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COMPOSIÇÃO DE

JARDINS
Sustentabilidade
e jardinagem
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Reconhecer o uso dos elementos de filtragem de água em jardins.


„„ Analisar a escolha de telhados verdes.
„„ Comparar as soluções de paredes verdes e cortinas vegetais.

Introdução
A adequação aos preceitos sustentáveis está diretamente ligada à con-
servação do meio ambiente e à sobrevivência dos seres vivos, pois é a
possibilidade de as gerações atuais satisfazerem suas necessidades, sem
comprometer as das gerações futuras. Assim, as edificações e as áreas
de convivência, como as áreas verdes ou o espaço urbano, devem ser
elaboradas visando à adequação às premissas de sustentabilidade.
Contudo, o aumento populacional e a crescente urbanização tendem
a aumentar o índice de áreas pavimentadas e construídas, reduzindo as
áreas verdes. Essa redução dificulta o escoamento das águas das chuvas
e amplia os efeitos das ilhas de calor, gerando impactos que precisam
ser amenizados.
Neste capítulo, você estudará alternativas eficientes para o escoa-
mento das águas das chuvas, as estratégias para reutilização da água e
dos efluentes domésticos, visando o conforto ambiental e a qualidade
de vida, mediante o uso de vegetações; bem como os telhados verdes
e envoltórios vegetais, que garantem conforto térmico e acústico às
edificações.
2 Sustentabilidade e jardinagem

Jardins com sistemas de filtragem


A busca por oportunidades direciona os seres humanos aos grandes centros
urbanos, que, em geral, já estão saturados devido à constante urbanização.
As áreas verdes não são encontradas com tanta frequência, pois as edificações
ocupam seu lugar para comportar pessoas e serviços que migram em razão
do crescimento.
Com a redução das áreas permeáveis e o frequente descaso das pessoas
em relação ao descarte adequado de resíduos, os sistemas de drenagem
urbana podem ficar sobrecarregados ao atingir sua capacidade limítrofe,
resultando em alagamentos e comprometendo a qualidade de vida da
população local.
O crescimento populacional desenfreado ressalta a necessidade de adaptar
as cidades para receber novos habitantes, bem como os processos de urba-
nização e drenagem urbana, a fim de garantir o manejo adequado das águas
pluviais urbanas. Para maximizar seu controle de escoamento e mitigar os
impactos ambientais, utiliza-se técnicas compensatórias que visem à pre-
servação dos meios naturais de escoamento e à redução da vazão à jusante,
mediante alternativas de armazenamento, detenção, retenção, interceptação,
infiltração e evapotranspiração dessas águas (MELO et al., 2014).
A redução das áreas verdes, em razão da ampliação dos espaços pa-
vimentados e construídos, dificulta o escoamento das águas das chuvas,
sobrecarrega os sistemas pluviais e aumenta, de forma significativa,
os volumes dos efluentes urbanos. Consequentemente, deve-se implantar
sistemas alternativos para minimizar esses impactos e gerar áreas aptas à
sobrevivência humana em um ambiente saudável, visando à qualidade de
vida. Entre as alternativas, o uso de jardins de chuva e jardins filtrantes se
enquadra nessas premissas e ameniza os impactos acarretados pela crescente
urbanização, pois eles são implantados em pequenas áreas, mas podem
comportar grandes volumes de água.
Os jardins de chuva são os sistemas de biorretenção mais recomendados
em áreas residenciais, por serem de fácil adequação aos pequenos espaços e
proporcionar benefícios ambientais, ecológicos, paisagísticos e econômicos.
Sua utilização garante a filtragem dos poluentes advindos da atmosfera com as
águas da chuva, para que a água limpa resultante infiltre no solo, recarregue
o aquífero e reduza os riscos de inundações, acarretados pelas fortes chuvas.
Veja um exemplo de jardim de chuva na Figura 1.
Sustentabilidade e jardinagem 3

Figura 1. Exemplo de jardim de chuva.


Fonte: Portland Bureau of Enviroment Services ([S. d.] apud ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO
PORTLAND; FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA, 2013, p. 2).

Estes jardins incorporam em seu sistema as funções de retenção, filtra-


ção e infiltração. Na primeira etapa, a água é captada e retida, para retardar
e minimizar ou evitar os impactos que ocorrem com seu escoamento su-
perficial, ao conservá-la sobre a superfície a fim de, posteriormente, infil-
trar ou evaporar. Já a segunda e a terceira etapas transcorrem em conjunto,
na filtração, há a remoção dos poluentes advindos do escoamento superficial,
como os sólidos suspensos totais, nitratos, fósforo total, zinco e metais pesados
(MELO et al., 2014).
Para fins de dimensionamento, os jardins de chuva podem ser elaborados
representando, no mínimo, 5% da superfície impermeável, calculando-se toda
a área pavimentada no terreno e destinando o valor referente a 5% dela para
a implantação do jardim. Após definir as dimensões e determinação do local
de implantação, eles são construídos em seis camadas (Figura 2), conforme a
ordem de execução do sistema, de modo que a primeira camada corresponda
ao local de armazenamento da água, sendo associada à recarga subterrânea.
4 Sustentabilidade e jardinagem

A segunda camada abriga temporariamente a água antes de penetrar no solo


natural e é composta de brita ou cascalho; e a terceira retém as partículas
finas no processo de infiltração, por meio de uma manta geotêxtil. Já a quarta
camada, por ser constituída de areia, serve para estimular a infiltração e
redistribuir a água no solo; e, na quinta, realiza-se o suporte para a camada
vegetal, mediante o uso de substrato, a fim de disponibilizar os nutrientes
necessários para o desenvolvimento adequado das plantas. Por fim, a sexta
camada é formada por plantas aptas a se desenvolver nas condições climáticas
locais (MELO et al., 2014).

Figura 2. Composição dos jardins de chuva.


Fonte: Cormier e Pellegrino (2008, p. 128).

Para a efetividade dos jardins de chuva, deve-se analisar as condições cli-


máticas do local de implantação, a fim de determinar as dimensões necessárias
para sua área de armazenamento, considerando a frequência e a intensidade
das chuvas, bem como definir as espécies de vegetações adequadas para
propagação.
Sustentabilidade e jardinagem 5

Na prática

Veja, em realidade aumentada, o processo de composição de um jardim de chuva.

1. Acesse a página https://bit.ly/2Ivmt8b e baixe o aplica-


tivo Sagah Composição de jardins e interações medica-
mentosas na estética. Se preferir, use o QR code ao lado
para baixar o aplicativo.
2. Abra o aplicativo e aponte a câmera para a imagem a
seguir:

Segundo Melo et al. (2014), existem etapas para determinar as dimensões


a serem utilizadas na estrutura de um jardim de chuva, conforme você pode
ver na Figura 3.
6 Sustentabilidade e jardinagem

I. Intensidade de precipitação

II. Altura de precipitação

III. Volume de entrada

IV. Volume de saída

V. Altura de brita

Dimensões adotadas

Figura 3. Etapas de cálculo para dimensionamento


de um jardim de chuva.
Fonte: Melo et al. (2014, p. 151).

Os autores analisaram o volume de entrada de água, considerando a inten-


sidade e a altura de precipitação, para adequar o volume de saída e definiram a
altura da camada de britas, que é responsável por comportar temporariamente
a água captada.
Além dos excedentes gerados pelas mudanças climáticas, que aumentam o
volume das chuvas, existe a geração de efluentes, portanto, deve-se implantar
alternativas para minimizá-la a fim de não sobrecarregar os sistemas que já
estão com capacidade próxima às limítrofes de implantação.
O tratamento de efluentes antes do descarte é necessário para garantir a
saúde pública, pois, caso ele não ocorra, pode acarretar problemas ambien-
tais e sociais, como a degradação do ecossistema e propagação de doenças,
os principais resultantes da falta de saneamento básico. Porém, para amenizar
esses fatores, cria-se tratamentos naturais por meio dos jardins filtrantes,
ou wetlands, que significa terras alagadas (RIBEIRO; BLAUTH, 2018).
Os jardins filtrantes realizam a fitofiltragem das águas cinzas para adequá-
-las à reutilização, para uso na forma não potável, sendo uma técnica eficaz
e confiável. Nesse sistema, as raízes das plantas filtram os poluentes quími-
cos, transformando o esgoto em águas semipotáveis (MORAIS et al., 2015).
Na Figura 4, você pode ver um exemplo de jardim filtrante.
Sustentabilidade e jardinagem 7

Figura 4. Exemplo de jardim filtrante.


Fonte: Ribeiro e Blauth (2018, p. 6).

A utilização de jardim filtrante eleva a qualidade de vida da sociedade e


proporciona bem-estar, pois ele faz a reciclagem da água, embeleza o local
no qual é instalado e anula os possíveis odores acarretados pelos sistemas de
esgoto. Ele também reduz a poluição, minimiza os efeitos das ilhas de calor e
diminui a poluição sonora, sendo uma alternativa eficiente e sustentável nos
centros urbanos (MORAIS et al., 2015).
Os jardins filtrantes são compostos de materiais porosos, que absorvem
as partículas, como brita e carvão; e de plantas aquáticas, que realizam a
filtragem das águas. Assim, criam ambientes anaeróbicos e aeróbicos junta-
mente aos materiais porosos e às plantas, havendo separação das gorduras.
No reservatório anaeróbico, há um tanque formado por britas, terra e plantas
aquáticas, que atua como um filtro misto e captura sólidos orgânicos grossos,
de modo que as plantas filtram a água, e a terra retém o sabão existente. Já no
reservatório anaeróbico fica a água a ser reutilizada. Em geral, as camadas
dos reservatórios são separadas por camadas de casca de arroz para ampliar
a eficiência do filtro. Já o efluente a ser lançado é o fator determinante para
indicar o tamanho do reservatório (MORAIS et al., 2015). Veja na Figura 5
o funcionamento desse jardim.
8 Sustentabilidade e jardinagem

Injeção de oxigênio do ar pelas folhas até as raízes por


diferença de pressão hidrostática
o2 o2 o2

Produção
matéria vegetal
Redução de CO2

Entrada
Caixa de Fluente
homogeboção

Reações
aeróbias o2 o2 o2 o2
Redução
e fixação CO2
Bactérias Bactérias
CO2 aeróbias
aeróbias

Interação das reações


aeróbias e anaeróbias

Recirculação

Figura 5. Exemplo de jardim filtrante.


Fonte: Canalli et al. (2018, p. 146).

Neste sistema, as bactérias realizam a decomposição da matéria orgânica


e dividem-se em dois grupos: das aeróbicas, que sobrevivem e se reproduzem
caso haja oxigênio molecular livre no meio em que vivem, sendo encontradas
na água ou atmosfera; e as anaeróbicas, que não sobrevivem ao entrar em
contato com o oxigênio livre e, consequentemente, não necessitam dele para
viver. Elas transformam a matéria orgânica, presente nos esgotos, em materiais
solúveis, sendo que o sistema terá maior eficiência quanto maior for o número
de ambientes anaeróbicos e aeróbicos que o compõem (MORAIS et al., 2015).
Segundo Ribeiro e Blauth (2018), existem três tipos de jardim filtrante:
o primeiro forma uma espécie de lago, com água livre e visível, sendo compa-
rado aos ecossistemas naturais de áreas alagadas; no de fluxo vertical, composto
de areia, cascalho e plantas macrófitas, a água corre verticalmente e é tratada
pelas raízes destas; e o de fluxo horizontal, cujo processo é semelhante ao do
vertical, porém a água se distribui horizontalmente pelo sistema.
Os jardins filtrantes são compostos de processos biológicos, químicos e
físicos, que ocorrem nas zonas de raízes juntamente aos microrganismos, bem
como de processos naturais e complementares. Comparados aos sistemas de
tratamento de efluentes convencionais, eles possuem eficiência satisfatória,
baixo custo de implantação e manutenção, são econômicos e formados por
tecnologias limpas e sustentáveis (RIBEIRO; BLAUTH, 2018).
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A escolha das espécies e a forma de alocação podem trazer diferenças ao


tratamento, sendo assim, alguns requisitos básicos devem ser considerados,
como facilidade de adaptação ecológica; tolerância ao clima, às pragas
e doenças, aos poluentes e às inundações; facilidade de disseminação e
crescimento; alta capacidade de remoção de poluentes, etc. (RIBEIRO;
BLAUTH, 2018).
Para a execução dos jardins filtrantes, utiliza-se três etapas (Figura 6):
a primeira compreende o jardim vertical, sendo que o efluente passa por um
filtro vegetal vertical para degradação da matéria orgânica e do nitrogênio,
seguindo para um filtro vegetal horizontal, destinado ao tratamento anaeró-
bico, pois não tem oxigênio. O término do processo ocorre na lagoa terminal,
que comporta a água a ser reutilizada para fins específicos. O sistema deve
passar por manutenção a cada 10 anos para retirar a matéria mineralizada
que fica acumulada no jardim vertical e é usada para adubação na agricultura
(RIBEIRO; BLAUTH, 2018).

Filtro vertical Filtro horizontal


Lagoa plantada Zona de
infiltração

Figura 6. Etapas dos jardins filtrantes.


Fonte: Quem somos? (2012, p. 2).

A utilização das plantas como sistema de despoluição traz as combina-


ções necessárias para acarretar as alterações físico-químicas dos poluentes,
possibilitando a absorção e retenção destes por elas. Já a limpeza de corpos
d’água ocorre por fitodegradação, fitoacumulação e fitolixiviação. Na primeira,
os contaminantes orgânicos são consumidos pelo oxigênio; já na segunda,
há mudança da forma físico-química, permitindo a utilização dos poluentes
pelas plantas, o que ressalta o uso do cobre, zinco, fósforo, nitrogênio, carbono,
entre outros. Já a terceira permite a retenção, nos filtros vegetativos, dos
contaminantes líquidos (RIBEIRO; BLAUTH, 2018).
10 Sustentabilidade e jardinagem

O tratamento de esgoto com as plantas e outros recursos naturais é uma


alternativa limpa, ecologicamente correta e eficiente, seguindo os preceitos
da natureza (MORAIS et al., 2015). Além de atuar na despoluição das águas,
as vegetações são utilizadas como mecanismos para purificação do ar e coleta
de águas da chuva, visando à minimização do consumo desse recurso natural.
A captação dessas águas pode ocorrer mediante a implantação de telhados
verdes nas edificações, o que frisa a importância dos preceitos de sustentabi-
lidade incorporados ao setor da construção civil.

Telhados verdes
As estratégias sustentáveis agregam valor às edificações, seja em termos de
recursos financeiros, como em relação à estética, ao complementar a volumetria
ou de benefícios, por exemplo, um entorno saudável com a sua utilização.
O uso de vegetação minimiza os danos acarretados pelas construções
convencionais, as quais priorizam concreto e asfalto, tornando os ambientes
mais ecossistêmicos, ampliando a resiliência dos centros urbanos e gerando
benefícios estéticos, de lazer, sociais, econômicos e ambientais. Ao ser
utilizada como um recurso de infraestrutura, ela melhora a qualidade de
vida e compreende uma alternativa sustentável de longo prazo, abrangendo
jardins verticais, calçadas ou telhados verdes e jardins filtrantes (SETTA,
2017).
O telhado verde corresponde à instalação de coberturas vegetais sobre
lajes ou telhados convencionais, garantindo que as edificações tenham
conforto térmico e façam a retenção das águas da chuva, juntamente aos
poluentes, bem como atraiam a fauna local e retirem o carbono presente
no seu entorno (SETTA, 2017). Na Figura 7, você pode ver um exemplo de
telhado verde.
Sustentabilidade e jardinagem 11

Figura 7. Exemplo de telhado verde.


Fonte: Franco (2019, documento on-line).

Em comparação aos materiais convencionais, o telhado verde pode apre-


sentar um valor elevado, devido à adequação da estrutura da edificação, pois
o peso do sistema deve ser considerado na sua totalidade, tanto quando estiver
seco como, principalmente, ao estar saturado. A escolha do substrato também
é importante, porque alguns aumentam os níveis de nitrogênio e fósforo, após
a lixiviação do substrato (SETTA, 2017).
A classificação dos telhados verdes se divide em extensivo, intensivo e
semi-intensivo, conforme o seu uso, o tipo de vegetação e a espessura do subs-
trato, depois, define-se a estrutura que deve ser dimensionada para suportá-los.
Para a implantação em edificações já existentes, a estrutura a ser utilizada
determinará qual tipo e uso esse telhado precisa dispor (FERRAZ, 2012).
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Em geral, o telhado verde extensivo é utilizado para escoar as águas plu-


viais, com vegetações rústicas e rasteiras que não precisam de manutenção
constante, nem de muitos cuidados (Figura 8). Na sua elaboração, usa-se um
substrato com espessura entre 6 e 20 cm, com possibilidade de aplicação em
coberturas inclinadas de até 45º (FERRAZ, 2012).

Figura 8. Exemplo de telhado verde extensivo.


Fonte: Garden... (2019, documento on-line).

O telhado verde intensivo assemelha-se ao jardim e comporta vegetações de


grande porte, como árvores e arbustos, necessitando de elevada manutenção e
cuidados com irrigação (Figura 9). Conforme o porte da vegetação escolhida,
o substrato pode variar de 10 a 120 cm, porém deve ser implantada apenas em
telhados horizontais para que não ocorram deslizamentos, devido à grande
espessura do substrato (FERRAZ, 2012).
Sustentabilidade e jardinagem 13

Figura 9. Exemplo de telhado verde intensivo.


Fonte: Garden... (2019, documento on-line).

Intermediária aos outros, o telhado verde semi-intensivo comporta espé-


cies de até médio porte, conforme a espessura do substrato, variando de 12 a
25 cm e podendo ter uma inclinação inversamente proporcional à altura dele.
Esse sistema ainda requer uma manutenção periódica devido ao porte das
espécies implantadas (FERRAZ, 2012). Veja um exemplo de telhado semi-
-intensivo na Figura 10.
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Figura 10. Exemplo de telhado verde semi-intensivo.


Fonte: Garden... (2019, documento on-line).

Apesar de não reduzirem completamente os efeitos da crescente urbani-


zação, as coberturas verdes têm diversas vantagens quando comparadas aos
sistemas tradicionais de telhados, como redução das superfícies pavimentadas
e, consequentemente, impermeáveis; produção de oxigênio; redução dos índices
de poluição e das ilhas de calor; regulagem da temperatura no interior das
edificações, por meio da evapotranspiração; minimização das variações de
umidade no entorno; ampliação da vida útil da cobertura; redução dos ruídos
externos; redução no consumo de energia, pelo isolamento térmico; diminuição
do alastramento de chamas, em caso de incêndios; espaço recreativo; prevenção
de inundações, pois a água retorna ao ciclo natural pela evaporação; aroma
das espécies; incentivo a fauna; melhor qualidade de vida; e contribuição para
classificar a edificação como sustentável (FERRAZ, 2012).
Independentemente do tipo de telhado verde a ser instalado na edificação,
o sistema construtivo deve ser composto das seguintes camadas: estrutura,
impermeabilização, camada antirraiz, drenagem, camada filtro, substrato e
vegetação (Figura 11). Para definição da estrutura, considera-se o tipo de co-
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bertura verde a ser implantado, calculando seu próprio peso, o peso acarretado
pelas plantas adultas e o do substrato saturado. As instalações que compõem
o telhado devem ser agrupadas a fim de facilitar a manutenção, incluindo um
acesso ao local e mantas antiderrapantes que tenham uma inclinação maior
que 20º. Já as camadas de base precisam ser fixadas corretamente para não
se deslocarem em locais com ventos fortes (FERRAZ, 2012).

Camada vegetal

Substrato

Drenagem

Manta asfáltica acabamento


cascalho
instalada por termofusão, com 4 mm
de espessura

Manta asfáltica acabamento liso


adesivo especial primmer 3 mm de espessura

Laje de concreto
inclinação mínima de 2%

Figura 11. Camadas do telhado verde.


Fonte: Adaptada de Franco (2019).

Já para garantir que a água não ficará empoçada sobre a cobertura e infil-
trará na edificação, a laje deve ser executada com, no mínimo, 2% de incli-
nação. Quando for feita em concreto, precisa ter um acabamento semipolido,
com no máximo 4% de umidade, e tubos de drenagem de 4” de diâmetro
(FRANCO, 2019).
A impermeabilização da laje deve ser realizada com um adesivo pri-
mer, que é uma camada de membrana asfáltica com acabamento liso, fosco
e espessura de 3 mm, aplicada a partir da parte mais baixa do telhado e
seguindo perpendicular à inclinação, com sobreposição de 10 cm em cada
rolo a favor dela. Já a segunda camada da membrana asfáltica precisa ter um
acabamento de cascalho, com espessura de 4 mm, aplicada por termofusão
(FRANCO, 2019).
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A camada drenante é responsável por permitir a passagem da água e evitar


a passagem da terra e o contato das raízes com a estrutura, podendo incorporar
uma espuma de polietileno e a manta de geotêxtil permeável (FRANCO,
2019). Ela deve apresentar duas saídas, uma para drenagem e outra para
escape do excesso de água. Quando incorporada à função de reservatório,
pode comportar até 32 litros por m² e, para tanto, utiliza poliestireno. Para
evitar o entupimento dessa camada, pode-se aplicar uma camada de filtro
entre o substrato e a camada drenante, feita com a manta geotêxtil, a qual
transporta a água nas coberturas do tipo extensivas, mediante a capilaridade
(FERRAZ, 2012).
Para complementar a camada drenante, usa-se o substrato, considerado
também a base do telhado verde, cuja espessura será determinada conforme as
espécies utilizadas na cobertura. As principais características desse substrato
são a granulação, a porcentagem de matéria orgânica, a estabilidade estrutural,
a resistência à erosão, a permeabilidade, a capacidade máxima de retenção
de água, a quantidade de nutrientes, a aeração do solo e seu potencial hidro-
geniônico (pH). Essa camada pode ser composta de materiais leves, mas não
recomenda-se que seja constituída apenas de material orgânico não tratado e
solo superficial, devendo estes serem utilizados somente como complementação
do substrato (FERRAZ, 2012).
Em locais onde há sumidouros, parapeitos e áreas expostas, deve-se
aplicar uma membrana líquida, que apresenta facilidade de aplicação nesses
lugares, os quais tendem a gerar empoçamentos, tendo resistência aos raios
ultravioletas (UV) e ampliando a durabilidade do sistema de modo geral
(FRANCO, 2019).
Já a camada de vegetação deve ser escolhida conforme as condições cli-
máticas, a região onde a edificação se situa e o tipo de cobertura utilizada.
As espécies precisam ser definidas por um paisagista especializado, assim como
a camada de substrato, que deve ter sua composição e espessura adequadas
às necessidades de cada um dos vegetais.
A inserção de coberturas verdes proporciona conforto térmico e acústico
às edificações, bem como atrai a fauna por meio da implantação da flora local.
As edificações sustentáveis devem priorizar o bem-estar do ser humano e estar
vinculadas à preservação da natureza.
Sustentabilidade e jardinagem 17

A fim de complementar os telhados verdes e visar o uso de elementos


naturais na obtenção do conforto térmico, você pode optar por compor as
fachadas das edificações com cortinas ou paredes verdes, minimizando a
incidência solar direta e evitando o aumento das temperaturas no interior
das construções.

Alguns autores não consideram a cobertura verde semi-intensiva como uma tipologia,
mostrando somente os dados referentes aos telhados verdes extensivos e intensivos
(FERRAZ, 2012).

Uso de paredes verdes e cortinas vegetais


A crescente urbanização reduz as áreas verdes para dar espaço às grandes
edificações e áreas pavimentadas nos centros urbanos, acarretando o aumento
da degradação ambiental e a redução da qualidade de vida. A fim de amenizar
esses impactos, uma alternativa é instalar os jardins verticais, ampliando as
áreas verdes e proporcionando conforto ambiental (SCHERER, 2014).
Os jardins verticais são classificados como extensivos ou intensivos.
Os sistemas extensivos constituem-se de trepadeiras plantadas no solo ou
em jardineiras, com fácil instalação e pouca manutenção. Já os intensivos
comportam vegetações de pequeno porte, fixadas em painéis ou módulos
específicos, precisando de maior investimento financeiro, pois possuem uma
implantação mais complexa e uma manutenção mais elevada posteriormente,
bem como necessitam de adubação e irrigação especiais (SCHERER, 2014).
A fachada verde tradicional caracteriza-se pelas espécies trepadeiras auto-
aderentes, fixadas diretamente nas alvenarias, representando uma pele sobre
a edificação. Em geral, utiliza-se espécies como falsa-vinha, hera-inglesa e
unha-de-gato (SCHERER, 2014). Na Figura 12, você pode ver um exemplo
dessa vegetação.
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Figura 12. Parede verde com vegetação autoaderente.


Fonte: spritekiku/Shutterstock.com.

Já a cortina verde, também conhecida como dupla fachada verde, precisa


de um suporte para a instalação da trepadeira, podendo variar seu formato,
a distância entre os apoios e o afastamento das paredes, com a vantagem de
ser utilizada diante de aberturas e planos de vidros.

Cortinas verdes
As cortinas verdes compreendem um tipo de jardim vertical, constituído de
suportes afastados da superfície das edificações para o plantio de vegetações
trepadeiras, proporcionando sombra e controlando a incidência solar direta
(SCHERER, 2014).
De acordo com Scherer (2014), os seguintes valores estão relacionados às
cortinas verdes a fim de tornar a arquitetura mais humana e sustentável: “ser
um componente natural, de baixo impacto ambiental, proporcionar contato
do ser humano com a natureza, ser dinâmico, modificando-se ao longo dos
anos e das variações das estações, trazerem informações visuais e sensoriais
sobre cores, texturas e aromas, da intensidade e direção do vento”.
Sustentabilidade e jardinagem 19

Na composição das cortinas vegetais prevalece a linearidade, fechando ou


dividindo os ambientes, visual ou fisicamente, com espécies que passem de 3
m de altura, sendo chamadas também de renque (MENEZES et al., 2015). Elas
são classificadas em modular, treliça, cabeada e malha (SCHERER, 2014).
O sistema modular combina módulos metálicos, jardineiras e treliças,
limitando a área determinada para o substrato e a possibilidade de desenvol-
vimento da vegetação. Contudo, nesse sistema, a manutenção e a expansão
da vegetação podem ser facilmente controladas, havendo a possibilidade de
inserir vegetações já desenvolvidas (SCHERER, 2014). Na Figura 13, você
pode ver uma cortina verde com sistema modular.

Figura 13. Cortina verde com sistema modular.


Fonte: ESstock/Shutterstock.com.
20 Sustentabilidade e jardinagem

No sistema de treliça, a vegetação é plantada diretamente no solo ou em


grandes jardineiras contínuas, o que possibilita seu desenvolvimento de forma
mais expansiva. Ele ainda permite a criação de composições variadas, com
diversos materiais e grande flexibilidade no distanciamento das fachadas
(SCHERER, 2014). Na Figura 14, você pode conferir uma cortina verde com
sistema de treliça.

Figura 14. Cortina verde com sistema de treliça.


Fonte: Pastorelli (2009, documento on-line).
Sustentabilidade e jardinagem 21

Já o sistema cabeado é composto de cabos em aço inox que conduzem a


vegetação, plantada diretamente no solo ou em jardineiras, conforme apre-
sentado na Figura 15. O cabeamento pode ser disposto para criar áreas com
diferentes densidades, ampliando ou reduzindo o espaço a ser sombreado
(SCHERER, 2014).

Figura 15. Cortina verde com sistema cabeado.


Fonte: Sutthi Chuvichit/Shutterstock.com.

Semelhante ao sistema de treliça, o de malha tem um suporte mais ma-


leável, o que possibilita a confecção em gramaturas e materiais diversos,
podendo utilizar aço ou fios sintéticos, bem como permite a criação de
células menores (SCHERER, 2014). Veja na Figura 16 uma cortina verde
com sistema de malha.
22 Sustentabilidade e jardinagem

Figura 16. Cortina verde com sistema de malha.


Fonte: Muñoz et al. (2019, p. 9).

A adequação das variáveis climáticas, humanas e arquitetônicas possibilita


a criação de edificações que proporcionem conforto térmico e acarretem
baixo consumo de energia elétrica. As cortinas verdes possuem facilidade de
execução e manutenção quando comparadas aos outros sistemas de jardim
vertical, bem como agregam requisitos funcionais e estéticos à edificação
(SCHERER, 2014).
As cortinas verdes têm maior versatilidade quando comparadas aos proteto-
res solares, pois se adaptam e reagem às condições climáticas locais, e não aos
ângulos de incidência solar, como os protetores. Em épocas como a primavera
e o verão, nas quais as edificações recebem maior incidência solar direta,
a vegetação se renovará, brotando e crescendo com mais vigor, amenizando
as altas temperaturas e ampliando as áreas de sombreamento. Já no inverno e
outono, a vegetação tende a perder as folhas, e seu crescimento é mais lento,
propiciando o aquecimento dos ambientes devido ao acesso da radiação solar
estar facilitado (SCHERER, 2014). Ao reagirem às condições climáticas, as
espécies se adéquam as necessidades do local, tornando-se uma opção mais
assertiva para garantir o conforto térmico à edificação.
Sustentabilidade e jardinagem 23

Paredes verdes
As paredes verdes são chamadas de muros verdes, fachadas e paredes vi-
vas, compostas de diversas técnicas de plantio, abrangendo a utilização de
vegetações que escalam a edificação de forma independente, ou por meio de
sistemas que necessitam de suportes para a instalação das mudas. Alguns
desses sistemas precisam de componentes especiais, como materiais; meca-
nismos de fixação; sistemas de impermeabilização; isolamento; filtragem;
drenagem; barreiras para as raízes não comprometerem as estruturas da
edificação; substratos e vegetações adequados aos sistemas e às condicio-
nantes climáticas (MINKS, 2013).
A parede verde pode ser classificada como intensiva e possuir módulos em
que se instala as vegetações, compostos de painéis geotêxtis, vasos ou blocos
com cavidades (Figura 17), nos quais é aplicado apenas o substrato, sem que
haja contato da raiz com o solo, a qual se situa na base da estrutura, sendo irri-
gada com fertilizantes solúveis nos sistemas hidropônicos (SCHERER, 2014).

Figura 17. Parede verde com módulos.


Fonte: Jardim... (2019, documento on-line).
24 Sustentabilidade e jardinagem

As paredes verdes compostas de vasos ou cavidades têm módulos fixados a


uma estrutura metálica anexa às paredes, havendo a possibilidade de eles serem
instalados com as espécies já desenvolvidas. Já o sistema de painéis geotêxtis
comporta arbustos de pequeno porte e forrações (Figura 18), dispostos sobre a
manta, que é fixada a uma grelha metálica ou de policloreto de vinila (PVC),
sem utilizar o solo para desenvolver as espécies. O sistema de irrigação fornece
os minerais necessários para o desenvolvimento das vegetações, podendo ser
aplicado também no interior das edificações, desde que possuam iluminação
suficiente para a evolução das espécies (SCHERER, 2014).

Manta geotextil
Alvenaria

Sistema Vegetação de
de irrigação pequeno porte
Painel de fixação
da manta

Abertura na manta
e substrato
Sistema de fixação
Tanque para
recolhimento
e reutilização
da água

Figura 18. Parede verde com manta geotêxtil.


Fonte: Scherer, Alves e Redin (2018, p. 93).

A utilização de vegetações na composição das edificações eleva a qualidade


de vida dos usuários e traz benefícios para o meio ambiente, ao preservar
a fauna e a flora e minimizar o consumo de recursos, devido ao conforto
ambiental proporcionado pelos sistemas já mencionados.
Sustentabilidade e jardinagem 25

Na prática

Veja, em realidade aumentada, como funciona o sistema de painéis geotêxtis.

1. Acesse a página https://bit.ly/2Ivmt8b e baixe o aplica-


tivo Sagah Composição de jardins e interações medica-
mentosas na estética. Se preferir, use o QR code ao lado
para baixar o aplicativo.
2. Abra o aplicativo e aponte a câmera para a imagem a
seguir:

Na Casa das Guaracemas, você pode observar a utilização do telhado verde e da parede
verde como premissas para se adequar aos requisitos de sustentabilidade e obter o
prêmio Saint-Gobain com o tema Habitat Sustentável. Saiba mais no link a seguir:

https://qrgo.page.link/cTqFd
26 Sustentabilidade e jardinagem

As coberturas vegetais proporcionam conforto térmico e acústico às edifi-


cações, minimizando os ruídos e o ganho de calor no seu interior, bem como
possibilitam a coleta de água da chuva e a criação de ambientes de estar e
lazer. Já os envoltórios verdes reduzem a incidência solar direta, propiciando
conforto térmico e reduzindo os efeitos das ilhas de calor. Quando for possível,
você deve adequar as edificações às estratégias de sustentabilidade, a fim de
gerar bem-estar aos usuários e preservar o meio ambiente.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND; FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO


DE HIDRÁULICA. Projeto técnico: jardins de chuva. São Paulo: ABCP; FCTH, 2013. 12 p.
Disponível em: http://solucoesparacidades.com.br/saneamento/4-projetos-sanea-
mento/jardins-de-chuva/. Acesso em: 12 out. 2019.
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de afluentes. Revista Infinity ­— Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia de
Produção, Itapiranga, v. 3, n. 1, p. 134–154, 2018. Disponível em: http://revista.faifacul-
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