Você está na página 1de 9

ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................2

2.Reinvenção do governo: o que é e a que pretende responder.....................................3

3.REENGENHARIA DE PROCESSOS.......................................................................4

3.1.Reengenharia – o que é e como funciona................................................................5

3.2.O que é a reengenharia?...........................................................................................5

4.A “NOVA GESTÃO PÚBLICA” (NGP)...................................................................5

4.1.Contexto histórico do surgimento da NGP..............................................................5

5.Conceito e características............................................................................................6

6.CONCLUSÃO............................................................................................................8

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA………………………………………………..9

1
1.INTRODUÇÃO

É de referir que o Presente trabalho com o tema Modelos de Reformas no sector


Público visa dar um passo importante na cadeira de Reforma de Sector Publico,
Procurando trazer os modelos: A Reinvenção do Governo, A Reengenharia de
Processos, A Nova Gestão Pública. Na Reinvenção do Governo de meados para o final
da década de 70, os países desenvolvidos começaram a enfrentar sérias dificuldades
para sustentar o padrão, até então dominante, de gastos com as políticas sociais. Teve
início o ocaso do estado do bem-estar social. Numa conjuntura em que à crise fiscal foi
juntando-se a crescente ampliação do desemprego, a resposta inicial, em nível prático,
foi um recuo das políticas sociais, sob a bandeira do neoliberalismo1, que teve seu
apogeu nas administrações Reagan, nos Estados Unidos e Thatcher, na Inglaterra. No
campo teórico, a resposta se deu através de uma avalanche de questionamentos à teoria
intervencionista de cunho keynesiano, praticada pela maioria dos países desde o
segundo pós-guerra.

2
2.Reinvenção do governo: o que é e a que pretende responder

Segundo Osborne & Gaebler (1993), O governo reinventado presta-se a dar resposta a
um mundo em rápida transformação. Que é necessário transformar o modo de governar
está ficando cada vez mais evidente, pois a experimentação está tomando conta do ato
de governar em todo o mundo, na medida que as regras tornaram-se imprecisas nos
últimos 20 anos, instaurando uma crise de paradigmas na arte de governar. Esta crise
tem origem na rápida obsolescência dos governos tradicionais, burocratizados,
provocada pelo desenvolvimento acelerado de novas tecnologias que estão permitindo,
em todo o mundo e em todas as actividades, um inusitado aumento da produtividade,
transformando o mundo empresarial e as instituições em geral, bem como a própria
forma de agir das instituições.

O governo reinventado é, em síntese, aquele que muda seu modo de funcionar,


eliminado as falhas que o tornaram ineficiente (estando a ineficiência localizada nos
seus meios e não nos seus fins). É o governo empreendedor, inovador, maximizador da
produtividade e da eficiência, criador de oportunidades, delimitador de riscos, promotor
da competição (interna e externamente). É o governo que utiliza os seguintes princípios
de forma integrada, em todas as suas áreas de actuação:

1. Diminui os esforços que despende nas actividades de prestação de serviços (em


geral terceiriza ou gere de forma não tradicional) e concentra-se nas actividades
de regulação e catalisação;
2. Enfrenta os problemas em parceria com a comunidade e não criando estruturas
assistencialistas profissionalizadas;
3. Introduz a competição na prestação de serviços, dando combate à prática
monopolista em todas as frentes, inclusive nos órgãos públicos;
4. Opera perseguindo suas missões e não limitando-se a obedecer normas e regras
rígidas;
5. Avalia os resultados de suas políticas, premiando resultados ao invés de
fornecer recursos aleatoriamente;
6. Volta-se para o atendimento das necessidades do "cliente" e não da burocracia;
7. Empreende, muitas vezes transformando fontes de despesa em fontes de receita
e, com isso fugindo ao dilema tradicional colocado pela crise fiscal: ampliar
tributação ou não realizar;

3
8. Planeja e age de maneira a evitar ou a preparar-se para controlar o surgimento
de problemas, conseguindo, com isso, actuar preventiva e não curativamente; 9.
descentraliza, não opera com hierarquia rígida, incentiva a participação e
constituição de equipes; 10. pratica a regulação estruturando o mercado, ao invés
da adopção de programas que o suspendem.

Se estas são as características do novo modo de governar que está se delineando, é de se


supor que o governo tradicional deve ser caracterizado por não possuir algumas destas
facetas e/ou por tê-las ao avesso. Assim, o governo tradicional, mais intervencionista
como se vê na maioria dos casos — aqueles em cujo âmbito a experimentação ainda não
chegou — metem-se mais em empreender do que em planejar, em fazer as vezes da
comunidade, em atender aos interesses da burocracia ao invés dos “clientes”; atuam no
socorro quando os problemas surgem e não na prevenção; obedecem a normas mais do
que a missões e não se avaliam; são constituídos por repartições que não têm incentivos
para melhorar seu desempenho etc. O tom retumbante com que as teses da reinvenção
do governo vêm sendo apresentadas (e em muitos casos assumidas) e a ampla aceitação
que vêm tendo junto à opinião pública, deixam a impressão de que uma revolução está
em curso, devendo ter impacto sobre as teorias pré-existentes a respeito do papel do
governo e seu modo de funcionar.

3.REENGENHARIA DE PROCESSOS

De acordo com (WILKER, 2013), A reengenharia de processos é uma mudança radical


e não definitiva que ocorre na empresa para aperfeiçoar os recursos no intuito de obter
uma eficiência no seu desenvolvimento. Muitos profissionais interpreta a reengenharia
como um conflito de ideias inovadoras, que será atribuída a um sector. Na realidade
pode ser considerado como um conflito de ideias também, porem as ideias novas são
incorporadas ao sistema excluindo o anterior.

4
3.1.Reengenharia – o que é e como funciona

Segundo (WILKER, 2013), A reengenharia é um sistema administrativo criado no


início da década de 90 por Michael Hammer e James Champy. Ela é muito utilizada
para manter as empresas competitivas no mercado, mantendo-as com foco no alcance de
objectivos e metas, transformando seus processos e actividades de negócio, através do
“rompimento” com costumes obsoletos. Suas primeiras aplicações foram realizadas em
empresas dos Estados Unidos.

3.2.O que é a reengenharia?

Basicamente, o sistema administrativo denominado reengenharia pode ser definido


como:

“(…) um redesenho de processos, que envolve a readequação dos processos


empresariais, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores da
organização, objectivando uma guinada nos resultados dos negócios da
organização”. - Stair e Reynolds (2002, p.39)

A utilização desta ferramenta de gestão deve sempre primar por repensar e reinventar os
procedimentos principais da organização, tais como: serviço prestado ao cliente,
desenvolvimento de novos produtos, cultura organizacional, etc.. Com o objectivo claro
de aumentar a produtividade, através da redução de custos e do aumento do grau de
satisfação do cliente.

4.A “NOVA GESTÃO PÚBLICA” (NGP)

4.1.Contexto histórico do surgimento da NGP

Segundo (JÚNIOR, 2011), “Nova Gestão Pública” corresponde à versão em inglês New
Public Management (NPM) ou à versão em espanhol Nueva Gestión Pública ou Nueva
Gerencia Pública (NGP) ou Nuevo Manejo Público (NMP).

De acordo com (JÚNIOR, 2011), Michel Messenet, em sua obra La Nouvelle Gestion
Publique: pour un Etat sans Burocratie, obra publicada em 1975, foi quem primeiro
cunhou a expressão “Nova Gestão Pública”, ao criticar a Administração Pública
burocrática. Entretanto, o seu texto fundador é o artigo “A public management for all
seasons?”, escrito por Christopher Hood e publicado em 1991.

5
5.Conceito e características

A NGP designa um conjunto de argumentos e filosofias administrativas, propostas


como novo paradigma de Administração Pública. Especialmente, como filosofia
administrativa de um padrão de desenho organizacional da Administração Pública, a
NGP conseguiu atingir o status de um corpo doutrinário que goza de uma ampla
aceitação, enfim, “uma corrente de pensamento dominante” (Michael BARZELAY,
2001, p.52).

É demasiado simplista definir a “Nova Gestão Pública” como um modelo único de


“Teoria da Administração Pública”. As diversas variantes surgidas em diferentes países,
com histórias e culturas absolutamente distintas fazem com que as práticas sejam
distintas. Entretanto, alguns preceitos teóricos estão presentes em qualquer reforma que
busque aplicar a NGP como modelo. Geoffrey SHEPHERD e Sofia VALENCIA
recordam que a NGP é um modelo que imita os métodos gerenciais do sector privado
(1996, p.108).

Daí decorre a denominação “reforma gerencial” para qualquer reforma da


Administração Pública que esteja baseada na “Nova Gestão Pública”. Patrick
DUNLEAVY e Christopher HOOD (1995, 106) lembram que a NGP “chegou a ser
identificada internacionalmente com a inevitável marcha da história”, sendo “algo tão
omnipresente dentro do sector público que dificilmente deixa espaço para qualquer
outro programa de reforma alternativo”. A NGP é o “pensamento único” sendo aplicado
à Administração Pública. Isso fica claro no discurso de Luiz Carlos BRESSER
PEREIRA (2000, p.63), quando afirma que “existem três formas de administrar o
Estado: a administração patrimonialista, a Administração Pública burocrática e a
Administração Pública gerencial (...) que também pode ser chamada de Nova Gestão
Pública (New Public Management)”.

O principal mentor da “Reforma Gerencial” brasileira não contempla a hipótese de um


modelo alternativo. Tal fato seguramente não se dá por limitação intelectual. A exclusão
de qualquer outro modelo de Administração Pública é intencional. Assim como explica
Boaventura de Sousa SANTOS (2001, p.231), a distorção e a ocultação da realidade são
pressupostos do exercício do poder.

6
Christopher HOOD (1991, p.04 e 05) foi quem primeiro definiu a “Nova Gestão
Pública”, a partir da conjunção de sete elementos: profissionalização da gestão nas
organizações públicas; padrões de desempenho e medidas de avaliação com objectivos
mensuráveis e claramente definidos; ênfase no controle e nos resultados; desagregação
das grandes unidades do sector público; introdução da competição no sector público;
uso de práticas de gestão do sector privado; ênfase na disciplina e na utilização dos
recursos, cortando custos e procurando maior eficiência e economia.

7
6. CONCLUSÃO

Enfim, é o modelo de Estado que define o modelo de Administração Pública. Se não


fosse assim, o “como” (forma de gerir) é que definiria o “quê” (modelo de Estado). Há
uma relação de interdependência entre a “Nova Gestão Pública” e o Estado ultraliberal.
Os defensores do ultraliberalismo buscam constantemente símbolos acadêmicos e há
que se reconhecer que no campo da Administração Pública a “Nova Gestão Pública” é a
roupagem teórica do ultraliberalismo.

8
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARZELAY, Michael. La nueva gerencia pública. Un ensayo bibliográfico para


estudiosos latinoamericanos (y otros). In: Reforma y Democracia (Revista do CLAD),
Caracas, n° 19, Fevereiro, 2001, p.07-66.

DUNLEAVY, Patrick e HOOD, Christopher. De la Administración Pública


tradicional a la nueva gestión pública. Ensayo sobre la experiencia modernizadora de
diversos países desarrollados. In: Gestión y Análisis de Políticas Públicas, Madri, n° 03,
Maio / Agosto, 1995, p.105-114.

JUNIOR, A. É. (2011). “NOVA GESTÃO PÚBLICA” (NGP): A TEORIA DE


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO ULTRALIBERAL. Rio Grande
do Sul: UFRGS.

OSBORNE, David & GAEBLER, Peter (1993). Reinventando o governo. Brasília: MH


Comunicação, 1993.

SHEPERD, Geoffrey e VALENCIA, Sofia. Modernizando a administração pública na


América Latina: problemas comuns sem soluções fáceis. In: Revista do Serviço
Público, Brasília, ano 47, v.120, nº 03, Setembro / Dezembro, 1996, 103-128.

BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. A reforma gerencial da administração pública


brasileira. In: Moderna Gestão Pública: dos meios aos resultados. Oeiras: INA, 2000, p.
55-72.

WILKER, J. (2013). REENGENHARIA DE PROCESSOS. Bahia: FACULDADE


GUANAMBI.

Você também pode gostar