Você está na página 1de 28

PROPOSTA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL PARA REAPROVETAMENTO

EM UMA RESIDÊNCIA NO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE/MG

Jéferson Adriano da Silva, Rafael Jonas Aparecido Ribeiro, Thalyson Silas do Prado

Centro Universitário UNA Pouso Alegre


Pouso Alegre/MG - Brasil
betel.acabamento@gmail.com, rafael.oryba@gmail.com, thalysonsilas@gmail.com

RESUMO
A água potável é um elemento indispensável para a sobrevivência humana, porém devido a sua
má utilização e desperdícios, vem se tornando o motivo de preocupação para a sociedade e meio
ambiente. A água não potável é um recurso existente que pode se tornar uma possível solução,
mas desde que seja bem praticada. A água da chuva é considerada como não potável e pode ser
aproveitada com o intuito de melhorar a sustentabilidade ambiental, na produção agrícola,
reduzir o consumo de água potável, diminuir os índices de cheias em áreas urbanas, rurais,
periferias e contribui na solução para evitar a escassez de recursos hídricos. O aproveitamento
de água pluviais no Brasil é realizado de forma errônea e na maioria dos casos sem o
acompanhamento apropriado, e por consequência resulta em fatalidades naturais na hidrologia
do ambiente. Logo o recente trabalho leva como princípio o objetivo de propor uma solução
provável para uma possível implementação do sistema aproveitamento de água pluvial. De
início foi realizada pesquisas bibliográficas com o intuito de compreender os conceitos teóricos
necessários para a elaboração do projeto. O próximo passo, foi realizar o levantamento das
informações residencial, analisar a estimativa de consumo para capacidade de captação de água
da chuva através dos telhados. O atual conteúdo tem como meta investigar detalhes do possível
sistema de aproveitamento de água pluvial em uma casa residencial unifamiliar, conduzir o
escoamento da água da chuva e armazena-la para o reaproveitamento e consumo da mesma.
Devido a intensidade pluviométrica e a área de captação, a proposta apresentou resultados de
significativos, tornando-se um sistema econômico e viável.
Palavras-chaves: Sistema de captação de água pluvial, Coleta, Consumo.

1
1. INTRODUÇÃO
A água é um recurso natural presente em toda natureza, é essencial para a sobrevivência
humana e dos animais, é também, de suma importância para o crescimento das atividades
industriais, agrícolas e sociais, podendo assim, influenciar diretamente em impactos na
economia, onde o setor de engenharia busca inovações para um sistema benéfico na captação
da água e redução de consumos.
O Brasil, apesar de que seja um país abundante quanto a disponibilidade de recursos
hídricos, vem sofrendo grandes dificuldades para atender as necessidades de água para os
habitantes, em função da crise hídrica existente nos dois anos anteriores, particularmente na
região sudeste onde há maiores demanda populacional.
Pensando em soluções favoráveis envolvendo recursos hídricos e econômico, temos o
aproveitamento de água da chuva, é um sistema afim de minimizar o uso de água potável devido
ao grande índice de desperdícios causados pela população.
O reaproveitamento da água de chuva já vem sendo usado desde as civilizações antigas
Maias, Astecas e Incas. Tomaz (2003) relata que foi um dos registros mais antigos do
aproveitamento da água da chuva, tendo o primeiro registro em 850 a.C quando o rei Mesha
sugeriu a construção de reservatórios de água em todas as residências. O autor cita outro
exemplo ainda antigo do aproveitamento da água. No ano 2000 a.C no palácio de Knossos na
Ilha de Cretas, a água da chuva era aproveitada nas descargas sanitárias, semelhante ao sistema
atual, claro que de forma menos eficiente, em consequência dos fatores tecnológicos que difere
ambas épocas. Entretanto essa discussão voltou a ser frequente devido ao crescimento
populacional e econômico, que a cada ano deixa mais evidente a escassez deste recurso tão
essencial na vida humana (DIAS, 2007). O ser humano não é capaz de viver sem água, pois
segundo o ministério da saúde, ele deve consumir dois litros de água por dia.
Para reaproveitar a água da chuva é preciso tratar, pois em sua composição tem diversas
substâncias prejudiciais à saúde como o dióxido de carbono e o óxido de nitrogênio. Não é
somente as substâncias originais que fazem com que a água da chuva seja impura para consumo,
as impurezas do meio junto com os dejetos de animais danificam a água.
O presente trabalho visa apresentar ao leitor, uma nova ótica referente ao sistema
sustentável de coleta e reutilização da água pluvial, onde o objetivo é desenvolver uma proposta
de captar e reaproveitar a água proveniente da chuva no empreendimento estudado.

2
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Utilização da água


A água é de suma importância para a sobrevivência dos seres vivos, ambiental e
econômica, mas a triste realidade é que a mesma vem sendo utilizada de forma errônea pela
população. A escassez de água tem sido um problema sério em todo mundo, na maioria dos
países onde a estiagem vem se agravando, as necessidades de demanda para o consumo se
tornam cada vez maiores, sendo assim, a água deve ser preservada.
Segundo (OMS/UNICEF, 2012), desde a antiguidade a água pluvial vem sendo
aproveitada para auxiliar na demanda de água ou até mesmo como principal meio para suprir
as necessidades das regiões semiáridas.
De acordo com (HESPANHOL, 2002) a água é um recurso renovável que, quando
reciclada por meio de sistemas naturais, torna-se um recurso limpo e seguro.
Segundo Gonçalves (2009), o conhecimento desse consumo é importante para
identificar os pontos que necessitam de ações de conservação da água.
De acordo com o relatório Organização Mundial da Saúde (OMS/UNICEF, 2012), em
seu Programa Conjunto de Monitoramento de Abastecimento de Água e Saneamento 1,3% da
população mundial utiliza a água de chuva como sua principal fonte de abastecimento para o
uso doméstico. De acordo com este relatório, nos países em desenvolvimento cerca de 76
milhões de pessoas em todo o mundo dependem da água de chuva para sobreviver.
Marinoski (2007) relata que a água potável pode ser beneficiada em diversas utilidades
de consumo, visto que uma parte considerável está destinada a fins não potável, sendo assim é
essencial para o uso não potável como descargas de vasos sanitários, irrigação de jardins,
calçadas, lavação de automóveis e quintais.

2.2 Aproveitamento de água pluvial


A água pluvial são águas proveniente da chuva, normalmente coletada na área de
contribuição do telhado por meio de um sistema captação. No decorrer das intensas chuvas
durante um período longo, surge o interesse de aproveitar a água da chuva para fins não
potáveis. O sistema de captação e reaproveitamento vem sendo discutido bastante na última
década, devido ao crescimento populacional e ao alto índice de uma possível falta.
Segundo May (2004), a aplicação de sistemas de aproveitamento de água de chuva é
considerada uma eficiente medida para preservação do recurso hídrico, visando a
sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.

3
Rodrigues (2010) relata que o sistema de aproveitamento de águas pluviais consiste na
coleta, condução e armazenamento das águas de chuva para posterior utilização, que tem por
objetivo principal a substituição da água de uso doméstico, a qual possui tratamento com custo
elevado, pelas águas pluviais nos locais que não possuem exigência de potabilidade.
De acordo com Gonçalves (2006), O autor destaca que vem evoluindo o gerenciamento
de água da chuva em áreas urbanas ou rurais, por todo o mundo. Cita que a escassez e a carência
da qualidade dos mananciais são provenientes da poluição ambiental, e serviços de
abastecimento público ineficientes despertam na sociedade a prática do aproveitamento da água
da chuva.
Nesta proposta foi avaliada a viabilidade de consumo como: Ambiental, econômica,
sustentável e social do aproveitamento de água da chuva para fins não potáveis, permitindo a
possibilidade para verificar que o sistema de aproveitamento de águas pluviais está se tornando
cada vez mais necessário. O presente estudo foi considerado o reuso diretamente da água da
chuva, sendo a água captada, armazenada em reservatório e reutilizada nas áreas externas.

2.3 Estimativa de consumo de água pluvial


Segundo Tomaz (2011) é possível estimar o consumo de água residencial usando
parâmetro de engenharia, contudo, a grande dificuldade está na quantidade de informações
necessárias e nem sempre disponíveis. As tabelas 01 e 02 do item 2.3 apresentam algumas
estimativas dos parâmetros da demanda de água residencial utilizado nos Estados Unidos, já
que não há pesquisas sobre esse consumo no Brasil.
É interessante citar que os parâmetros apresentam as unidades, onde pode-se observar
a quantidade de consumo em litros, dias e porcentagem. Há também o parâmetro inferior e
superior, sendo basicamente a representação entre o máximo e mínimo consumo. Porém a um
parâmetro descrito “mais provável” que indica a escolha mais usual.

4
Tabela 01: Parâmetros de estimativa de demanda de água para uma residência.

Fonte: Tomaz, 2012. Considerada a pressão as instalações de 40m.c.a.

A tabela 02 do item 2.3 apresenta a estimativa de demanda para utilização de uso externo
residencial. Foram utilizados os valores para o consumo nas áreas externas e internas. O uso
em excesso de água não potável para uso interno e externo traz um aumento significativo no
valor do custo mensal, sendo assim, surge a importância de uma solução econômica com o
objeto de reduzir o consumo de água potável.

Tabela 02: Parâmetros da estimativa de demanda residencial de água não potável para uso externo.

Fonte: Tomaz, 2021.

5
Segundo Tomaz (2011), destaca-se a tabela 03 do item 2.3, apontando as maiores
aplicações práticas das taxas de consumo de água. É possível notar os gastos de consumo das
atividades como descarga sanitária, irrigação de jardins e limpeza dos pátios. As unidades são
em litros por metros quadrado no dia.

Tabela 3: Taxas de consumo de água mais aplicadas na prática.

Fonte: Tomaz, 2012.

Na tabela 04 do item 2.3 realizou-se a estimativa para o consumo médio mensal de


água não potável. Os dados quantidade unitária foram obtidos pelo projeto arquitetônico,
sendo três descargas sanitárias com a uso de 08 vezes ao dia durante o mês. Há também as
áreas comuns (hall, salão, guarita, etc.) para a limpeza de duas áreas com a demanda estimada
em dez dias. O último item da tabela é a irrigação de jardim, sendo contabilizado três áreas
permeáveis para a estimava de oito dias no mês.

Tabela 04: Estimativa de custo mensal de água não potável.

Fonte: Autoria própria, 2021.

6
3. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi desenvolvido uma proposta utilizando o sistema de reaproveitamento de água


pluvial em uma edificação residencial. O terreno possui 300,00 m² de lote, sendo uma
edificação de alto padrão com 248,85 m² de área construída. A casa possui quatro quartos, três
banheiros, um lavabo e o mezanino. Conta com uma sala de jantar integrada com a cozinha e
uma varanda de vista agradável. Há também as áreas externas como jardim, garagem e a área
gourmet para os momentos de lazer.
Neste estudo, foi utilizado o método de pesquisa descritiva e análise dos fatores que
influenciam nas condições de aproveitamento de águas da chuva, com a finalidade de mostrar
a relevância da coleta de água chuva e os sistemas utilizados nas edificações para a sua captação.
Partindo de uma revisão bibliográfica composta por diversos autores, em destaque para Tomaz,
Amorim Pereira Dias e Oliveira, também foi utilizado uma planta de cobertura de uma
residência localizado no munícipio de Pouso Alegre MG, para o dimensionamento da metragem
cúbica de capitação de água pluvial.
Para o levantamento dos dados Pluviométricos na região do munícipio de Pouso
Alegre/MG foram utilizadas as informações adquiridas pela Agência Nacional de Águas e
Saneamentos Básico (ANA), Software Plúvio e as tabelas de TOMAZ.
Para a operação dos cálculos do sistema de água pluvial foi aplicado o know-how
técnico obtido durante o curso, utilizando os cálculos conforme a NBR 10844/1987 instalações
prediais de águas pluviais onde segue a padronização de acordo com a norma.
Foram considerados cinco moradores na residência para a estimativa do consumo médio
mensal de água não potável.

3.1 DIMENSIONAMENTOS
3.1.1 Dimensionamento da área de contribuição
Para um sistema de captação de água é necessário analisar o processo de coleta. A
proposta envolve analisar o projeto para a desenvolver um sistema otimizado. Segundo os dados
obtidos pela planta arquitetônica da residência obteve-se uma área total de cobertura de 150.88
metros quadrados. Levando em consideração toda essa área foi necessário identificar a área
contribuinte para a coleta do telhado. No dimensionamento foram usadas as equações e
formulas específicas, incluindo a norma NBR 1084:1989. Tem-se a equação 01 a seguir:

7
Equação (01)


A = (𝑎 + 2) ∗ 𝑏

Onde:
A = área, em m²;
a = largura do telhado, em m;
b = comprimento do telhado, em m;
h = altura da inclinação do telhado, em m;

3.1.1 Cálculo da área de contribuição

a = largura do telhado => 10,50m;


b = comprimento do telhado => 15,95m;
H = altura da inclinação do telhado = 1,72m

1,72
A = (5,50 + ) ∗ 15,95 = > 𝐀 = 𝟏𝟎𝟏, 𝟒𝟒𝐦²
2

Área de contribuição = 𝟏𝟎𝟏, 𝟒𝟒𝐦²

3.2 Dimensionamento do volume de captação


Foi realizado um levantamento seguindo os dados referente da tabela Ana (Agência
Nacional das Águas e Saneamento Básico) na estação Copasa do munícipio de Pouso
Alegre/MG citada abaixo para identificar o volume de captação. A tabela 05 do item 3.2
apresenta o índice de precipitação pluviométrica nos meses de janeiro a dezembro dos anos de
2014 até 2018. Na última coluna mostra a média somada dos anos citados anteriormente para a
resolução de análise do sistema de captação. É interessante ressaltar que foram somado as
médias dos meses de cada ano.

8
Tabela 05: Dados pluviométricas da estação ANA/COPASA.

Fonte: Agência Nacional das Águas (ANA), 2018.

Já na tabela 06 do item 3.2, representa a média anual de precipitação pluviométrica de


janeiro a dezembro dos anos 2014 até 2018.

Tabela 06: Média pluviométrica anual (2014 a 2018).

Fonte: Autoria própria, 2021.

Segundo os dados das tabelas 05 e 06 do item 3.2, foi possível obter a precipitação média
anual de janeiro a dezembro para encontrar o volume de captação.
A tabela 07 do item 3.2 apresenta o tipo de rugosidade dos materiais para o telhado,
seguindo o conceito do coeficiente de runoff.
Tabela 07: Coeficiente de rugosidade.

Fonte: Plínio Tomaz, 2011.

9
Para a elaboração do dimensionamento do volume mensal, é necessário determinar o
coeficiente de rugosidade do material, foi adotado a telha esmaltada como escolhida para a
proposta do sistema. Conforme a figura 01 a seguir.

Figura 01: Telha esmaltada telhado residencial.

Fonte: Internet (no site: viva decora), 2021.

A tabela 08 do item 3.2 apresenta a precipitação média conforme citada na tabela 05 do


item 3.2 vistas anteriormente, utilizando-se a área de contribuição de 101,44m² conforme o item
3.1.1 e o coeficiente de runoff de 0,95 mencionada na tabela 07 no item 3.2, onde representa a
rugosidade do material escolhida para a proposta, assim foi possível determinar os volumes
médio mensal e anual em litros.
Tabela 08: Cálculo de capacidade de água pluvial.

Fonte: Autoria própria, 2021.

3.2.1 Cálculo volume previsto de captação pluvial


De acordo com os dados do consumo média mensais destacados nas tabelas 04 do item
2.3 apresentadas anteriormente, foi possível determinar o volume previsto para a captação.

10
Volume mensal de consumo de água potável destinada à limpeza de áreas comuns:
(Litros

V = 2( m²
)/dia x 41,39m2 x10dias de consumo => V=827,8 litros;
dia

Volume mensal de consumo de água potável destinada à irrigação dos jardins:


(Litros
V = 2( m²
)/dia x 65,27,39m2 x10dias de consumo => V= 1.305,40 litros
dia

Tabela 09: Cálculo do novo consumo mensal.

Consumo médio

Demanda Dias de Demanda


Quantidade Demanda
Utilização Unidade diária uso Mensal
unitária (unidade)
(L) estimado (L)
Lavagem de piso
da área comum
2,00 l/m²dia 41,39 82,78 10,00 827,80
(hall, salão,
guarita, etc.)
Irrigação de
2,00 l/m²dia 65,27 130,54 10,00 1.305,40
jardim
Consumo mensal estimado (L) 2.133,20
Fonte: Autoria própria, 2021.

3.3 Dados pluviométricos região do munícipio


Levando em consideração o índice pluviométrico da região do sul de minas, tem-se um
aproveitamento significativo, pois o clima predominante é o tropical, favorecendo o tempo
chuvoso do ambiente. Portanto é de extrema importância a verificação do volume de
precipitação e o índice pluviométrico para a captação do sistema. Por meio de pesquisas
realizou-se o software Plúvio 2.1 para o levantamento pluviométrico do munícipio de Pouso
Alegre/MG. Para a resolução dos cálculos, utilizou-se a equação 02 a seguir:

Equação (2):

𝑘𝑥𝑇𝑟 𝑎
𝑖 =
(𝑡 + 𝑏)𝑐

11
a) Cálculo da intensidade pluviométrica

Dados:
Tr = período de retorno => 10 anos (dados prefeitura municipal de pouso alegre);
t = duração da chuva em minutos =>
t = 5 minutos; k = 667,338; a = 0,184; b = 20,869; c = 0,635

Onde:

k, a, b e c são parâmetros da equação de chuvas intensas para cidade de Pouso Alegre


adquirida pelo software Plúvio.

3.3.1 Cálculo do índice pluviométrico

Tr = período de retorno, em anos; 10 anos (dados prefeitura municipal de pouso alegre)


t = duração da chuva, em minutos; t = 5 minutos
k = 667,338; a = 0,184; b = 20,869; c = 0,635;

Figura 02: Software Plúvio.

Fonte: Autoria própria, 2012.

12
𝑘𝑥𝑇𝑟 𝑎 667,338𝑥100,184
𝑖𝑚 = = = 129,19 𝑚𝑚/ℎ
(𝑡 + 𝑏)𝑐 (5 + 20,869)0,635

i = 129,19mm/h
A =101,44 m²

b) Cálculo da vazão de projeto

ixA
Q = ;
60

129,19x101,44
Q =
60

𝐐 = 𝟐𝟏𝟖, 𝟒𝟏𝐋/𝐦𝐢𝐧

3.4 Determinação dos cálculos para calha, condutores e reservatório


No item 3.3.1 da letra b, foi utilizado a fórmula de vazão do projeto para a determinação
do volume de água da chuva destinada para o escoamento das superfícies nas calhas. Para a
definição do dimensionamento foi utilizada os elementos compostos para o sistema de
escoamento e captação pluvial. Segundo a NBR 10844:1989 (ABNT, 1989), deve-se calcular a
vazão de projeto através da equação 03 a seguir:

Equação (3)

𝑖∗𝐴
𝑄 = ( )
60

Onde:

Q = vazão de projeto, em L/min;


i = intensidade pluviométrica, em mm/h;
A = área de contribuição, em m²;

13
3.5 Condutores para a tubulação vertical
Os condutores verticais são componentes essenciais para o conjunto de um sistema de
captação sustentável, pois é capaz de receber o escoamento dos condutores horizontais na parte
superior em seu diâmetro e guiá-las até os reservatórios. Tendo em vista a sua importância, foi
realizado o cálculo para a determinação do diâmetro do condutor vertical proposto o sistema.
Seguindo a NBR (10844: 1989) foi adotado o material PVC (poli cloreto de vinila) para o
dimensionamento da tubulação vertical, deve-se calcular o diâmetro do condutor através da
equação 4 a seguir:

Equação (4)

5⁄
Q = 0,019x𝑡 3 x𝐷 8/3

Onde:

Q = vazão de projeto, em L/mim;


t = taxa de ocupação;
D = diâmetro interno, em mm

3.5.1 Cálculo para determinação do diâmetro interno das calhas

Como são dois condutores na vertical, tem-se:

Q = vazão de projeto 218,41 x 2 => Q = 436,82 L/min

t = taxa de ocupação 30%


D = diâmetro interno
5 8 5 8
Q = 0,019x0,303 xD3 => 436,82 = 0,019x0,303 xD3

D = 91,70mm

Diâmetro adotado comercial = 100mm

14
3.6 Condutores para o escoamento horizontal
Para calcular os condutores horizontais a NBR 10844:1989 (ABNT 1989) estabelece
que as tubulações horizontais devem ser projetadas com declividade uniforme com valor
mínimo de 0,5%, sempre que for possível. Na figura 01 apresenta o projeto das tubulações
horizontais. Conforme a figura 03 do item 3.6 a seguir, apresenta a planta de cobertura com a
ideia de um suposto sistema para tubulações horizontais aterradas.

Figura 03: Tubulações horizontais

Fonte: Autoria própria, 2021.

3.7 Determinação das calhas


As calhas são componentes essenciais para a captação de água pluvial, pois a mesma
tem a função de captar e conduzir o escoamento horizontal da água da chuva. Para a
determinação das calhas foi seguida a NBR 10844:1989, onde foi realizado dimensionamento
por meio da equação de Manning-Strickler, conforme a equação 5.

15
Equação (5):

𝑄 (3⁄8)
h = (75614,37∗𝑖 0,5 )

𝑏 = 2𝑥ℎ

Onde temos:

h = altura da calha, em m;
Q = vazão de projeto em L/mim;
i = inclinação da calha;
b = largura da calha, em m.
Calculo para determinação da altura e largura da calha
Dimensão efetiva;
Dados:
Q = Vazão de projeto = 218,41 L/min
i = inclinação da calha = 0,5%
b = largura da calha

3
218,41 8
( )
60
h = [75614,37x0,0050,5 ] =>h=0,065m h = 6,5cm

b = 2xhb = 2x6,5 => b = 13cm

b) Borda de segurança

Bs = (2/3) ∗ 6,5cm => Bs = 4,33cm

As dimensões da calha têm 13cm x7cm (Largura x altura)

Na figura 04 do item 3.7, tem-se o desenho arquitetônico da planta de cobertura, que


indica o sentido de escoamento da água captada pela superfície da calha.

16
Figura 04: Sentido escoamento das calhas horizontais.

Fonte: Autores, 2021

3.8 Reservatório
Definir o tamanho correto do reservatório é de extrema importância para confirmar a
economia de água potável por meio da captação de água pluvial e viabilidade financeira, visto
que esse item é um dos mais caros para a implementação do sistema. Ressaltando que o
reservatório não pode manter-se ocioso por um longo período e também não deve provocar
desperdícios da água coletada em prejuízo da demanda necessária.
Segundo (AMORIM; PEREIRA, 2008). O dimensionamento varia de região para região
e para efetuar corretamente os cálculos de reservatório é fundamental o conhecimento da área
de captação, dos dados pluviométricos do local, do coeficiente de escoamento de água pluvial
e do volume de água potável a ser substituída por água pluvial no edifício onde será executado
o sistema. Para dimensionar a capacidade de água da chuva a ser coletada, é necessário calcular
o volume de captação do reservatório inferior, a NBR 15527:2007 estabelece a equação de
Azevedo Neto para definição do volume.

Van = 0,0042*PA*A*T
17
Onde:

𝑉𝑎𝑛 = Volume reservatório L;


𝑃𝐴 = Precipitação pluviométrica anual média (mm/ano = L/m²²/ano);
𝐴 = Área de captação m²;
𝑇 = Número de meses de pouca chuva;

3.8.1 Cálculo do reservatório inferior


Segundo os dados da tabela, foi possível obter a média anual entre o ano 2014 a 2018.
Sendo possível o dimensionamento do reservatório inferior.

Reservatório Inferior;

Van = 0,0042 ∗ PA ∗ A ∗ T

Van = 0,0042 ∗ 1239,82 ∗ 101,44 ∗ 3

𝐕𝐚𝐧 = 𝟏. 𝟓𝟖𝟒, 𝟔𝟔 𝐋
4. Resultados e Discussão

4.1 Caracterização da edificação


Trata-se de uma edificação de alto padrão com 248,85 m² de área construída, sendo
150m² referentes ao térreo, 98,85m² pavimento superior e 30,70m² de garagem. A taxa de
ocupação e área permeável representam respectivamente 50% e 21%.
A casa possui quatro quartos, três banheiros, um lavabo e o mezanino. Conta com uma
sala de jantar integrada com a cozinha e uma varanda de vista agradável. Há também as áreas
externas como jardim, garagem e a área gourmet para os momentos de lazer.
Foi realizado um georreferenciamento para a identificação do lote, conforme apresenta
a figura 05 do item 4.1. Ressalta-se que na imagem de satélite o terreno já está sendo construído.

18
Figura 05: Georreferenciamento do loteamento.

Fonte: Software Google Earth, 2021.

A seguir tem-se a imagem que visualiza o projeto do loteamento. Conforme apresenta


figura 07 do item 4.1.
Figura 06: Projeto Loteamento

Fonte: Projetistas Vanessa e Felipe, 2021.

19
Na figura 08 do item 4.1, é interessante destacar que o projeto 3D apresenta a telha
esmaltada que foi determinada para o sistema de captação do telhado.

Figura 08 - Vista fachada frontal 3D.

Fonte: Autoria própria, 2021.

4.2 Análise dos resultados


Na realização dos cálculos envolvendo o volume de consumo das descargas sanitárias
foram considerados cinco pessoas, contabilizando a demanda familiar o que resulta em
aproximadamente 23% de gastos sendo água potável, que é possível substituir pela água pluvial
coletada. Na tabela 04 do item 2.3 citada acima foi possível obter a média de consumo gasto no
mês, sendo aproximadamente de 3.114,28 litros.
Foi realizado o levantamento da metragem quadrada de projeto para o jardim, levando
em consideração toda a área permeável conforme o projeto do empreendimento. A partir deste
ponto, foi estimado um levantamento das atividades rotineiras de irrigação para o jardim.
Constatou-se que para a utilização de água para o jardim, o interessante é realizar a atividade
duas vezes por semana o que resultaria em aproximadamente 50% do consumo mensal de água.

20
Considerando as dimensões do telhado de comprimento e a inclinação do telhado,
segundo o item 3.1.2, o que resultou em uma área de contribuição aproximadamente de
101,44m². Logo foi utilizado os dados da área encontrada associando-se com o software Plúvio,
permitindo a possibilidade para a determinação da média pluviométrica calculada no valor de
129,19 mm/h e por consequência a valor do volume de projeto de 218,41 L/min. O projeto
fornece a área total de 150,88m², fazendo-se um comparativo entre a área do telhado e a área
contribuinte, conclui-se que 67,23% são áreas de coleta.
Conforme o cálculo apresentado no item 3.8.1 acima, o sistema necessita de um
reservatório comercialmente de 2.000 litros sendo suficiente para suprir o atendimento da
demanda.
Pode-se afirmar que os resultados obtidos para a intensidade pluviométrica e a vazão de
projeto da região foram de 129,19 milímetros por hora e 218,41 litros por minuto. Um resultado
significativo tendo em vista os valores para a captação do sistema proposto.

A tabela 11 do item 4.2 apresenta os dados de tarifa de água da Copasa.

Tabela 11: Tabela de tarifas de água.

Fonte: Copasa, site 2006.

21
No exemplo, referente da tabela 11 do item 4.2, a residência se enquadraria no tipo de
consumo faixas progressivas. Considerando um consumo médio de 25.000 (Vinte cinco mil)
litros por mês, o valor final de conta R$ 114,95 (Cento e quatorze reais, e noventa e cinco
centavos) relacionado aos dados de 2006, disponibilizados pelo site da Copasa. Conforme a
seguir na tabela 12 do item 4.2:
Tabela 12: Dados de tarifas baseados do ano de 2006.

Água Esgoto
Dados baseados em 2006 Vlr Vlr
Mínimo: Mínimo:
Faixa
em
1000 R$ R$
Fixa lts Vlr a cada 1000lts Vlr a cada 1000lts 13,11 11,79
R$ R$ R$
0-5 5 R$ - - - -
R$ R$ R$
> 6 - 10 4 R$ 0,41 0,37 1,66 1,49
R$ R$ R$
> 10 - 15 5 R$ 2,85 2,56 14,24 12,81
R$ R$ R$
> 15 - 20 11 R$ 2,86 2,58 31,50 28,35
Total em R$ R$
1000 lts: 25 Subtotais: 60,50 54,44
R$
*Tributos já inclusos Total: 114,95
Fonte: Copasa, 2006.

Atualizando os mesmos dados para a realidade de outubro de 2021, através de dos


resultados obtidos em uma conta física da Copasa. Calculou-se com a mesma média estudada
de 25.000 (Vinte cinco mil) litros por mês, obteve-se o valor de R$ 237,50 (Duzentos e trinta e
sete reais, e cinquenta centavos), conforme apresenta na tabela 13 do item 4.2 abaixo:

22
Tabela 13: Dados de tarifas baseados no ano de 2021.

Água Esgoto
Dados baseados em outubro/2021 Vlr Vlr
Mínimo: Mínimo:
Faixa em Vlr a cada Vlr a cada R$ R$
Fixa 1000 lts 1000lts 1000lts 17,61 13,03
R$ R$ R$ R$
0A5 5 1,82 1,35 9,10 6,75
R$ R$ R$ R$
5 A 10 5 3,89 2,88 19,43 14,38
R$ R$ R$ R$
10 A 15 15 6,02 4,46 90,35 66,86
Total em 1000 R$ R$
lts: 25 Subtotais: 136,49 101,02
R$
*Tributos já inclusos Total: 237,50
Fonte: Copasa, 2021.

Foi tirado uma foto em outubro de 2021 referente a conta de água da Copasa. O objetivo
foi realizar um comparativo dos valores anteriores para a conta com os dados atuais. Conforme
apresenta a figura 08 do item 4.2.
Figura 08: Novos valores e faixas de enquadramento da Copasa.

Fonte: Conta física da Copasa, outubro 2021.


Aderindo ao sistema de capitação pluvial, considerando que o aproveitamento da água
da chuva seja uma média de 3.000 litros por mês, a conta terá um desconto em seu faturamento
(2021) de R$ 30,64 (Trinta reais, e sessenta e quatro centavos).
23
Tabela 14: Dados de tarifas baseados em outubro de 2021.

Água Esgoto
Dados baseados em Outubro/2021 Vlr Vlr
Mínimo: Mínimo:
Faixa em Vlr a cada Vlr a cada R$ R$
Fixa 1000 lts 1000lts 1000lts 17,61 13,03
R$ R$ R$ R$
0A5 5 1,82 1,35 9,10 6,75
R$ R$ R$ R$
5 A 10 5 3,89 2,88 19,43 14,38
R$ R$ R$ R$
10 A 15 12 6,02 4,46 72,28 53,48
Total em 1000 R$ R$
lts: 22 Subtotais: 118,42 87,64
R$
*Tributos já inclusos Total: 206,06
Fonte: Copasa, 2021.

A tabela 15 do item 4.2 apresenta o cálculo do volume anual e médio mensal em litros.
Pode-se observar a área de 101,44m², o coeficiente de 0,95 adotado de acordo rugosidade do
material e a precipitação média obtido pela estação ANA (Agencia Nacional das Águas e
Saneamentos) citada anteriormente na tabela 05 do item 3.2.
É interessando ressaltar que a precipitação média é de janeiro a dezembro dos anos de
2014 até 2018.
Tabela 15: Cálculo capacidade de água de chuva

Precipitação Área Coeficiente Volume mensal


Mês
média(mm) (m²) de Runoff (L)
Janeiro 217,9 101,44 0,95 20.998,59
Fevereiro 137,26 101,44 0,95 13.227,47
Março 178,35 101,44 0,95 17.187,23
Abril 83,04 101,44 0,95 8.002,40
24
Maio 70,52 101,44 0,95 6.795,87
Junho 43,82 101,44 0,95 4.222,85
Julho 9,95 101,44 0,95 958,86
Agosto 14,83 101,44 0,95 1.429,14
Setembro 61,85 101,44 0,95 5.960,36
Outubro 93,6 101,44 0,95 9.020,04
Novembro 166,45 101,44 0,95 16.040,45
Dezembro 162,25 101,44 0,95 15.635,71
Volume anual (L) 119.478,97
Volume Médio mensal
(L) 9.956,58
Fonte: Autoria própria, 2021.

Segundo os dados coletados para a capacidade de água captada não potável, tem-se o
volume da média mensal aproximadamente de 9.956,58 litros para o empreendimento.

4.2 Viabilidade do empreendimento


Segundo os cálculos realizados pode-se afirmar que a captação da edificação
residencial, é um sistema viável, devido a sustentabilidade e os resultados significativo de
economia. O sistema possui capacidade de água suficiente para a implantação de um sistema
de coleta de água pluvial e reaproveitamento da água para fins não potáveis.
Comparando-se o consumo mensal estimado de 3.114,28 litros com a média mensal
provável coletada de 9.956,58 litros é correto afirmar a viabilidade do projeto, sendo possível
suprir as demandas necessárias do volume da residência.
No decorrer da chuva, entre os meses de novembro a março, é possível uma captação de água
da chuva bem maior que a demanda residencial, porém nos meses de junho a agosto onde há
bem mais estiagem, a precipitação é menor, podendo assim atingir o volume do reservatório e
por consequência a aplicabilidade do sistema. Para evitar que isso aconteça é necessário realizar
uma análise quantitativa e a determinação dos cálculos para que seja compensado o déficit de
precipitação em tempos de seca.
Nos períodos da estação chuvosa deve-se realizar o cálculo do volume a ser armazenado,
levando em consideração as especificações dimensionais do reservatório e capacidade de
armazenamento das demandas nos períodos mais intensos de precipitação, mais o volume

25
agravado, até que retorne o período de estiagem, onde volume será reduzido, até retornar ao
período chuvoso.
Tendo por base todas as variáveis solicitadas pela formula de Manning-Strickler,
obteve-se as dimensões da calha para a residência sendo 14,50cm de largura e 12cm de altura,
incluindo as bordas de segurança evitando um possível transbordamento conforme o cálculo. A
instalação do material será adotada em 0,5% seguindo a normatização e o material que pode ser
utilizada para a calha é o aço galvanizado.

4.2.1 Prazo de retorno do investimento


A edificação residencial consome atualmente 3,11 m³ de água potável no mês, em
atividades em que, se é possível o aproveitamento da água de chuva. Conforme tarifas da
COPASA, o abastecimento e tratamento da água é de R$ 26,30 por metro cúbico de água, o que
gera em média um gasto mensal de R$81,80. Com a implantação do sistema, que visa o
aproveitamento das águas pluviais apenas para jardinagem, áreas comum e limpeza da
residência que somados demandam mensalmente 12,09 m³ de água, será possível reduzir por
mês aproximadamente R$317,96. Efetuando uma comparação dos dados de custo estimado de
implantação do sistema e da economia gerada nessa implantação, chegou-se no tempo
aproximado de retorno do investimento no valor de 3,88, sendo aproximadamente 3 anos e 10
meses. Portanto o sistema permite uma economia viável a longo prazo.

5. CONCLUSÃO
A água vista de um bem mineral torna-se limitante para o crescimento econômico,
mesmo nos países e regiões onde é um recurso abundante. A má gestão compromete
diretamente a qualidade e o abastecimento na sociedade. A escassez não prove apenas nas
regiões áridas. Em muitos países e regiões com enormes disponibilidades dos recursos hídricos
podem sofrer por demandas superabundante, podendo tornassem vítimas de conflitos e
limitações de consumo. Sendo assim é essencial a busca ideologias tecnológicas de um sistema
sustentável ou meios para obter fontes de água.
Levando em consideração os benefícios sociais, ambientais e econômicos que o sistema
de aproveitamento da água da pluvial oferece, mas é preciso a conscientização de que não é
apenas um investimento individual e sim uma contribuição ao meio ambiente e para as futuras
gerações. Percebe-se que no munícipio de Pouso Alegre há pouca demanda pelo sistema de
captação pluvial, mas alguns clientes já têm procurado esse tipo de reaproveitamento para os

26
profissionais da área.
No decorrer deste trabalho, foi possível por meio do projeto a verificação dos fatores
que tornam viável a implementação desse sistema, tendo em mente a boa captação da área do
telhado de cobertura permite, a disponibilidade de espaços para instalação dos componentes do
sistema e o estudo elaborado dos dados históricos da região, o que permite uma excelente
capacidade de coleta hídrica pluvial no empreendimento apta para atender as necessidade de
demanda para fins não potáveis que foram proposto.
Conclui-se que o projeto, por meio das inúmeras condições positivas e benefícios
socioeconômicos e ambientais que o sistema possibilita as condições favoráveis para a
residência, sendo totalmente viável, de acordo com os dimensionamentos e resultados
apresentados no sistema de aproveitamento de água pluvial. As metas do trabalho foram
alcançadas com resultados satisfatórios, e ainda, com um custo financeiro acessível de ser
implantado, tendo como um curto prazo de retorno de investimento. O projeto foi consultado
pelos autores renomeados no quesito hidráulica como Azevedo Neto e Tomaz Plinio, o que
esclareceu analisar e aplicar critérios para a eficiência dos cálculos. Ressalta-se que foram
respeitados os padrões normativos para as etapas da elaboração do projeto e a utilização dos
componentes para o sistema. É de suma importância para este trabalho a necessidade de um
projeto de fundação para a locação do reservatório inferior, acrescentando o complemento do
projeto. E que os conceitos envolvidos de engenharia na proposta levam o bom senso para um
futuro melhor seguindo as condições de um sistema natural.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANA (Agência Nacional de Águas). DOMINGUES, Antônio; Fatos e Tendências -


Água, Brasil 2009. Disponível em:
<http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/publicacoes/fatosetendencias/edicao_2.pdf> Acesso em
23 outubro, 2021.
CLAUDINO, Pedro Henrique; MELO, Felipe Pereira. ANÁLISE DE
VIABILIDADE: sistema de captação e aproveitamento de água pluvial em condomínio
residencial na cidade de Varginha-MG. -, 2019.
DIAS, Isabelly Cícera Souza et al. Estudo da viabilidade técnica, econômica e social
do aproveitamento de água de chuva em residências na cidade de João Pessoa. Trabalho
de conclusão do programa de pós-graduação em engenharia urbana e ambiental da Universidade
Federal da Paraíba, 2007.
27
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente - RESOLUÇÃO 357 Disponível
em: Acesso em: 20 out 2015.
COPASA (Companhia de saneamentos de minas gerares). Distribuição das unidades
consumidas. Categoria Residencial Tarifa, Brasil disponível em
<http://mzweb.com.br/copasa/web/arquivos/COPASA_SPCM_17102006_port.pdf> Acesso
em 23 outubro, 2021.
GONÇALVES, R. F. Conservação de água e energia em sistemas prediais e
públicos de abastecimento de água.Rio de Janeiro: ABES. v.5. 352 p. 2009.
MARINOSKI, A. K. Aproveitamento de água pluvial para fins não potáveis em
instituição de ensino: estudo de caso em Florianópolis –SC.Trabalho de conclusão de curso.
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.
MAY, S. Estudo da Viabilidade do Aproveitamento de Água de Chuva para
Consumo Não Potável em Edificações. Dissertação (Mestrado). Curso de Pós-Graduação em
Engenharia da Construção Civil, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2004.
NBR 10.844: instalações prediais de águas pluviais: procedimento. Rio de Janeiro:
ABNT, 1989. Dez
NBR 5626: instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT, 1998. Set.
NETTO, Azevedo et al. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blücher, 1998.
OLIVEIRA, Sulayre Mengotti. Aproveitamento da água da chuva e reuso de água
em residências unifamiliares: estudo de caso em Palhoça-SC. Trabalho de conclusão do
curso de graduação em engenharia civil da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, 2005.
RODRIGUES, J. C. M. R. Sistema de aproveitamento de águas pluviais:
Dimensionamento e aspectos construtivos. Dissertação (Mestrado). Faculdade de
Engenharia: Universidade do Porto, 2010.
SILVA, Valquíria Januário da. PROPOSTA DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO
DE ÁGUAS PLUVIAIS NO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS. CAMPUS II. UFPB.
2018.
TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de Água de Chuva: aproveitamento de água de
chuva para áreas urbanas e fins não potáveis, 2 ed. São Paulo: Navegar, 2003.

TOMAZ, Plínio. Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras, 2 ed. São Paulo:
Navegar, 2011.

28

Você também pode gostar