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Volume 7 Número 1 (2021) ISSN 2317-3793

PAVIMENTOS PERMEÁVEIS: A BUSCA POR OTIMIZAÇÃO DO


ESCOAMENTO SUPERFICIAL E MANEJO DOS EFLUENTES
PLUVIAIS
Matheus Vianna Mendes1
Mayara dos Santos Amarante2

Resumo
O crescimento exponencial da indústria e densificação dos centros urbanos têm transformado cada vez mais
os cenários ambientais, reduzindo áreas naturais em busca de espaços para expansão. Com o cenário natural
cada vez mais escasso e devastado, a interrupção do ciclo hidrológico natural dos efluentes pluviais passou
a afetar de forma negativa os grandes centros urbanos, que por sua vez, demonstram-se mais
sobrecarregados e possuem infraestrutura insuficiente para atendimento da demanda populacional. Perante
estas circunstâncias, a utilização de estruturas que possuam maior correlação entre correspondências
técnicas e ambientais apresentam-se eficazes como medidas que possam auxiliar no manejo dos efluentes,
como alternativas de amenização ou otimização do escoamento superficial recorrente das precipitações
pluviométricas. Caracterizado pelos grandes percentuais de infiltração, os pavimentos e superfícies
permeáveis emolduram-se como alternativas eficazes e de baixo custo, cuja implantação não requer grandes
intervenções. Devido as propriedades hidrológicas e índices físicos apresentados em suas camadas, os
pavimentos permeáveis permitem que o ciclo hidrológico natural seja restaurado em grande parte, pois sua
característica permeável possibilita que grande volume do efluente precipitado seja absorvido, percole entre
as camadas de constituição do pavimento e infiltre no terreno natural, fazendo com que o volume de água
escoado superficialmente e destinado aos corpos coletores das redes de drenagem pública seja menor.
Baseado em definições previstas em normas, instruções técnicas, análises empíricas e comparativos de
resultados finais de estudos de caso, analisa-se o emprego dos pavimentos permeáveis, considerando os
tipos mais usuais de revestimento, como solo compactado, grama, concreto permeável e bloquetes
intertravados, estendendo-se as análises frente aos diálogos interdisciplinares, como padrões estéticos,
sustentáveis, físicos, mecânicos, recorrentes dos estudos das características deste tipo de pavimento.
Palavras-chave: pavimentação, drenagem, escoamento superficial, sustentabilidade.

Abstract
The Industry exponential growth and Urban Centers densification have increasingly transformed
environmental scenarios, reducing natural areas in search of space to expansion. With the scarce and
devastating natural scenario, the interruption of natural hydrologic cycle negatively affect the large urban
centers, which in turn has shown more overloaded and have an insufficient infrastructure to supply
populational demand. Under those circumstances, the use of structures that have more correlation between
technical and environmental correspondences are feasible as measures that can help the management of
effluents, as possibilities to mitigate and optimize the runoff surface of the rainfall. Being characterized by
the high percentual of infiltration, the permeable pavements and surfaces frame themselves as effective and
low-cost alternative, whose implementation does not require greater interventions. Due to the hydrological
properties and physical indices presented in their layers, permeable pavements allow natural hydrological
cycle to be largely restored, as its permeable characteristic allow a large volume of the precipitated effluent
to be absorbed, percolate between the layers constituting the pavement and infiltrate the natural ground,
reducing volume of the runoff surface, destined to the public drainage networks. Based on standards
definitions, technical reports and instructions, empirical and comparative analysis of the final results about
case studies, the use of permeable pavement has been analyzed, taking into consideration different and most

1 Bacharelando do Curso de Engenharia de Civil, Centro Universitário Braz Cubas, Brasil.


2 Professor Titular do Centro Universitário Braz Cubas, Brasil. Doutora em Ciências e Tecnologias
Espaciais pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Brasil (2019).
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useful types of finished floor, as compacted soil, grass, permeable concrete, interlocking floor, extending
the analysis to the interdisciplinary dialogues, which concerns aesthetic, sustainable, physical, mechanical
patterns, outcome from studies of that kind of pavement and its characteristics.
Keywords: pavement, drainage, runoff surface, sustainability.

INTRODUÇÃO
Os processos de expansões científicas e tecnológicas possibilitam cada dia mais a
metamorfose dos padrões culturais, morais, ideológicos, dogmáticos, sazonais entre
outros conjuntos de ideais da sociedade, sobretudo são processo de expansões que
demandam espaços físicos. Deste modo, os crescentes processos de globalização
influenciam diretamente no aumento dos índices de urbanização dos centros
(GROSTEIN, 2001), (PENA, 2020).
As cidades atuais estão adquirindo cada vez mais o processo de expansão vertical,
visto que os processos de urbanização ascenderam de maneira acelerada e descontrolada
nos últimos anos. Segundo índices estatísticos, no ano de 2010 a taxa de urbanização dos
centros correspondia a 85% (IBGE, 2010) e segundo o estudo feito para Assentamentos
Humanos, este valor aumentaria para 90% neste ano de 2020 (ONU, 2012).
A busca pela expansão resultou na significativa redução de áreas verdes, áreas
permeáveis e vida selvagem que anteriormente habitavam os ecossistemas naturais.
Segundo Mascaró e Mascaró (2009), quanto maior a expansão urbana maiores serão as
intervenções, necessidades com infraestrutura e aumento da densificação da área urbana,
extinguindo os espaços naturais e potencializando a impermeabilização solo, o que influi
diretamente nas probabilidades de ocorrência de enchentes e alagamentos nos grades
centros (VAZ, 2019).
Avaliando as variáveis naturais e meteorológicas para ocorrência destes incidentes,
podemos considerar que os processos expansivos para a indústria aduzem malefícios que
impactam diretamente no ambiente, como poluição da atmosfera com gases e partículas
suspensas, impactos em áreas e meios naturais como desmatamento, contaminação de
corpos hídricos, desencadeando uma série de problemas relativos a fauna e flora,
depreciando cada vez mais o planeta (ANTONI; FOFONKA, 2018), (MÖLLER, 2009),
(LEAL, 2008).
Estas ações estão interligadas e influem diretamente no aquecimento Global.
Segundo estudos realizados pela Agência Espacial Americana, NASA e da
Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), no ano de 2019 a terra teve
um aumento de temperatura de 0,86°C, tornando-se a década mais quente registrada na
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história (CLIMATE NASA, 2019). A elevação da temperatura global afeta influi


diretamente na ocorrência de maiores e mais intensos picos de chuva, agravando ainda
mais o cenário relativo às enchentes e alagamentos.
Analisando os fatos estabelecidos e variáveis decorrentes dos mesmos, estudos
sobre utilização de pavimentos que possibilitassem a permeabilidade dos efluentes
pluviais tiveram grande crescente, principalmente em várias regiões da Europa
(WILLIAMS, 2019), (GIMENEZ-MARANGUES 2020).
A superabundância de solos impermeáveis interrompeu o ciclo natural do efluente,
que anteriormente poderia ter grande parte do volume total infiltrado no solo. Deste modo,
na concepção atual, este efluente contribui diretamente para os sistemas e redes de coletas
de efluentes urbanos, podendo de certo modo sobrecarrega-lo e encontrar obstruções
devidos a dejetos e materiais sólidos lançados erroneamente nos sistemas de coleta e
captação pluvial (TUCCI, 2005).
Os Sistemas Urbanos de Drenagem Sustentável (SUDS), (SUDs – Sustainable
Drainage System), aplicados em diversas cidades mostraram-se efetivos e viáveis,
reformulando alguns conceitos convencionais de drenagens (GIMENEZ-MARANGUES,
2020), (LIU, 2017), utilizando diversos tipos de materiais e superfícies finais para realizar
a captação dos efluentes. Muitos destes sistemas apresentaram baixo custo e alta
eficiência, denominados internacionalmente Low Impact Coast (LID).
A utilização das superfícies drenantes, como trincheiras de infiltração, valetas
drenantes, jardins de infiltração e pavimentos permeáveis podem ser diretamente atrelada
aos SUDS, de modo que possibilitam maior destinação do efluente ao meio natural,
apresentam possibilidade de substituírem os pavimentos impermeáveis e reduzirem a
contribuição do volume precipitado aos sistemas públicos de coleta, reduzindo a vazão
final de efluente nas redes (H. ZHU, 2018), (SCHOLZ, 2007).
Estudos de análise, caracterização e classificação destas superfícies quanto suas
funcionalidades e finalidades de aplicação externam maiores informações quanto aos
benefícios e viabilidade de uso frente aos cenários atuais, no qual verifica-se a constante
expansão dos centros urbanos, da indústria em geral e os baixos níveis de investimento
em infraestrutura, resultando na construção de sistemas e redes de drenagem que não
comportam a vazão e o volume de efluente ou sobrecarregam as áreas de destinação final
(ACIOLI, 2005), (VAZ, 2019).
Este estudo propõe a análise de drenagem do efluente pluvial precipitado frente a
utilização de pavimentos permeáveis, com ênfase na otimização do escoamento
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superficial e redução na contribuição efetiva do efluente aos corpos coletores da rede


pública.

Pavimentos Permeáveis
Definições e Conceitos
Segundo os termos e definições regulamentadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), na Norma Brasileira (NBR) 16.416 – Pavimentos
Permeáveis de Concreto – Requisitos e Procedimentos, é definido que áreas
permeáveis são superfícies que permitem a rápida percolação de água e contribuem
para a diminuição do escoamento superficial (ABNT, 2015).
Definem-se pavimentos como estruturas construídas após a terraplenagem e
destinadas a resistir e distribuir os esforços verticais provenientes da circulação de
pedestres e automotores, melhorar as condições de tráfego e resistir a esforços
horizontais, tornando a superfície mais durável. Os pavimentos permeáveis são uma
categoria de pavimento que, além de englobarem as características e solicitações aos
esforços mecânicos, possuem estrutura que possibilita percolação e infiltração do
efluente lançado na superfície no solo natural, devido aos vazios intercomunicáveis
existentes em sua constituição, resultando em maior absorção de água nas áreas
pavimentadas, sem causar danos à sua estrutura (ABNT, 2015).
A constituição do perfil de pavimentação permeável é feita de modo a utilizar
em sua composição materiais que possibilitem características como percolação e
infiltração de efluentes nas camadas naturais de solo, resgatando parte das condições
iniciais do Ciclo Hidrológico, onde o efluente pluvial, quando precipitado, tinha
grande parte infiltrada diretamente no solo enquanto escoava pelas mais diversas
superfícies (SCHOLZ, 2007), (H. ZHU, 2018).

Perfil do Pavimento
Para constituição do pavimento são envolvidas uma série de camadas, cada uma
com função, materiais e características distintas. As camadas aplicadas para formação
da pavimentação até sua superfície, se demonstradas através da seção transversal,
constituem o perfil do pavimento (DNIT, 2006).
Tomando as definições de pavimento permeáveis e analisando a composição do
perfil de pavimento, é possível afirmar que todas as camadas constituintes possuem
tais características de percolação de água, assim como vazios em sua constituição,
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mas mesmo assim atendem as características estruturais e solicitações mecânicas


necessárias para viabilidade de implantação.
A Figura 1 demonstra uma seção típica de pavimento permeável, vastamente
aplicada em estacionamentos, acessos residenciais, pavimentação de áreas litorâneas,
parques, entre outros locais (SCHOLZ, 2007), (MARCHIONI; SILVA, 2013).

Figura 1 - Detalhe Esquemático da Seção Transversal de Pavimentação com Bloquetes de


Concreto intertravado – Fonte: Próprio autor.

Observando a seção transversal do pavimento apresentado, é possível verificar


em sua constituição a utilização de bases e sub-bases com materiais granulares cujos
volumes de vazios sejam superiores de 30%, o que possibilita e facilita a infiltração
e percolação da água no solo (ABNT, 2006).

Camadas de Constituição
A composição das camadas dos Pavimentos Permeáveis, assim como dos
outros tipos de pavimentos possuem características específicas, conforme
determinado no Manual de Pavimentação do Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transporte (DNIT, 2006). O perfil típico dos Pavimentos Drenantes
(VAZ, 2019), (SCHOLZ, 2007), (CIRIA, 2015), (TIEPO; ROCHA; et al; 2014), pode
ser constituído basicamente por:
 Revestimento Permeável: camada final do pavimento, em cuja
superfície são aplicados os esforços mecânicos, exposição às ações das intempéries
e aos mais diversos tipos de solicitações / utilização, atendendo simultaneamente as
características mecânicas e drenantes necessárias. Segundo a NBR 16.416 (ABNT,
2015) apresentam coeficiente de permeabilidade maiores do que 10 -3 m/s. Os tipos
mais usuais e comuns são:
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- Pavimentos Intertravados com bloquetes de Concreto;


- Concreto Poroso;
- Asfalto poroso;
- Pavimentação permeável com grama e outros tipos de vegetação,
constituindo Jardins de Chuva.
 Camada de Assentamento: camada utilizada em específico para
construção de Pavimento Permeável Intertravado com bloquetes de concreto, no qual
é utilizado agregados miúdos para assentamento, nivelamento e execução das juntas
espaçadas (MARCHIONI; SILVA, 2013). A NBR 16.416 (ABNT, 2015) especifica as
características e ensaios gerais dos materiais a serem empregados para execução desta
camada.
 Base Permeável: representa uma das camadas principais do perfil, por
meio da qual os esforços, solicitações e carregamentos mecânicos são recebidos e
distribuídos ao solo natural, além de ser o corpo receptor do efluente e assumir
características de um reservatório durante o processo de percolação e infiltração da
água (ABNT, 2015), (DNIT, 2006). Possuem granulometria aberta, ou seja, possuem
constância em seus diâmetros e apresentam pouca quantidade de finos, resultando em
elevado índice de vazios após compactação.
 Membrana filtrante geotêxtil: mantas de poliéster não tecida,
normalmente categorizada como geossintéticos que possuem a capacidade de
filtração e separação, evitando a passagem de partículas e elementos sólidos entre as
camadas de constituição do pavimento (ABNT, 2015), (DER, 2006).
 Sub-base: camada complementar da base, possuindo características
semelhantes quanto a solicitações mecânicas e quesitos hidráulicos, podendo ou não
ser parte necessária na composição do perfil, sendo esta variável passível de
verificação e validação no dimensionamento estrutural do pavimento (DNIT, 2016).
 Subleito: camada final dos serviços de movimentação de terra, sobre a
qual serão executadas as camadas que irão formar a estrutura e perfil do pavimento
projetado. Geralmente são camadas que apresentam maior controle durante os
serviços de terraplenagem, com o intuito de se garantir maiores Índices de Suporte
Californiano (ISC), também conhecidos como California Bearing Ratio (CBR),
utilizados para verificação da resistência da camada frente à aplicação de pressões
sobre o solo (ABNT, 2017), (ABNT, 2016).
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Infiltração
Segundo as definições previstas na NBR 16.416 (ABNT, 2015) e no The SUDs
Manual (Manual dos Sistemas Urbanos de Drenagem Sustentável) (CIRIA, 2015), o
pavimento permeável pode ser dimensionado e projetado de modo a possuir três
categorias de infiltração do efluente no solo, sendo esta concepção diretamente
atrelada as características geológicas do solo da área em estudo.
A Figura 2 ilustra a filosofia de constituição dos sistemas de infiltração,
podendo estes serem caracterizados e descritos como:
- Infiltração total (Figura 2 - modelo A): permite a passagem direta do efluente
precipitado ou lançado pelas camadas de constituição do perfil do pavimento e
destina o mesmo a infiltração total em solo natural, sem que haja dispositivos
hidráulicos instalados de forma pontual a auxiliar no manejo do efluente;
- Infiltração Parcial (Figura 2 - modelo B): Permite a passagem direta do
efluente pelas camadas superficiais do perfil do pavimento e utiliza drenos para
canalizar e direcionar o efluente que fica retido nas camadas de base e sub -base do
pavimento. Estes drenos são interligados a uma linha de coleta principal, portanto um
percentual é destinado a infiltração e o volume restante é removido pela linha de
drenagem construída;
- Sem Infiltração (Figura 2 - modelo C): Apesar da classificação nos levar a
pensar que este tipo de pavimentação não permite infiltração ou permeabilidade,
neste caso, o efluente precipitado é infiltrado no pavimento projetado e removida
através de tubulações e drenos, pois a camada do subleito do pavimento é estanque e
não possibilita percolação do efluente no solo natural.

Figura 2 - Ilustração dos Sistemas de Infiltração em pavimentação com bloquetes de concreto.


Fonte: Adaptado de CIRIA (2015), (VAZ, 2019).
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Coeficientes de Escoamento Superficial


Cada tipo de Pavimentação Permeável possui suas características específicas
no quesito absorção e infiltração de água, diretamente relacionados ao material de
sua composição. A camada do revestimento é um dos principais agentes que pode
influenciar nesses percentuais, uma vez que o contato primário do efluente
precipitado ou lançado será sobre esta camada. A razão entre o volume precipitado e
o volume escoado superficialmente é determinada como Coeficiente de Escoamento
Superficial, Coeficiente de Deflúvio ou em inglês, Runoff (ABNT, 2015),
(MARCHIONI; SILVA, 2013), (CARVALHO; SILVA, 2006).
As características de escoamento são fundamentais para o dimensionamento
hidráulico de acordo com os diferentes tipos de superfícies pavimentadas, visto que
para cada qual, deve ser utilizado um fator específico, conforme os limites
estabelecidos no Manual de Drenagens do DNIT (DNIT, 2006) e nas diretrizes
básicas de Drenagem do Município de São Paulo (PMSP,1999).
As Figuras 3 e 4 caracterizam respectivamente as classificações das superfícies
por meio do qual ocorre o escoamento das precipitações, bem como os coeficientes
adotados pelo DNIT e pela PMSP, inserindo os mesmos em seus manuais e diretrizes
técnicas para projetos de Drenagens.

Figura 3 - Coeficientes de Escoamento Superficial – Fonte: Manual de Drenagens do DNIT –


Tabela 39, p. 207, (DNIT, 2006).
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Figura 4 - Valores do coeficiente de escoamento superficial direto adotados pela Prefeitura do


Município de São Paulo (P.S. Wilken, 1978) – Fonte: (PMSP, 1999. p.70).

Segundo estudos e ensaios realizados (ARAÚJO, 1999), constatou-se que os valores


e coeficientes de escoamento para aplicação de alguns tipos de pavimentos permeáveis,
relativos a superfícies classificadas como Matas, Parques e Campos de Esporte, conforme
indicam os valores adotados pela PMSP (1999) apresentam índices que se enquadram o
range apresentado, conforme demonstrado nas Figuras 5 e 6:

Figura 5 - Resultado da Simulação das Chuvas nas Superfícies Permeáveis – Fonte: (ARAÚJO,
1999).
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Pavimento Intertravado Pavimento Poroso Pavimento com Blocos Vazados


Fonte: Imagens do Google Fonte: Imagens do Google Fonte: Imagens do Google

Solo Compactado Superfície Gramada Jardins de Chuva


Fonte: Imagens do Google Fonte: Imagens do Google Fonte: Imagens do Google

Figura 6 - Superfícies e Pavimentações Permeáveis – Fonte: Próprio Autor

Dimensionamentos e Análises Globais


Um dos principais aspectos de um projeto é a fase de dimensionamentos. A
percepção global dos fatores envolvidos, as expectativas de manutenção, utiliza ção,
períodos de retorno, frequência, entre outras variáveis influenciam diretamente na
assertividade do elemento em estudo aplicado na prática. Para assegurar maior
linearidade nos padrões de desenvolvimento e projetos, a ABNT, assim como outras
entidades no mundo todo, estabelecera um conjunto de normas com os parâmetros e
requisitos mínimos a serem seguidos (ABNT, 2020).

Dimensionamento do Pavimento Permeável


Para dimensionamento do Pavimento Permeável deverão ser consideradas as
premissas, instruções e recomendações técnicas presentes nas normas NBR16.416
(ABNT, 2015) e na instrução técnica elaborado pela Prefeitura Municipal de São
Paulo (PMSP) (PMSP, 2004), nos quais são apresentados os métodos mais usuais
aplicados no País.
Existem outras literaturas técnicas que podem auxiliar no desenvolvimento do
projeto, para concepções e definições globais, como instruções técnicas / manuais do
DNIT e da Associação Americana de Rodovias do Estado e Funcionários de
Transporte (AASHTO, 1993).
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Dimensionamento Hidráulico
O dimensionamento Hidráulico do Pavimento está diretamente relacionado a
camada de Base que constitui o pavimento, visto que, conforme supracitado nas
definições, esta assume características de um reservatório temporário para o efluent e
precipitado e infiltrado nas camadas do pavimento (VAZ, 2019).
Um dos fatores que influenciam diretamente para o dimensionamento
hidráulico do pavimento é o coeficiente de permeabilidade do Solo. Este índice avalia
a capacidade de absorção do solo natural, conforme exemplifica e demonstrado no
Anexo A da NBR 16.416 (ABNT, 2015) e também determina a velocidade de
infiltração do efluente, em metros por segundo (m/s) no solo em análise
(MARCHIONI; SILVA, 2013).
O Dimensionamento hidráulico pode ser determinado conforme os parâmetros
apresentados no Anexo B da NBR 16.416 (ABNT, 2015), porém existem outros
métodos usuais que compõem a literatura de dimensionamento de SUDS, como por
exemplo (VAZ, 2019):
- Método da Curva Envelope;
- Método de Hammes;
- Método do TDEC;
- Métodos Computacionais.

Dimensionamento da Intensidade Pluviométrica


O conhecimento do valor máximo da Intensidade pluviométrica, ou mesmo, a
determinação de chuvas intensas para a região de implantação dos dispositivos
hidráulicos é considerada talvez um dos principais pontos para o dimensionamento e
concepções globais de um projeto de infraestrutura, uma vez que analisados os dados,
é possível dimensionar os dispositivos hidráulicos para a demanda necessária (VAZ,
2019).
No Brasil, a determinação da precipitação máxima de efluente é usualmente
dada pela utilização e análise das curvas de Intensidade, Duração e Frequência (IDF).
A Curva correlaciona estes fatores com dados previamente determinados para os
cálculos, como Tempo de Precipitação de chuva e Tempo de retorno, conforme
Equação 1:
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(𝐾 ∗ 𝑇𝑟)𝑎
ℑ= (1)
(𝑡 + 𝑏)𝑐

em que:
Im = Intensidade máxima de precipitação, em mm h-1;
Tr = tempo de retorno em anos;
t = duração da precipitação em minutos;
K, a, b, c, d = parâmetros ajustados com base nos dados pluviométricos da localidade.

Por caracterização geral, compreende-se que o Tempo de concentração é o tempo


necessário para que toda a bacia considerada contribua para o escoamento superficial na
seção estudada, ou mesmo o tempo para que a gota de água que caia no ponto mais
distante chegue até a seção que define o limite da bacia e seja drenado (NETTO, 1998).
As variáveis Tempo de Retorno e Tempo de Precipitação aduzem a filosofia do
projeto em estudos, assim como as variáveis “K, a, b, c, d” estão diretamente interligadas
aos dados e análises meteorológicos, fornecidos pela Agência Nacional de Águas (ANA),
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Rede Hidrometeorológica
Nacional (RHN), entre outras entidades.
A norma NBR 16.416 (ABNT, 2015), assim como a Especificação Técnica ETS-
03/2013 da PMSP (PMSP, 2013) definem que o Tempo de Retorno mínimo a ser
considerado na definição das equações de chuvas intensas deve ser de no mínimo 10 anos
e o Tempo de Concentração da Precipitação, ou duração da chuva de projeto, igual a 60
minutos.

O Meio Ambiente frente às recorrências da Urbanização


O estudo do espaço geográfico, ao longo dos tempos, possibilita revelar os
impactos que o Meio Ambiente tem sofrido, por intervenções naturais (climáticas e
meteorológicas) assim como intervenções humanas, motivada pela expansão da
Industrial e densificação dos Grandes Centros (LEAL, 2008).
O desenvolvimento Urbano altera as superfícies naturais existentes no
Ambiente, afetando diretamente no Ciclo Hidrológico, visto que são ampliadas cada
vez mais as áreas impermeáveis, implicando num volume cada vez maior de
escoamento superficial de efluentes, direcionados para os sistemas públicos de Coleta
de Efluente (TUCCI, 2005).
O volume que deixa de infiltrar fica na superfície, aumentando o escoamento
superficial. Além disso, como foram construídos condutos pluviais para o
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escoamento superficial, tornando-o mais rápido, ocorre redução do tempo de


deslocamento. As vazões máximas também aumentam, antecipando seus picos
no tempo. A vazão máxima média de inundação pode aumentar de seis a sete
vezes. (TUCCI, 2005. p. 67).
A ruptura da cobertura do solo, exposição do mesmo às intempéries naturais,
modificações hidrodinâmicas nos sistemas de drenagens, invasão e densificação
massiva das várzeas e margens, extinção de ecossistemas naturais, insuficiência nos
sistemas e redes de drenagens, alagamentos dos grandes centros, busca por melhorias
nos centros urbanos, entre outros fatores, fomentaram estudos sobre a aplicação dos
SUDS nas gestões urbanas (H. ZHU, 2018), (GIMENEZ-MARANGUES, 2020),
(LIU, 2017). Segundo TUCCI (2005), estes fatores caracterizam a Urbanização
desordenada dos Centros, acarretando medidas e tomadas de ações emergenciais sem
as micro e macro análises das circunstâncias.

Avaliações gerais relativas à implantação dos SUDS


Segundo estudos realizados em várias comunidades ao redor do mundo, foram
constatados que grande parte da população ou mesmo os órgãos competentes ao
gerenciamento das obras de infraestrutura das cidades não possuíam informações
suficientes sobre os métodos sustentáveis, alegando preferir os métodos
convencionais por serem eficientes e menos onerosos (WILLIAMS, 2019).
Os SUDS podem ser projetados e executados com os mais diversos tipos de
materiais, aplicados em diversos locais. Exemplos típicos de SUDS, incorporados
nos cenários urbanos, verificados com facilidade são listados abaixo:
- Pavimentos Intertravados;
- Pavimentos Porosos;
- Jardins de Chuvas;
- Valetas de Infiltração;
- Estruturas de Contenção com Gabiões;
- Canalizações com Colchões Reno;
- Pavimentos com britas e hidrossemeaduras;
- Telhados Verdes.
Tais informações esclarecem que, apesar de serem dispositivos já utilizados
corriqueiramente, a falta de informações sobre estruturas sustentáveis nos países
ainda possui uma taxa muito alta. Apesar de existirem vertentes de Infraestrutura
Verde, denominadas internacionalmente, Green Infrastructure (GI), parte da
utilização dos SUDS podem ainda estar relacionadas e atreladas erroneamente a
métodos primitivos ou à proposições de ambientes com melhores áreas sociais,
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capazes de promover melhor qualidade de vida (WILLIAMS, 2019),


(KATSIFARAKIS, 2015).
Certamente intervenções realizadas com materiais com características mais
coesas com o meio natural promoverão melhor funcionamento e continuidade no
Ciclo Hidrológico, deste modo, o ecossistema local sofrerá menor impacto,
proporcionando às faixas lindeiras, maiores interações com o Meio Natural, sendo
constatado que apesar de ocorrido a intervenção, um grande percentual do
ecossistema consegue ser preservado (WILLIAMS, 2019), (CIRIA, 2015), (NUNES,
2019).
A implantação de SUDS tem se mostrado altamente exequível nos quesitos de
baixa intervenção, custos gerais de implantação além de auxiliar no manejo dos
efluentes frente às superfícies pavimentadas, visto que uma de suas principais
características é manter o efluente precipitado o mais próximo possível do local
precipitado, evitando contribuições aos sistemas públicos de coleta (CIRIA, 2015).
Podem ser considerados como pilares principais dos SUDS os seguintes aspectos
(CIRIA, 2015):
 Controle da quantidade de escoamento superficial, reduzindo riscos de
inundações e mantendo melhor funcionamento do Ciclo natural das águas;
 Gestão da qualidade da água escoada, reduzindo os poluentes
direcionados aos sistemas públicos e permitindo que parte da água infiltrada no solo
seja captada e reutilizada após tratamentos mais simplificados, visto que as camadas
de constituição da superfície pavimentada possuem características filtrantes;
 Biodiversidade de Ecossistemas, criando e sustentando melhores
condições para preservação dos ecossistemas naturais, como fauna e flora local;
 Amenização dos impactos ambientais, criando e sustentando espaços
com melhores condições ambientais, o que diretamente influi na melhoria da
qualidade de vida das pessoas.

Utilização de Pavimentos Permeáveis como alternativas de redução das Vazões


precipitadas nos meios urbanos
Analisando o Cenário atual das áreas urbanas, a intensa densificação dos
grandes centros, contribuindo cada vez mais para a expansão das áreas impermeáveis,
questionam-se possibilidades de melhorias e otimização dos sistemas convencionais
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de infraestrutura. Concentrando o foco destes estudos de caso no manejo de águas


pluviais, as análises de micro e macro drenagem acabam considerando ações
manutentivas imediatas, sem considerar análises e estudos prévios que possam
auxiliar na prevenção de sinistros (TUCCI, 2005).
Considerando as características, benefícios e atribuições gerais dos Pavimentos
Permeáveis, o uso do mesmo como possibilidade de melhoria no manejo de efluentes
precipitados apresenta vantagens e benefícios para a infraestrutura geral das cidades.
Segundo as diretrizes básicas para projetos de drenagem da PMSP, destaca-se que:
Cabe frisar que o volume do escoamento superficial direto é primordialmente
determinado pela quantidade de água precipitada, características de infiltração
do solo, chuva antecedente, tipo de cobertura vegetal, superfície impermeável
e retenção superficial. Já o tempo de trânsito das águas (que determina os
parâmetros de tempo do hidrograma do escoamento superficial direto) é função
da declividade, rugosidade superficial do leito, comprimento de percurso e
profundidade d'água do canal.
Portanto, os efeitos da urbanização na resposta hidrológica das bacias de
drenagem devem ser analisados sob a ótica tanto do volume do escoamento
superficial direto, quanto do tempo de trânsito das águas. (PMSP, 1999. p.14).
Baseando-se na determinação da Intensidade Pluviométrica, conforme
demonstrado no item 3.3, considerando dados Meteorológicos da Cidade de São
Paulo, Tempo de Retorno em 10 anos, foram determinadas as Intensidades
Pluviométricas máximas de acordo com o período de duração das precipitações,
conforme demonstra a Tabela 1.
Considerando como base para estudos comparativos as definições de
Intensidade Pluviométrica, o Método Racional para determinação das Vazões
máximas de uma bacia, pautado na Equação 2, de Lloyd Davies (MARCHIONI;
SILVA, 2013) e os coeficientes de escoamento referente a superfícies pavimentadas,
apresenta-se:

Tabela 1 - Determinação da Intensidade Pluviométrica


INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA
K= 1747 a= 0,181 b= 15 c= 0,89
Tempo Concentração (min) Im (mm/h) Im (m/s)
5 184,237 0,0000512
10 151,052 0,0000420
15 128,427 0,0000357
30 89,523 0,0000249
60 56,818 0,0000158
120 33,674 0,0000094
Fonte: Próprio Autor
33

𝑐 × ℑ(𝑚𝑚⁄ℎ) × 𝐴(𝑚2 )
𝑄(𝑙 ⁄𝑠) = (2)
3600

em que:
Q = vazão máxima em litros por segundo (l/s);
c = coeficiente de escoamento superficial ou run-off;
Im = Intensidade máxima de precipitação, em mm/h;
A = área de contribuição em m².

A Tabela 2 demonstra um breve comparativo utilizando alguns tipos de


pavimentos permeáveis, correlacionando os mesmos com os dados de Intensidade
Pluviométrica, conforme determinados na Tabela 1 e seus respectivos coeficientes de
escoamento superficial, ou runoff, conforme os valores determinados pelo DNIT
(2006).

Tabela 2 - Vazões Resultantes para análises frente a utilização de Pavimentos Permeáveis.


Verificação da Vazão de escoamento superficial
Tipo de Pavimento Área (m²) Im (mm/h) Runoff Q (l/s)
Asfáltico 1000,000 56,818 0,950 14,994
Concreto 1000,000 56,818 0,900 14,205
Intertravado 1000,000 56,818 0,700 11,048
Blocos Vazados 1000,000 56,818 0,300 4,735
Superfícies Gramadas 1000,000 56,818 0,300 4,735
Solo Compactado 1000,000 56,818 0,600 9,470
Fonte: Próprio Autor

Avaliando os dados expressos na Tabela 2 é possível verificar a diminuição da


vazão máxima escoada superficialmente devido às melhores condições hidráulicas de
condução de efluente das superfícies permeáveis. Nota-se que, apesar de aparentar
condições satisfatórias, as superfícies em Solo Compactado apresentam coeficiente
de escoamento superficial elevado, porém este fato se deve ao alto grau de
compactação do solo em suas camadas finais, comprimindo cada vez mais as
partículas e extinguindo a formação de vazios (DAS, 2007).

Análises e Diálogos Interdisciplinares


Em virtude das possibilidades de aplicação, interdisciplinaridade entre os
estudos de viabilidade de execução, solicitações e constituição, constata-se que a para
34

a aplicação de pavimentos permeáveis são necessários diversos estudos, desde


estéticos até mesmos estruturais (CIRIA, 2015).
Assim como para os tipos de convencionais de pavimentação, as solicitações
de análises geotécnicas do solo são fundamentais para os projetos de pavimentos
permeáveis, possibilitando correta determinação das estruturas componentes do
pavimento assim como fatores relativos ao preparo da área onde será implantado o
solo (VAZ, 2019).
Ensaios de resistência e caracterização do solo configuram-se como essenciais
para determinação das características hidrológicas do pavimento, visto que para este
tipo de aplicação em específico, análises de permeabilidade, índice de vazios,
camadas de materiais que compõem o terreno natural, níveis de água, teor de
compactação e expansibilidade de materiais são fatores que influem diretamente na
assertividade e coerência nos projetos da pavimentação (DAS, 2007).
No caso das pavimentações que consideram superfícies revestidas com
elementos naturais, como gramas e outros tipos de vegetações, formando até mesmo
canteiros que funcionam como jardins drenantes é possível a aplicação de vertentes
estéticas, utilizando dispositivos funcionais para redução do escoamento superficial
como elementos de decoração (NUNES, 2019), (KATSIFARAKIS, 2015).
Observa-se atualmente a atribuição desta categoria de pavimentação às
construções sustentáveis, devido aos benefícios de manutenção do ciclo hidrológico,
menor intervenção ambiental, proporcionando maior qualidade de manutenção da
fauna e flora (MMA, 2020).

Conclusão
Baseado em estudos de casos avaliados, recorrência a pesquisas bibliográficas,
literaturas técnicas e análises empíricas supracitadas, constata-se a eficácia do
emprego de pavimentos permeáveis como alternativa para redução do escoamento
superficial e manejo de efluentes pluviais.
Concatenando conhecimentos que envolvem diversas áreas da engenharia, os
pavimentos permeáveis demonstram, além de soluções eficazes nos quesitos de
funcionalidade frente às solicitações mecânicas quanto hidrológicas, baixos custos
de implantação e manutenção.
Apresentando-se como uma técnica compensatória e auxiliar para conter os
efeitos do urbanismo, prevendo uma solução simplificada e eficaz para redução das
35

áreas estanques nos grandes centros, aduzindo melhorias que afetam diretamente o
meio ambiente, os pavimentos permeáveis apresentam-se grandes aliados aos
sistemas de drenagens urbanos, como alternativas para redução dos volumes
precipitados lançados nos corpos coletores das redes públicas, engajando maior
controle sobre o escoamento superficial.
Frente às muitas possibilidades de continuidade de estudos e pesquisas, o
armazenamento e reutilização dos volumes de efluentes captados na bacia hidrológica
dos pavimentos permeáveis apontam boas perspectivas relativas ao reaproveitamento
e reutilização destas águas para diversas funcionalidades, permitindo adesão de
estudos relativos à qualidade deste efluente captado e previamente filtrado.

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