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Goiânia – 2017
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 01
2.0 OBJETIVOS.............................................................................................................. 04
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................. 20
1- INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVO
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
E desses 2,5 % do total de água doce 70% está armazenada nas calotas polares e 30%
está disponível nos continentes. Contudo menos que 1%, desses 30% de água dos
continentes, está acessível ao uso humano. Sem contar que a qualidade dessa água
disponível nem sempre é boa. (HAGEMANN, 2009).
Embora o aproveitamento de águas pluviais não seja um sistema que surgiu recentemente,
a sua implantação ainda é bastante restrita, seja pelo não empenho dos arquitetos em
inseri-los nos seus projetos, seja pela pouca informação do cliente, que opta por retira-lo.
Pelo que se sabe, no Brasil o primeiro sistema de aproveitamento da água de chuva foi
construído na Ilha Fernando de Noronha, pelo exército norte-americano em 1943 (PETERS,
2006 apud HAGEMANN).
O caos com relação a disponibilidade de água em Goiânia tem se intensificado, a cada ano
cada vez mais pessoas têm sido afetadas pela falta de água, que se dá nos períodos de
seca. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Cidades (Secima) entre os
anos de 2014 e 2017 os índices de chuva acumulada reduziram cerca de 25% no município de
Goiânia. Além disso, segundo estudo a previsão de chuva até novembro é de precipitações abaixo
do normal.
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Dessa forma a captação e o uso, no edifício, de águas pluviais para atividades que não
demandam água potável gera uma economia, ao captar o usar a água no mesmo lugar.
Evita-se assim os custos do transporte de longas distâncias, além de diminuir os gastos e
impactos do tratamento da mesma. Ao diminuir o uso de água potável há também um
aumento da disponibilidade hídrica, e mais, reduz-se os impactos da captação da água
fluvial e seus custos.
O clima de Goiânia é chamado de tropical semiúmido, com duas estações bem definidas,
sendo elas o verão chuvoso e o inverno seco. A temperatura média é de aproximadamente
22° C e os índices pluviométricos são de aproximadamente 1.500 mm. A cidade passa por
um período de aproximadamente 4 meses de baixo índice pluviométrico, contudo durante os
outros 8 meses há um índice entre 100 mm e 300 mm, que pode ser captado e bem
aproveitado.
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3.3 Sistema de Aproveitamento de Água da Chuva:
Para a coleta da água de chuva são necessários calhas, condutores, dispositivo para
descarte da água de lavagem do telhado e a cisterna para sua reserva conforme mostra a
Figura 3.1
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• Projeto dos sistemas complementares (grades, filtros, tubulações, etc.),
• Projeto da cisterna,
(c) Telas ou filtros para a remoção de materiais grosseiros, como folhas e galhos;
Dependendo de qual será o uso da água coletada, pode-se ainda incluir como parte de um
sistema, o tratamento da água (filtração e desinfecção).
i Captação da água
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a) telhado;
b) área impermeabilizada
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c) telhado e pátio.
ii-Tipos de Sistema:
a) No sistema de fluxo total ocorre que toda a chuva coletada pela superfície de
captação (telhado, pátio, etc.) é direcionada ao reservatório de armazenamento,
e passa antes por um filtro ou por uma tela. Quanto a água atinge o limite
máximo do reservatório, o excedente é descartado através do sistema de
drenagem. (Figura 3.5).
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(b) Sistema com derivação: Consiste instalação de uma derivação na tubulação vertical de
descida da água da chuva, e seu objetivo é descartar a primeira chuva, direcionando-a
então ao sistema de drenagem. Este sistema também recebe o nome de sistema
autolimpante (Figura 3.6). Usa-se em muitos casos instalar o filtro ou tela na derivação. A
água excede o nível máximo do reservatório é encaminhada ao sistema de drenagem.
(c) Sistema com volume adicional de retenção consiste em um sistema com um reservatório
de armazenamento capaz de armazenar um volume adicional, o que garante o suprimento
da demanda e a retenção de água o que também evita inundações. Neste sistema uma
válvula é responsável por regular a saída de água correspondente ao volume adicional de
retenção para o sistema de drenagem, quando a água atinge o limite do volume adicional
(Figura 3.7).
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(d) Sistema com infiltração no solo: o volume de água exedente do reservatório é
transferido para um sistema de infiltração no solo (Figura 3.8)
Para a utilização da água de chuva, é preciso que os edifícios tenham calhas coletoras e
condutores verticais para conduzir a água da chuva do telhado ao reservatório. O
dimensionamento adequado das calhas e condutores verticais, assim como sua instalação,
são elementos importantes a serem observados para o funcionamento de todo o sistema de
forma correta. É possível que se utilize como referência para o dimensionamento desses
componentes a NBR 10.844/89, Instalações Prediais de Águas Pluviais da ABNT.
O material das calhas e coletores de águas pluviais podem ser de PVC ou metálicos. O
sistema de coleta através da superfície do solo é melhor empregado em locais com grande
área superficial, e essas áreas devem apresentar uma pequena inclinação, para que a água
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possa escoar. Nestes tipos de sistemas é usual que sejam construídas rampas ou canais
para direcionar a água da chuva para o reservatório.
Após o descartar a primeira água da chuva algumas substâncias ainda permanecem nas
chuvas subsequentes, sendo assim, em alguns casos, faz-se necessário a utilização de
dispositivos para a eliminação dessas substâncias. Conforme o Manual da ANA/FIESP &
SindusCon (2005), para os usos não potáveis mais comuns em edifícios, são empregados
sistemas de tratamento compostos por: unidades de sedimentação simples, filtração simples
e desinfecção com cloro ou com radiação ultravioleta. Em alguns casos podem ser utilizados
sistemas mais complexos que proporcionem uma qualidade mais elevados. A qualidade da
água de chuva pode variar de acordo com o local onde a mesma é coletada, conforme
mostra a tabela 3.9.
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Após tomar conhecimento do nível de tratamento que cada uso exige, é necessário um
conhecimento das diferentes técnicas que podem ser utilizadas no tratamento e o que
resulta cada uma delas, o que é apresentado na tabela 3.11.
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Figura 3.12 Tipos de Reservatórios ou Cisternas.
Fonte: Rain Harvesting, 2006 e Ambiente Brasil 2006.
É necessário que algumas precauções sejam tomadas com relação aos reservatórios, no
sentido de seja garantida a qualidade da água e haja uma manutenção. Segue abaixo
algumas medidas a serem observadas:
•Deve haver no reservatório uma abertura, também conhecida como visita, para que
sejam feitas as inspeções e limpeza;
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•A limpeza do reservatório de ser feita pelo menos uma vez no ano para a retirada do
lodo depositado no fundo do mesmo
Outro fator que deve ser observado é que nem todo volume de água de chuva precipitado é
aproveitado devido a algumas perdas provenientes de:
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5. CONCLUSÃO
É possível concluir que a água como um recurso finito e insubstituível, essencial para a vida
na Terra, não tem sido tratada com toda seriedade e responsabilidade que deveria.
Contudo, mediante a duras penas a sociedade vem abrindo os olhos para a necessidade do
cuidado e preservação, principalmente com as secas que vem assolando o Brasil, e também
a cidade de Goiânia trabalhada nesse artigo. Mediante tais fatos vem se buscando formas
de cuidar da água e usa-la de forma melhor e mais consciente. O sistema de captação de
água da chuva apresenta-se então como uma excelente alternativa, para cidades em que há
um índice pluviométrico considerável, durante boa parte do ano. Tal sistema é eficiente pois
de forma relativamente fácil e barata consegue captar a água de superfeteis, como telhados,
e armazena-la para que seja utilizada no próprio edifício, diminuindo assim o uso de água
potável advinda da concessionária e também o volume de água jogado nas sarjetas das
ruas, que em decorrência de um outro problema, a impermeabilidade, muitas vezes resultam
em inundações e enchentes. Dessa forma a arquitetura através de um bom projetista pode
contribuir de fato para que os recursos naturais sejam utilizados conscientemente e da
melhor maneira possível.
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BIBLIOGRAFIA
GONÇALVES, Ricardo Franci. Uso racional de água em edificações – PROSAB.– UFES. disponível em
http://www.sieg.go.gov.br/downloads/Livro_Clima.
www.finep.gov.br/prosab/produtos
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