, já que tais vantagens são
compartilhadas por um grupo seleto de pessoas originárias de países que ocupam lugar
privilegiado na ordem global contemporânea.
Dentre as inúmeras teorias que buscam explicar a organização económica do cenário
internacional, o estruturalismo é, talvez, uma das mais interessantes, tanto pela sua
originalidade em comparação às explicações liberais mais aceitas, quanto pelo seu
desenvolvimento autónomo, fruto do pensamento intelectual dos países do 3º mundo.

2.OBJECTIVOS

2.1.Objectivo Geral

 Analisar a economia do 3º mundo e o seu desenvolvimento actual.

2.2.Objectivo específico

 Descrever a globalização económica e o direito internacional.


 Explicar a aplicabilidade dos direitos humanos para os países do 3º mundo.
 Ser capaz de situar os países do terceiro mundo.

3. METODOLOGIA

A metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a execução de uma


pesquisa. Por tanto nesta secção é apresentada abordagem tipo e o nível de pesquisa a
ser levada a cabo, apresenta.

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4.ECONOMIA NOS PAÍSES DO 3º MUNDO

4.1.Origem

A expressão “Terceiro Mundo” surgiu na época da Guerra Fria, denominando os países


que não estavam nem do lado dos EUA nem do lado da URSS, os chamados “não –
alinhados”.

Utilizada pela primeira vez pelo demógrafo Francês Alfred Sauvy a expressão, hoje em
desuso, foi extremamente importante durante a Guerra Fria, pois, representava sob uma
mesma denominação todos os países que não se inseriam no contexto da disputa “EUA
x URSS”.

Não que estes países tenham passado ilesos por este episódio. Pelo contrário. A questão
é que, enquanto a URSS e os EUA travavam uma guerra diplomática pelo poder, a
maioria do mundo - quase todos os países da África, metade da Ásia, a Índia e
a Oceania - ainda eram colónias e sua preocupação se concentrava basicamente nos
movimentos nacionalistas e em como seria a postura de ambos os países para com eles.
E não o contrário.

Foi nesse período que, ignorados pelos dois pólos do mundo, os então, “países terceiro
mundistas” conseguiram (a maioria) sua independência e começaram a se organizar.

A primeira conferência dos ignorados países do terceiro mundo foi a Conferência de


Bandung, na Indonésia em 1955, da qual participaram Índia, Egipto, Iugoslávia,
Indonésia, Singapura, China, Japão, os dois Vietnãs e outros países totalizando 29
países asiáticos e africanos. A URSS bem que tentou alegando representar suas
colónias, mas sua participação foi vetada. Então, nos anos 70, após a independência dos
países africanos, o terceiro mundo ganha representatividade na ONU.
Mas o espírito de Bandung se esvaiu. Após o final da Guerra Fria e a independência dos
países do terceiro mundo, parecia não fazer mais sentido discutir a questão daquilo que
os intelectuais pretendiam que fosse a “terceira força” política.

Actualmente o termo “terceiro mundo” não serve mais para o mesmo propósito de
designar os não-alinhados, mas é substituído por um outro termo que ainda é fruto de
uma polarização mundial, a económica. Os países do terceiro mundo são chamados hoje
de países em desenvolvimento.

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4.2.Teoria dos mundos

A teoria dos mundos é uma perspectiva económica que visa classificar os países com
base em três níveis de desenvolvimento. Essa teoria era mais adequada para explicar a
correlação internacional económica entre os anos de 1945 e 1990. Hoje em dia, ela é
considerada obsoleta.
Os três “mundos” da economia global, segundo essa perspectiva, colocariam em
separação o grupo de países capitalistas desenvolvidos (primeiro mundo), os países
autodeclarados socialistas ou de economia planificada (segundo mundo) e os países
capitalistas subdesenvolvidos e considerados “não alinhados” durante a Guerra Fria 
(terceiro mundo).
O terceiro mundo, assim, reuniu os demais países, que se autodeclararam como “não-
alinhados”. Ele era basicamente formado por economias periféricas ou em
desenvolvimento, como o Brasil, a Argentina, muitos países do continente africano, a
Índia e muitos outros.

4.3.Globalização económica e o direito internacional


A actualidade parece levar à constatação de que não há qualquer controle do mundo e
que nenhuma localidade pode se locupletar enquanto voz da humanidade. Essa nova
percepção é articulada sobre o conceito de globalização, que transmite a ideia de um
“carácter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos assuntos mundiais”
(BAUMAN, 1999). Nesse sentido, haja vista a globalização que cerca as relações
internacionais, há quase meio século os cidadãos dos Estados deixaram de ser somente
assunto interno e passaram a ser objecto de escrutínio externo, erodindo um aspecto
central da soberania (RAJAGOPAL, 2005).

A partir da Sociologia, (Giddens, 1991) afirma que as relações sociais são basicamente
pautadas em interacções locais e distantes por meio do espaço-tempo. A globalização
seria o entrelaçamento cada vez maior dos contextos sociais locais com diferentes
regiões do globo. Há uma intensificação das relações sociais em escala global e
acontecimentos locais são moldados por eventos distantes.

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A globalização não como termo estático e em um só sentido, e sim em observância às
dimensões sociais, culturais e políticas que criam conjuntos distintos de relações sociais
fundantes de diferentes fenômenos de globalização.

Ainda que se possa negar o fim da Guerra Fria como sendo “o fim da história”, nas
palavras de Francis Fukuyama (1992), o seu término desarrolhou e não há espaço para
negações. Uma intensificação no processo de transformação do capitalismo liberal
como ideologia marcante nos Estados fez emergir uma reformulação na noção de
Estado em sua relação com o mercado. A globalização económica é vista por muitos
estudiosos, principalmente os economistas, como forma de aumento dos negócios,
investimentos e competição, sendo benéfica para o mundo todo. Esses elementos seriam
essenciais para a promoção do desenvolvimento económico, ao fazer com que
economias em desenvolvimento funcionem de maneira mais eficiente, reflectindo na
produção e ciência, e erradicando a pobreza. Por fim, todos os direitos previstos no
pacto dos direitos económicos, sociais e culturais seriam garantidos quando observadas
tais directrizes do mercado (ASKOLA, 2010).

Os direitos humanos são uma das únicas áreas do Direito Internacional que estão
comprometidas com a protecção da dignidade da pessoa humana em todos os aspectos.
A globalização de feição económica promove desigualdades que desafiam a integridade
dos direitos humanos, principalmente porque se utiliza destes como forma de promover
a si mesma (ANGHIE 2004). Para (Anghie, 2004), os direitos humanos foram
inundados por uma nova roupagem do discurso civilizacional de Francisco de Vitória,
em que se busca levar aos países mecanismos democráticos e políticas transformadoras
ligando forçosamente o direito internacional dos direitos humanos com o
desenvolvimento, principalmente nos países de terceiro mundo.

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É no Terceiro Mundo que a dominação neoliberal encontra maior pujança,
principalmente no avanço de três instituições económicas internacionais: a Organização
Mundial do Comércio (OMC), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional
(FMI). Essas novas instituições internacionais e transacionais conectaram os Estados
soberanos ao transformar soberania em um compartilhamento de poder, estando elas no
cerne da emergência dessa nova governança global denominada “império11 do
capitalismo” (HELD, 2000, p. 12). Sem a pretensão de adentrar no funcionamento e
estrutura das instituições, cabem aqui algumas considerações superficiais. As
instituições financeiras internacionais possuem como principal característica, no que
tange aos seus efeitos, o entrelaçamento entre a ajuda financeira e a readequação de
condutas pelos países. Os programas de reajustamentos estruturais das suas economias
envolvem desde reduções nos gastos governamentais e liberalização da economia até
privatizações (ANGHIE, 2004, p. 259). Joseph Stiglitz (2002, p. 52) afirma que o FMI,
em sua função precípua de manutenção da estabilidade económica que ignora o
pensamento dos países que o procuram, “parece mais um administrador colonial” na
imposição dessas condicionalidades.

4.3.Terceiro mundo – Economias Periféricas

Cada pais do terceiro mundo apresenta uma trajectória distinta, podendo ser agrupados
somente pelo termo “emergentes”. De acordo com RUBENS SAWAYA, professor do
departamento de Economia da Pontifica Universidade Católica (PUC) de São Paulo, “o
único elemento comum é que são países que que conseguiram desenvolver certa
estrutura industrial. Mesmo assim, estas estruturas são bastante distintas e foram
construídas em épocas diferentes. Em termos de políticas económicas, todos usaram as
tradicionais políticas económicas: cambio desvalorizado, politica fiscal expansionista e
política de crédito abundante. A grande diferença é a estratégia que cada um adoptou
em seu processo de industrialização”.

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5.ETNODESENVOLVIMENTO, MEDIAÇÃO POLITICO-CULTURAL NO
TERCEIRO MUNDO

5.1.O etnodesenvolvimento local

O termo “etnodesenvolvimento” tem duas grandes acepções na literatura especializada:


o desenvolvimento económico de um grupo étnico; e o desenvolvimento da etnicidade
de um grupo social (STAVENHAGEN, 1985). Na realidade, as duas acepções não são
excludentes. Ao contrário, existem em relação dialéctica constante de tal modo que o
desenvolvimento da etnicidade sem um correspondente avanço no plano económico só
promoveria a existência de grupo étnico marginal e pobre; e um desenvolvimento
económico que destrói as bases da etnicidade de um grupo representaria uma volta a
hegemonia da modernização que foi altamente destruidora da diversidade cultural.

Quando se combina a problemática do desenvolvimento com a do reconhecimento da


diversidade cultural, o etnodesenvolvimento introduz um conjunto de novos temas no
seio do espaço público dos Estados nacionais. No plano politico, o etnodesenvolvimento
da um corte étnico aos debates sobre a questão da autodeterminação dos povos e, no
processo, questiona, pelo menos parcialmente, as noções excludentes de soberania
nacional.

5.1.1.Economia Frágil

Os países emergentes são países que crescem economicamente em um ritmo frenético,


investe em novas tecnologias, educação, conquistando novos mercados. A pesar de
serem países com economia em desenvolvimento, ainda são muito frágeis com relação a
crises de mercado pelo mundo. Esses países, contam com muitos investimentos de fora,
tendo assim uma certa fragilidade. A china apresenta um crescimento económico
exponencial nos últimos quinze anos, com taxas médias de 10% do PIB anualmente. Em
poucos anos, sua economia ultrapassou o PIB da Itália, França e Inglaterra, Tornando
se a quarta economia entre as nações, superada apenas pela Alemanha, Japão e os EUA.

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6.CONCLUSÃO

A globalização possui diversas facetas e âmbitos de alcance. Esse fenómeno é


responsável pela constante transformação do local frente à influência do universal,
afectando as ciências, artes, cultura e relações sociais. As fronteiras do globo se abrem
para um fluxo maior de informações, transportes, pessoas e capital. Porém, a
globalização e o acesso a essa liberdade de fluxo não são universalizados de modo
uniforme. Os benefícios desse fenómeno não são compartilhados. É no âmbito
económico que o fenómeno da globalização encontra sua maior pujança. Desde o fim da
Guerra Fria, o capitalismo e a ideologia do neoliberalismo firmaram-se como a principal
forma de actuação do Estado, cuja actuação de promoção do bem-estar social –
objectivo fundante do Estado moderno – se viu cada vez diminuída.

A reconfiguração do Estado cindiu ainda mais a já complexa relação entre os direitos


humanos civis e políticos e os direitos humanos sociais, económicos e culturais. Com o
neoliberalismo e uma maior autonomia económica, o capital financeiro não encontrou
mais barreiras para obtenção dos seus lucros, com uma relativização cada vez maior dos
direitos dos trabalhadores, tidos como sociais. Tais direitos passaram a ser regulados
pela necessidade do mercado financeiro.

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7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASKOLA, Heli. (2010.). Globalization and human rights. In: CHOWDHURY,Azizur


Rahman; BHUIYAN, Jahid Hossain (Orgs). An introduction tointernational human
rights law. Boston: Brill.

ANGHIE, Antony. (2004). Imperialism, sovereignty and the making of international


law. Cambridge: Cambridge University Press.

BAUMAN, Zygmunt. (1999). Globalização: as consequências humanas. Trad.Marcus


Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

RAJAGOPAL, Balakrishnan. (2005) Derecho Internacional desde Abajo: el


desarrollo, los movimientos sociales y la resistencia del tercer mundo.Bogotá: Ilsa.

GIDDENS, Anthony. (1991). As consequências da modernidade. Trad. Raul Fiker.


São Paulo: Editora Unesp,.

STAVENHAGN, Rodolfo. (1985). Etnodsenvolvimento: uma dimensão ignorada no


pensamento desenvolvimentista. Anuário Antropologico. Rio de Janeiro

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