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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

ERICK CRUZ DE ABREU MANTOANI

LEONARDO MONTEOLIVA

LUCAS FERNANDES DE LIMA

TELHADO VERDE: SUA UTILIZAÇÃO COMO AUXÍLIO A DRENAGEM URBANA

Jundiaí – SP

2020
ERICK CRUZ DE ABREU MANTOANI

LEONARDO MONTEOLIVA

LUCAS FERNANDES DE LIMA

TELHADO VERDE: SUA UTILIZAÇÃO COMO AUXÍLIO A DRENAGEM URBANA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Centro Universitário
Padre Anchieta, como exigência
parcial para obtenção do Título de
Graduação do Curso de Engenharia
Civil, sob a orientação da Profa.
Bianca Lopes Oliveira.

Jundiaí – SP

2020
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Efeito da urbanização do ciclo ecológico......................................................9


Figura 2. Comparação entre hidrogramas área rural e urbana..................................10
Figura 3. Telhado verde.............................................................................................12
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................8
2.1 Ocupação da área urbana..................................................................................8
2.2 Telhado verde...................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................13
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1 INTRODUÇÃO

A urbanização desordenada trouxe diversas consequências para o homem


devido à falta de planejamento de ocupação e uso do solo, com isso, ocorreram
alterações nos ciclos hidrológicos. Dentre tais problemas estão as enchentes, que
acarretam em muitos transtornos, tanto para as pessoas como para o meio
ambiente.
As enchentes são um dos problemas causados pela falta de drenagem na
infraestrutura urbana atual. Deste modo, muitos mecanismos são propostos, não
apenas com o intuído de evitar as enchentes, mas criar um meio de drenagem
inteligente para que possa aproveitar os recursos pluviais.
Neste sentido, os telhados verdes têm sido uma opção inteligente e técnica,
que permite a drenagem urbana, além de ter características de uma construção com
desenvolvimento sustentável. Esse tipo de mecanismo atua, não somente em reter o
volume de águas precipitadas, como também possibilita que se atrase e diminua as
vazões de pico, destinadas às redes pluviais.
Deste modo, esse trabalho tem como escopo analisar, por meio de uma
revisão de literatura, o funcionamento do telhado verdade e sua capacidade de
retenção de águas pluviais. O principal resultado deste estudo será a compreensão
deste mecanismo, e como ele poderá contribuir para reduzir os impactos das
chuvas, em ambientes urbanos.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Ocupação da área urbana

A impermeabilização do solo é um problema urbano tão sério como o


acúmulo de lixo, ou não utilização consciente da água. O solo permeável
desempenha um importante papel nos ambientes urbanizados, pois contribuem para
a filtração e absorção da água da chuva, amentando os recursos hídricos nos
aquíferos e evitando o escoamento superficial (TEIXEIRA, 2005).
Conforme Sales (2008 p. 3):

Ano após ano, várias comunidades são atingidas pelas inundações,


representando, cada vez, uma catástrofe emocional e financeira para as
vítimas. O aumento do número de habitações, a insuficiência da capacidade
de recolhimento das águas e o crescimento de revestimentos impermeáveis
são as principais razões da ocorrência do excesso de águas na superfície.
Portanto, as águas da chuva devem ser evacuadas cada vez mais
rapidamente. O problema de zonas que se localizam em baixas altitudes faz
com que as inundações apenas aumentem com o passar dos anos.

Entretanto, para que se pudessem acomodar tais pessoas, foram feitas


significativas alterações nos ambientes naturais, fazendo-se com se perdesse a
capacidade de captação de águas da chuva, substituindo-se os solos permeáveis
naturais pelo asfalto e concreto, que são impermeáveis, acarretando em enchentes
e inundações (GROSTEIN, 2001).
De acordo com a Figura 1, solos impermeáveis não permitem infiltração das
águas pluviais, onde a possibilidade de enchentes é maior.
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Figura 1. Efeito da urbanização do ciclo ecológico.

Fonte: EPA (1998).

Nota-se claramente que as áreas urbanas apresentam a maioria de seu


perímetro coberta por superfícies impermeáveis e assim o total precipitado escoa
superficialmente, enquanto em áreas rurais a infiltração no solo acontece
naturalmente. O hidrograma abaixo demonstra a situação acima mencionada:
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Figura 2. Comparação entre hidrogramas área rural e urbana.

Fonte: Tucci (2005).

A urbanização desordenada trouxe diversas consequências para o


homem devido à falta de planejamento de ocupação e uso do solo, com isso,
ocorreram alterações nos ciclos hidrológicos. A diminuição da cobertura vegetal e
impermeabilização do solo, direcionando a maior parcela de água pluvial a um
escoamento superficial, além de diminuição dos aquíferos subterrâneos,
aumentando assim, a ocorrência de impactos sociais e ambientais. O principal
elemento dessa impermeabilização é o pavimento asfáltico (BATISTA; LUZ; SILVA,
2008)
Esta situação não é uma característica somente de nosso país, pois países
que foram urbanizados há mais tempo, como Itália, França, e outros, também
sofrem com a impermeabilidade do solo e suas consequências. Assim, buscar uma
solução para aumentar a permeabilidade é de interesse mundial (JUNIOR, 2010).
O que se tem feito normalmente pelo Poder Público, é o alargamento e
aprofundamento dos córregos que cortam as cidades, além de manutenções
constantes, pós enchente. Entretanto, todas estas ações têm sido insuficientes para
sanar os problemas, levando a consequências graves, principalmente para os que
moram em setores de riscos de alagamento (ARAÚJO et al, 2000).
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Para Acioli (2005), há também um grande investimento de dinheiro público,


em construções de galerias e meio fio, como canais de drenagem, a fim de evitar o
acúmulo de água em vias públicas, aumentando o conforto dos transeuntes, e
reduzindo acidentes devido a derrapagens.
Frequentemente, após fortes precipitações ou precipitações que acontecem
por um longo período, os centros urbanos são afetados por enchentes com prejuízos
devastadores.
Paz (2004 p. 22), destaca que as enchentes podem ocorrer por fatores
naturais (relevo, tipo de precipitação, tipo de solo, dentre outros) ou por fatores
artificiais.

O principal agravante de origem “artificial” para o problema das cheias é a


urbanização da bacia contribuinte, que acarreta na impermeabilização da
superfície, diminuindo a infiltração e aumentando o escoamento superficial.
Isso torna as inundações mais frequentes e mais intensas.

Os desastres vão desde a destruição de áreas construídas, como casas,


escolas, prédios comerciais, até a contaminação de pessoas, alimentos e animais
que tem contato com a água suja que invade a região alagada.
A tendência moderna na área de drenagem urbana, é a busca da manutenção
dessas áreas pré-desenvolvidas com dispositivos de acréscimo de infiltração e
diminuição do escoamento superficial. Neste sentido, alguns mecanismos devem ser
utilizados com o intuído de reduzir as enchentes (ARAÚJO; TUCCI; GOLDENFUN,
2000)
De acordo com Guilherme (2007), não se lograria vantagens em ações que
primassem a melhora da vida das pessoas, diminuindo a desigualdade social, se o
custo disso fosse o uso inconsciente dos recursos naturais, a ponto de a geração
futura sofrer algumas consequências. Assim, o esforço pela igualdade social deve
estar permeado de ações voltadas para a sustentabilidade e a garantia de que as
gerações futuras tenham acesso aos recursos naturais.

2.2 Telhado verde

Assim, o pilar ambiental está pautando na preocupação com a preservação


da natureza, sem ações que causem degradação ambiental, levando a impactos
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irreversíveis, trazendo transtornos como enchentes, poluição, degradação do solo e


assim por diante. Deste modo, alguns atos de sustentabilidade são:
reaproveitamento e reciclagem de materiais; economia de água, economia de
energia; redução do uso de recursos naturais; não poluição do ar, água e solo;
correta destinação de resíduos e assim por diante (ESTENDER; PITTA, 2007).
A principal função de um telhado numa construção é o de proteger uma
edificação das intempéries do tempo, além de isolar a mesma da entrada de poeiras
e de pequenos animais. Serve também para dar conforto térmico e acústico aos
seus ocupantes (BALDESSAR, 2012).
O telhado verde é uma excelente opção, pois permite que as pessoas tenham
maior contato com a natureza, além de aumentar e compensar a alteração ambiental
causada pela construção. Esse telhado pode ser confeccionado por diversos
materiais, desde que haja condições de realizar o cultivo de vegetação, compatível
com a estrutura de um telhado (SAVI, 2012).
Pode-se observar na Figura 3 um exemplo de telhado verde.

Figura 3. Telhado verde


Fonte: Eco Eficientes (2016)

Nota-se que o telhado verde tem a função de gerar mais oxigênio ao planeta,
pelo processo da fotossíntese, e poderá servir também para a coleta de águas
pluviais, que pode ser feita por meio da impermeabilidade que é inerente a esse tipo
de telhado. A água de chuva que se precipita em lugares permeáveis geralmente
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voltará aos lenções freáticos, assim não há necessidade de investimento para a sua
captação, apenas o uso de uma drenagem adequada (ROMERA, 2016).
De acordo com Damasceno (2016), a captação de águas pluviais por meio do
telhado verdade é uma excelente alternativa para grandes edificações, uma vez que
pode resultar em uma economia de 20% na conta de água, além de contribuir para o
meio ambiente e para a sustentabilidade.

ADICIONAR MAIS CONTEÚDO SOBRE TELHADO VERDE


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACIOLI, L. A. Estudo experimental de pavimentos permeáveis para o controle


do escoamento superficial na fonte. Disponivel em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/5843/000521171.pdf>. Acesso
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ARAÚJO, P. R. D.; TUCCI, C. E. M.; GOLDENFUN, J. A. Avaliação da eficiêcia dos


pavimentos permeáveis na redução de escoamento superficial. Revista Brasileira
de Recursos Hídricos, Porto Alegre, v. 5, n. 3, p. 21-29, jul/set 2000.

BALDESSAR, Silvia M. N. Telhado verde e sua contribuição na redução da vazão da


água pluvial escoada. Dissertação de mestrado. Curitiba: UFPR PPGCC, 2012.

BATISTA, T. R.; LUZ, S. R. D.; SILVA, B. C. D. INFLUÊNCIA DA URBANIZAÇÃO


NAS VAZÕES MÁXIMAS DE PEQUENAS BACIAS, Itajubá, 2008. 19-20.

CARDOSO, L. S. Exercícios e notas para formular uma pesquisa. Rio de Janeiro:


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CASTRO, A. S. Uso de pavimentos permeáveis e coberturas verdes no controle


quali-quantitativo do escoamento superficial urbano. Lume-UFRGS, 2011.
Disponivel em: <http://hdl.handle.net/10183/55975>. Acesso em: 08 de abr. 2020.

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<http://www.direcionalcondominios.com.br/sindicos/materias/item/903-como-
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<http://www.ecoeficientes.com.br/curso-de-bioarquitetura-tiba/telhado-verde-7/>
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São Paulo: Instituto Siegen, 2007.

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2007.

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<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
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15

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<http://www.arquidicas.com.br/o-que-e-permeabilidade/> Acesso em: 20 de abr.
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MORESI, Eduardo. Metodologia de Pesquisa. Brasília: Universidade Católica de


Brasília – UCB, 2003.

ROMERA, P. A. Captação simples de água pluvial. Disponível em:


<http://www.direcionalcondominios.com.br/sindicos/materias/item/903-como-
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SALVI, A. C. Telhados verdes: Análise comparativa de custo com sistemas


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TEIXEIRA, M. A. N. Reposição da Permeabilidade dos Solos, Dezembro 2005.

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Disponivel em:
<http://4ccr.pgr.mpf.mp.br/institucional/grupos-de-trabalho/encerrados/residuos/
documentos-diversos/outros_documentos_tecnicos/curso-gestao-do-terrimorio-e-
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