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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA


UMUARAMA/PR

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA


CHUVA, EM UMA INDÚSTRIA, PARA USO EM LAVAGEM DA FROTA
VEICULAR

Igor Corteze, igor.182613@edu.unipar.br1


Jackson Simioni Backes, jackson.b@edu.unipar.br2
Alexandre de Castro Salvestro, alexandrecastro@prof.unipar.br3

Resumo: Diante do cenário atual, onde os períodos de falta de água são cada vez maiores, o
dimensionamento de um sistema de captação é um dos meios para amenizar este problema. Com
isso, este projeto trata-se de um dimensionamento de um sistema de captação de água pluvial, para
uma empresa láctea, no município de Santa Helena – PR. Com o objetivo de reutilizar essa água
captada para a lavagem da sua frota veicular. O mesmo foi realizado com o intuito de preservar o
meio ambiente e diminuir, consideravelmente, as tarifas em relação ao consumo de água. Todas as
pesquisas e cálculos, foram baseadas em fontes atualizadas. Nesse aspecto para uma área útil de
telhado de 1321,28 m² foi dimensionando um sistema de captação com uma capacidade de vazão de
3,849 m³/min, para tal, foi encontrado tubulações de escoamento que atendem a determinada vazão,
e escolhido filtros para purificação da água na capacidade dimensionada, uma vez que, para a
lavagem veicular dessa frota é necessário água potável, foi verificada a viabilidade econômica do
sistema no período de 3 anos e 3 meses, obetendo uma economia anual de R$16.982,36 (dezesseis
mil novecentos e oitenta e dois reais e trinta e seis centavos)/ano.

Palavras-chave: Água, Captação, Dimensionamento.

1. INTRODUÇÃO

A demanda por água de qualidade está cada vez maior, e cada vez mais frequente em nosso
planeta, devido ao aumento exponencial da população, ao elevado nível de poluição e contaminação
provocada pelas indústrias, e até mesmo por falta de informação da população, que por sinal, faz mau
uso da mesma, assim, podendo levar a sérios problemas de abastecimento em um futuro bem próximo
(SANTOS et al., 2015).
O Brasil é um dos países com maior concentração de água potável do planeta, por ter grande
quantidade de rios e reservatórios com uma produção hídrica de 177.900 m 3 s-1 e mais 74.100 m3 s-1,
concentrados na Amazônia. Por isso, representa 53% de toda a água do continente Sul-Americano,
(334 mil m3 s-1) e 12% do total de todo o planeta (1.488 milhões de m3 s-1) (SANTOS et al., 2015).
A captação da água da chuva despertou grande interesse nos centros urbanos, pois, com ela, pode-
se atingir uma considerável economia nos gastos por água. Algumas cidades ainda sofrem com a
carência de saneamento básico, e isso, de certa forma, diminuirá o volume das enchentes provocadas
pela grande concentração de chuva local (ZANELLA, 2015).
Porém, esse assunto é considerado relativamente simples, por grande parte da população. Muitas
vezes, é visto como um projeto de fácil aplicação, mas nem sempre é assim, tudo depende da
dimensão do projeto, os objetivos que se deseja alcançar e qual será o custo do mesmo. Para isso, é
necessário ter profissionais capacitados, que possam realizar esta tarefa com êxito, mas, por conta
desse equívoco da população, nem sempre se alcança um resultado esperado (ZANELLA, 2015).
Dessa forma, grandes atividades que consomem água não potável, podem ser empregadas com o
uso de captação de água dos telhados das residências ou empresas, onde, por meio de um projeto, faz-
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se a instalação de calhas de captação da água, que será escoada para um reservatório e, através de
uma bomba, irá disponibilizar a água para uso.
Preocupado com a preservação dos recursos hídricos, no que tange, principalmente, ao uso de
água potável em atividades não essenciais e, aliado ao que diz Zanella (2015), este trabalho tem como
intuito, amenizar desperdícios de água e projetar um sistema que pretende trazer, tanto viabilidade
técnica, quanto econômica, ao estudar um sistema de captação de água para ser reutilizada na lavagem
de caminhões em uma grande indústria no município de Santa Helena- PR.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Recursos Hídricos

Um dos desafios principais na atualidade, é a demanda por água de boa qualidade, devido ao
aumento da população global, o mau uso e a contaminação das fontes hídricas, que poderá gerar
problemas futuros na produção de alimentos, pois muitos países utilizam da irrigação para a produção
dos alimentos no meio agrícola e também nas indústrias, as quais usam a água para a maior parte de
sua produção (BRITO et al., 2015).
Atualmente, o planeta Terra tem sua área coberta por dois terços de água, sendo assim, do total
de 510 milhões Km2, a água ocupa 360 milhões Km2 e, apesar dessa enorme quantidade de água,
apenas 2% é composta por água doce, os outros 98% são águas salgadas, onde 68,9% estão em
geleiras, outros 29,9% estão em reservatórios subterrâneos e 1,2% em lagos e rios (GOMES;
BARBIERI, 2004).
O Brasil possui 12% das reservas de água doce do planeta, detendo 53% dos recursos hídricos da
América do Sul. A maior parte das fronteiras do País é definida por rios, além de bacias hidrográficas
e de aquíferos. As bacias de rios transnacionais ocupam 60% do território brasileiro (ITAMARATY,
2020).
No cenário global, o Brasil se destaca por possuir um território superficial de produção hídrica de
168.790 m3s-1, se considerarmos a bacia amazônica, chega-se a 257.790m3s -1 (GOMES; BARBIERI,
2004). Contudo, preservar essa fonte hídrica, com margens à sua potabilidade, é essencial, no que se
refere ao aumento da população.
Conforme a conferência internacional, realizada sobre água doce, em Bonn (2001), apresentou-se
um diagnóstico constando que, cerca de 4 milhões de crianças morrem todos os anos por doenças
causadas pelo uso de água não potável, outras 1,2 bilhão de pessoas sobrevivem em condições sem
acesso à água potável, e aproximadamente 2,5 bilhões não possuem saneamento básico (GOMES;
BARBIERI, 2004).

2.2. Aproveitamento de Águas Pluviais

As necessidades hídricas submeteram o homem a elaborar tecnologias para captar e acumular


água, em regiões áridas e em semiáridas. Esse fator vem dos tempos mais antigos, porém os modelos
atuais, desta gestão hídrica, usam o aproveitamento de água, não apenas para abastecer a população
que vive nessa região, mas também para contenção de mitigação de risco e estratégia para sua
conservação (FILHO et al., 2007).
A água captada e acumulada da chuva serve para vários fins: agrícolas, industriais e residenciais.
No setor agrícola, pode ser implantada para irrigação das plantações, já que o consumo para essa
atividade é grande. Nas indústrias, pode ser utilizada para suas operações do dia a dia, como lavagem
de seus maquinários, lavanderia, abastecimento de caldeiras, entre outros. Em residências, pode ser
utilizada em quase todas as tarefas exercidas na casa, como descarga de vasos, lavagem de roupas e
de automóveis, e sistema de incêndios (FAVRETTO, 2016).

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Há vários fatores positivos nos sistemas de reaproveitamento de água, o mesmo consiste em


reduzir o consumo de água potável, fornecido por companhias de abastecimento, para fins não
potáveis, obtendo uma redução na tarifa de água, bem como, diminuir os riscos de enchentes e a falta
de água em épocas de estiagem (FAVRETTO, 2016).

2.3. Qualidade da Água Pluvial

A captação de água não potável (usada para afazeres e não consumo) não requer tanta diligência
de tratamentos para sua purificação, por mais que, até certo grau de filtragem seja necessário.
Chamado de tratamento simples, nesse processo é usado sedimentação natural simples, filtração e
coloração. Devido a esse processo, o tratamento pluvial e seu uso dependem da qualidade da água
coletada, e para o uso humano, é necessário certo cuidado, a mais, em seu tratamento (FAVRETTO,
2016).
Para que ocorra a captação da água com segurança, são utilizados materiais, como: superfícies de
concreto cerâmicas, policarbonatos, telhas galvanizadas, pintadas e esmaltadas com tintas não
tóxicas. Já as calhas, também precisam de materiais totalmente seguros, como materiais inertes (PVC
ou outros tipos de plásticos), todo esse cuidado com esses materiais, são para que, no momento em
que a captação está sendo feita não empurre resíduos para o tanque de reservatório (MARINOSKI,
2007).

2.4. Sistema de captação de água de chuva

Há vários modelos de sistemas para captação da água, podendo ser mais complexos ou mais
simples, onde cada um irá utilizar componentes e materiais diferentes. Os sistemas complexos são
utilizados para instalações de grande porte, que irão necessitar de uma assistência profissional, um
investimento maior e um espaço mais amplo para instalação dos reservatórios, e a conexão dos
mesmos para armazenagem de grandes volumes de água, em comparação aos sistemas mais simples,
que são compostos apenas por tubulações, condutores e reservatórios para água (FAVRETTO, 2016).
A captação da água da chuva pode ser feita por meio de telhados, varandas e coberturas
(WEIERBACHER, 2008).

2.5. Viabilidade econômico-financeira

A captação de água da chuva é uma forma de diminuir os custos mensais e também de poupar a
água potável, usada diariamente em residências e indústrias (ZANELLA, 2015).
Uma das maneiras que pode ser utilizada, para analisar a viabilidade econômica da instalação do
sistema, é realizando uma comparação entre o valor retornável, a partir do momento da instalação,
até o momento de cobrir os custos e materiais utilizados na instalação, para averiguar se os valores
gastos seriam menores que os anteriores, gastos em faturas de água, fazendo assim, a substituição
parcial da água fornecida pela companhia (ZANELLA, 2015).

2.6. Viabilidade técnica

Muitos dos elementos que compõem um sistema de captação de água, não estão presentes em
casas do cotidiano, com isso deixando à escolha do projetista, definir os materiais necessários, não
constituintes do sistema atual, encontrado nas edificações (ZANELLA, 2015).
O projetista terá que definir o local da instalação, conforme a disponibilidade do local de
instalação, e o valor fornecido para o projeto, muitos dos obstáculos encontrados no meio do caminho,
que poderão intervir no projeto, como por exemplo, a realocação das novas tubulações em vista da
disposição das antigas instalações (ZANELLA, 2015).

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3. METODOLOGIA

3.1. Levantamento dos dados da Indústria

Os dados levantados para o projeto pertencem à Indústria LAR, do município de Santa Helena –
PR. Em razão da distância da empresa e as causas circunstanciais do momento vivido, foi efetuado o
contato com o gerente da empresa, via e-mail e telefone, para coletar as informações necessárias para
o projeto, sendo que alguns dados já haviam sido apresentados informalmente.

3.2. Área de captação

A área selecionada trata-se do escritório da indústria. A cobertura da instalação é composta por


telhas de cerâmica, constituída por seis quedas de água, onde foi realizada a instalação das calhas,
que são direcionadas para uma tubulação, que leva ao reservatório.

3.3. Consumo médio mensal

No atual momento, a água é utilizada para todos os fins possíveis dentro da empresa, tanto para o
consumo, quanto para lavagem da frota e outros fins. Mas, o principal índice de consumo se dá com
a lavagem da frota veicular, que é realizada várias vezes por dia, devido as normas da empresa e a
higienização dos mesmos. Para o consumo médio mensal, foi feito uma planilha com os gastos
mensais, por meio do programa Excel, e calculado a média mensal.

3.4. Dimensionamento do sistema de captação

Para o dimensionamento do sistema de captação, foi necessário seguir a ordem que se estabelece,
devido as variáveis envoltas no processo. Segue:

3.4.1. Intensidade pluviométrica

Para se calcular a intensidade pluviométrica, foi utilizada a equação IDF, proposta por Tucci
(2004), onde:

K∗Ta
I = (t+b)c (1)

Sendo:
I= intensidade máxima média de precipitação (mm/h);
T= período de retorno (anos);
t= duração da precipitação (min.);
K= a, b, c parâmetros obtidos no programa plúvio 2.1.

3.4.2. Vazão de Água

Para calcular a vazão de água foi utilizada a norma ABNT NBR 10844/89, Instalações prediais
de águas pluviais, a qual apresenta a seguinte relação:
I∗A
Q= (2)
60

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Sendo:
Q= vazão do projeto (L/min);
I= intensidade pluviométrica (mm/h);
A= área de contribuição (m2).

Para dimensionar a área de contribuição, levou-se em consideração a figura 1, que segue:

Figura 1. Área de contribuição


Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 5).

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3.4.3. Dimensionamento das calhas

Para realizar o dimensionamento das calhas foi adotado o material PVC, que é o modelo
apresentado no item 4 da figura 2.

Figura 2. Tipos de calhas


Fonte: Calhas bom tempo (2015).

Para dimensionar as calhas, também foi utilizada a equação de Manning, conforme ABNT NBR
10844/89:

A 2
Q = 60.000 ∗ (n ) ∗ RH 3 ∗ S ½ (3)

Sendo:
Q= vazão do projeto (L/min);
A= área da seção molhada (m2);
P= perímetro molhado (m);
RH= A/P = raio hidráulico (m);
n= coeficiente de rugosidade de Manning;
S= declividade (m/m).

O coeficiente de rugosidade depende diretamente do material da calha e tubulações escolhidos,


portanto, tem-se, conforme a tabela 1, a rugosidade dos materiais.

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Tabela 1. Coeficientes de rugosidade.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 6)

Para o projeto, determinou-se a instalação da calha composta por plástico, para tal, foi utilizada a
tabela 2 para escolher o diâmetro da calha, onde levou-se em conta a vazão de água, o coeficiente de
rugosidade e uma inclinação de 2,0%, seguindo os parâmetros ABNT NBR 10844/89.
Tabela 2. Capacidades de calhas semicirculares com coeficientes de rugosidade n = 0,011 (Vazão em L/min ).

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 6)

Seguindo a normativa, se na saída ocorre-se mudança de direção a uma distância menor que 4
metros, deveria multiplicar a vazão do projeto pelos coeficientes da tabela 3.

Tabela 3. Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 6)

3.4.4. Dimensionamento de condutores verticais

Os condutores verticais são encanamentos utilizados para transportar a água coletada pela calha
até as tubulações horizontais. O número de condutores pode variar conforme a necessidade de vazão
de água, a seguir apresenta-se a figura 3 como modelo a ser adotado no sistema de dimensionado do
projeto.

Figura 3. Condutor vertical


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).
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Por conta disso, algumas recomendações da ABNT NBR 10844/89 foram adotadas, por exemplo,
a que determina que os condutores verticais devem ser projetados no mesmo plumo, onde o diâmetro
interno da tubulação precisa ser igual ou superior a 70 mm.

3.4.5. Dimensionamento de Curvas

Caso houvesse a necessidade de efetuar um desvio nos condutores, deveriam ser utilizadas curvas
de 90° longo ou 45° representada na figura 4, conforme a ABNT NBR 10844/89.

Figura 4. Curva 90° longa e 45°


Fonte: Leroymerlin (2020).

3.4.6. Dimensionamento Ábacos

O Ábaco é utilizado na transferência da água da calha para o condutor vertical, podendo haver
dois modelos: Ábaco saída tipo aresta viva e funil (Figura 5).

Figura 5. Ábaco saída tipo aresta viva e funil


Fonte: Gnipper (2013).

Para se definir o tipo de saída, sendo elas, tipo funil ou de aresta viva, foi realizado o seguinte
procedimento da tabela 4 e 5 da ABNT NBR 10844/89:

Levantar uma vertical por vazão (Q) até interceptar as curvas de H altura da
lâmina de água na calha (mm) e L comprimento do condutor vertical (m)
correspondente. No caso de não haver curvas dos valores de H e L, interpolar
entre as curvas existentes. Transportar a interseção mais alta até o eixo D.
Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou igual ao
valor encontrado (NBR 10844, 1989, p. 7).
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Tabela 4. Ábaco saída tipo aresta viva.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 8)

Tabela 5. Ábaco saída tipo funil.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 8)

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3.4.7. Ralos/ Grelhas

Caso houvesse a necessidade, os ralos seriam utilizados. Seu objetivo é impedir a passagem de
folhas e outros objetos para dentro das tubulações que drenam a água para o reservatório, com o
intuito de impedir obstruções nas tubulações, os ralos são instalados sobre os Ábacos na calha,
podendo ter o formato de “abacaxi” (GNIPPER, 2013).

Figura 6. Ralo/ grelha tipo “abacaxi”


Fonte: Gnipper (2013).

3.4.8. Dimensionamento de condutores horizontais

Os condutores horizontais são parecidos com as calhas, porém, eles têm sua secção totalmente
fechada, onde ficam responsáveis por escoar a água até a cisterna de limpeza. É recomendado,
conforme a ABNT NBR 10844/89, que a tubulação tenha um declive mínimo de 0,5%, e a altura da
água deve ser considerada 2/3 do diâmetro interno do tubo, tubulações aparentes a cada 20 metros,
ou caso enterradas, é recomendado a instalação de caixas de areia para manutenções que possam
ocorrer, as conexões deverão ser sempre de raios longos entre os conectores.

Figura 7. Condutores horizontais com caixa de areia


Fonte: Total Construções (2020).

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Para determinar o diâmetro da tubulação, levou-se em conta a rugosidade do material, o declive


da tubulação e a vazão do fluido. Com esses dados estabelecidos na projeção, foi possivel, a partir da
tabela 6, determinar a tubulação horizontal conforme a ABNT NBR 10844/89.

Tabela 6. Capacidade de condutores horizontais de seção circular (vazões em L/min.).

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 10844 (1989, p. 9)

3.4.9. Qualidade da Água

Por se tratar de uma frota veicular, que transporta mantimentos alimentícios, foi repassado pelo
gerente da indústria, a necessidade de que a água seja potável para a lavagem dos caminhões, porém
como utilizado o método simples de captação, sem um tratamento na água, ela não poderá ser utilizada
para esse fim, sendo assim foi sugerido a utilização de filtros ou adição de cloro no reservatório de
água.

3.4.10. Dimensionamento do Filtro

Assim como os ralos, o filtro tem o papel essencial de tirar as impurezas da água. Diferente dos
ralos que removem as partículas maiores, pode-se ter a opção da escolha de dois tipos de filtros, onde
tem-se, o que apenas fará a remoção das partículas e o outro que torna a água potável para consumo
(HIRT; SANTOS, 2011).
O tamanho do filtro é determinado pela área de coleta e vazão do sistema, no mercado atualmente
existem vários modelos, conforme figura 8 e 9 a seguir.

Figura 8. Filtro ciclo Vf1 Acquasave Figura 9. Filtro Clorador Tecnotri


Fonte: Mercado Livre (2020). Fonte: Mercado Livre (2020).
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3.4.11. Dimensionamento de reservatório

Segundo Favretto (2016), reservatórios são itens essenciais, que ficará responsável por armazenar
a água coletada durante a chuva, para que seja disponibilizada para uso no decorrer do tempo. O
modelo utilizado dependeu da vazão de água coletada no sistema, seguindo conforme a figura 10,
uma exemplificação de modelos de reservatório.

Figura 10. Linha de Reservatórios


Fonte: Polyvin (2020).

O método escolhido foi o método de Azevedo Neto presente na ABNT NBR 15527/07, conforme
equação:

v = 0,042 ∗ P ∗ A ∗ T (4)

Sendo:
V= volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório;
P= precipitação média anual (mm);
T= número de meses de pouca chuva ou seca;
A= área de coleta (m2).

3.5. Orçamento para Implantação do Sistema

Um dos principais pontos para esse projeto é a questão do orçamento, foi feita toda uma pesquisa
dos materiais utilizados no projeto, que tenha o melhor custo benefício, mas que também tenha uma
boa qualidade.

3.6. Viabilidade Técnica

Foi realizado um levantamento de dados com os gastos, antes e após a instalação, procurando
definir o tempo necessário, para que haja o retorno do valor investido no projeto e os pontos positivos
gerados pela implementação do sistema, sendo assim calculado o VPL (valor presente líquido), TIR
(taxa interna de retorno) e o Tempo de Payback (ASSAF-NETO, 1992).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Área de Captação

A área do telhado que será utilizado para captação, cobre uma área total de 1014 m². O telhado é
dividido em seis quedas d'água, conforme a figura 11.

Figura 11. Área de Locação da Indústria Lar


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

Tem-se duas quedas (1 e 2) de 6 m x 45 m, duas quedas (3 e 4) de 2,40 m x 45 m e duas quedas


(5 e 6) de 3 m x 43 m. Ambas as quedas possuem uma inclinação de 36%.
Utilizando o método de Bohn (2001), conforme apresentado na metodologia, obteve-se uma área
de contribuição de 1301,28 m².

4.2 Consumo médio na Indústria Lar

As tarifas de água referentes ao ano de 2019 fornecidas pela Indústria Lar, estão expressas na
tabela 7.

Tabela 7. Tarifas de Água da Indústria Lar.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)


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Calculando a média mensal de água em m³, obtém-se um consumo médio de 180,16 m³, e o custo
gerado anualmente de R$18.982,36. Com isso, será possível realizar uma comparação ao término do
dimensionamento do sistema de captação, para definir quanto tempo será necessário para viabilizar
o sistema de captação e gerar economia.

4.3 Cálculos para Dimensionamento do Sistema de Captação

4.3.1. Intensidade Pluviométrica na cidade de Santa Helena – PR

Diante das variáveis obtidas pelo software Plúvio 2.1, (K=2886,428; a=0,124; b=25,997;
c=0,927), juntamente com a equação 1 definida por cálculo de IDF, utilizando um período retorno de
25 anos, com uma duração da precipitação de 5 minutos, determinou-se a intensidade pluviométrica
para a região de Santa Helena-PR de:

I = 178,34 mm/h

4.3.2. Vazão calha/ Telhado

Para a captação, a vazão das calhas divide-se em relação aos seis telhados, sendo uma calha para
o telhado 1, uma calha para o telhado 2 e 3, uma calha para o telhado 4 e 5 e uma calha para o telhado
6. Os cálculos da vazão, conforme ABNT NBR 10844/89, leva em consideração a intensidade
pluviométrica e a área real de captação, consistindo a seguir a tabela 8.

Tabela 8. Vazão de projeto/ Vazão da calha.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

Observando os valores de vazão de projeto, nota-se que o telhado 2 e 3, compartilham a mesma


vazão, somando um total de 1412,3 L/min, assim como os telhados 4 e 5, que compartilham a soma
total de 968,7 L/min.
Estimando as vazões dos telhados, obteve-se o diâmetro para calha semicircular, onde constatou-
se que a calha que melhor atenderá a vazão de projeto será:

Tabela 9. Diâmetro calha/ Inclinação.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

Observando a tabela e seguindo, a metodologia proposta tem-se para o telhado 1, uma calha de
200mm com 1,0% de inclinação, para o telhado 2 e 3, uma calha de 200mm e 2% de inclinação, para
o telhado 4 e 5, uma calha de 200mm com 1,0% de inclinação, e para o telhado 6, uma calha de
150mm e com 1,0% de inclinação.

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4.3.3. Dimensionamento de Condutores Verticais e Ábacos

De acordo com o procedimento, encontrou-se os seguintes resultados:


Tabela 10. Diâmetro Condutor Vertical/Ábaco.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

Contudo, utilizou-se quatro condutores verticais e ábacos tipo funil, e dois redutores para conexão
calha/condutor. Para o primeiro condutor vertical e ábaco, foi utilizado a projeção de chuva na calha
1, onde teve-se uma vazão de 946,9 L/min, sendo utilizado um condutor com diâmetro de 150mm.
Para a vazão na calha 2, que será de 1412,4 L/min, utilizará um condutor com diâmetro 200mm.
Para a vazão na calha 3, que é de 968,7 L/min, utilizará um condutor com diâmetro de 150mm e a
calha 4 que possui uma vazão de 521 L/min, utilizará um condutor com diâmetro de 150mm.

4.3.4. Dimensionamento de Condutores Horizontais

Utilizou-se quatro condutores horizontais e três redutores para conexão condutor/filtro. O


diâmetro e inclinação dos condutores foram definidos de acordo com a vazão de projeto, com isso o
condutor que atenderá a calha 1 será de 150mm e 2,0% de inclinação. Para a calha 2, será um condutor
de 200mm e 2,0% de inclinação. Para calha 3, utilizou-se um condutor de 150mm e 2,0% de
inclinação e para a calha 4, um condutor de 150mm e 2,0% de inclinação, conforme tabela 11.
Tabela 11. Diâmetro Condutor Horizontal, Calha/ Filtro.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

A saída do primeiro filtro, que irá para o reservatório, utilizou-se um condutor horizontal de 200
mm e inclinação de 2,0%. Para o segundo filtro, que levará a água até o reservatório, utilizou-se
um condutor horizontal de 200mm e inclinação de 2,0%, conforme a tabela. Para que ocorra
interligação dos reservatórios, utilizou-se um condutor horizontal enterrado de 200mm, como o
reservatório 1 para 2, as especificações seguem na tabela 12.
Tabela 12. Diâmetro Condutor Horizontal, Filtro/Reservatório.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)


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4.3.5. Dimensionamento e Escolha do Filtro/ Qualidade da Água

Tendo em vista as opções de escolha de filtros, tem-se o que realiza apenas remoção das partículas,
e o outro que realiza a cloração da água para consumo potável. Feita uma análise de mercado, definiu-
se que o filtro a ser adotado será o que removerá apenas as partículas, devido ao sistema gerar um
alto volume de água, não foi possível encontrar um filtro capaz de tornar a água potável, apenas na
filtragem.
Com isso, haverá a necessidade de fazer o tratamento químico, sendo feito adição de pastilhas de
cloro, cada pastilha possui um teor de Ácido Tricloroisocianúrico ativo de 90%, onde a cada 1gr
adicionado ao reservatório, fará o tratamento de 450 litros de água, a um nível de 2 ppm, eliminando
as bactérias e organismos vivos presentes na água (GENCO, 2020).
Para os Condutores horizontais 1 e 2, obteve-se uma vazão total de 2359,3 L/min, que chegará ao
filtro. Para a mesma, utilizou-se um filtro Ciclo 3000 de acordo com a figura 12, que é capaz de
atender uma vazão de até 2708,3 L/min.

Figura 12. Filtro Ciclo 3000


Fonte: Carrara (2016).

Para os condutores horizontais 3 e 4, chegou-se a uma vazão total de 1489,7 L/min que chegará
ao filtro, assim o filtro que se utilizou foi Ciclo 2000 de acordo com a figura 13, que comporta uma
vazão máxima de 1875 L/min.

Figura 13. Filtro Ciclo 2000


Fonte: Carrara (2016).
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4.3.6. Dimensionamento Reservatório

Utilizando o método Azevedo Neto, presente na metodologia, realizou-se o cálculo do


reservatório, que levou em conta a média de meses de pouca chuva, e a quantidade de dias de chuva
por mês, em um período de 25 anos. Sendo assim, foi considerado cinco meses de pouca chuva, onde
cada mês contou com quatro dias de chuva, e o volume encontrado para o reservatório foi de:

V=48631,38 L

A quantidade de lavagens diárias é de 12 caminhões, e utiliza-se, em média, de 400 a 600 litros


de água por Lavagem.
A média mensal de chuva é 178,34 mm/h, sendo escalonado em quatro chuvas mensais de 44,58
mm/h, entre um intervalo de 7 a 8 dias. O volume que poderá ser captado em cada intervalo de 7 a 8
dias será:

V=57998,58 L

A demanda necessária, durante o período de 7 a 8 dias, se dá em média a um total de:

V=45000,00 L

Com isso, o sistema necessitou de 2 reservatórios de 25,000 L cada, onde um ficará responsável
pela vazão da calha 1 e 2 e o outro da calha 3 e 4, ambos serão colocados em uma superfície de
concreto e enterrados a uma profundidade de 2 m para dar o desnível necessário em relação ao
sistema.
Nota-se que o volume a ser captado é maior que o volume do reservatório, sendo assim, foi
utilizado um extravasor para limitar o volume e desviar o excesso de água para fora dos reservatórios.
Para melhor entendimento do sistema instalado, segue as figuras 14, 15 e 16.

Figura 14. Vista Superior


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

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Figura 15. Vista Lateral


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

Figura 16. Vista Frontal


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

4.4. Orçamento para Implantação do Sistema

Relacionado a valores para a instalação do projeto, foram feitas pesquisas em algumas lojas de
materiais de construção com valores atuais, e ocasionalmente, chegou-se a uma média de valores,
tanto em mão de obra, quanto em materiais de construção. Todos esses valores estão presentes na
tabela abaixo:

Tabela 12. Orçamento.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

4.5. Viabilidade Técnica

Um sistema de captação não possui um tempo de vida útil estimado. Segundo Tomaz (2010),
recomenda-se utilizar num tempo máximo de 20 anos. Sendo assim, se o retorno de Payback for
superior a 20 anos, o sistema é inviável.
Realizou-se os cálculos para um período de 5 anos, sendo utilizado para comparação de estudo a
variação da poupança de 1,40% ao ano (BANCO DO BRASIL, 2020), obtendo os seguintes
resultados:
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Tabela 13. Resultados de Retorno.

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

O período de retorno se dá em 3,24 anos, podendo assim, ser considerado 3 anos e 3 meses, o que
significa que a partir desse tempo o sistema se tornará lucrativo para a empresa , tendo sua taxa de
lucratividade 0,12% anualmente, maior do que aplicado na poupança.
O sistema instalado poderá gerar retorno econômico para aproximademente 17 anos, se levado
em conta os 20 anos de durabilidade proposto por Tomaz (2010).

4.6. Apresentação do Projeto

Por meio dos cálculos realizados, por todo o processo de dimensionamento , segue a ilustração do
projeto concluído, conforme as figuras 17, 18, 19 e 20. A elaboração em 3D do projeto foi realizada
por meio do software SketchUp.

Figura 17. Vista Frontal


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).
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Figura 18. Vista Dimétrica


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

Figura 19. Vista Lateral


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

Figura 20. Vista Superior


Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

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5. CONCLUSÃO

Conclui-se com o projeto, que anualmente o volume de água a ser economizado é de 2163 m³,
tornando possível uma geração econômica, com despesas de água de R$18.982,36 (dezoito mil
novecentos e oitenta e dois reais e trinta e seis centavos)/ano. Descontando as despesas com
tratamento de água , o saldo líquido fica R$16.982,36 (dezesseis mil novecentos e oitenta e dois reais
e trinta e seis centavos)/ano.
Sendo assim, mesmo havendo um grande investimento inicial, o sistema ira tornar-se viável,
estando dentro do período de 20 anos de vida útil, tornando-se um ótimo investimento, tanto
financeiro, como ecologicamente correto, não acarretando prejuízos à natureza e à saúde da
população.

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DESIGN A RAINWATER CAPTURE SYSTEM IN AN INDUSTRY FOR USE


IN WASHING FLEET VEHICLES

Abstract: In the current scenario, the lack of water is increasing and designing a rainwater catchment
system is one way to minimize it. This project consists of the conception of a rainwater catchment
system for a dairy industry, in Santa Helena-PR. The aim is to reuse the water used to wash the fleet's
vehicles. The project has been carried out with the aim of maintaining the environment and reducing
water consumption tariffs. All research and calculations were based on current sources. There are
1321.28 m² of useful coverage area and a rainwater catchment system with a flow of 3,849 m³/min of
water was designed, for this purpose, drainage pipes that meet a certain flow were used, and filters
were chosen for water purification in the dimensioned capacity because drinking water is needed to
wash vehicles. The economic viability of the system was verified in 3 years and 3 months, obtaining
an annual savings of R$ 16,982.36 (sixteen thousand nine hundred and eighty-two reais and thirty-
six cents) / year

Keywords: Water, Capture, Dimensioning.

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