Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discente:
Nilza Armindo Ngoca/ 708204246
Docente:
dr. Isaque Mundai
1
Universidade Católica de Moçambique
Discente:
Nilza Armindo Ngoca/ 708204246
Docente:
dr. Isaque Mundai
2
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
1.1.Problematização.......................................................................................................5
1.2.OBJECTIVOS.........................................................................................................5
1.3.METODOLOGIA....................................................................................................5
3.MEDIDAS DE CONTROLE....................................................................................12
4.CONCLUSÃO..........................................................................................................14
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................15
3
1.INTRODUÇÃO
4
1.1.Problematização
Segundo Lakatos & Marconi. (2009:126), Define problema como uma dificuldade
teórica ou prática no conhecimento de alguma coisa de real importância para a qual se
encontra uma solução.
1.2.OBJECTIVOS:
1
Lima, T.C.S de; Mioto, R.C.T. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento
científico: a pesquisa bibliográfica. Katál, Florianópolis, v.10, spe
5
2.IMPACTO DAS INUNDAÇÕES URBANAS SOBRE A DISPONIBILIDADE
DA ÁGUA
Moçambique é um país que se localiza na África Oriental com cerca 23% de população
urbana. No entanto, as estatísticas mostram que até 2030 cerca de 50% da população
moçambicana estará a residir nas cidades (Serra, 2012). Este crescimento urbano ocorre
com intensidade diferentes nas várias regiões e províncias do país, com a cidade de
Maputo (capital do país) a registar a taxa mais elevada. A urbanização decorre na cidade
de Maputo de forma espontânea, sem autorizações ou planificação, levando as populações
a ocupar espaços cuja morfologia (depressões e vertentes) lhes confere vulnerabilidade e
sensibilidade em relação a determinados riscos ambientais como inundações e erosão.
6
que ocasiona, em uma situação de inundação, contacto directo da população com a água
misturada ao esgoto. Segundo Gerhard Berz (2000), mais de 250 bilhões de dólares
foram empregados, nos últimos dez anos, na compensação dos danos causados por
inundações.
Segundo Carlos Tucci e Juan Carlos Bertoni (2003), no ano 1800 somente 1% da
população mundial vivia em cidades. A partir do século XVIII, a revolução industrial
teve como efeito um processo mundial de urbanização muito intenso e cada vez mais
acelerado. Segundo TUCCI; BERTONI (2003), durante a primeira metade do século
XX a população total do mundo aumentou em 49% e a população urbana em 240%. Na
segunda metade do século essa evolução foi ainda mais expressiva, pois a população
urbana passou de 1.520 milhões de habitantes em 1974 para 1.970 milhões em 1982. A
Tabela 2 demonstra o crescimento da percentagem da população urbana no mundo de
1955 a 1995, apresentada também uma estimativa para o período entre 1995 e 2015.
7
2.4.Evolução urbana e os problemas de inundação
8
O Programa de Gerenciamento de Cheias, criado em 2001 pela Organização
Meteorológica Internacional (WMO), instituição ligada a UNESCO, juntamente com
Parceiros Globais da Água (Global Water Partnership), organização especialmente
subsidiada por países como Canadá, Suécia, Dinamarca e Holanda, é um programa que
visa promover a discussão mundial em torno do problema das inundações e as formas
de resolver. Na América do Sul, o Brasil faz parte do grupo de discussão juntamente
com integrantes de mais sete países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai,
Peru e Uruguai.
Tucci et al. (1995) destacam as enchentes urbanas como um dos principais impactos
sobre a sociedade. Esses impactos podem ocorrer devido à urbanização ou à inundação
natural da várzea ribeirinha. Esta última ocorre, principalmente, pelo processo natural
no qual o rio ocupa o seu leito maior, de acordo com os eventos chuvosos extremos, em
média com tempo de retorno superior a dois anos. Os impactos sobre a população são
causados, principalmente, pela ocupação inadequada do espaço urbano. Essas condições
ocorrem, em geral, devido às seguintes ações:
1. Como, no Plano Director Urbano da quase totalidade das cidades brasileiras, não
existe restrição alguma quanto ao loteamento de áreas de risco de inundação, a
sequência de anos sem enchentes é razão suficiente para que empresários loteiem
áreas inadequadas;
2. Invasão de áreas ribeirinhas, que pertencem ao poder público, pela população de
baixa renda;
3. Ocupação de áreas de médio risco, que são atingidas com frequência menor, mas
que quando o são, sofrem prejuízos significativos.
Quanto aos impactos devido à urbanização, existe uma visão limitada do que é a gestão
integrada dos recursos hídricos e grande parte dos problemas gerados no espaço urbano
é devido ao desenvolvimento da infra-estrutura de forma sectorizada, ou seja,
consideram-se apenas a regulamentação do uso do solo e o tráfego no planejamento
urbano, sem avaliar o impacto da infra-estrutura de água. A falta de conhecimento
generalizado sobre o assunto por parte da população e dos profissionais de diferentes
áreas que não possuem informações adequadas sobre os problemas e suas causas, tem
levado a decisões muitas vezes onerosas, onde algumas empresas se apoiam para
aumentar seus lucros. Por exemplo, o uso de canalização para drenagem é uma prática
9
difundida no Brasil, mesmo representando custos altos e que geralmente tendem a
aumentar o problema que pretendiam resolver. A própria população, quando possui
algum problema de inundação, solicita a execução de um canal para o controle desse
evento. Com o canal, a inundação é apenas transferida para jusante afectando outra
parte da população.
O processo de inundação ocorre quando as águas dos rios, riachos, galerias pluviais
saem do leito de escoamento devido à falta de capacidade de transporte de um destes
sistemas e ocupam áreas onde a população utiliza para moradia, transporte, recreação,
comércio, indústria e outros. Estes eventos podem ocorrer devido ao comportamento
natural dos rios ou ampliados pelo efeito da alteração produzida pelo homem na
urbanização pela impermeabilização das superfícies e a canalização dos rios. Na medida
em que a população impermeabiliza o solo e acelera o escoamento através de condutos e
canais, a quantidade de água que chega ao mesmo tempo no sistema de drenagem
aumenta produzindo inundações mais frequentes do que as que existiam quando a
superfície era permeável e o escoamento se dava pelas ravinas naturais. Os impactos no
meio urbano resultantes da inundação dependem do grau de ocupação da várzea pela
10
população (inundações ribeirinhas) e da impermeabilização e canalização da rede de
drenagem (drenagem urbana). As inundações ribeirinhas têm sido registradas junto com
a história do desenvolvimento urbano. As inundações devido à urbanização têm sido
mais frequentes neste século, com o aumento significativo da população nas cidades e a
tendência dos engenheiros atuais de fazerem projectos com uma visão pontual do
problema, ou seja, drenarem o escoamento pluvial o mais rápido possível das áreas
urbanizadas (Tucci, 2003).
11
3.MEDIDAS DE CONTROLE
12
4. Cultural e Educacional: Implementação de programas de treinamento formal e
formação continuada nas diferentes áreas relativas à gestão ambiental urbana;
implantação de programas de educação ambiental para a população em geral.
13
4.CONCLUSÃO
14
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERZ, Gerhard. (2000). Flood Disasters: Lessons form the Past – Worries for the
Future. Symposium on River Flood Defence. v2. Kassel: Herkules Verlag.
15