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Artigo de Hidrologia:
Captação e utilização de águas de chuvas pelos sistemas vivos e suas atividades.
RIO LARGO – AL
2021
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RESUMO
Este artigo visa o estudo da captação e utilização das águas de chuvas pelos sistemas
vivos tais como das atividades realizadas pelos mesmos de forma que destaque a importância
da hidrologia neste processo. Nesse contexto, serão exemplificadas análises e também
apresentados dados que serão essenciais para o devido entendimento do assunto abordado.
1. INTRODUÇÃO
A escassez de água se torna um assunto mais preocupante a cada dia, uma vez que há
um consumo maior do que a oferta de água, portanto, mal gerenciado. O crescimento
populacional, as consequentes mudanças no uso e ocupação do solo, a constante contaminação
e poluição dos rios e lagos, o uso exacerbado desse recurso pela indústria, agricultura,
população ou até a má gestão de água, associados à fenômenos climáticos, tem aumentado os
desafios do abastecimento de água contribuindo para crise hídrica ao redor do mundo. Nestas
circunstâncias, alternativas devem ser elaboradas para um melhor aproveitamento desse bem
valioso, afinal, quando se fala em consumo sustentável, deve-se levar em conta não apenas as
escolhas de compra, mas também as formas de utilização e reuso dos bens e recursos naturais
disponíveis, como é o exemplo da captação e utilização das águas de chuva.
A água da chuva, também conhecida como água pluvial, é a água provinda das chuvas
que podem ser coletadas por sistemas vivos ou por sistemas urbanos de saneamento básico. No
momento, em vários países, incluindo o Brasil, já se analisa e se implanta meios de diminuir o
desperdício de água no dia a dia, como lavar uma área comum, uma calçada ou irrigar as
plantas. Dessa forma, o aproveitamento da água da chuva surge como uma excelente ideia para
a utilização desta através de cisternas, além da água de reuso.
Neste sentido, nota-se sua importância para o meio ambiente e também para o meio
social, uma vez que a água é um recurso finito e imprescindível para a vida e para os
ecossistemas.
2. DESENVOLVIMENTO
A água das chuvas representa uma das fontes mais puras de água porque, na sua
origem, a precipitação contém poucas impurezas. Entretanto, ao chegar na superfície terrestre,
minerais, bactérias, substâncias orgânicas e outras formas de contaminação podem atingir a
água. Ela pode ser aproveitada de diferentes formas, seja por pessoas em suas casas ou por
empresas que possuem sistemas de captação mais avançados. Essa captação em residências
pode ser feita de maneira bastante simples por meio de baldes, por exemplo, ou, durante a fase
de construção, sendo elaborados sistemas mais eficazes.
A figura abaixo mostra que a captação de águas pluviais em residências não
demonstra ser algo complexo e de alto custo, podendo ser aplicada em longa escala na nossa
sociedade. Por ser proveniente da chuva, não é considerada potável devido aos riscos de conter
desde partículas de poeira e fuligem, até sulfato, amônio e nitrato. Por isso, destaca-se que a
água reaproveitada tem que ser clorada para uso em todos os processos que envolvam contato
humano.
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Outro sistema vivo bastante importante para a manutenção da vida no planeta é o solo.
Este é um recurso não renovável que fornece nutrientes primordiais para os ecossistemas, sejam
florestas, lavouras e outros, auxiliando, ainda, na redução da emissão dos gases do efeito estufa.
No meio ambiente, um solo de qualidade é aquele que apresenta disponibilidade de água, já que
o solo é um importante armazenador de água, sendo por meio dele o abastecimento dos lençóis
freáticos.
Diversos setores da sociedade são abastecidos através do solo, dentre os quais podemos
destacar a indústria, a construção civil e a própria agricultura. Na agricultura, por exemplo, são
raríssimos os cultivos que não exigem quantidades razoáveis de água boa, onde sua falta pode
ocasionar sérios problemas na cadeia alimentar e desequilibrar seriamente os ecossistemas.
Dependendo da região, a água retida das chuvas é a única fonte para saciar a plantação. Para que
os plantios cresçam rápido e fortes, se torna necessário a terra estar hidratada para o solo ser
mais fértil, apesar de existir diferentes tipos de solos, tendo cada tipo uma peculiaridade e uma
função, de forma que os principais são: arenoso, orgânico (humoso), argiloso e calcário. O solo
arenoso é conhecido pela sua textura leve, composto principalmente por areia e em menor parte
por argila, não sendo recomendado para atividades agrícolas pois absorve muita água. O solo
orgânico é formado por matéria orgânica, aquilo que já foi um organismo vivo na natureza, solo
este que as plantas se desenvolvem melhor. O solo argiloso é conhecido como solo pesado, de
cor vermelha-escura, que possui uma terra úmida e macia. Este é composto por mais de 40% de
argila, de forma que é considerado bastante fértil, principalmente para a plantação de café. Por
último, mas não menos importante temos o solo calcário que é formado por partículas de rochas,
sendo muito seco e quente quando absorve a incidência solar.
3. CONCLUSÃO
A chuva é tão essencial que, até em lugares onde ela raramente ocorre, como em
desertos, o pouco que cai é o suficiente para alimentar todos os tipos de vida que ali se
adaptaram. Sendo assim, como a escassez de água é sazonal em muitos locais, uma maneira de
se precaver é justamente captando e armazenando água da chuva. É por isso que os sistemas de
captação podem criar uma cultura de sustentabilidade ecológica, o que poderá garantir ganhos
significativos de abastecimento no futuro. E, acima de tudo, se trata de um sistema que enaltece
o ciclo natural da água de caráter positivo para o meio ambiente. Além disso, a utilização dessa
água ainda auxilia na diminuição das enchentes nas cidades, uma vez que é captada e não fica
acumulada sobre o solo impermeável dos grandes centros urbanos. Por fim, então, conclui-se
que diante dessa crise, é indispensável e urgente que a sociedade tenha acesso a este
conhecimento.
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REFERÊNCIAS
JUNIOR, Jailton Muniz Mendes. Et al. Reutilização de água da chuva. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 06, Vol. 05, pp. 66-90. Junho de 2020.
Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/reutilizacao-de-
agua>. Acesso em: 07 set. 2021
MUNDO GEO. Artigo: Captação de água para reuso – estudo sobre loteamento residencial.
Disponível em: https://mundogeo.com/2017/06/21/artigo-captacao-de-agua-para-reuso-um-
estudo-sobre-um-loteamento-residencial/. Acesso em: 2 set. 2021.