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AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NUM

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA. ESTUDO DE CASO: BACIA DO


RIO JUVEVÊ NORTE EM CURITIBA/PR
Gustavo Sacks Luz, Samuel Pangracio Nerone, João Victor Fabris
Orientador: Prof. Luis Gustavo Christoff.

RESUMO

O crescimento da taxa de urbanização, com a consequente impermeabilização do solo e as


ocupações inadequadas, além da ausência de planos urbanísticos específicos, constituem-se
em algumas das causas para a ocorrência de eventos extremos, tais como as enchentes, que
geram impactos nos âmbitos econômico, social e ambiental, e por vezes acarretam em danos
na saúde pública da população de um município.
Buscando aumentar a taxa de permeabilidade do solo, o presente trabalho teve como objetivo
avaliar a influência de práticas sustentáveis (SuDs) num sistema de drenagem urbana da Bacia
Hidrográfica do rio Juvevê Norte, em Curitiba – PR, por meio da simulação de quatro
cenários de escoamento superficial na rede da bacia, utilizando o software de modelagem de
drenagem urbana SWMM, considerando chuvas com tempos de recorrência (TR) de 1, 5, 10,
15 e 25 anos.
O primeiro cenário é composto por pavimento poroso, o segundo por cisternas, o terceiro por
valas de infiltração, e o quarto cenário por uma combinação de sistemas, pavimento poroso,
cisterna, vala de infiltração e asfalto permeável.
Como resultado foi possível verificar a redução de escoamento superficial nas seções
analisadas.
No entanto mesmo com a aplicação das soluções propostas não foi possível cessar os pontos
de alagamento.
Para que tal fato ocorra será necessária a ampliação do sistema de macrodrenagem atual em
combinação com as soluções Lid's.
Palavras-Chave: Sistemas sustentáveis, SWMM, Drenagem urbana, simulação, Práticas Lid.

i. INTRODUÇÃO

A ocorrência de enchentes, deslizamentos e outros problemas cujas origens estão relacionadas


ao problema da capacidade de escoamento superficial do solo e da impermeabilização está
diretamente associado ao processo de urbanização.
Tais fatores são reforçados por Tucci et al. (2000), ao afirmar que a ocupação inadequada do
leito dos rios e a urbanização acelerada contribuem para as inundações.
A cidade de Curitiba não foge a esta realidade, e tal fato é demonstrado por Fendrich (2002),
ao afirmar que a bacia do rio Belém, onde está incluso o rio Juvevê Norte, apresenta
aproximadamente 83,4% de sua cobertura impermeabilizada.
O processo de urbanização impermeabiliza o solo e impede que a água, proveniente das
chuvas, seja absorvida.
Sendo assim, as soluções de drenagem convencional são projetadas a fim de escoar, da forma
mais rápida possível, todo o volume de água das chuvas até o exutório da bacia.
No entanto, nos últimos anos, o sistema convencional tem dado espaço às soluções
sustentáveis, que integram os diversos agentes do processo de drenagem como os habitantes, a
administração pública e a biodiversidade local. Fletcher et al (2014) afirma que o conceito
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Sustainable Urban Drainage Systems (SuDS) foi formalizado justamente para atender esta
integração entre os agentes, além de propor soluções que aumentam a infiltração do solo e
incentivam um melhor reaproveitamento da água das chuvas.
É neste cenário de acelerado processo de urbanização e impermeabilização da água no solo
que este estudo busca, por meio da utilização do software computacional SWMM, avaliar a
influência de soluções sustentáveis de drenagem no volume escoado superficialmente, a partir
da proposição de soluções baseadas no conceito SuDS para toda a bacia do rio Juvevê Norte.

ii. REFERENCIAL TEÓRICO

ii.1. Drenagem urbana


A visão de drenagem no Brasil é uma visão higienista, que objetiva tornar o ambiente são,
criando-se estruturas de micro e macrodrenagem para conduzir as águas da chuva para fora da
cidade. O maior problema destes sistemas é calcular as vazões e dimensionar corretamente as
galerias para transportar esse escoamento.
O resultado desta discussão, que busca desenvolver soluções, deve vir através de uma
mudança de paradigma na etapa de planejamento das cidades e seus respectivos sistemas de
drenagem, contemplando o desenvolvimento sustentável no momento da proposição das
soluções (GESTA, 2013).

ii.1.1. Macrodrenagem
Os sistemas de macrodrenagem são compostos, na sua maioria, por canais de maiores
dimensões, arquitetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno e que englobam
áreas de no mínimo 2 km² (TUCCI; BERTONI, 2003).
Tem por função escoar, da forma mais rápida possível, a contribuição oriunda do sistema de
microdrenagem até o corpo receptor, através de canalização dos trechos de maior criticidade.
Embora supra as necessidades da região onde foi aplicado, a macrodrenagem não leva em
consideração os sistemas de drenagem e ocupação urbana das áreas à jusante a sua instalação,
além disso, pode gerar impactos como a deterioração do ecossistema fluvial e a diminuição do
tempo de concentração da bacia de drenagem.
Para os cálculos e dimensionamentos do projeto de macrodrenagem é possível utilizar
métodos que estimam a precipitação como distribuição espacial, distribuição temporal,
método dos blocos alternados e hidrograma unitário triangular, sendo este o recomendado por
GELLER (2019), por envolver maior precisão na utilização das variáveis de entrada que
compõem o dimensionamento de redes das bacias.

ii.1.2. Microdrenagem
O sistema de microdrenagem é composto por pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de
lobo, canais de pequenas dimensões e pequenas galerias de águas pluviais. De acordo com
Curitiba (2012), o sistema é dimensionado para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de
período de retorno e, se bem projetado e mantido, reduz as inconveniências e interrupções
decorrentes das inundações e enxurradas nas áreas urbanas.
Em termos práticos, é a parte visível do sistema de drenagem e, portanto, uma importante
ferramenta para a implantação das alternativas sustentáveis e não convencionais de drenagem
como o Sustainable drainage systems (SuDS), que na tradução literal se refere à sistemas de
drenagem sustentáveis. De acordo com Agostinho e Poleto (2012), métodos como o SuDS

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promovem o aumento do período de retenção das águas das chuvas através da utilização de
valas de infiltração, faixas de vegetação e pavimentos permeáveis.
ii.1.3. Soluções Sustentáveis/Novas tecnologias
A urbanização das bacias hidrográficas em países em desenvolvimento, de um modo geral, se
dá de forma acelerada e desordenada.
Para Silveira (2002), o fenômeno da urbanização gera a impermeabilização do solo, a qual
impede a infiltração das águas pluviais no solo, gerando mais água para ser captada pelos
sistemas de drenagem.
Assim, a rede pluvial acelera os escoamentos, favorecendo o acúmulo de água em pontos de
saturação, ou seja, provoca inundação.
Segundo Tucci (1997), esses problemas constituem grandes calamidades a que a população
brasileira está sujeita e acontece como resultado da ocupação inadequada dos leitos dos rios
e/ou urbanização das cidades.

Figura 1 - Principais vantagens dos sistemas de drenagem sustentáveis.

Fonte: Neto (2016), adaptado de CIRIA (2015).

Segundo Fletcher et al (2014), com intuito de aumentar a infiltração do solo, buscar uma
melhoria no equilíbrio do ciclo hidrológico e incentivar o uso de água pluvial (Figura 1), foi
formalizado no Reino Unido, o conceito SuDS.
Este sistema surgiu com a evolução do conceito sanitário-higienista, no intuito de preservar a
saúde populacional e acabar com qualquer tipo de incômodo que a água poderia provocar,
como odores e degradação da paisagem (JONES e MacDONALD, 2007).
Segundo Poleto e Tassi (2011), levando em consideração todas as alterações geradas pela
urbanização desenvolveu-se o SuDS que é um novo conceito de drenagem, ou melhor, uma
evolução do conceito antigo de drenagem urbana (sanitário-higienista).
Com o conceito ambiental de drenagem, em substituição ao higienista, aparecem soluções
alternativas, compensatórias ou ambientais, agindo em conjunto com as estruturas
convencionais, que procuram compensar sistematicamente os efeitos da urbanização em
termos quantitativos e qualitativos (SILVA, 2007).
Dentre as soluções estruturais e não-estruturais alinhadas com o conceito do SuDS estão:
pavimento permeável e semipermeável, reservatórios de detenção e retenção, trincheiras de

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infiltração, vala e valeta de infiltração, poço de infiltração, telhado verde e faixas gramadas.
Como forma de auxiliar tanto no entendimento do conceito como nas formas de aplicá-lo, o
The SuDS Manual (CIRIA, 2015), é, para Neto (2016), o mais importante guia do sistema
SuDS.
As aplicações das soluções propostas pelo conceito SuDS ocorrem, por exemplo, em países
como Estados Unidos, Austrália, Suécia, China bem como nos países que integram o Reino
Unido. Em Portland, maior cidade do estado do Oregon (EUA), as iniciativas voltadas para o
conceito SuDS tiveram início em 1996 através da criação do Stormwater Policy Advisory
Committee (SPAC), pelo qual a prefeitura de Portland promove, através de diversos
programas, a implantação de soluções de drenagem sustentáveis como o Ecoroofs Program
(Programa telhados Verdes), que oferece subsídios para os moradores aplicarem o conceito de
telhado verde em suas edificações, como também o Green Streets Program (Programa Ruas
Verdes), no qual a prefeitura promove a instalação de faixas gramadas, pavimentos
permeáveis e jardins de chuva.
Como forma de financiar os investimentos na rede de drenagem, a prefeitura de Portland
cobra uma taxa de drenagem dos habitantes, exemplo seguido pela cidade de Santo André,
São Paulo, que desde 1998 utiliza esta ferramenta como forma de arrecadação.

ii.2. Dimensionamento de sistemas de drenagem


ii.2.1. Métodos de transformação de chuva em vazão
Segundo PORTO (1995) as referências da utilização do método racional são datadas no fim
do século XIX, na Inglaterra. Certamente tal método é o mais difundido quando trata-se da
determinação das máximas vazões para pequenas bacias hidrológicas e, segundo PARANÁ
(2002), os princípios necessários para a execução deste método são:
iii. No caso de medidas de controles na fonte (MCs) compostas por dispositivos de
infiltração, a água é retirada do sistema pluvial, com todo escoamento superficial
infiltrando no solo.
iv. No caso de MCs compostas por dispositivos de armazenamento, o escoamento
superficial é retardado, amortecendo seu pico. Assim, é adotada uma vazão específica
de 27 l/s.ha, que deve ser adicionada nos pontos devidos, conforme a configuração do
sistema.
Segundo disposições adotadas pelo Instituto Água e Terra (IAT, 2002), a vazão pelo
Método Racional pode ser obtida a partir da equação (1).
Q(máx)=0,278∗C∗I (máx)∗A Eq. 1

C= Coeficiente de escoamento superficial


I (máx)= Intensidade de chuva (mm/h)
A= Área de drenagem da bacia (Km²)

De acordo com Fendrich (1989), a máxima intensidade precipitada é obtida através das curvas
IDF (Intensidade - Duração - Frequência).
Na região de Curitiba, é possível estimar a intensidade média de uma chuva através da
aplicação das equações de Pfafstetter (1957), Parigot de Souza (1959), Mello (1973), Holtz
(1966) ou Fendrich (1989). Segundo análises anteriores do IAT, recomenda-se a equação de
Fendrich (1989).

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Analisando-se as curvas propostas(curva de Mello, Parigot, Pfafstetter e Fendrich) notou-se
que a curva de Mello, demonstra valores distintos das demais curva, por sua vez a curva de
Parigot, Pfafstetter e de Fendrich, demonstram resultados semelhantes quando se referem a
um tempo de duração (Td) menor ou igual a 2 horas, já a curva de Holtz se enquadra na
mesma situação citada anteriormente com o diferencial de um tempo de duração (Td) de 12
horas, dessa forma minimizando as intensidades de duração menor, sendo assim a equação de
Fendrich, sendo a mais atual sugere-se segundo o IAT a sua utilização no uso de projeto
generalizados.

I (máx)=¿ Eq. 2

T= Tempo de Retorno (Anos)

Td= Tempo de duração (min)

Segundo BRASIL (2002), os tempos de retorno (T) para o dimensionamento de sistema


urbanos varia de acordo com as características do projeto.
O quadro 1 apresenta valores característicos que podem ser adotados no momento da
realização do dimensionamento.

Quadro 1 - Tempos de Retorno característicos.


Sistema Característica Intervalo (anos) Valor recomendado

Residencial 2-5 2

Comercial 2-5 2

Áreas de prédios
2-5 2
Microdrenagem públicos

Áreas comerciais e
2 - 10 2
avenidas

Aeroportos 5 - 10 5

Macrodrenagem - 10 - 50 10

Zoneamento de áreas
- 5 - 100 50
ribeirinhas

Fonte: Adaptado de PARANÁ (2002).


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De acordo com PARANÁ (2002), uma das premissas do Método Racional é de que o tempo
de duração da precipitação (Td) seja equivalente ao tempo de concentração (Tc), que pode ser
obtido a partir da aplicação da equação 3.

Tc=57∗¿ Eq. 3

L= Comprimento do curso de água principal do rio


H= Diferença de elevação do ponto mais alto da bacia ao exutório

De acordo com PARANÁ (2002), sugere-se que o tempo de duração da chuva para aplicação
do método racional seja limitado a um valor mínimo de 10 minutos. Assim, em pequenas
bacias, quando se obtiver valores menores que 10 minutos, deve-se adotar td = 10 min.
De acordo com BRASIL (2002) o Coeficiente de Escoamento (C) depende das características
físicas da bacia Hidrográfica estudada, características estão apresentadas no Quadro 2.

Quadro 2 - Coeficiente de Escoamento (C) para diferentes superfícies

Superfície Valor Recomendado Variação

Concreto, asfalto e telhado 0,90 0,9 - 0,95

Paralelepípedo 0,7 0,58 - 0,81

Blockets 0,78 0,7 - 0,89

Concreto e asfalto poroso 0,03 0,02 - 0,05

Solo compactado 0,66 0,59 - 0,79

Matas, parques e campos de esporte 0,1 0,05 - 0,2

Grama solo arenoso 0,1 0,08 - 0,18

Grama solo argiloso 0,2 0,15 - 0,3

Fonte: Adaptado de PARANÁ (2002).

iv.1.Modelo EPA SWMM


Em decorrência da ocupação intensa da cobertura do solo proveniente do processo de
urbanização, o estudo das bacias hidrográficas tornou-se fundamental para viabilizar medidas
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que diminuam os impactos desta ocupação e permitam o desenvolvimento socioeconômico
das regiões afetadas.
No entanto, conforme Garcia (2005), a variedade de solos, vegetação e topografia dificultam a
obtenção de valores exatos para os parâmetros, somado a isso existem ainda diversos eventos
de chuvas que variam no espaço e no tempo.
Considerando este cenário é fundamental que o emprego de tecnologias através de
ferramentas como softwares sejam aplicadas buscando a maior assertividade na análise das
diversas variáveis que afetam o funcionamento tanto do sistema hidrológico de uma região
quanto o sistema socioeconômico.
Desenvolvido pela EPA (U.S Environmental Protection Agency) o SWMM (Storm Water
Management Model), sigla em inglês para Modelo de Gestão de Drenagem Urbana, é um
software de modelagem hidrodinâmica que simula a quantidade e a qualidade do escoamento
superficial de uma sub-bacia baseado em parâmetros de chuva-vazão ocorridos durante um
evento de curta duração, ou mesmo durante longos períodos.
Conforme Silva et al (2017), o SWMM, através do módulo de transporte hidráulico, é capaz
de simular o percurso das águas através do sistema de tubulações, canais, dispositivos de
armazenamento e tratamento, bem como de bombas e elementos de regulação. Sua
aplicabilidade, de acordo com Collodel (2009), abrange sistemas de drenagem para controle
de inundações, análise dos problemas de controle de inundação e qualidade da água, bem
como das fontes de geração dos poluentes, dentre outros, que são obtidos através dos métodos
computacionais do software.
Para a simulação do escoamento superficial o sistema considera, de acordo com Garcia e
Paiva (2006), uma combinação das equações de Manning e da continuidade, sendo a equação
resultante solucionada pelo método de Newton-Raphson.
Já a continuidade do escoamento pela rede é calculada pelas equações de Saint-Venant. A
eficácia do modelo SWMM vem sendo comprovada por diversos estudos como o realizado
por Geller (2019) ao analisar sistemas drenados por gravidade na Bacia do Arroio da Areia,
na cidade de Porto Alegre/RS.
A partir da utilização da modelagem hidrodinâmica, através do modelo de transporte da onda
dinâmica, o autor avaliou a distribuição da chuva na área de projeto, o impacto nos custos da
incerteza na estimativa do parâmetro CN (Curva-número), bem como do tempo de
concentração através do método do Hidrograma Unitário Triangular.
Outro exemplo da aplicação do software SWMM em um sistema de drenagem em área urbana
é o estudo desenvolvido por Rocha et al. (2020), que envolveu a análise da Bacia do rio
Juvevê Norte.
Os autores avaliaram o comportamento do sistema de microdrenagem da bacia quando
submetido a diferentes vazões de projeto, com intuito de avaliar sua capacidade e concluíram
que o sistema de drenagem construído para essa bacia não é capaz de atender a vazão do
volume de chuvas da região.
O presente estudo dará continuidade a esta análise, a partir da variação de parâmetros de
projeto com o intuito de avaliar a resposta da bacia.

iv.2.A Bacia do rio Juvevê Norte


Conforme dados de Curitiba (2002) o rio Belém é um contribuinte da margem direita do rio
Iguaçu. A bacia hidrográfica do rio Belém possui uma área de 88,0 km², estando inteiramente
localizada no município de Curitiba, sendo dividida em 33 sub-bacias.
No contexto da bacia hidrográfica do rio Belém, de acordo com Rocha et al.(2020), o sistema
hídrico simulado compreendeu o curso principal do rio - cerca de 17km - e seus principais
afluentes.
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De acordo com Curitiba (2011) a bacia do rio Belém, onde está inserida a bacia do rio Juvevê
Norte, apresenta cerca de 93,89% de sua área impermeabilizada, sendo a maior taxa de
impermeabilização do solo dentre todas as bacias hidrográficas de Curitiba.
O Quadro 3 apresenta a relação entre a área total e área verde dos bairros que estão inseridos
na bacia do rio Juvevê Norte.

Quadro 3 - Área verde disponível nos bairros da bacia do Rio Juvevê Norte.
Bairros Área do bairro (m²) Áreas verdes

Ahú 1.844.000 117.312,15 (6,36%)

Alto da Glória 882.000 41.267,45 (4,68%)

Cabral 2.040.000 131.755,23 (6,46%)

Hugo Lange 1.150.000 32.973,44 (2,87%)

Juvevê 1.227.000 32.323,21 (2,63%)

Fonte: Adaptado de CURITIBA (2010).


É possível identificar que uma pequena parcela da área dos bairros que formam a bacia do rio
Juvevê Norte, permite a infiltração de forma natural pelo solo, principalmente no bairro
Juvevê, onde a taxa de áreas verdes chega a apenas 2,63%.
De acordo com Gonçalves e Nucci (2017), citando Ferreira (2015), a cobertura do solo na
bacia do rio Juvevê, rio que dá sequência ao rio Juvevê Norte, é ocupada predominantemente
por edificações que cobrem cerca de 64,3% da área da bacia, se considerada a área do sistema
viário, este valor chega próximo de 90% de impermeabilização do solo.
A ocupação da bacia do rio Juvevê é uma das mais antigas e consolidadas (ocorrida
majoritariamente entre 1928 e 1938) e apresenta hoje um dos mais elevados valores da terra
do município (IPPUC, 2017).
Em razão da sua localização central e grande disponibilidade de serviços, há grande demanda
por novas moradias na região, o que vem verticalizando as edificações e impermeabilizando
ainda mais a superfície do solo da bacia. A bacia do rio Juvevê Norte é apresentada na Figura
2.
Figura 2 - Localização da Bacia do Rio Juvevê Norte

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Fonte: Rocha et al (2020)

v. METODOLOGIA

v.1. Soluções sustentáveis para a bacia do Rio Juvevê Norte


A partir dos conceitos e soluções relacionadas ao SuDS, as alternativas que poderão ser
incorporadas ao sistema de drenagem da bacia do rio Juvevê Norte. Considerando as
características de alta densidade populacional e ocupação do solo, somado aos aspectos
financeiros e urbanos é preciso pensar nas soluções mais simples e práticas, de forma a
solucionar o problema do escoamento superficial e a não impactar o dia a dia da população.
Esta ideia é reforçada por Ciria (2015), ao afirmar que a escolha das soluções deve balancear
os benefícios e custos, levando em consideração todos os aspectos da área e suas
regulamentações.

v.2. Determinação da influência das soluções propostas na área urbana


Uma vez que tenham sido definidas as soluções sustentáveis que atendam os critérios locais, o
próximo passo será quantificar a influência dessas soluções no sistema de drenagem da bacia
do rio Juvevê Norte.
Para isso, serão utilizadas informações disponíveis na literatura e dados fornecidos em estudos
e artigos disponibilizados para estudo, para que seja estimado o benefício que cada solução
proposta terá na redução do escoamento superficial do sistema.
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Atualmente, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) recomenda que o coeficiente
de escoamento superficial na região seja igual a 0,9, ou seja, parte da premissa que 90% do
total precipitado é escoado superficialmente para que seja captado pelo sistema de drenagem
da bacia.
Com a proposição das soluções, esse coeficiente de escoamento superficial será reduzido, pois
a área de infiltração será aumentada.
Para facilitar a identificação dos benefícios referentes às soluções propostas, o estudo definirá
cenários de simulação, onde as soluções serão combinadas e simuladas tanto em conjunto,
quanto individualmente, para que seja avaliada a resposta da bacia, através da utilização do
modelo SWMM.

v.3. Determinação dos parâmetros de cálculo


A vazão do sistema de drenagem da bacia do rio Juvevê Norte será estimada, conforme
mencionado no Capítulo 2, pelo Método Racional, a partir da aplicação da Equação 1.
O coeficiente de escoamento superficial irá variar de acordo com os cenários, que serão
estabelecidos no item 3.2.
A intensidade da chuva será calculada conforme a equação 2, onde o Tempo de Retorno será
de 25 anos, conforme as normas de dimensionamento de projetos de drenagem da SMOP, e o
tempo de duração da chuva será calculado a partir da aplicação da equação 3.
Por último, a área será definida de acordo com o sistema de drenagem e a definição dos
pontos de controle. Para isso, serão utilizadas as informações do projeto original da bacia do
rio Juvevê (ANEXO B).
A princípio, os pontos de controle estarão relacionados com a alteração da seção transversal
da galeria, que aumenta de montante para jusante.
Em cada ponto de alteração da seção, será estimada a área da bacia que está sendo drenada
naquele ponto, de modo que a vazão seja calculada.

v.4. Modelagem dos cenários no software SWMM


Os inputs do modelo SWMM para que sejam simulados os cenários das soluções SuDS do
trabalho serão: (I) inserção dos dados da bacia hidrográfica; (II) inserção dos dados do
sistema de drenagem atual; (III) inserção dos dados hidrológicos da bacia; (IV) definição do
método de simulação; (V) calibração do modelo; e, (VI) geração dos resultados dos cenários.
A inserção dos dados da bacia hidrográfica envolve a obtenção de uma base cartográfica com
o limite da bacia do rio Juvevê Norte definido. Para isso, será utilizada a base do estudo
desenvolvido por Rocha et al. (2020), que utilizou como critério para a formação das sub-
bacias a topografia da região bem como o percurso da rede de drenagem já existente,
conforme anexo B.
Para a inclusão dos dados do sistema de drenagem atual, onde são considerados a seção da
área de drenagem dentre outros fatores, será utilizado o modelo do sistema de drenagem já
proposto no estudo desenvolvido por Rocha et al. (2020).
Assim como em (I) e (II), para o item (III) será feito a inclusão dos dados hidrológicos da
bacia. Dados estes, já produzidos para o cenário zero por Rocha et al. (2020), sendo este o
cenário tomado como base para o estudo proposto.
A definição do método de simulação (IV), irá seguir os padrões do manual do SWMM, onde
o modelo de propagação do fluxo adotado é o da Onda Cinemática, cujo intervalo de
propagação será de sessenta segundos. Já o método de infiltração utilizado é o de Green-
Ampt.

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O input (V), calibração do modelo, terá como base o cenário 0 do trabalho realizado por
Rocha et al (2020). A partir deste ponto serão lançados todos os cenários definidos
anteriormente neste trabalho.
Para a geração dos resultados dos cenários (VI) disponíveis no SWMM, os cenários serão
analisados de forma individual e combinados.
Desta forma serão avaliados dados fornecidos pelo sistema como a sobrecarga nos condutos,
alagamento dos nós e a sobrecarga dos mesmos bem. A visualização dos resultados se dá por
meio de tabelas, gráficos.

vi. RESULTADOS E DISCUSSÕES.

Após realizado o levantamento das áreas permeáveis pelos autores, conforme figura 4 e
quadro 4, os dados foram inseridos no software SWMM conforme os limites das sub-bacias
(Figura 3). Com os dados das áreas totais, áreas permeáveis e parâmetros foram simulados os
cenários apresentados a partir do tópico 4.1.2.

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Quadro 4 - Áreas atuais x Áreas disponíveis
SUB-BACIA ÁREA (Km2) ÁREA PERMEÁVEL (m2)

1 0,4297 66.383,20

2 0,1956 30.574,00

3 0,1574 23.899,00

4 0,0937 14.213,00

5 0,1243 19.321,20

6 0,1247 19.075,20

7 0,1332 31.046,00

8 0,1346 20.807,00

9 0,3102 47.130,10

10 0,0598 -

Fonte: Autores, 2021.

Simulação pelo SWMM


Figura 3 - Subdivisão da bacia do rio Juvevê Norte

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Fonte: Autores, (2021).

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Figura 4 – Áreas da Bacia do Rio Juvevê Norte

Fonte: Autores, 2021.


vi.1.1. Cenários de simulação.
Para a análise de Runoff foram considerados eventos de precipitação com base no TC da
bacia e a saída do exutório fechada na cota máxima do nó 894 metros.
Os parâmetros mitigadores utilizados para o pavimento permeável, valas de infiltração,
cisternas e asfalto permeável são apresentados, respectivamente, nos anexos C, D, E e F.
vi.1.2. Simulações.
Conforme Apêndice A é possível identificar, para os tempos de retorno (TR) de 1 ano e 5
anos, que embora não ocorram alagamentos existe uma sobrecarga no nó E5.
Já analisando o TR de 10 anos é possível identificar alagamento no nó E5, além de uma
sobrecarga nos condutos dos nós E13 e E17.
Este mesmo cenário é verificado no TR aplicado a 15 anos, onde os nós E5 e E13/E17
apresentam, respectivamente, alagamento e sobrecargas.
Por fim o TR aplicado ao período de 25 anos demonstra o alagamento do nó E17 além de um
acréscimo na sobrecarga do conduto se comparado ao TR de 15 anos, conforme constatado
por Rocha et al (2020).
Conforme apêndice C, que apresenta os resultados para o pavimento poroso, contata-se que
nos TR’s de 1, 5 e 10 anos não existem pontos de alagamento, no entanto o nó E5 encontra-se
sobrecarregado.
Para o TR do 15º ano o nó E5 continua apresentando alagamento, mas ao comparar o
pavimento poroso com o cenário atual (apêndice A), constata-se que o volume de alagamento
é 81,99% menor. Para o TR de 25 anos o nó E5, novamente, apresenta alagamento.

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No entanto, ocorreu uma diminuição expressiva no volume alagado, cerca de 74% menor do
que o obtido no cenário atual. Nota-se também a sobrecarga nos condutos E13 e E17.
Considerando as cisternas como solução, conforme apêndice E, o TR para o período de 1,
5 ,10 e 15 anos não apresenta pontos de alagamentos, cabe apenas observar uma sobrecarga
no nó E5.
Por fim, o TR do 25º ano demonstra o alagamento do nó E5 e sobrecarga nos condutos E5,
E13 e E17. Cabe ressaltar a redução de 64% do volume de alagamento deste cenário quando
comparado ao cenário atual (Apêndice A).
Ao adotar a solução Swales conforme apêndice G, para os tempos de TR de 1, 5, 10 e 15 anos
é observada uma sobrecarga no nó E5.
No entanto, não ocorrem alagamentos ao longo da bacia durante os períodos citados. Já para o
TR do 25º ano o nó E5, que antes apresentava sobrecarga, acaba alagando.
Da mesma forma observado nas soluções anteriores, ocorreu uma redução de 65% do volume
alagado se comparado ao cenário atual (Apêndice A), bem como uma sobrecarga nos
condutos E13 e E17.
Utilizando o conjunto de soluções SuDS propostas neste estudo (Pavimento Poroso,Cisterna,
Swales e asfalto permeável), conforme descrito no apêndice I, constata-se que para os TR do
1º ao 15º ano não ocorrem pontos de alagamento, existindo apenas uma sobrecarga no nó E5.
Já para o TR do 25º ano o nó E5 transborda, porém o volume transbordado é cerca de 65%
menor se comparado ao cenário atual (Apêndice A) ocorre, ainda, uma sobrecarga nos
condutos E13 e E17.

15
vii. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da combinação das soluções Lid´s apresentadas, é possível obter uma grande melhora
no sistema de drenagem atual aliviando pontos de alagamento e sobrecarga.
No entanto, apesar de não solucionar os pontos de alagamentos na bacia de imediato, houve
uma melhora expressiva chegando a 87% de redução em relação ao cenário atual.
Ao analisarmos os resultados apresentados ao longo deste estudo é possível identificar, para
os tempos de retorno compreendidos entre 1 e 15 anos, que as soluções SuDS aplicadas na
bacia do Rio Juvevê Norte proporcionam o fim dos alagamentos, o sistema ainda demonstra
uma sobrecarga no nó E5 no exutório da bacia, para que pudéssemos extinguir os alagamentos
seria necessário uma área permeável de contribuição muito maior do que a existente no
cenário atual.
Embora as soluções sustentáveis propostas por este estudo solucionem o problema dos
alagamentos no curto e médio prazo (TR 1 a 15 anos), elas não são suficientes no cenário de
longo prazo (TR 25 anos). Conclui-se portanto que para reduzir o volume escoado ao fim do
Rio Juvevê Norte, são necessários outros métodos em complemento ao proposto, tais como a
proposição combinada de uma modificação no sistema atual de drenagem, combinado as
soluções SuDS. Ao que se refere a aplicação de SuDS nota-se a existência de projetos como
de dispositivos complementares ao atual sistema, tal como a proposta da Sanepar para a
criação de um parque filtrante nas proximidades do estádio Durival Britto e Silva (Bacia do
Rio Juvevê), este parque trará várias soluções SuDS combinadas, o que aliviará o sistema de
drenagem que comporta a bacia do rio Juvevê Norte.
Quanto aos impactos da inserção de pavimentos permeáveis, citamos os transtornos tanto para
habitantes e comerciantes como para quem transita nas áreas onde o pavimento poderia ser
aplicado, visto que seria necessária a remoção do pavimento atual e a grande circulação de
equipamentos, materiais e operários. Embora a viabilidade econômica/financeira não tenha
sido objeto deste estudo, acreditamos que os gastos para a implementação das soluções
sustentáveis somados aos transtornos em uma região tão desenvolvida e consolidada como a
bacia do Rio Juvevê Norte, teriam forte resistência quanto a aprovação pelos órgãos públicos
envolvidos, visto que no longo prazo os alagamentos não seriam completamente
solucionados.
No entanto é preciso não apenas pensar no lado financeiro mas também no impacto gerado
pela integração da população com a questão da drenagem urbana e o meio ambiente. O
exemplo da integração e do cuidado com o meio ambiente deve servir como guia/referência
para outras regiões da cidade de Curitiba que encontram-se em fase de desenvolvimento e
que, com planejamento adequado, poderão desfrutar de todas as vantagens mencionadas neste
estudo. As soluções SuDS são mais uma ferramenta a ser implantada para que Curitiba
continue a ser a capital ecológica.

16
REFERÊNCIAS
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18
APÊNDICE A – CENÁRIO 0 (ATUAL)

TR (anos) Precipitação (mm) Runoff Alagamento (vazão) Nós

1 36,67 APÊNDICE B SOBRECARGA E5

5 52 APÊNDICE B SOBRECARGA E5

10 60,44 APÊNDICE B 0,47 E5

15 65,95 APÊNDICE B 2,87 E5

25 73,73 APÊNDICE B 6,35 E5 E E17

Fonte: Autores, 2021.

APÊNDICE B - CENÁRIO 0 RUNOFF

SUB RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF

BACIAI 25 ANOS 15 ANOS 10 ANOS 5 ANOS 1 ANO


S

1 0,913 0,903 0,895 0,881 0,869

2 0,907 0,896 0,886 0,869 0,855

3 0,934 0,926 0,919 0,905 0,890

4 0,935 0,927 0,920 0,907 0,892

5 0,895 0,883 0,873 0,853 0,834

6 0,911 0,901 0,892 0,878 0,866

7 0,873 0,860 0,848 0,827 0,805

8 0,907 0,896 0,886 0,868 0,854

9 0,904 0,892 0,882 0,864 0,847

10 0,910 0,900 0,890 0,875 0,863

Fonte: Autores, 2021

19
20
APÊNDICE C - CENÁRIO 1 (PAVIMENTO POROSO)

TR (anos) Precipitação (mm) Runoff Alagamento Nós


(vazão)

1 36,67 APÊNDICE D SOBRECARGA E5

5 52 APÊNDICE D SOBRECARGA E5

10 60,44 APÊNDICE D SOBRECARGA E5

15 65,95 APÊNDICE D SOBRECARGA E5

25 73,73 APÊNDICE D 1,63 E5

Fonte: Autores, 2021

APÊNDICE D - CENÁRIO 1 RUNOFF

SUB RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF

BACIAI 25 ANOS 15 ANOS 10 ANOS 5 ANOS 1 ANO


S

1 0,761 0,754 0,749 0,738 0,729

2 0,755 0,747 0,740 0,727 0,718

3 0,779 0,773 0,767 0,757 0,746

4 0,779 0,773 0,768 0,758 0,747

5 0,747 0,739 0,731 0,717 0,703

6 0,761 0,754 0,748 0,738 0,728

7 0,664 0,656 0,649 0,636 0,622

8 0,756 0,748 0,741 0,728 0,719

9 0,757 0,748 0,741 0,728 0,716

10 0,910 0,9 0,890 0,875 0,863

Fonte: Autores, 2021


21
22
APÊNDICE E – CENÁRIO 2 (CISTERNA)

TR (anos) Precipitação (mm) Runoff Alagamento (vazão) Nós

1 36,67 APÊNDICE F SOBRECARGA E5

5 52 APÊNDICE F SOBRECARGA E5

10 60,44 APÊNDICE F SOBRECARGA E5

15 65,95 APÊNDICE F SOBRECARGA E5

25 73,73 APÊNDICE F 2,31 E5

Fonte: Autores, 2021.

APÊNDICE F - CENÁRIO 2 RUNOFF

SUB RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF

BACIAI 25 ANOS 15 ANOS 10 ANOS 5 ANOS 1 ANO


S

1 0,799 0,785 0,781 0,773 0,761

2 0,793 0,778 0,772 0,762 0,750

3 0,819 0,803 0,799 0,792 0,778

4 0,820 0,804 0,800 0,792 0,779

5 0,785 0,770 0,764 0,752 0,735

6 0,799 0,784 0,780 0,772 0,760

7 0,717 0,702 0,697 0,687 0,670

8 0,794 0,779 0,773 0,762 0,750

9 0,793 0,779 0,773 0,761 0,747

10 0,910 0,900 0,890 0,875 0,863

Fonte: Autores, 2021


23
24
APÊNDICE G - CENÁRIO 3 (SWALES)

TR (anos) Precipitação (mm) Runoff Alagamento (vazão) Nós

1 36,67 APÊNDICE H SOBRECARGA E5

5 52 APÊNDICE H SOBRECARGA E5

10 60,44 APÊNDICE H SOBRECARGA E5

15 65,95 APÊNDICE H SOBRECARGA E5

25 73,73 APÊNDICE H 2,21 E5

Fonte: Autores, 2021

APÊNDICE H - CENÁRIO 3 RUNOFF

SUB RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF

BACIAI 25 ANOS 15 ANOS 10 ANOS 5 ANOS 1 ANO


S

1 0.775 0.761 0.749 0.738 0.738

2 0.767 0.753 0.740 0.727 0.727

3 0.792 0.779 0.767 0.757 0.757

4 0.793 0.780 0.768 0.758 0.758

5 0.759 0.745 0.731 0.717 0.717

6 0.774 0.760 0.748 0.738 0.738

7 0.681 0.664 0.649 0.636 0.636

8 0.768 0.755 0.741 0.728 0.728

9 0.769 0.755 0.741 0.728 0.728

10 0.910 0.900 0.890 0.875 0.875

25
Fonte: Autores, 2021

26
APÊNDICE I - CENÁRIO 4 (PAVIMENTO POROSO + CISTERNA +SWALES +
ASFALTO PERMEÁVEL)

TR (anos) Precipitação (mm) Runoff Alagamento (vazão) Nós

1 36,67 APÊNDICE J SOBRECARGA E5

5 52 APÊNDICE J SOBRECARGA E5

10 60,44 APÊNDICE J SOBRECARGA E5

15 65,95 APÊNDICE J SOBRECARGA E5

25 73,73 APÊNDICE J 1,855 E5

Fonte: Autores, 2021

APÊNDICE J – CENÁRIO 4 RUNOFF

SUB RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF RUNOFF

BACIAI 25 ANOS 15 ANOS 10 ANOS 5 ANOS 1 ANO


S

1 0.774 0.764 0.757 0.747 0.738

2 0.768 0.757 0.748 0.736 0.726

3 0.792 0.782 0.775 0.766 0.754

4 0.792 0.782 0.776 0.766 0.755

5 0.760 0.748 0.739 0.726 0.711

6 0.774 0.763 0.756 0.746 0.736

7 0.682 0.670 0.661 0.649 0.634

8 0.768 0.757 0.749 0.736 0.726

9 0.766 0.755 0.747 0.734 0.722

27
10 0.910 0.900 0.890 0.875 0.863

Fonte: Autores, 2021

28
ANEXO A – TABELA DE COEFICIENTE DE RUNOFF TR 25 ANOS

SUB-BACIA RUNOFF

1 0,913

2 0,907

3 0,937

4 0,935

5 0,895

6 0,911

7 0,874

8 0,907

9 0,904

10 0,910

29
ANEXO B – PROJETO DA BACIA DO RIO JUVEVÊ

30
ANEXO C - PARÂMETROS LID PAVIMENTO PERMEÁVEL

CAMADA PARÂMETRO VALOR

Altura de borda 0

Vegetação 0
SUPERFÍCIE
Manning 0,012

Declividade 1%

Espessura 150 mm

Índice de vazios 0,21


PAVIMENTO
Permeabilidade 3660 mm/h

Fator de entupimento 0

Altura 350 mm

Índice de vazios 0,75

ARMAZENAMENTO Condutividade Hidráulica 2,6252 mm/h

Fator de entupimento 0

Fonte: Araújo et al.(2018)

ANEXO D – PARÂMETROS LID VALAS DE INFILTRAÇÃO

CAMADA PARÂMETRO VALOR

Altura de borda 350

31
Vegetação 0.9

Manning 0,041
SUPERFÍCIE
Declividade 1%

Fator de inclinação da borda 5

Fonte: Araújo et al.(2018)

32
ANEXO E – PARÂMETROS LID CISTERNA

CAMADA PARÂMETRO VALOR

Altura de borda 750 mm

Vegetação 0

SUPERFÍCIE Manning 0

Declividade 0

Fator de inclinação da borda 0

Fonte: C de Mello Silva, Camila, et al (2019)

ANEXO F – PARÂMETROS LID ASFALTO PERMEÁVEL

Espessura 150 mm

Índice de vazios 0,25


PAVIMENTO
Permeabilidade 800 mm/h

Fator de entupimento 0

Altura 350 mm

Índice de vazios 0,5

ARMAZENAMENTO Taxa de infiltração 2,5 mm/h

Fator de entupimento 0

Fonte: Jianguang Xie, et al (2017)

33

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